82. A construção do projeto eleitoral do PCdoB no estado e nos municípios acontece concomitantemente com a realização das conferências e vai além delas, haja vista que o prazo para as filiações de possíveis candidatos se ampliou para o ano que vem, até 6 meses antes da eleição. O Partido deve se esforçar para ampliar sua força eleitoral nos municípios, visando eleger vereadores, prefeitos e vice-prefeitos, bem como participar dos governos que apoiar, acumulando forças para conquistar assento na Assembleia Legislativa em 2018. Este é o traçado que une 2016 a 2018.
83. Na capital, o centro da tática eleitoral é conquistar pelo menos um assento na Câmara Municipal, continuando o esforço pela construção da chapa própria de vereadores e, mais à frente, examinando a alternativa de coligação com outros partidos. Recomenda-se examinar também a possibilidade de lançamento de candidatura própria à prefeitura, desde que acumule condições políticas, materiais e organizativas para tanto e, principalmente, desde que atenda o foco do projeto, que é eleger vereadores.
84. Nos municípios do interior, sobretudo nos maiores, onde há propaganda eleitoral na TV, indica-se a formação de chapas próprias para vereador e, quando possível, o lançamento de candidaturas majoritárias, desde que estas tenham as condições de desenvolver campanhas amplas que assegurem expressiva votação para as prefeituras e contribuam para a eleição de vereadores. No município de Ponta Porã, afigura-se a possibilidade de lançamento de chapas próprias para vereador e para prefeito, iniciativa que terá todo o apoio e acompanhamento do Comitê Estadual.
85. A construção dos projetos eleitorais e a condução política das campanhas cabem às direções municipais, sob a supervisão e acompanhamento da direção estadual. Os comitês municipais devem sintonizar os seus projetos eleitorais com a construção e o fortalecimento do Partido nos movimentos sociais e na luta de ideias, intensificando a organização partidária pela base. As direções precisam apresentar aos municípios uma plataforma com propostas para o seu desenvolvimento econômico e social.
86. Para que as pré-candidaturas se confirmem nas convenções, deverão fazer os cursos de formação indicados pelas direções, estar em dia com a contribuição financeira junto ao SINCOM e participar de um dos organismos partidários, seja de uma direção intermediária, de um comitê auxiliar, de uma organização de base ou de um coletivo. Os projetos não podem ser apenas pessoais, mas integrados ao projeto do Partido. O financiamento das campanhas caberá às próprias candidaturas, que terão a orientação e o apoio das direções partidárias na captação e aplicação dos recursos, que serão registradas na forma da lei.
87. Trabalhar pela ampliação, fortalecimento e consolidação da Frente Brasil Popular em Mato Grosso do Sul, constituída com a participação dos comunistas, de outros partidos e dos movimentos sociais, em defesa do mandato da presidenta Dilma, da democracia, da economia nacional e da retomada do crescimento com progresso social. Buscar a formação de um bloco político, social e intelectual de esquerda em Mato Grosso do Sul no estado, criando condições para a defesa dos direitos sociais, civis e trabalhistas, alvos da agenda reacionária, e reunindo forças para avançar na efetivação das reformas estruturais que o país necessita. Nas eleições, buscar construir articulações políticas que situem o Partido no campo da centro-esquerda, respeitando, é claro, as particularidades da vida política de cada município e levando em conta os interesses do povo e do PCdoB.
90. Reforçar nossa identidade e ocupar nosso espaço, assumindo bandeiras atuais e avançadas, vinculadas às causas justas da sociedade e dos trabalhadores. Além da luta contra o golpe, pelo fortalecimento da Frente Brasil Popular, pela construção de um bloco de esquerda, pelo Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento do PCdoB , pelo projeto de desenvolvimento do PCdoB para Mato Grosso do Sul e contra medidas neoliberais do governo de Reinaldo Azambuja, a agenda do partido deve tratar da defesa dos interesses dos trabalhadores, das reformas estruturais democráticas, dos direitos dos povos indígenas, da população LGBT, dos negros, das mulheres e dos direitos civis em geral.
91. Ao mesmo tempo, é preciso nos aproximarmos mais do povo, principalmente na capital e nos maiores municípios gaúchos, fortalecendo nossa atuação junto ao movimento dos trabalhadores, da juventude, das mulheres e dos novos movimentos sociais assumindo suas bandeiras e propugnando por cidades mais humanas e justas. A presença concreta dos nossos dirigentes e militantes nessas lutas permitirá a filiação de novas lideranças e o fortalecimento do Partido.
92. Ampliar a presença do Partido no interior. Hoje estamos organizados em 25 municípios. Propõe-se até as eleições de 2016 a expansão do PCdoB para 40 dos 79 municípios, reorganizando-o, inclusive, em Dourados, Aquidauana e Naviraí, que estão entre as 10 maiores cidades do estado e estão com suas direções desarticuladas.
93. Reforçar o trabalho com os quadros do Partido qualificando-os politicamente e ideologicamente. Por meio deles, garantir o funcionamento regular das direções partidárias e a organização da militância com o objetivo de viabilizar a aplicação de nossa política e uma atuação mais presente no dia a dia da luta do povo.
94. Focar a construção partidária em segmentos sociais estratégicos, como os trabalhadores da cidade do campo, a juventude, as mulheres e a intelectualidade, contribuindo para elevar o papel da CTB, da UJS, da Nação Hip Hop e da UBM, bem como buscando condições para construir a Unegro a UNA-LGBT. Entre os trabalhadores, dar atenção especial aos trabalhadores da educação e aos demais servidores públicos, aos trabalhadores rurais e agricultores familiares e também aos segmentos populares que ascenderam socialmente nos últimos anos e que buscam maior participação política.
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