O Distrito Federal sente ainda os efeitos da crise política que passou em 2009 e tem reflexos até os dias de hoje. O escândalo do mensalão do DEM apeou Arruda do governo e fez com que o DF convivesse com quatro governadores em um único ano.
A eleição de Agnelo Queiroz em 2010 foi fruto de uma ampla frente de forças políticas que participavam da base do governo Lula e apoiavam a eleição da presidenta Dilma, expressa na chapa majoritária com PT, PMDB, PDT e PSB.
O PCdoB participou ativamente da coligação vitoriosa e do governo, tendo estado à frente da Secretaria de Estado da Mulher e da Administração Regional de Brasília.
À frente destes espaços, o PCdoB construiu políticas públicas alicerçadas nas demandas populares e centradas no diálogo democrático.
Na Administração de Brasília houve uma profunda reorganização do papel do Estado, aplicando-se pela primeira vez a impessoalidade e a celeridade no atendimento a demandas simples como a emissão de alvarás. Também houve um efetivo debate sobe a ocupação de espaços públicos por manifestações culturais, revitalizando e revigorando a vivência na capital do país.
Os comunistas imprimiram à Administração de Brasília eficiência no atendimento às demandas administrativas, estimularam a participação e o diálogo como todos os setores da sociedade e ao mesmo tempo em que desmontou estruturas paralelas que agiam dentro do Poder Público há muito tempo.
Na Secretaria da Mulher, o PCdoB avançou na construção do diálogo com os segmentos de luta em defesa da Mulher e também na interlocução com o governo federal para a construção de políticas públicas conjuntas. Realizações como a Carreta da Mulher e a construção da 1ª Casa da Mulher Brasileira foram frutos desta construção.
A atuação da nossa camarada Olgamir Amancia foi reconhecida por todos os setores e resultou na sua eleição para a presidência do Conselho dos Direitos da Mulher do DF.
A parceria entre o governo do DF e o governo Federal possibilitou muitos avanços como a construção do corredor sul, seis unidade de pronto atendimento-UPA, ampliação do aeroporto de Brasília, o projeto Minha Casa Minha Vida e o estádio Nacional. Estas realizações trouxeram muitos benefícios e geraram milhares de empregos.
Porém, o governo local não logrou conquistar o reconhecimento da população e manteve baixos índices de aprovação. Não constituiu um núcleo de articulação política amplo para um debate mais profundo sobre os rumos da gestão. Críticas à administração, exigências de um serviço melhor, saída da base de lideranças políticas importantes, a existência de um setor conservador numeroso na cidade e ataques permanentes à figura do governador se somaram para tirá-lo da disputa do segundo turno.
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