O Distrito Federal, em seus 54 anos de existência, cresceu, tornou-se a 7ª maior metrópole brasileira, e consolidou como importante polo para o desenvolvimento do país e da região Centro-Oeste. Forma um eixo com Anápolis e Goiânia que é o terceiro mercado consumidor do País.
É necessário construir um projeto de desenvolvimentos para o Distrito Federal levando em conta as imensas potencialidades e os obstáculos a serem superados.
Um exemplo desta necessidade é o desemprego crescente no comércio e na construção civil devido principalmente à falta de um projeto de desenvolvimento.
O Distrito Federal é a unidade da Federação com maior PIB per capita, de maior renda domiciliar per capita e maior IDH, mas é também o possuidor do maior coeficiente de desigualdade do Brasil.
A desigualdade se apresenta em termos sociais, no grau de escolaridade e em termos espaciais. Comparando o Lago Sul com a Estrutural, a diferença de renda é de vinte vezes e 85% dos chefes de domicílio do bairro nobre possuem nível superior completo contra pouco mais de 1% do segundo.
A base da assimetria é a estrutura produtiva existente, cujo 55% do PIB vem do setor público, embora este gere pouco mais de 20% das ocupações. O rendimento dos assalariados do setor público é quase 4,5 vezes maior que as demais ocupações.
A desigualdade ocorre também entre o Distrito Federal e sua periferia metropolitana –formada pelos municípios vizinhos – cuja atividade econômica é ineficiente, razão da forte dependência do mercado de trabalho do DF, da baixa capacidade de arrecadação das administrações municipais e da pobreza da maioria de sua população.
O PIB conjunto dos municípios da periferia metropolitana corresponde a 4% do PIB metropolitano total, muito abaixo das demais periferias metropolitanas do país cuja esta participação varia de 25% a 50%.
Outra grande distorção é a forte concentração de postos de trabalho na RA I – Brasília, que com 8% da população do DF, responde por 48% dos postos de trabalho existentes.
Este quadro indica a necessidade de diversificar a estrutura produtiva e desconcentrar as atividades econômicas não somente no DF, mas de forma articulada com os demais municípios da área metropolitana de Brasília.
É necessário pensar na estratégia de aumentar a participação da indústria na economia. A indústria de transformação representa 1,7% do PIB do DF, dez vezes menos que a média nacional.
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