Teto e Paz: ética e estética na Samambaia
28 de Maio de 2017, 16:23 - sem comentários ainda O Distrito Federal é uma profusão de insitências em viver que as pessoas acostumadas com as bolhas criadas pelas dinâmicas das urbes, não experimetnamos as infindáveis possibilidades poéticas das cidades administrativas. Samambaia é uma destas cidades que, criada para que @s trabalhador@s pernoitassem após atenderem o Plano Piloto, revela seu potencial cultural.
Estreiou nesta sexta-feira 26 de maio a peça Teto e Paz do diretor e dramaturgo Carlos Laredo, estrelado por jovens ex-moradores de rua, com participação do rapper GOG. — com Lacasa Incierta, FAC - Distrito Federal, Funarte Plinio Marcos, La Boutique Padaria Francesa e Aicon ações Cinematográficas.
Hoje domingo, 28/5, terá sua última apresentação no Espaço e depois só na FUNARTE.
A peça trata do cotidiano e expectativas de vida de jovens em situação de rua a partir do olhar de uma acadêmica interseccionado pelos depoimentos dos sujeitos, objetos, de estudo.
Desta interação, contruída com muita metáforas cênicas e linguísticas, coloca-se em conflito ética e estética, elementos presentes nos processos cotidianos, acadêmicos e artísticos.
Com participação especial de GOG, a leitura sobre um DF em permanente luta por oferecer oportunidades contemporâneas e não escravocratas à sua juventude, se transforma em teatro-clip com @s atores e atrizes transitando entre ficcção e realidade, afirmando dignidade em mais uma das trincheiras de existência do Quadrado, dentro do Espaço Imaginário.
Não, não é teatro de oficina escolar ou de projetos de inclusão social.
É Teatro.
Não perca!
Serviço:
Hoje (28/5) é o último dia para prestigiar o espetáculo Teto e Paz.
Espaço Imaginário
QS 103 Conjunto 05 Lote 05 - Samambaia Sul, Brasília - DF, 72301-505, Brasil. - (61) 3013-1610
Classificação 12 anos
Entrada Gratuita.
O espetáculo começa às 20h mais é preciso chegar mais cedo.
Software livre não nasce em árvores - Do colonialismo ao extrativismo digital
9 de Maio de 2017, 14:58 - sem comentários aindaArtigo escrito coletivamente por Jomar Silva e colegas que reflete sobre a realidade da apropriação tecnológica no Brasil, com ênfase no papel do Software Livre, suas comunidades e usuários.
Colaboração: Jomar Silva
Data de Publicação em www.dicas-l.com.br - 06 de junho de 2011
Sei que muita gente que conheço e admiro vai ficar irritada com este artigo, mas acredito que já atingimos um nível de maturidade suficiente na comunidade de software livre brasileira para que possamos encarar de frente nossos próprios fantasmas. Sei também que o artigo é longo, mas acho que vale a pena a leitura. Cedo ou tarde vamos precisar fazer a reflexão aqui proposta.
Optei por escrever este artigo junto com um grupo de amigos experientes dentro da comunidade para evitar que ele seja classificado como sendo a opinião de uma única pessoa. Todos os amigos convidados já estão há bastante tempo na comunidade de software livre e todos eles já sentiram na pele os efeitos dos problemas aqui relatados. Optei por não listar seus nomes neste artigo, para que eles mesmo possam fazê-lo nos comentários.
Depois de tantos anos militando e trabalhando com software livre, fico impressionado em ver como as pessoas comumente usam o termo "a comunidade" como se ela fosse uma empresa ou coisa parecida. Muitas vezes vejo as pessoas falando da comunidade como se não fossem parte dela, como se não tivessem nenhuma obrigação em relação à manutenção dos projetos desenvolvidos de forma comunitária. Muita gente entende que ser usuário de redes sociais organizadas em torno de projetos de software livre seja o mesmo que ser membro de fato da comunidade do projeto em questão, além de acreditar piamente que todos naquela comunidade estão mesmo interessados em trollagens e críticas despropositadas.
