Ir para o conteúdo
ou

Thin logo

 Voltar a Blog
Tela cheia Sugerir um artigo

Coca Cola, Mineração e a falta de Água

16 de Fevereiro de 2015, 19:52 , por Rafael Pisani Ribeiro - | No one following this article yet.
Visualizado 326 vezes
Licenciado sob CC (by-nc-sa)

Inspirado por um ótimo texto, onde o autor descrevia como seria São Paulo sem água decidi falar sobre essa possibilidade com um olhar diferente. Por isso tentei procurá-lo, mas não achei. Para uma compreensão mais detalhada dos dados utilizados é interessante ler as referências. Em todo grau, o 1 site terra tem uma notícia do tipo. E não vem desprovido de ideologias, ainda que tente disfarçar.

Passa informações importantes e mostra como se tornaria a vida do cidadão. Essas informações vieram inclusive como uma possibilidade, dando material a imaginação. A questão ideológica, no entanto, não é essa. Em suas possibilidades só o cidadão é responsável pela falta de Água. Só ele paga o preço. Empresas, fábricas e comércios continuam na mesma, ou melhor, tem prejuízo, mas o cidadão paga por ele. O ponto de interesse é exatamente esse.

Primeiro vamos trocar o termo culpa por resposabilidade. O cidadão é sim responsável pela crise hídrica, mas não com maior parcela. É preciso que tome consciência e saiba utilizar um bem tão valioso, mas outras instâncias tem uma responsabilidade ainda maior. Essas instâncias tem a vantagem da proteção informacional, isto é, os meios de comunicação tiram sua responsabilidade e culpam o cidadão. As empresas são responsáveis, os cidadãos culpados. Afinal de contas, quais são essas outras instâncias?

As empresas e atividades listadas no título são grandes exemplos. Vejamos a produção de refrigerantes. Segundo 2esse site a Água é seu principal componente e é matéria-prima indispensável. Em termos numéricos quanto de Água a produção de refrigerantes gasta? Com certeza não é pequena. Portanto viva a Coca Cola e sua grande responsabilidade sobre a falta de Água! Um possível corte na produção de refrigerantes fez falta na previsão do Site terra. E ainda por cima há outras marcas e produtos aos quais a Coca Cola é possuidora, onde provavelmente a Água também é ingrediente indisponível. E a mineração?

Segundo 3esse site, Minas Gerais pediu ao cidadão Mineiro que economizasse até 30% de Água. Assim como pretende racionar e aplicar multas e sobretaxas para consumos excessivos. O problema não é o cidadão economizar, mas sim torná-lo o maior “culpado” e ainda fazê-lo pagar mais caro por isso.

Mineração, Siderurgia, Indústria e Agroindústria são as maiores consumidoras. Logo após vem o saneamento e por fim o cidadão. Em termos do rio Paraopeba 56,30% de sua Água é utilizada para indústria, mineração e plantações. Equivale a dizer que menos da metade é para consumo humano! Dentre os vários usuários empresariais, somente um deles consome diariamente o suficiente para abastecer uma cidade de 700 mil habitantes por dia. O cidadão é que deve economizar?

É ilógico responsabilizar o que menos consome, e mesmo com uma economia perfeita o resultado não seria considerável no todo. 30% de quem tem, em um chute estatístico 40% do consumo equivale a um consumo reduzido de 12%. Se as Mineradores consomem muita Água e ela está faltando, que se transfira seu uso para o consumo humano e se reduza para a mineração. Se vai faltar Água para beber, que se dê fim a produção de refrigerantes. Assim aparece a pergunta: metais minerados e refrigerantes são mais importantes que tomar Água?

Lembrem-se de referenciar a fonte caso utilizem algo deste blog.Dúvidas, comentários, complementações? Deixe nos comentários.

Escrito por: Rafael Pisani

Referências:

Disponível em: http://noticias.terra.com.br/brasil/cidades/sp-falta-agua/ Terra/ http://noticias.terra.com.br Data de acesso: 13 de Fevereiro de 2015

Disponível em: http://www.setor1.com.br/bebidas/refrigerantes/a_gua.htm Setor 1/ http://www.setor1.com.br Data de acesso: 13 de Fevereiro de 2015

Disponível em: http://minaslivre.com.br/plus/modulos/noticias/ler.php?cdnoticia=3006 Thaís Mota/ http://minaslivre.com.br Data de acesso: 13 de Fevereiro de 2015


Fonte: Rafael Pisani Ribeiro