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Burgos Cãogrino

3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.

Barack Obama, John Brennan e os DRONES

7 de Fevereiro de 2013, 22:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda



Manifestantes contra uso de drones americanos interrompem sessão no Senado

Manifestantes denunciando os ataques de aviões não tripulados (os chamados drones) interromperam a uma audiência no Senado americano, nesta quinta-feira, sobre a nomeação para o próximo diretor da CIA, forçando a polícia a escoltar os manifestantes para fora da sala.


"Ergam-se contra os drones", gritava um manifestante, enquanto John Brennan, indicado pelo presidente Barack Obama para dirigir a agência de inteligência americana, era interrompido inúmeras vezes ao tentar pronunciar seu discurso de abertura para a Comissão de Inteligência do Senado.
Barack Obama e John Brennan


Dianne Feinstein
Após cinco momentos em que os manifestantes insistiram em perturbar a audiência, a presidente do painel, Dianne Feinstein, ordenou que a polícia retirasse os manifestantes da salão e impedisse o retorno dos ativistas do grupo pacifista "Code Pink".




John Brennan
JohnBrennan é amplamente visto como o arquiteto da campanha para o uso em grande escala dos drones na guerra contra a Al-Qaeda, tema que Obama e seus assessores se recusam a discutir abertamente.

Um ativista exibia uma faixa com os dizeres "Brennan = massacres com drones". Um outro gritava ao senador Feinstein: "Seus filhos são mais importantes que os filhos de paquistaneses?".

Os casos de "ataques cirúrgicos" contra militantes suspeitos da Al-Qaeda no Paquistão, no Iêmen, na Somália e em outros países foram condenados por grupos de defesa dos direitos humanos por empreenderem uma guerra clandestina e ilegal.



Fonte: EM

Imagens: Google




A crise do capitalismo e o efeito-borboleta

7 de Fevereiro de 2013, 22:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda






*Por Immanuel Wallenstein
Tradução de Antonio Martins


Fazer previsões de curto prazo (o próximo ano ou o seguinte) é um jogo de tolos. Há muitas mudanças imprevisíveis e sobressaltos no mundo real político, econômico e cultural. Mas podemos tentar fazer afirmações para o médio prazo (uma década ou mais), baseadas numa estrutura teórica adequada, combinada com uma sólida análise empírica das tendências e obstáculos.

Que sabemos sobre o sistema-mundo em que vivemos? Primeiro, que é uma economia-mundo capitalista, cujo princípio básico é a acumulação incessante de capital. Além disso, sabemos que é um sistema histórico, que, como todos, (do Universo como um todo aos mais minúsculos nano-sistemas) tem uma vida. Nasce, vive sua existência “normal” de acordo com regras e estruturas que cria, e então, em um certo ponto, move-se muito além do equilíbrio e entra em uma crise estrutural. Em terceiro lugar, sabemos que nosso sistema-mundo atual é polarizante, produzindo um abismo crescente entre os Estados e o interior dos mesmos.

Estamos nesta crise estrutural exatamente agora, e há cerca de quarenta anos. Vamos continuar nela por mais vinte a quarenta anos. É a duração média das crises estruturais dos sistemas históricos. O que acontece nestes momentos é que o sistema bifurca-se. Significa, essencialmente, que emergem duas formas alternativas de encerrar a crise estrutural – por meio da “escolha” coletiva de uma das saídas.

A principal característica de uma crise estrutural é uma série de flutuações caóticas e selvagens de tudo – os mercados, as alianças geopolíticas, a estabilidade das fronteiras estatais, do emprego, dívidas, impostos. A incerteza, mesmo no curto prazo, torna-se crônica. E as incertezas tendem a congelar a tomada de decisões econômicas – o que, é claro, torna as coisas piores…

Eis algumas das coisas que podemos esperar no médio prazo. A maior parte dos Estados enfrenta, e continuará a enfrentar, uma pressão provocada por arrecadação em queda e gastos em alta. A maioria deles tem tentado reduzir os gastos de duas maneiras. Primeiro, cortar (ou mesmo eliminar) boa parte das redes de segurança que foram construídas no passado, para ajudar as pessoas comuns a enfrentar as contingências com que se deparam. Mas há uma segunda maneira. A maior parte dos Estados está cortando as transferências de recursos para entidades estatais subordinadas – unidades federadas (se o país é uma federação) e governos locais. Isso apenas transfere, para estas unidades federadas, a necessidade de elevar impostos. Se não são capazes, podem quebrar, o que elimina outras partes das redes de segurança (em especial, aposentadorias).