Fazendo uma breve revisão do que aconteceu nos últimos anos na área de tecnologia no Brasil, vemos que nossa indústria de informática foi praticamente destruída no início dos anos 90, e passamos quase duas décadas sendo meros consumidores de tecnologia da informação, do hardware ao software. É a isso que chamo de colonialismo digital, pois tal como na época do Brasil colônia, acabamos consumindo tudo aquilo que os colonizadores nos empurravam. Vale lembrar aqui, que durante o início do século XIX, o Brasil chegou a "importar" um navio de patins para patinação no gelo da Inglaterra, uma vez que estes produtos estavam entupindo os estoques ingleses e precisavam ser desovados em algum lugar. Os historiadores contam que nesta época, as lâminas dos patins acabaram sendo utilizadas como facas e facões e assim fomos levando a vida: dando o jeitinho brasileiro para cumprir com nosso papel de colônia.
Durante quase vinte anos, fizemos a mesma coisa com produtos de tecnologia da informação e me lembro de ter presenciado algumas aberrações nesta época. De computadores que não suportavam o calor tropical brasileiro a softwares que invertiam completamente nossa lógica organizacional, vivemos décadas "dando um jeitinho" para as coisas funcionarem e não foram raros os casos em que tivemos que nos re-organizar para que pudéssemos utilizar as tecnologias "ofertadas". Quem aí nunca encontrou um banco de dados armazenado dentro de uma planilha com milhares de linhas ou não viu uma reengenharia quase irracional acontecer na marra por conta do ERP da moda que atire a primeira pedra.
Tamanha foi nossa aceitação do papel de colonizados, que no final da década de 90 não era raro encontrar universidades que ao invés de lecionar "Sistemas Operacionais", lecionavam "Windows NT", ou trocavam "Banco de Dados Relacionais" por "Oracle" ou "DB2" e por aí seguia a carruagem. Fui aluno em uma dessas (que aliás é uma universidade de renome e destaque em São Paulo). Me lembro que fui voto vencido quando fui debater este assunto com a coordenação do curso, pois para eles importava ensinar "o que o mercado cobrava". Pior do que ser voto vencido entre os coordenadores e mestres do curso, foi ter sido voto vencido entre meus colegas de turma, pois a imensa maioria deles estava tão acostumada com o fato de ter tudo mastigado nas mãos, que não se importava em não dominar de fato a tecnologia ou entender o que acontecia debaixo do capô. Estavam mais preocupados em "colocar no curriculum" o que aprenderam na faculdade. Amém !
Foi assim que formamos no Brasil centenas de milhares de profissionais de TI que não passavam de usuários avançados de ferramentas de software desenvolvidas fora do Brasil. Hoje, uma parte considerável destes profissionais são gestores de TI em diversas empresas públicas e privadas, e isso explica o principal motivo da resistência que encontramos no nosso dia a dia ao Software Livre dentro das organizações: a zona de conforto é grande e a inércia gerada por ela é muito difícil de ser quebrada.
É evidente que este modelo interessa às grandes empresas multinacionais de software, e confesso que hoje chego a achar graça das explicações dadas a eles sobre "o modelo". Sempre que questionadas publicamente sobre este tema, vemos as empresas se defendendo com o argumento de que geram milhares de empregos diretos e indiretos no Brasil, e que fazem "transferência de tecnologia" à indústria local, principalmente através de seus parceiros e de projetos junto à universidades.
O que vemos na prática é que a imensa maioria dos empregos diretos criados por estas empresas estão focados na área comercial e nas metas de curto prazo, e que os empregos "técnicos" costumam se concentrar em seus parceiros e solution providers, que evidentemente não têm acesso às informações detalhadas, e muito menos ao código fonte, dos produtos que "suportam" no mercado. A segurança e confiança por obscuridade é o que impera nesta seara.
