LibreOffice Para Leigos v2
mayo 10, 2016 14:59Depois de 5 anos, saiu a segunda versão do LibreOffice Para Leigos, em 2015, lancei uma campanha de Crownfunding para alavancar recursos para impressão desse livro, mas como não obtive sucesso, resolvi deixá-la no formato digital.
A primeira versão do ebook teve amplo sucesso, com mais de 11 mil downloads contabilizados até o MegaUpload sair do ar, em 2012 e muitas outras cópias distribuídas pelo Brasil inteiro, sem a necessidade de download.
Nessa versão, além de retirar toda e qualquer referência ao extinto BrOffice.Org, pois na época que estava escrevendo esse manual estávamos em período de transição, atualizei todos os prints, foram atualizadas também as maneiras de instalação no Linux e Windows e além do bônus, de como instalar o LibreOffice no Mac OS.
Essa atualização vem em boa hora, sendo que o Brasil está em crise e milhares de empresas, tendo que renovar suas licenças e precisam reduzir custos, certamente optarão pela utilização do LibreOffice.
Detalhes para download podem ser obtidos em http://www.mediafire.com/download/7854002z2t5ymez/LibreOffice+Para+Leigosv2.pdf
Quem paga pela pseudociência no FISL? (spoiler: você)
mayo 10, 2016 10:27No ano passado, um ativista anônimo publicou um manifesto em alguns sites voltados ao tema software livre reclamando do fato de o evento, ultimamente, ter dado espaço a palestra sobre temas pseudocientíficos, como energia livre ou supostas descobertas mirabolantes de Nikola Tesla suprimidas pelo Governo dos EUA. Surpreendentemente, de lá pra cá, a ASL, organização responsável pelo evento, não se manifestou e tocou o evento como se nada tivesse acontecido.
A princípio, alguém poderia minimizar esse problema ao lembrar que o FISL é um evento semi-fechado, pago, mantido por uma associação privada e que acontece no salão de eventos de uma universidade particular, ou seja, assiste quem quer. No entanto, basta olharmos para a lista de patrocinadores do evento para vermos que a história não é bem assim.
Observando a lista de patrocinadores no rodapé da página da edição anterior, vemos que, dentre eles, figuram o nome de várias empresas e órgãos públicos, como por exemplo:
- Prefeitura de Porto Alegre;
- Telebras;
- CPD da UFRGS;
- Procempa;
- Procergs;
- Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação;
- Ministério da Cultura;
- Ministério das Comunicações;
- Banco do Brasil;
- Caixa;
- Datasus;
- Governo Federal;
- Governo do RS…
Ou seja, mesmo que você nunca tenha ido ao FISL – e mesmo que você sequer use software livre – você está pagando pelas palestras que ocorrem no evento e, se são colocadas lá palestras sobre temas pseudocientíficos, nós também as estamos financiando, por meio das empresas públicas que patrocinam o FISL.
Logo, colocar temas pseudocientíficos ou com fraca sustentação acadêmica no FISL não apenas é um desrespeito à Ciência e ao público de lá como, também, a toda a população brasileira, pois a ASL, que deveria ter mais rigor na seleção de atrações no evento, se utiliza de dinheiro público pra tornar o FISL realidade.
Tchelinux Bagé 2016 - Chamada para palestras
mayo 10, 2016 10:19O grupo de usuários de Software Livre Tchelinux, em parceria com a UNIPAMPA Campus Bagé, tem o prazer de convidar a comunidade, independente do nível de conhecimento e experiência com tecnologia, software livre e áreas afins, para participar do Seminário de Tecnologia em Software Livre Tchelinux. O evento ocorrerá no dia 11 de junho, a partir das 9:00h, na UNIPAMPA Campus Bagé.
A chamada para palestras para o evento já está aberta. Estamos recebendo propostas de palestras relacionada com Linux e Software livre. O tempo será de 50 minutos. A submissão deve ser feita o até dia 15 de maio. Maiores informações pode ser encontradas no site do evento: http://bage.tchelinux.org/
Não perca a oportunidade de compartilhar seu conhecimento com a comunidade!
A Unesp e o Protocolo Brasília: dos atos (proposições) aos fatos (ações).
mayo 10, 2016 10:18A Unesp e o Protocolo Brasília: dos atos (proposições) aos fatos (ações).
