Exército israelense se prepara para guerra sangrenta no Líbano
4 de Agosto de 2013, 13:15 - sem comentários aindaA terceira guerra no Líbano será breve, agressiva e sangrenta. Esta afirmação tem sido exposta por altos oficiais israelenses, partindo da possibilidade de um confronto armado com o Hezbollah nos próximos meses. Eles elevam o tom de ameaças ao Líbano para tentar deter as vitórias - e fortalecimento - do Hezbollah na Síria.
Na opinião dos militares, Israel será alvo de centenas de mísseis capturados pelo Hezbollah na Síria. Curiosamente, esses mísseis foram entregues aos mercenários e terroristas que atuam na Síria justamente pelos governos de Israel, EUA, França e Inglaterra. Portanto, Israel vai provar do seu próprio veneno ao ver explodir em seu território as armas que enviou para tentar destruir um país vizinho, a Síria.
Analistas afirmam que os meios da defesa antiaérea israelenses e norte-americanas não conseguirão proteger totalmente o país contra o disparo de sucessivos mísseis vindos do Sul do Líbano.
Por parte do exército israelense, se esperam ataques aéreos em massa ao território libanês, massacrando principalmente a população civil indefesa, em uma manobra rápida mas agressiva. Temendo pressão internacional, os militares israelenses desejam promover ataques rápidos e sangrentos.
As ameaças de ataques ao Líbano por parte do governo de Israel são constantes, e são reflexos da impunidade em que atuam, promovendo ataques terroristas na Síria e na Palestina ocupada, diante do silêncio criminoso das Nações Unidas e da imprensa ocidental.
Fonte: Voz da Rússia, Marcha Verde
Imagem: Google
Exército israelense se prepara para guerra sangrenta no Líbano
4 de Agosto de 2013, 13:15 - sem comentários aindaA terceira guerra no Líbano será breve, agressiva e sangrenta. Esta afirmação tem sido exposta por altos oficiais israelenses, partindo da possibilidade de um confronto armado com o Hezbollah nos próximos meses. Eles elevam o tom de ameaças ao Líbano para tentar deter as vitórias - e fortalecimento - do Hezbollah na Síria.
Na opinião dos militares, Israel será alvo de centenas de mísseis capturados pelo Hezbollah na Síria. Curiosamente, esses mísseis foram entregues aos mercenários e terroristas que atuam na Síria justamente pelos governos de Israel, EUA, França e Inglaterra. Portanto, Israel vai provar do seu próprio veneno ao ver explodir em seu território as armas que enviou para tentar destruir um país vizinho, a Síria.
Analistas afirmam que os meios da defesa antiaérea israelenses e norte-americanas não conseguirão proteger totalmente o país contra o disparo de sucessivos mísseis vindos do Sul do Líbano.
Por parte do exército israelense, se esperam ataques aéreos em massa ao território libanês, massacrando principalmente a população civil indefesa, em uma manobra rápida mas agressiva. Temendo pressão internacional, os militares israelenses desejam promover ataques rápidos e sangrentos.
As ameaças de ataques ao Líbano por parte do governo de Israel são constantes, e são reflexos da impunidade em que atuam, promovendo ataques terroristas na Síria e na Palestina ocupada, diante do silêncio criminoso das Nações Unidas e da imprensa ocidental.
Fonte: Voz da Rússia, Marcha Verde
Imagem: Google
Acordo de paz ou jogada de marketing?
2 de Agosto de 2013, 12:21 - sem comentários aindaPor Marino Boeira*
Um acordo de paz permanente entre palestinos e judeus é uma meta que deve ser desejada por todos, mas as novas conversações entre Israel e a Autoridade Palestina, promovidas pelo Secretário de Estado Norte-Americano, John Kerry, parecem mais uma jogada de marketing político do governo Obama do que realmente um esforço para superar as antigas divergências que separam os dois povos.
A partir de 1993, em Oslo, sob o patrocínio de outro presidente americano, Bill Clinton, judeus e palestinos começaram uma série de reuniões que terminaram em setembro de 1995, com os chamados acordos Oslo II, que permitiriam a criação de um Estado Palestino, ainda que fragmentado, cinco anos mais tarde, nas regiões da Cisjordânia e Faixa de Gaza.
