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A agressão a Neymar e a falta de indignação dos anti-Copa, anti-Dilma e anti-Brasil

5 de Julho de 2014, 22:23 , por Desconhecido - 1Um comentário | 2 people following this article.
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Não vamos negar: a possibilidade, real, do Brasil sair campeão, deixa essa turma em pânico. Seu movimento mental é semelhante ao discurso de Carlos Lacerda contra Juscelino Kubisctheck nas eleições de 1955, quando ele dizia: JK não pode candidatar-se; se sair candidato, não pode vencer; se vencer, não será empossado. Na Copa de 2014, o ...
Não vamos negar: a possibilidade, real, do Brasil sair campeão, deixa essa turma em pânico.

Seu movimento mental é semelhante ao discurso de Carlos Lacerda contra Juscelino Kubisctheck nas eleições de 1955, quando ele dizia: JK não pode candidatar-se; se sair candidato, não pode vencer; se vencer, não será empossado. Na Copa de 2014, o raciocínio é o mesmo. Não podia haver Copa. Como ela aconteceu, deve ser ruim. E se não foi ruim, o Brasil não pode vencer. 

O ESCANDALO É A FALTA DE INDIGNAÇÃO

Depois do carnaval diante da mordida de Suarez, observadores silenciam diante da agressão criminosa contra Neymar

O aspecto mais chocante da contusão que deixará Neymar fora da Copa é a falta de indignação.

A joelhada de Zuñiga aos 41 minutos do segundo tempo foi um ato desleal e deliberado. Atacando sua vítima por trás, Zuñiga empurrou a cabeça de Neymar com a mão direita, para que o tronco ficasse encurvado e a espinha dorsal, mais exposta.

Se Neymar tivesse sido atingido algumas vértebras acima, o dano seria muito grave e é bom nem pensar nas consequências para o futuro do jogador. Mesmo assim, uma vértebra foi fraturada – o que dá uma ideia da violência que atingiu Neymar.

Zuñiga não foi expulso. Nem recebeu cartão amarelo.

A agressão, brutal, foi tratada como uma agressão normal de jogo, embora tivesse produzido uma lesão muito mais grave do que a mordida do uruguaio Luis Suárez no ombro do italiano Chiellini.

Olha só: embora tenha sido um ato de uma pessoa psicologicamente perturbada, o que é sempre um atenuante num caso como este, a mordida de Suárez lhe valeu a suspensão por nove partidas da FIFA. Até Chiellini achou um exagero.

A reação diante da violência contra Neymar, o maior jogador brasileiro, a estrela número 2 da Copa depois do argentino Messi, foi a passividade. Essa é a mensagem.

É curioso imaginar por que não se fez um escândalo, nem no momento da agressão nem depois. Ficou tudo na normalidade.

O juiz Carlos Velazco Carballo será punido? E Zuñiga? Nada. A maior crítica que li nos jornais, hoje, foi um comentário dizendo que sua entrada foi “maldosa.” Fraco, hein?

Será que a Comissão de Arbritragem da FIFA irá se manifestar contra Carballo? Quem está pedindo? Quem exige?

Dá para entender o recado enviado aos árbritos das próximas partidas do Brasil, certo?

Essa reação compreensiva – digamos assim -- encobre um movimento que não ousa se mostrar por inteiro. Estou falando da torcida contra a Copa.

Derrotados fora de campo, quando se comprovou que a Copa era um sucesso nacional e internacional, e que a maioria dos meios de comunicação havia embarcado numa Escola Base em nível federal, testemunhada por 200 milhões de brasileiros, essa turma foi obrigada a guardar as energias negativas para o que acontece nos gramados.

Não vamos negar: a possibilidade, real, do Brasil sair campeão deixa essa turma em pânico.

Seu movimento mental é semelhante ao discurso de Carlos Lacerda contra Juscelino Kubisctheck nas eleições de 1955, quando ele dizia: JK não pode candidatar-se; se sair candidato, não pode vencer; se vencer, não será empossado. Na Copa de 2014, o raciocínio é o mesmo. Não podia haver Copa. Como ela aconteceu, deve ser ruim. E se não foi ruim, o Brasil não pode vencer.