Por Laercio José Peres dos Santos¹
Um breve histórico. A Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Unesp, mostra-se pioneira em sua trajetória de existência, sendo uma instituição desbravadora dos campos do ensino, da pesquisa e da extensão no sistema superior de ensino brasileiro. Pode-se afirmar, sem bairrismos ou defesas em causa própria, que esse é um exemplo de universidade inovadora, uma vez que em seus 40 anos de existência – recém-completados em 29 de janeiro deste ano e com comemorações agendadas até o mês de agosto – demonstrou grande excelência e ascendeu ao patamar das grandes instituições brasileiras.
A criação da Unesp se deu em meio a um cenário repleto de pressões e instabilidades. Em plena época da ditadura militar, pelos idos da década de 1970 (mais precisamente em 1976), surge uma universidade com um modelo multicampi, atendendo a praticamente todas as regiões administrativas (divisões geográficas) do estado de São Paulo, e tendo por iniciativa do governo à época o “batismo” com o nome de um antigo proprietário de um dos maiores veículos de comunicação, o jornalista Júlio de Mesquita Filho (falecido proprietário do jornal O Estado de São Paulo). O jornal foi um dos maiores opositores à sua criação, tendo em vista a existência da USP e da Unicamp.
Fadada ao fracasso – segundo a ótica de seus mais ferrenhos opositores – por ter uma composição organizacional até então inédita para o ensino superior brasileiro, advinda da união entre a incorporação dos antigos Institutos Isolados de Ensino e à criação de novas unidades, a Universidade Estadual Paulista acabou por reverter os prognósticos pessimistas e passou a colher os louros da vitória. Com o advento da autonomia universitária em 1989, por disposição legal contida na Constituição Federal de 1988 e por ratificação do governo estadual no citado ano (1989), a jovem Unesp continuou a prosperar, fomentando o desenvolvimento regional e, principalmente, fornecendo ensino de qualidade e propiciando a integração social entre a comunidade acadêmica e o povo paulista.
Tempos de bonança versus tempos de readequações orçamentárias. A autonomia universitária trouxe maiores responsabilidades à instituição. A expansão de sua estrutura e a criação de novos campi e de unidades auxiliares também entraram na somatória. Contou em favor da universidade, para enfrentamento dos desafios, uma comunidade sempre pujante, aguerrida e incondicionalmente unida; contra, pesaram determinados revanchismos históricos com outras instituições, instabilidades políticas (externas) e intempéries causadas pelas crises financeiras sazonais do modelo econômico capitalista.
Mediante à conjuntura de outrora, a solidez e as ações coesas da comunidade acadêmica fizeram com que a Unesp prevalecesse perante os percalços, propulsionando-a para novas batalhas.
Contudo, mais uma crise financeira aportou junto à economia brasileira, causando menor arrecadação de impostos aos cofres públicos. A Unesp, neste momento, sofre com os cortes determinados pelo governo estadual, em função da queda na arrecadação do ICMS (Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação), e, portanto, passa por uma situação de readequação. É a hora de se repensar os gastos, os custos, além de guardar as lembranças dos tempos de bonança e reajustar as dotações orçamentárias de acordo com a nova realidade econômica.
E o software livre e o Protocolo Brasília nessa miscelânea? Novos cenários de atuação demandam por novas tomadas de posição. Nessa temática, o software livre encontra um campo fértil para ser disseminado. Uma vez comprovadas as crescentes utilizações e a diversidade dos formatos abertos de documentos [em inglês, Open Document Format (ODF)], bem como a gratuidade e fácil distribuição dos produtos, tem-se uma vantajosidade econômica em relação ao produto. Em termos simples, é possível afirmar que o uso do software livre é uma alternativa aos elevados custos e grandes entraves impostos pelas licenças dos softwares proprietários.
Em paralelo, existem a proposta do governo eletrônico – oferta de serviços governamentais por meio das tecnologias da informação e da comunicação (TICs) – e a crescente necessidade da divulgação das ações governamentais pelo formato de dados abertos – modalidade em que se rompe as barreiras impostas por softwares proprietários e onde se fomenta ferramentas que sejam de fácil acesso e sem custos aos cidadãos –, propiciando ainda mais argumentos para a adoção e áreas de utilização dos softwares de livre distribuição.