Yitzhak Rabin, Bill Clinton e o líder palestino Yasser Arafat |
Sob pressão americana, o dirigente histórico da Autoridade Nacional Palestina, Yasser Arafat, foi obrigado a assinar um acordo pelo qual a Palestina era dividida em três áreas. A Zona A, sob total controle da ANP, representava 3% dos territórios ocupados e 20% da população, enquanto a Zona B (controle militar israelense e civil palestino) compreendia 24% do território e 68% da população (os territórios das Zonas A e B são completamente fragmentados, sem continuidade). A Zona C, incluindo Jerusalém Oriental, com 73% do território e 12% da população, permanecia sob total controle israelense e nela se intensificou a construção de colônias judaicas e rodovias estratégicas.
Outras reivindicações históricas dos palestinos desde a criação do Estado de Israel, em 1948, como a volta às fronteiras existentes até 1967, o retorno dos palestinos expulsos de suas terras e a questão da divisão de Jerusalém, sequer foram discutidas.
Mesmo com todas estas concessões, Israel nunca cumpriu o que prometera em Oslo. Yitzhak Rabin, que assinou o acordo de paz com Arafat, seria assassinado por extremistas judeus de direita cinco semanas após e o seu governo de centro esquerda, substituído, mais adiante, por outro formado por uma coalizão de direitistas e partidos religiosos, para os quais nenhuma concessão deveria ser feita aos palestinos.
Na visão estratégica dos fundadores e dos principais líderes do Estado de Israel, como David Bem-Gurion, Golda Meir, Moshe Dayan e Menachen Begin, a paz com os árabes nunca foi uma perspectiva aceitável, muito menos a consolidação de um Estado Palestino na região. Na visão militarizada desses líderes, a sobrevivência de Israel, além do permanente apoio material dos Estados Unidos, só seria possível com apropriação das terras e dos mananciais de água dos palestinos. Por isso, a guerra, muito mais do que a paz, sempre esteve entre seus principais objetivos.
Com algumas nuances pouco marcantes, esta foi sempre a estratégia dos governos de Israel. Quando a pressão internacional era muito grande, eram feitas algumas concessões aos palestinos, mas no essencial a política de ocupação das terras árabes por colonos judeus nunca foi interrompida.
Sem perspectivas de alcançar algum sucesso pelas vias políticas, os palestinos, também estimulados pela expulsão dos judeus do sul do Líbano, lançaram a segunda Intifada (guerra das pedras) contra os soldados e os colonos israelenses nas regiões ocupadas, a partir do ano 2.000, causando em seis anos mais do que 5 mil mortos, a maioria palestinos.
No final do ano passado, a ONU aprovou o pedido da Autoridade Palestina para se tornar um Estado observador nas Nações Unidas por 138 votos a favor, inclusive com o voto do Brasil, 9 contra e 41 abstenções. Na prática, porém, pouco mudou e o que mudou foi para pior: os fundos de auxílio dos Estados Unidos à Autoridade Palestina foram congelados pelo Congresso Americano e Israel bloqueou o repasse mensal de US$ 100 milhões em taxas alfandegárias e impostos sobre vendas, a que a Autoridade Palestina tem direito sobre o seu comércio com outros países.
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Mahamoud Abbas |
Há semanas atrás, antecedendo à vista de Kerry, Obama esteve na Palestina para negociar a realização da chamada Conferência de Paz. Primeiro, anunciou que o atual acordo de ajuda militar a Israel, que terminaria em 2017, será ampliado por mais 10 anos a um custo de 3 bilhões de dólares anuais. Depois, garantiu o repasse imediato de 200 milhões de dólares à Autoridade Palestina e mais 500 milhões nos próximos dias, dos fundos que estavam congelados.
Satisfeitas as necessidades financeiras dos palestinos e militares dos israelenses, foi possível a Obama assumir o papel de mediador no processo de paz.
Para mostrar colaboração, Israel libertou 140 presos políticos palestinos.
Armado o circo, John Kerry anunciou que a gestação do acordo de paz deve durar nove meses, assim como acontece com os seres humanos.