Quando olhamos o trabalho feito por elas junto às universidades, vemos novamente que o foco é sim formar cada vez mais usuários avançados de seus produtos, e conseguir com isso firmar a dependência tecnológica desde na base da cadeia alimentar na indústria de TI. É muito fácil comprovar isso quando vemos "versões educacionais" dos softwares comercializados por estas empresas serem distribuídos com água dentro das universidades. Encerrou o curso e tem um software completo desenvolvido: ótimo" vamos lhe enviar a fatura em 3, 2, 1"
É importante lembrar que este modus operandi não é exclusividade de uma única empresa, mas é de fato a prática de mercado de todas as multinacionais de TI (das mais fechadas e perseguidas por todos até a "mais aberta" e idolatrada pela maioria).
Foi num cenário de total colonização tecnológica como o ilustrado acima que o Software Livre cresceu no Brasil, principalmente durante os últimos 10 anos. Eu atribuo este crescimento à vontade gigantesca de conhecer tecnologia de verdade que alguns profissionais de TI no Brasil tinham, mas conforme o movimento foi crescendo, tenho a impressão de que estes profissionais cada vez mais são raros de se encontrar e o que vemos de fato hoje, é a busca pela substituição pura e simples de um software proprietário por um equivalente livre (e não quero entrar aqui na discussão filosófica por trás disso).
Considero que seja fundamental termos no Brasil uma comunidade tão militante e ativa na publicidade e no suporte às soluções de software livre, mas infelizmente isso não é suficiente, pois deixamos de ser colonizados digitais e somos hoje extrativistas digitais.
Não exagero em dizer que hoje o Brasil tem em números absolutos a maior comunidade de usuários de Software Livre do mundo, e olha que a TI ainda não chegou a tantos lares assim no Brasil, portanto temos ainda muito a crescer. O que me deixa muito chateado é constatar que ao mesmo tempo, temos uma comunidade de desenvolvedores de software livre quase inexistente (eu mesmo conto nos dedos das mãos os desenvolvedores de "código fonte" em projetos de software livre que conheço). A dita "comunidade" é a primeira a se manifestar e apontar defeitos nos muitos projetos que "participam", mas na hora de enviar contribuições realmente significativas quase ninguém aparece.
É por isso que afirmo que vivemos hoje o extrativismo digital: encontramos uma fonte aparentemente inesgotável de recursos e estamos usando e abusando dela, sem nos preocupar com a sua manutenção. Isso pode até nos dar uma sensação de liberdade e controle do próprio nariz bem confortável, mas não nos levará a lugar algum e pior do que isso, quando a fonte se esgotar (e sim, ela pode se esgotar um dia), voltaremos à nossa vidinha de colonizados, e seremos novamente saudosistas de uma "era de ouro", tal como nossos amigos mais velhos hoje se lembram da reserva de mercado.
O que quero com este artigo é forçar uma reflexão dentro da nossa comunidade, pois é evidente que software livre não nasce em árvores, e existem pessoas trabalhando muito escrevendo código fonte por trás dos softwares livres que utilizamos no dia a dia.
Devo reconhecer porém, que somos muito ágeis e experientes em traduzir estes softwares para nosso idioma, mas todos devem concordar comigo que isso é o mínimo do mínimo que podemos fazer. Lembre-se de que teremos alcançado o sucesso pleno quando a tradução for problema dos outros !
Não consigo me contentar com isso e por isso peço a todos que façam uma séria reflexão: Quando foi a última vez que você contribuiu de verdade com um projeto de Software Livre ?
Rodando o mundo palestrando em eventos de software livre, esta é a diferença primordial que vejo entre outros países e o Brasil. Na maioria dos países, a meritocracia funciona de verdade e o reconhecimento vem na base de muito, mas muito código fonte contribuído para os projetos. Como já contei a diversos amigos, em muitos países fora do Brasil, para que você possa "tomar uma cerveja" com os líderes dos projetos de software livre, você provavelmente já trabalhou bastante construindo e depurando código com eles.