Isso provoca um impacto imediato sobre os Estados. De um lado, enfraquece-os, já que cada vez mais unidades federadas procuram separar-se, quando veem este passo como economicamente vantajoso. Mas por outro lado, os Estados são mais importantes que nunca, já que as populações buscam refúgio em políticas estatais protecionistas (“garanta meu emprego, não os deles”). As fronteiras estatais sempre mudaram. Mas é provável que mudem ainda mais frequentemente agora. Ao mesmo tempo, novas estruturas regionais, ligando Estados existentes (ou suas sub-unidades) – como a União Europeia (UE) e a União de Nações da América do Sul (Unasul) –, continuarão a florescer e jogar um papel geopolítico crescente.

Os malabarismos entre os múltiplos espaços [loci] de poder geopolítico irão tornar-se ainda mais instáveis, numa situação em que nenhum destes espaços estará em posição de ditar as regras inter-estatais. Os Estados Unidos são um poder geopolítico de outrora, com pés de barro, mas ainda suficientemente poderosos para se vingar de danos sofridos. A China parece ter o economia emergente mais poderosa, porém é menos forte que ela própria (e outros) pensam. O grau em que a Europa Ocidental e a Rússia irão se aproximar é ainda uma questão aberta, muito presente na agenda de ambas partes. Como a Índia usará suas cartas é algo sobre o que ela está muito indecisa. O que isso significa, no momento, para guerras civis como a da Síria, é que as intervenções externas anulam-se umas às outras e os conflitos internos tornam-se ainda mais organizados em torno de grupos identitários fratricidas.

Reitero uma posição que mantenho há muito. Ao final de uma década, veremos grandes realinhamentos. Um é a criação de uma estrutura confederada, ligando o Japão, a China reunificada e a Coreia reunificada. O segundo é uma aliança geopolítica entre esta estrutura confederada e os Estados Unidos. Um terceiro é uma aliança de facto entre a União Europeia e a Rússia. Um quarto é a proliferação nuclear em escala significativa. Um quinto é o protecionismo generalizado. O sexto é uma deflação mundial, que pode assumir duas formas – ou uma redução nominal dos preços, ou inflações descontroladas -, que teriam a mesma consequência.

Obviamente, não são perspectivas felizes para a maior parte das pessoas. O desemprego global vai crescer, em vez de cair. E as pessoas comuns sentirão muito severamente o aperto. Elas já demonstraram que estão prontas para lutar de diferentes maneiras – e esta resistência popular crescerá. Vamos caminhar para o meio de um vasta batalha política para determinar o futuro do planeta.

Os que detêm riqueza e privilégio não ficarão de braços cruzados. No entanto, ficará cada vez mais claro para eles que não podem garantir seu futuro por meio do sistema capitalista existente. Tentarão implementar um sistema baseado não mais no papel central do mercado – mas numa combinação de força bruta e dissuasão. Seu objetivo central será assegurar que o futuro sistema garanta a preservação de três aspectos centrais do atual – hierarquia, exploração e polarização.

Do outro lado, haverá forças populares que buscarão, em todo o mundo, criar uma nova forma de sistema histórico – que nunca existiu ainda. Uma forma baseada em relativa democracia e relativa igualdade. É quase impossível prever o que isso significa em termos das instituições que poderão ser criadas. Compreenderemos durante a construção deste sistema, nas próximas décadas.

Quem vencerá esta batalha? Ninguém pode prever. O resultado será determinado por uma infinidade de nano-ações, adotadas por uma infinidade de nano-atores, em uma infinidade de nano-momentos. Em algum ponto, a tensão entre as duas soluções alternativas vai pender definitivamente em favor de uma ou outra. É o que nos dá esperança. O que cada um de nós fizer a cada momento, sobre cada assunto imediato, importa. Algumas pessoas chamam a isso “efeito borboleta”. O bater de asas de uma borboleta afeta o clima do outro lado do mundo. Neste sentido, somos todos borboletas, hoje.

*Immanuel Wallenstein é sociólogo e cientista social norte-americano




Fonte: Sul21
Imagem: Google




A angústia que liberta

1 de Fevereiro de 2013, 22:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda



Por Tibiriçá, do Blog Prezado Cara Pálida


Foi pela angústia de não me conformar pelo modo pelo qual temos que viver, dentro de um Sistema cercado por todos os lados com “grades” culturais, morais e sistemáticas e que não permitem que sejamos a nossa própria essência, seja pela ignorância travestida de educação, de cultura, sejam por todas as ideologias enganadoras que buscam tutelar as nossas consciências e o nosso livre arbítrio para que sejamos uma massa obediente, submissa, insegura e dividida, ou seja, “escravos psicológicos” sem sequer darmo-nos conta disso, fazendo-nos crer estarmos vivendo no melhor dos mundos e sempre acreditando que o amanhã será melhor do que o hoje, vivendo de esperanças, pois é isso que nos inculcam, que nos fazem acreditar.

