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Robocop 2014- segurança, liberdade e coisificação do ser humano

20 de Abril de 2015, 9:39 , por Rafael Pisani Ribeiro - 0sem comentários ainda | No one following this article yet.
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Licenciado sob CC (by-nc-sa)

    De forma clara, o filme do ano de 2014, segue a mesma linha do original feito em 1987[1], A ideologia da segurança. Opõe o herói ou legal (dentro da lei) ao ilegal ou criminoso. O que se esconde ai é a liberdade se reduzir em toda a sociedade A ideia de segurança no filme mais novo, aparece sob o viés econômico e não social. A diferença entre os dois filmes é clara.  Eles têm a mesma estrutura de função dos personagens e temática, diferenciado o foco. No entanto, o ponto abordado aqui é outro: homem x máquina.

   No filme mais atual, a transformação do policial em robocop ocorre em diversas fases desde se tornar um produto, uma arma à recuperação da consciência voltando a poder ser considerado humano, se isso é possível. No começo, a transformação tem um lado humanista. O ser humano por trás da máquina vai tomando consciência de si e ocorre o equilíbrio máquina e homem. Depois, ele se torna para o externo um produto, uma arma, ainda considerando a si mesmo como um ser humano e agindo como um, ao menos por si. Por fim perde a autoconsciência e se torna uma arma. Logo após ocorre uma súbita recuperação de si. Como aplicar isso ao modo de combate?

   Em um dos momentos, o cientista responsável explica o modo de combate e afirma ser a máquina a responsável pelo comando e o humano nela só acredita estar comandando. O dono da empresa cria um paradoxo, isto é, a máquina acredita ser Alex. O ponto é: os dois são uma unidade. O lado humano potencializou o software com seu elemento único, os valores, a individualidade. O software potencializou as habilidades físicas e cognitivas a um nível além do humano comum, apesar do indivíduo não conseguir agir contra sua programação. Em termos hierárquicos, há um domínio da máquina. Só ao fim da vida, uma única vez, o lado humano supera o software. No entanto, o filme não pode deixar de abordar a ideologia de segurança.

   Isso dá a ela um tom estético e bonito independente das violências envolvidas ali. Robocop começa a caçar bandidos através do conceito de justiça baseado simplesmente na lei e históricos individuais com ela. Partindo desse princípio, e indo além dele, um crime não pode ser visto somente através do histórico da lei. Há também algo do social nele. Por exemplo, um criminoso com um ato cometido a mais de uma década é o mesmo sujeito que cometeu o crime? Mas principalmente: como definir crime? Basta ver o último fator escondido.

   Novamente, comparando os filmes, o primeiro traz sim o elemento homem x máquina, mas o inclui como certeza, isto é, Alex Murphy, presente nos dois filmes, é no primeiro uma simples máquina de fazer justiça, não é um debate colocado em questão. No segundo, isso é colocado em questão. É possível afirmar a complementação de um por outro. No filme de 2014, é comum aparecer o conflito privado x estatal. Sempre personificado pelo apresentador sensacionalista. O privado é sempre melhor que o estatal. No fim ocorre uma cena marcante, isto é, o dono da empresa responsável pelo Robocop é morto, representando simbolicamente a morte do privado no que diz respeito ao robocop. Em suma, o segundo filme esconde: a coisificação do ser humano, os valores e o questionamento do conceito de crime e sua condição social além do conflito privado x estatal. A pergunta é: O que é ser humano? E principalmente esse destaque: América não é um país, e sim um continente.

Lembrem- se de referenciar a fonte caso utilizem algo deste blog. Dúvidas, comentários, complementações? Deixe nos comentários.

Escrito por: Rafael Pisani
Edição feita por: Stephanie Mendes.

Referências:
Disponível em: http://www.armagedomfilmes.biz/?p=119940 Armagedon/  http://www.armagedomfilmes   Data de acesso: 11 de abril de 2015

__________________________________

[1]Fonte do filme de 1987: http://www.armagedomfilmes.biz/?p=119940

 

 


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