A Unesp, nesse contexto, tem realizado grandes esforços. Signatária do Protocolo Brasília desde 2011, instituiu as Portarias UNESP 382 e 383, ambas emitidas em 25 de junho de 2012, com vias de regulamentar a questão do software livre em seu âmbito funcional.
Enquanto a Portaria 382/2012 dispõe sobre a aquisição de equipamentos computacionais, com ênfase à preferência por dispositivos compatíveis com o software livre, a Portaria 383/2012 recomenda a adoção preferencial dos formatos abertos de documentos (ODF) para a criação, o armazenamento e a disponibilização digital de documentos. Extrai-se, então, o entendimento de que a Unesp se alinhou aos deveres legais e suprainstitucionais de preservação de sua estabilidade financeira ao adotar meios mais econômicos. No mesmo sentido, também propôs pontos estratégicos ao ofertar, de maneira inovadora e consciente, ferramentas informacionais abrangentes, referendando com o compromisso de publicação de dados em formato aberto e assumindo a responsabilidade com a transparência de suas ações, bases essenciais para a assimilação e para a implantação da prática do denominado governo eletrônico.
Mas se pode fazer muito mais! De todo modo, nem tudo saiu da letra fria das normas. A cultura organizacional ainda empodera o uso massivo de softwares proprietários, muito por conta dos costumes e comodismos apreendidos durante o seu longo período de uso desses. Prefere-se ficar com o que já é habitual, afeito ao dia-a-dia e constantemente assimilado do que enfrentar o desafio de uma nem tão nova tecnologia, mas, ainda sim, uma novidade para o meio. Eis o entrave!
Algumas unidades, como a Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira – FEIS, tem demonstrado o apreço pela causa e colocado em suas atividades o fomento do software livre. Todavia, é preciso mais.
Mais unidades devem aderir à política de implantação do software livre definida em 2013 pelo Fórum Técnico Consultivo, grupo criado para este fim. Em continuidade, dada a inércia de grande parte das unidades e dos estratos dirigentes da instituição no que tange o assunto, o Comitê Superior de Tecnologia da Informação da universidade definiu que setembro de 2015 seria o prazo final para a “substituição de qualquer software proprietário de escritório” e “pela utilização de software livre de escritório como padrão, preferencialmente o programa LibreOffice”, e estipulou para outubro do referido ano que “todos os documentos veiculados e ou disponibilizados nos sites da Universidade deverão se adequar a norma ABNT NBR ISO/IEC 26300:2008 (PADRÃO ODF) de acordo com a Portaria Unesp 383de 26 de junho de 2012 e a Lei de Acesso a Informação: Lei Nº 12.527, de 18 de Novembro de 2011”. (Vide OFÍCIO 05/2015 - CSTI)
Como a posição do comitê, tomada em julho de 2015, gerou um amplo debate, decidiu-se por meio do OFÍCIO CIRCULAR 01/2015 - CSTI que um novo calendário seria proposto para o início de 2016. Tal discussão foi suscitada, infelizmente, pela questão de a universidade continuar a receber demandas de softwares proprietários de fora da instituição. Enfim, resta-nos esperar por boas novas e observar a conjuntara para esse ano que ainda se mostra para a sociedade.
Espera-se por um futuro próximo, onde as boas proposições e ações sobrevaleçam aos interesses particulares de determinados grupos, a fim de que a comunidade unespiana possa desfrutar de todas as oportunidades que os softwares livres oferecem. Aguardem pelos próximos capítulos!
¹Aperfeiçoado em Licitações e Contratos Públicos, Assistente Administrativo I, Instituto de Química, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Câmpus de Araraquara, Brasil, laercio@iq.unesp.br, http://lattes.cnpq.br/4793123486090295.
Como citar esse texto:
Software livre para investimento no mercado financeiro
mayo 10, 2016 10:18O projeto tem por objetivo adquirir recursos para manter e evoluir o software futureInvest, além de testar o mesmo em ambiente prático (servidores, integração com plataformas de mercado) para disponibilizar um produto de qualidade e gratuito para a sociedade. O software futureInvest é gratuito, possui código-fonte aberto e é capaz de detectar as melhores oportunidades para operar no mercado e realizar lucros consistentes.