Muitos poderão dizer que isto é um absurdo, que todos somos livres, e que vivemos num sistema democrático onde há liberdade de pensamento e de expressão e que podemos ter as nossas livres escolhas. Entretanto, temos a ideologia do individualismo e a competição como algo absolutamente normal, onde a meritocracia na busca do sucesso justifica toda sorte de atitudes, mas parem um pouco para pensar, que liberdade é esta de escolha, se só tens aquilo que querem que saibas, se só tens todos os dias da “vida” o direito de ir e vir desde que seja para o mesmo lugar, se só podes pensar o que eles querem que tu penses, se o Estado de Direito não distribui nem conforto nem Justiça, mas pelo contrário só fomenta a luta de classes através dos sindicatos da miséria, das associações e conluios, ou seja através do senso comum construído pelas filosofias, pensamentos diversos ditos democráticos, onde cada qual diz ter o monopólio da felicidade, pela mídia venal e mal intencionada, pelas "sacrossantas religiões" e que ao longo de muitas eras passaram a chamar isto de tradição.

De qualquer forma tive a necessidade de divulgar aquilo que pude aprender e de me informar, já que não sou adepto do conformismo, como o do gado que vai para o matadouro, e por conseguinte, longe de trazer idéias messiânicas, sobre um Líder, um Salvador que assuma os nossos pecados, as nossas mazelas, acredito isto sim que é a responsabilidade individual de cada um realizar o conhecimento ou que tenha pelo menos a boa vontade e comprometimento para buscar uma informação alternativa e tendo acesso a este conhecimento possa depois separar o joio do trigo e se for também da sua vontade, buscar informar as demais pessoas. Não quero que sintas a obrigação de absorver os conceitos e as informações que divulgo e compartilho, não é o meu objetivo ferir ou destruir as idiossincrasias pessoais que as pessoas têm, pelo contrário, isto é só um convite à reflexão. Os assuntos abordados basicamente se referem às questões existenciais e dizem respeito a todos nós, de fato, são informações que não se encontram na Grande Mídia mesmo porque não é do interesse dela. Eu entendo que não compartilhar estas informações, da minha parte seria muito egoísmo. Todos nós durante as nossas vidas temos buscado em menor ou maior grau as explicações para tanta injustiça, tanto infortúnio e muitas vezes até nos culpamos e nos sentimos frustrados e impotentes quando vemos uma sociedade tão doentia, e desta forma sempre acreditamos que a responsabilidade é dos outros e ficamos esperando que os outros façam a sua parte, (O Governo, os Políticos a Imprensa) ou mesmo ficamos buscando culpados, mas sequer nos damos conta que quando temos estas atitudes, sempre estaremos delegando aos outros que SOLUCIONEM os nossos PROBLEMAS e desta forma ao transferir a nossa responsabilidade, também transferimos a nossa LIBERDADE e tudo isto faz com que vivamos enganados pela pseudo-democracia representativa, que nada mais é do que passar uma procuração pelo voto obrigatório para um bando de patifes agirem em nosso nome e fazerem o que bem entendem.

E pior, quando vamos em busca também de saber da nossa Origem Divina e o porquê estamos no mundo, e o que viemos nele fazer? Outro bando de calhordas se arvora no direito de serem os mediadores, os representantes do Divino aqui na Terra e ninguém nos oferece explicações convincentes, verdadeiras, apenas dogmas que não raramente nos fazem andar em círculos. Certamente eu não possuo as respostas, pois cada um que procure as suas e seria muita pretensão da minha parte neste texto querer fazê-lo, mas sinto e intuo que “vivemos” como apenas seres que nascem, estudam, trabalham, casam, consomem e seguem os rituais de conduta ditados pela Sociedade, de modo que, sem nenhuma outra perspectiva do que estas nos são oferecidas pelo “Status Quo” que são representados pelos Poderes Constituídos, pelas igrejas e seitas das mais diversas tendências, pela Mídia e pela Ciência.