Acho que é parte da cultura latina ser expansivo, mas não podemos deixar que nossa ânsia por fazer amigos acabe os deixando desviar tanto assim do nosso objetivo comum: Desenvolver de fato softwares livres que supram as necessidades de nosso mercado, que nos permitam dominar a tecnologia e que paguem nossas contas no final do mês.
Quando analisamos a cadeia de valor na indústria de software livre no Brasil hoje, vemos que diversos nós da cadeia são remunerados, mas que ainda não encontramos uma forma concreta de remunerar de verdade o principal nó: O desenvolvedor.
É muito fácil cair no discurso de que "quem implementa, treina e suporta também desenvolve", mas na prática vemos o oposto disso.
O que me consola é que este problema não é exclusividade nossa, e nos últimos meses tenho visto diversos projetos de software livre desenvolvidos internacionalmente passar por sérias dificuldades por conta do mesmo problema.
Voltando ao Brasil, conheço ao menos um software livre desenvolvido aqui no Brasil e que é utilizado no país todo, além de ser suportado por centenas de empresas, mas que tem como desenvolvedores ativos apenas duas pessoas, sendo que uma delas (e talvez o desenvolvedor chave), não seja de forma alguma remunerado. Não vou dizer o nome do software aqui para não ser deselegante com as pessoas envolvidas em seu ecossistema, mas garanto que pela descrição acima você já deve ter identificado alguns softwares como potenciais candidatos.
Em uma recente discussão que tive com um dos pioneiros do Open Source mundial, ele me dizia que o modelo de subscrição nunca foi de fato compreendido pelo mercado, e concordo com ele que este modelo é o mínimo que podemos ter para garantir a manutenção dos projetos e de seus desenvolvedores. É mesmo uma pena ver que muita gente afirmar sem vergonha alguma que "subscrição é licença disfarçada", e aqui incluo inúmeros colegas do movimento do software livre. Sinto lhes informar que não, não é, mas concordo que é muito fácil pensar assim quando seu contracheque chega no final de todo mês.
Indo mais a fundo no problema, fico extremamente chateado em ver a falta de consciência de inúmeros gestores de empresas públicas e privadas que economizam centenas de milhões de reais por ano em licenças de software, mas que não investem sequer um centavo no desenvolvimento e manutenção de projetos de software livre que utilizam no seu dia a dia.
Um exemplo gritante do que afirmo acima é o Libre Office (antigo OpenOffice ou BrOffice no Brasil), que possui atualmente centenas de milhares de cópias sendo utilizadas no país todo, economizando rios de dinheiro, e que têm no Brasil uma comunidade de "desenvolvedores de verdade" quase irrisória. O que me deixa muito mais chateado com isso, é que estes poucos heróis nacionais quase sempre levam uma vida de privações em prol da coletividade e tudo o que recebem de volta são tapinhas nas costas e nos últimos tempos ainda tem que aceitar calados, críticas injustas vindas de todas as partes. Não vou nem comentar aqui sobre a vida que levam os que decidem trabalhar com o desenvolvimento de padrões, mas posso afirmar que invejamos a vida dos desenvolvedores de software livre no Brasil.
Não quero que este seja um artigo de lamentações, e por isso eu gostaria de deixar algumas sugestões para que possamos de fato aproveitar esta oportunidade que temos nas mãos e mudar de uma vez por toda a história da TI no nosso Brasil. Muitas das sugestões vão parecer óbvias e genéricas, mas acredite, nunca foram de fato implementadas:
Empresas que utilizam softwares livres deveriam ter desenvolvedores trabalhando no desenvolvimento destas soluções ou se não puderem ter estes desenvolvedores, que exijam que as empresas que lhes prestam serviços de suporte e treinamento em software livre tenham desenvolvedores ativos nos projetos, e que comprovem suas contribuições periodicamente. Esta prestação de contas aliás deveria ser pública.
