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II - Crescimento e diversificação da economia de Mato Grosso do Sul

17 de Novembro de 2015, 0:25 , por Fr3d vázquez - 0sem comentários ainda | No one following this article yet.
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09. Mato Grosso do Sul tem 2.651.235 de habitantes (estimativa do IBGE - 2015). É a 21ª unidade federativa mais populosa, com baixa densidade demográfica: 7,24 hab/km² (IBGE, 2013). Sua taxa de urbanização é de 85,64%, a 6ª maior do Brasil. Seu território tem 357.145 km² (6º maior do país). É ligeiramente maior que a Alemanha. Em seu espaço geográfico, há grandes vazios demográficos.

10. MS tem fronteira com 02 países - Bolívia e Paraguai - e divisa com 05 estados – SP, MG, GO, MT e PR. Sua localização é geoestratégica, haja vista está no centro entre os oceanos Atlântico e Pacífico, o que realça suas potencialidades de maior participação no cenário econômico nacional, já que está próximo dos grandes centros consumidores do Sudeste, bem como em relação aos países do Mercosul.

11. Banhado pelas bacias hidrográficas dos rios Paraná e Paraguai, tem notório potencial de integração hidroviária com estados e países vizinhos. Está sobre o maior manancial transfronteiriço subterrâneo de água doce do mundo, o Aquífero Guarani. Abriga 2/3 da área brasileira do bioma do Pantanal, a maior planície inundável do planeta, Patrimônio Natural da Humanidade (UNESCO, 2000).

12. Atualmente, tem 79 municípios e 88 distritos distribuídos em 9 Macrorregiões – Campo Grande, Grande Dourados, Pantanal, Bolsão, Leste, Norte, Sudoeste, Sul-fronteira e Cone-Sul. A população é composta por imigrantes oriundos principalmente das regiões Sudeste e Sul, bem como de outros países, como Paraguai, Japão, Síria, Líbano, Itália, Portugal e Espanha, o que estabeleceu, num mesmo território, uma rica diversidade cultural.

13. O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de MS registrou aumento de 49,38% entre 1991 e 2010, ficando no Centro-Oeste acima de MT e abaixo de GO. Nos últimos 10 anos, passou de um IDH Municipal considerado médio para um considerado alto: 0,729, o 10º maior do país (PNUD, 2010).

14. O estado conta com razoável infraestrutura rodoviária. Já a malha ferroviária encontra-se dilapidada, triste legado de FHC até hoje não superado. Temos portos, aeroportos e potencial energético. As hidrovias são pouco aproveitadas. Investimentos federais e locais melhoraram a malha rodoviária de MS e novas linhas de transmissão foram implantadas.

15. No ano de 2008, MS representava apenas 1,1% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e 11,9% no PIB do Centro-Oeste, a menor contribuição entre as 4 unidades federativas da região. Porém, é o estado que vem apresentando o maior crescimento econômico regional. Seu PIB é de 54,4 bilhões de reais, o 17º maior do país (IBGE, 2012).

16. A maior economia do estado é a capital Campo Grande, com um PIB de 16,9 bilhões de reais, seguido por Dourados (R$ 4,9 bi); Corumbá (R$ 3,7 bi), Três Lagoas (R$ 3,3 bi), Ponta Porã (R$ 1,3 bi), Maracaju (R$ 1,3 bi), Nova Andradina (R$ 1,1 bi), Rio Brilhante (R$ 1 bi), Naviraí (R$ 1 bi) e Sidrolândia (R$ 961 milhões).

17. Há anos, MS cresce vertiginosamente. Nos anos Lula e Dilma, vultosos investimentos em infraestrutura, principalmente federais, associados a novos empreendimentos, sobretudo agroindustriais, impulsionaram e diversificaram a sua economia.

18. A superação da economia sustentada no “binômio boi/soja” não significa que este desapareceu. A agropecuária, também diversificada por novas culturas e incrementada tecnologicamente, ainda é a base que alavanca a indústria, o comércio e os serviços.

19. MS possui o 4º maior rebanho bovino do país (já foi o 1º). Apesar da redução da área de pastagem, a produção cresce em qualidade. São 9 frigoríficos com o selo do Serviço de Inspeção Federal, controlados por 5 grandes grupos, como JBS e Marfrig. Em 2014, o abate de bovinos foi de 4 milhões de cabeças, o 2º do país (14,93% da produção nacional).

20. Quanto à soja, o estado ocupa o 5º lugar no ranking nacional, atrás apenas de MT, PR, RS e GO (MAPA, 2010). A agricultura local baseia-se nos cultivos de soja, milho e cana-de-açúcar, principalmente, bem como de feijão, mandioca, algodão, amendoim, arroz, café e trigo. MS é um dos maiores produtores agrícolas do país.

21. Em 2004, a produção industrial superou a agropecuária, muito por conta da crise de 2004/2005 no setor, o que, por sua vez, afetou a própria indústria. Mas foi a partir de 2009, com a instalação da fábrica de celulose Fibria, em Três Lagoas – centro mundial do papel e da celulose oriunda do eucalipto -, que a indústria teve maior impulso. A Fibria anunciou há poucos dias que investirá 8 bilhões de reais na expansão de sua unidade em Três Lagoas.

22. Em 2012, 15% da riqueza produzida em MS proveio da agropecuária, contra 22% da indústria e 63% dos serviços. De 1999 a 2012, a indústria foi o setor que mais cresceu (500%), em média: 14% ao ano, contra 290% da agropecuária e 426% dos serviços.

23. MS tem 24 usinas no setor sucroenergético (6º lugar no país e 2º no Centro-Oeste). Entre 2002 e 2015, cresceu 495.76% na produção de cana-de-açúcar, 529.42% na capacidade de moagem, 829.02% na produção de etanol - todas no mesmo período -, e 930,20% na produção de bionergia, de 2009 e 2015 (Biosev). Crescimento acelerado que foi responsável pela industrialização relativa de várias cidades.

24. A macrorregião do Pantanal tem singularidades, principalmente pelo fato de ter a maior concentração de pecuária de corte extensiva do estado, que é uma atividade econômica sustentável na região, haja vista as especificidades do bioma pantaneiro. Destaca-se, também, na mineração (ferro e manganês) e na siderurgia. Tem pouca atividade agrícola.

25. Quanto ao mercado de trabalho, dados da RAIS e do CAGED (Abril/2015) mostram que 20,81% (133.000) dos 639.000 empregados formais de MS estão na indústria, contra 10,54% na agropecuária (67.300) e 68,85% nos serviços (438.700), estando os últimos subdivididos nos serviços privados (28,89% do total geral, ou 184.600), no comércio (19,92% - 127.300) e na administração pública (19,84% - 126.800).

26. MS possui 211.193 pessoas ocupadas no campo e contabiliza 70 mil famílias de agricultores detentores de até 04 módulos fiscais, sendo eles: agricultores tradicionais, assentados, indígenas, quilombolas, pescadores e outros. A agricultura familiar ocupa menos de 4% das terras de MS, mas responde por 63% dos estabelecimentos rurais, 40% da produção agrícola e 70% da produção de alimentos, ocupando mais de 97 mil pessoas.

27. O crescimento econômico e a redução das desigualdades seguiram a tendência nacional dos anos Lula e Dilma, que investiram muito no estado, mas se deveram em muito ao Governo Popular liderado por Zeca do PT, que, priorizou políticas voltadas aos segmentos sociais mais vulneráveis, antes da chegada de Lula à presidência da República.


Tags deste artigo: PCdoB-DF 2015 Tribuna Digital Documento base 18a Conferência Mato Grosso do Sul

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