O grande trabalho a ser feito é desconstruir os tabus, as mentiras convenientes de uma sociedade construída pela falácia de um sistema monetário virtual, os pensamentos viciados pela propaganda de um consumismo que faz com que as pessoas sempre queiram mais e mais (como faz o esperto carroceiro que pendura uma cenoura numa vara e põe a frente do cavalo para fazer com que ele ande sem jamais alcançá-la). Assim como este simplório exemplo podemos ter tantos outros, afinal eles têm a astúcia enquanto nós somos crédulos. Então podes pensar será que não estou tentando influenciar no teu juízo de valores? E eu pergunto que valores? Se tudo o que está acontecendo, e já acontece desde muito tempo, guerras em nome da Liberdade e da democracia, acordos que não se cumprem, violência fratricida, tudo isto está certo? Se está certo, então alguma coisa deve estar errada. Quero com isto mais uma vez pedir para que não te escandalizes com isto, mas deixe fluir o benefício da dúvida na forma da mais pura percepção e intuição e verás que muitos paradigmas serão quebrados, talvez até uma sensação de solidão se apodere de ti, mas é uma solidão reconfortante que permitirá ergueres a cabeça acima do “rebanho” e sentir um pouco de Liberdade, mas se preferires não dessacralizar os conceitos e padrões que escravizam os seres Humanos desde os mais longínquos tempos, e se preferes ficar numa zona de conforto e se és Feliz assim, tens o Livre Arbítrio que te permites ter.



Tibiriçá




Fonte: Prezado...Cara Pálida



Mais sorte que juízo

1 de Fevereiro de 2013, 22:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda






O problema com a sorte é que ela não é infalível

Ao dizer que os frequentadores de casas noturnas no Brasil têm “mais sorte que juízo”, o subcomandante do 4º Comando Regional do Corpo de Bombeiros, major Gérson da Rosa Pereira, acabou cunhando a frase que sintetiza o tipo de comportamento que causou, direta ou indiretamente, o desastre do último domingo. Mais do que isso: major Gérson expressou, inadvertidamente, uma verdade íntima nacional – um sentimento que todo brasileiro, em maior ou menor intensidade, já terá sentido alguma vez na vida, ou irá sentir.

Trata-se de uma espécie de modus operandi da nação. “Mais sorte que juízo” poderia substituir o “Ordem e Progresso” na bandeira e em todos os símbolos nacionais. Podia estar estampado nas notas de real, na entrada de hospitais e escolas, nos tribunais, em outdoors nas estradas, na letra do hino: “Onde te falta o tento/ O lábaro ostentas estrelado”.

Sorte é o que não nos falta mesmo. Não precisamos nos preocupar com terremotos, o que nos livra da chateação de planejar prédios que resistem a tremores de terra. No auge do inverno, o frio jamais é acompanhado daquelas inconvenientes tempestades de neve que dão trabalho e exigem organização. Temos sorte porque ondas terríveis não arrebentam as nossas praias e porque o sol brilha quase o ano todo. Países solares costumam ser povoados por gente que não se deprime por qualquer coisa e que se acredita abençoada por morar em um lugar onde tudo o que se planta cresce e floresce.
O problema com a sorte é que ela não é infalível. Ninguém se responsabiliza pelo seu fornecimento regular e não temos de quem cobrar quando ela nos falta. É por isso que muitos países não tão afortunados quanto o nosso aprenderam a contar menos com a sorte do que com o juízo – que nada mais é do que tudo aquilo que podemos providenciar para não dependermos unicamente dos humores do acaso. O juízo, porém, não vem apenas de cima para baixo, na forma de leis muito boas, mas que ninguém respeita. Se o juízo não é prezado por todos, acaba valendo tanto quanto um trevo de quatro folhas na mão de quem não tem sorte.

Talvez por isso não foi apenas comoção o que se viu no Brasil nos últimos dias: foi pânico. O incêndio em Santa Maria assustou o país porque todos sabem que a irresponsabilidade dos donos daquela boate e daquelas autoridades que deveriam fiscalizá-la não é uma exceção, mas a regra – e não apenas em casas noturnas. Vivemos em um país em que não podemos confiar em edifícios aparentemente sólidos, em parques de diversão aparentemente seguros, em hospitais aparentemente bem equipados, em creches com piscina, em motoristas – e em quem deveria nos proteger. Somos como um personagem de videogame desviando de arapucas em série: pisos que desaparecem, pontes que pegam fogo, tetos que desabam. Às vezes, temos sorte, mas nem sempre.

E, enquanto apenas a sorte nos parecer o bastante, o som de celulares tocando sobre o corpo de meninos e meninas que podiam ser nossos filhos – que eram nossos filhos – vai continuar nos assombrando. Como um lamento dilacerante, mas também como um pedido de explicações.




Fonte: Zero Hora
Imagem: Google