por Rodrigo Vianna
A família Neves é a família do quase.
Lembra-me a rua onde morei no Arpoador, Rio de Janeiro: Bulhões de Carvalho, a rua do quase- quase.
Em 1985, Tancredo Neves ganhou a eleição no famigerado Colégio Eleitoral (não havia eleições Diretas). Mas entre a eleição e a posse, ele ficou doente.
Tancredo deveria tomar posse no dia 15 de março. Dia 14, foi hospitalizado com uma inflamação grave no intestino. Morreu sem assumir o cargo.
Tancredo Neves, o presidente que foi sem nunca ter sido… Quase chegou lá!
Quase 30 anos depois, o neto dele encerrou a campanha visitando o túmulo de Tancredo em São João del Rey (MG). Quando vi a cena, pensei: “xi, isso vai dar azar…”.
Aécio chegou a liderar as pesquisas no segundo turno. No primeiro debate, na Band (14 de outubro), entrou no estúdio de salto alto. Naquele momento, liderava as pesquisas. Arrogante, com um sorriso no canto da boca.
Saiu daquele debate em baixa.
Na reta final, Aécio teve o gostinho de uma leve recuperação – insuflada pela “Veja”.
Mas ficou no quase.
A imprensa torceu muito.
Torceu tanto que alguém no UOL se confundiu e colocou no ar a manchete com a vitória do Aécio.
Mas a família Neves cumpriu sua sina.
Duas vezes “quase”.
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