Universidades poderiam deixar de usar exemplos genéricos e trabalhos "inventados pelos professores" nas disciplinas de desenvolvimento de software e ter como meta a cada semestre otimizar um trecho de código fonte existente ou implementar uma melhoria ou nova funcionalidade em um software livre existente. O mesmo vale para outras disciplinas como marketing e design. Uma simples mudança da atitude como esta daria aos envolvidos uma experiência prática no mundo real com projetos concretos, ao mesmo tempo que lhes permitiria alcançar os mesmos objetivos didáticos (já imaginou onde chegaríamos com isso?).
Já temos diversas leis, decretos e instruções normativas no Brasil recomendando ou determinando a utilização de Software Livre e de Padrões Abertos em diversas esferas governamentais, mas infelizmente os órgãos de controle e fiscalização parecem desconhecê-las. Não consigo avaliar quem é o culpado por isso, mas sei que nós como sociedade temos o dever de cobrá-los, e talvez esteja aí a grande missão de todos os membros da comunidade que não podem contribuir de forma técnica com os projetos de software livre.
Muita gente não tem conhecimento técnico para escrever código fonte e contribuir com os projetos, mas lembre-se que um software livre de sucesso não vive só de código fonte e por isso mesmo sempre existe algo não relacionado a código fonte que precisa ser feito. Se envolva de verdade com a comunidade de desenvolvedores dos softwares que você usa e por favor, contribua de forma concreta com seu desenvolvimento. Ajudar de verdade é atender a necessidade do outro e não a sua própria necessidade. A diferença entre o voluntariado e o voluntarismo é gigantesca, mas muito difícil de ser compreendida.
Não acredito em contos de fadas e também não acredito que um dia uma empresa estrangeira vai decidir do dia para a noite que o Brasil é a bola da vez para concentrar aqui o seu desenvolvimento de software. Temos que conquistar isso, temos que fazê-lo do nosso jeito e temos sim potencial para reconstruir de verdade nossa indústria nacional de software e Tecnologia da Informação. O que não podemos fazer é ficar aqui sentados esperando o milagre acontecer, imaginando que estamos no caminho certo. Pequenas correções de rota podem sim nos levar a algum lugar completamente diferente e melhor do que o nosso destino atual.
Caso você ou sua empresa queira contribuir com um projeto de software livre e não saiba como, me coloco à disposição para ajudar e orientar.
Peço que reflitam sobre o seu papel na solução do problema aqui apresentado. Temos um elefante na sala e só não ver quem não quer.
Aguardo ansiosamente os comentários e espero que possamos abrir este debate tão necessário nos dias de hoje.
Publicado originalmente no Blog Trezentos
Reproduzido com permissão do autor em 6 dejunho de 2011: http://www.dicas-l.com.br/arquivo/software_livre_nao_nasce_em_arvores_do_colonialismo_ao_extrativismo_digital.php#.WRHjSTe1u03
[Fred] E neste BLog-Rede, tomei a liberdade de reproduzí-lo por reconhecimento ao autor e, como integrante da coordenação do Blogoosfero.cc, entender a importância deste debate.
Para o bem das elites dos tucanos “Foda-se o Brasil”
7 de Fevereiro de 2015, 19:29Por Silvio Prado, professor
No país dos escândalos, para a mídia bandida e canalha só existe o escândalo da Petrobras. Nada mais existe debaixo do céu azul varonil dessa terra de bandidos engravatados e da vinheta indecente do plim plim global. Não existe o Trensalão onde Covas, Serra e Alckmin estão comprometidos até o fiofó.
Não existe o Complexo Cantareira, sem uma gota de água, sequinho como uma fatia de torrada. Não existe a FDE onde três e meio bilhões de reais estão disponíveis para as máfias que mamam no dinheiro da educação paulista.
Não existe o Itau, devendo 18 bi para a Receita Federal. Não existe o extermínio da juventude negra. Não existe o crime organizado mandando nos presídios paulistas, bem debaixo do nariz pontiagudo de Alckmin. Não existe o conjunto de multinacionais remetendo seus lucros, todo ano 40 bilhões em média, para suas matrizes.
