78. Entre os grandes legados do período em que o nosso saudoso camarada Moacir Abreu esteve à frente do Partido em MS, destacam-se: a) a consolidação da respeitabilidade do PCdoB entre as forças políticas e os movimentos sociais, por sua coerência, clareza, firmeza e, ao mesmo tempo, flexibilidade política; b) a consolidação de um núcleo de direção mais sólido e coeso no estado e na capital; c) a abertura do Partido e a trajetória contínua de crescimento; e d) o maior conhecimento da realidade do estado; e e) a interiorização do Partido.
79. A par dos êxitos, muitas insuficiências se revelaram: a) a não eleição de representantes para os legislativos e executivos; b) o crescimento lento e contido, como mostra o termômetro eleitoral; c) a tímida inserção nos movimentos sociais; d) a pouca influência entre os setores médios e a intelectualidade, acadêmica ou não; e) na direção estadual, há poucos quadros disponíveis e o comprometimento com a aplicação da linha política e o trabalho organizativo é baixo; f) nas direções municipais, notam-se a falta de intensidade na ação política e o baixíssimo grau de organização e funcionamento; g) a formação da militância e mesmo de muitos quadros dirigentes é insuficiente; h) as dificuldades de construir Partido pela base. e i) a pouca visibilidade do Partido na sociedade.
80. A construção do PCdoB em Mato Grosso do Sul é condicionada pela situação nacional e se dá também em meio a realidade do estado tal como ela é, não como aponta os nossos desejos. No último período, com ousadia e determinação, temos conseguido ampliar as fileiras do Partido para dar consequência política ao teor do presente documento, que é, na verdade, fruto de um debate que se aprimora ao longo dos anos. A compreensão da realidade do estado, de cada município e de local em que o PCdoB é fundamental para uma linha política justa e um trabalho organizativo mais eficaz.
81. Conforme aponta o documento, Mato Grosso do Sul vive grandes transformações econômicas e sociais que impactam a subjetividade da população e o próprio quadro político. Por isso, propõe um novo projeto de desenvolvimento para o estado, não para ficar na gaveta, mas para ser dialogado com amplos setores da sociedade, sobretudo os trabalhadores, a juventude, a intelectualidade, as mulheres e mesmo com segmentos econômicos. É preciso extrair consequências desse ideário, transformando-o em ação política concreta, nas eleições e na atuação nas instituições, nos movimentos sociais e na luta de ideias, o que clama um Partido mais e melhor organizado, disciplinado e coeso.
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