01. As conferências do PCdoB ocorrem no momento mais complicado da vida nacional desde a eleição de Lula, em 2002. Depois de oitos anos resistindo exitosamente, o país passou a sofrer os impactos da crise mundial do sistema capitalista, a maior desde a Grande Depressão (1929), fato omitido pela mídia, como se a crise fosse só do Brasil.
02. Esse cenário de baixo crescimento e mesmo de recessão diminui a arrecadação dos recursos públicos e os ganhos salariais e aumenta o custo de vida e o desemprego, o que faz crescer o descontentamento, o pessimismo e a animosidade social, mesmo entre as camadas populares que melhoraram de vida nos anos Lula e Dilma.
03. Explorando a situação, o imperialismo dos EUA e as elites conservadoras locais conspiram para desestabilizar o governo da presidenta Dilma e, se possível, para abreviar o seu mandato. Para tanto, contam com o “braço armado” midiático e com forte influência no aparato estatal - Polícia Federal, Ministério Público, Poder Judiciário e parlamento.
04. Pretendem um impeachment sem base jurídica, sem crime de responsabilidade atribuído a Dilma, cuja trajetória pública e pessoal é ilibada, o que afronta a Constituição e mostra que essa manobra não passa de tentativa de golpe dos que ainda não aceitaram a derrota nas eleições e querem passar por cima da vontade de 54,5 de brasileiros.
05. Na sanha de mutilar a democracia, fomentam o ódio, o fascismo, a intolerância, o machismo, a LGBTfobia, a xenofobia e o racismo. Promovem sistemática campanha de criminalização contra o PT, a esquerda e os movimentos. Resgatam o surrado e primário discurso anticomunista. Nas ruas, grupos pedem intervenção militar e a volta da ditadura.
06. O ataque contra democracia é, no fundo, contra a soberania, a economia nacional, a Petrobras e o povo. Querem entregar as riquezas e o patrimônio do país a monopólios estrangeiros, desmantelar direitos trabalhistas e sociais e impedir as reformas estruturais.
07. A ofensiva golpista, apesar de ter perdido ímpeto por causa de uma série de fatores, prossegue. Se não conseguem derrubar Dilma, tentam “derrubar” Lula, atacando a honra do presidente que mudou a vida do povo brasileiro, já pensando nas eleições de 2018.
08. Numa conjuntura perigosa e indefinida, o PCdoB se destaca por sua consequência e coragem: levanta a bandeira da defesa do mandato da presidenta Dilma como a questão central em torno da qual se reúnem as lutas por soberania, democracia, direitos e reformas.
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Dilma Fica!
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