Não existe meia dúzia de ricaços vagabundos comprando jatinhos, iates, aviões de luxo sem pagar imposto algum, enquanto o cidadão miserável paga alto imposto por um pacote de fubá. Não existe a bunda do Gilmar Mendes sentada e emperrando o andamento do processo que define a questão do financiamento das campanhas eleitorais.
Não existe a questão do banqueiro Dantas, duas vezes protegido e salvo pela "estranhíssima bondade" do mesmo Gilmar, um picareta que tão bem serve ao capital. Não existe o escândalo de sonegação fiscal da Globo, onde os irmãos Marinho fingem que não foram autuados em quase 800 vezes pela Receita Federal.
Não existe o escândalo do helicóptero dos Perrela, apreendido com 450 quilos de cocaína que, se a PF quisesse, já teria alcançado seus responsáveis seguindo algumas "carreirinhas” bem conhecidas pelo país inteiro. Não existe o escândalo da PM paulista que mata mais que todas as policias dos quase 50 estados norte-americanos.
Não existe o escândalos das reformas superfaturadas que o governo Alckmin promove de baciada nas escolas públicas. Não existe o escândalo do BANESTADO, até hoje engavetado para o bem de gente que se apropriou de mais de 40 bilhões de reais através de um esquema bancário criminoso.
Não existe o escândalo que envolveu o bandido Carlinhos Cachoeira, a criminosa VEJA e um cara de pau sem limites, como Demóstenes Torres, fazendo acusações criminosas e falsas. Não existe escândalo algum envolvendo aeroportos da família Neves, em Minas, custeado com dinheiro público, nem dinheiro também publico sustentando duas ou três emissoras de rádio de um playboy inútil que se travestiu de governador e agora se fantasia de senador por aquele estado.
Enfim, nenhum desses escândalos possui existência real. O único escândalo verdadeiro é o da Petrobras, a mesma empresa que era para ser a PETROBRAX dos bandidos tucanos, aquela que FHC, nosso bandido mor, queria (e ainda quer) privatizar para a alegria das petroleiras americanas.
O único escândalo brasileiro é o dessa empresa que controla uma riqueza que pode significar a redenção econômica desse pais cujo povo, conforme um historiador brasileiro, Capistrano de Abreu, durante toda a sua história foi "capado e recapado" para o bem das criminosas elites e, agora, como se fosse um milagre, deu um passo no sentido de assumir sua própria história, o que irrita, perturba e deixa sem rumo essa riquíssima minoria branca e canalha.
Portanto, para privatizar a Petrobras e torná-la PETROBRAX vale toda e qualquer molecagem cuspida pela boca do Willian Bonner em horário sordidamente nobre. Vale promover vazamentos de informações sigilosas, vale exaltar delegados da PF que fizeram campanha para Aécio Poeira Neves, vale desmoralizar ainda mais a justiça, a imprensa,a política.
Vale produzir mentiras por atacado e jamais colocar na mídia qualquer nome criminoso que tenha ligações umbilicais com os tucanos ou qualquer setor da oposição. O importante é falar desse escândalo da forma mais escandalosa possível, pela manhã, pela tarde, noite, madrugada, até que o povo resolva sair de casa e linchar o PT, incendiar seus diretórios, perseguir seus militantes e, pela revolta, criar consenso para que esse partido seja banido da vida política brasileira.
O importante para a burguesia brasileira, para os tucanos é deixar Dilma no chão, inviabilizar a campanha de Lula em 2018 e, dane-se a Petrobras, o pré-sal e, por extensão, foda-se o Brasil. Assim querem nossa elite branca e seus capachos tucanos. Assim querem os donos do petróleo. Foda-se o Brasil...
Fonte: http://www.iranilima.com/2015/02/para-o-bem-das-elites-dos-tucanos-f-se.html
Ele resistirá?
27 de Janeiro de 2015, 13:04As teles não perdem tempo!
Leia mais em:
http://convergecom.com.br/portal/eventos/seminario-politicas-de-telecomunicacoes/