Por isso ficaram muito indignados com o penalti (duvidoso, no mínimo) em cima de Fred no jogo do VNTC contra a Croácia. Mostraram-se generosos quando a Holanda foi beneficiada num lance parecido. Acharam normal. O silêncio diante da omissão absurda de Carballo é parte dessa postura.

Nas rodadas finais do Mundial, a turma do “Não vai ter Copa” aposta suas últimas esperanças numa derrota da Seleção.

Exibe sorrisos amarelos a cada vitória dos meninos. Ontem, quando ficou garantido que, na pior das hipóteses, a Seleção Brasileira terá direito a disputar uma medalha de bronze, o que ninguém espera mas está longe de ser aquele fiasco anunciado, a ausência de Neymar tornou-se a esperança silenciosa desse pessoal que, nos últimos dias, tentava inutilmente jogar nas costas da “Copa” e do “PAC” a tragédia numa obra de infraestrutura de Belo Horizonte, licitada e administrada pela prefeitura de um aliado da oposição. A joelhada de Zuñiga foi um ato canalha. Mas o jogo fora do campo é muito pior e desleal, vamos combinar.

Por Paulo Moreira Leite

BlogueDoSouza - Democratização da Comunicação, Reformas de Base e Direitos Humanos.


Tags deste artigo: carlos velazco carballo copa 2014 fifa juscelino kubisctheck luis suárez messi neymar zuñiga
Fonte: http://feedproxy.google.com/~r/BlogueDoSouza/~3/zTxy3ySppKc/a-agressao-neymar-e-falta-de-indignacao.html

1Um comentário

  • D58fcfe0f9df3182acf3067fd8736ff8?only path=false&size=50&d=wavatarmarivalda silva soares
    6 de Julho de 2014, 6:47

    A joelhada (VIOLÊNCIA) de Zuniga sobre Neimar teria sido mesmo um ato inocente ou comum no futebol mundial?

    Este ato desse jogador me deixou muito triste, receosa e até mesmo assustada. Será que sempre que uma pessoa se destaca, representando o Brasil, ele estará sujeito a ser vitima da ira daqueles que não sabem valorizar a disputa, nem a democracia? Assim que aconteceu este fato tão horripilante, lembrei-me imediatamente da convulsão que vitimou o nosso jogador Ronaldo "o fenômeno", na copa da França, quando ele era uma das maiores estrelas daquele evento, valorizando o Brasil e juventude brasileira, o mesmo teve uma convulsão justamente na vespera do jogo final daquele ano, quebrando com todo o esquema montado pelo seu técnico, que como aconteceu com Neimar, via nele a figura essencial para realizar os principais lances que poderiam ter dado a vitória ao Brasil. O inacreditável de tudo o que tentei relatar era que o Ronaldo não possuía nenhuma doença que causasse esse transtorno, nem mesmo ninguém ficou sabendo se ele teve mais alguma outra convulsão, após aquele "bendito" dia. NAQUELA COPA, O Brasil ACABOU PERDENDO, mas nesta copa, rogo a todas as forças da natureza para que o Brasil consiga VENCER. só assim, esses lances terríveis, inacreditáveis e cruéis poderão ser evitados. Não acredito que tenha sido um ato inocente, mesmo porque, alguém deverá ser beneficiado, e provavelmente não será o Brasil. A copa que estava sendo disputada com tanta valentia, criatividade e dignidade, após um ato desse, fica mais uma vez desacreditada. Para mim, começo até mesmo a duvidar dos interesses da cúpula do evento Copa do Mundo, o que aconteceria se o Brasil ganhasse a copa do mundo, eles ficariam satisfeitos? Quais grupos poderão ser beneficiados com a provável derrota do Brasil. Como professora de História, tenho certeza que num ato desses pode haver diversas interpretações, além de interesses diversos, que infelizmente não consigo nem imaginar.


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