Vamos esperar que não seja parido um monstro, embora a negociadora israelense, a ministra Tzipi Livni, já tenha antecipado poucas esperanças de sucesso na empreitada.
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Tzipi Livni |
Disse ela: "Temos ministros que não querem chegar a um acordo, nem ouvir falar da ideia de dois Estados, temos outros ministros que são indiferentes, mas que esperam que nenhum resultado seja alcançado, e outros membros do governo que desejam alcançar o fim do conflito".
Ela fazia referência aos ministros da ala radical do Likud, partido do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, e do nacionalista Lar Judeu, que são hostis à criação de um Estado palestino.
Livni também fez referência ao partido de centro-direita Yesh Atid de Yair Lapid, o ministro das Finanças, que até o momento não considera que o processo de paz seja uma prioridade
Enquanto isso quem vai ganhar ou perder nesses nove meses?
Em primeiro lugar, ganha o Presidente Obama, pelo menos enquanto durar a conferência entre palestinos e judeus.
Depois, os israelenses, que poderão continuar com suas políticas expansionistas sobre terras palestinas sem a ameaça de maiores represálias.
Ganha o governo da Autoridade Palestina, que terá alguns meses de desafogo financeiro.
Quem perde?
Como sempre aconteceu até agora, serão os palestinos na sua esperança de construir um estado nacional, independente, moderno e democrático.
Ela fazia referência aos ministros da ala radical do Likud, partido do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, e do nacionalista Lar Judeu, que são hostis à criação de um Estado palestino.
Livni também fez referência ao partido de centro-direita Yesh Atid de Yair Lapid, o ministro das Finanças, que até o momento não considera que o processo de paz seja uma prioridade
Enquanto isso quem vai ganhar ou perder nesses nove meses?
Em primeiro lugar, ganha o Presidente Obama, pelo menos enquanto durar a conferência entre palestinos e judeus.
Depois, os israelenses, que poderão continuar com suas políticas expansionistas sobre terras palestinas sem a ameaça de maiores represálias.
Ganha o governo da Autoridade Palestina, que terá alguns meses de desafogo financeiro.
Quem perde?
Como sempre aconteceu até agora, serão os palestinos na sua esperança de construir um estado nacional, independente, moderno e democrático.
*Marino Boeira é professor universitário
Fonte: Sul21
Imagens: Google
Acordo de paz ou jogada de marketing?
2 de Agosto de 2013, 12:21 - sem comentários aindaPor Marino Boeira*
Um acordo de paz permanente entre palestinos e judeus é uma meta que deve ser desejada por todos, mas as novas conversações entre Israel e a Autoridade Palestina, promovidas pelo Secretário de Estado Norte-Americano, John Kerry, parecem mais uma jogada de marketing político do governo Obama do que realmente um esforço para superar as antigas divergências que separam os dois povos.
A partir de 1993, em Oslo, sob o patrocínio de outro presidente americano, Bill Clinton, judeus e palestinos começaram uma série de reuniões que terminaram em setembro de 1995, com os chamados acordos Oslo II, que permitiriam a criação de um Estado Palestino, ainda que fragmentado, cinco anos mais tarde, nas regiões da Cisjordânia e Faixa de Gaza.
Yitzhak Rabin, Bill Clinton e o líder palestino Yasser Arafat |
Sob pressão americana, o dirigente histórico da Autoridade Nacional Palestina, Yasser Arafat, foi obrigado a assinar um acordo pelo qual a Palestina era dividida em três áreas. A Zona A, sob total controle da ANP, representava 3% dos territórios ocupados e 20% da população, enquanto a Zona B (controle militar israelense e civil palestino) compreendia 24% do território e 68% da população (os territórios das Zonas A e B são completamente fragmentados, sem continuidade). A Zona C, incluindo Jerusalém Oriental, com 73% do território e 12% da população, permanecia sob total controle israelense e nela se intensificou a construção de colônias judaicas e rodovias estratégicas.
Outras reivindicações históricas dos palestinos desde a criação do Estado de Israel, em 1948, como a volta às fronteiras existentes até 1967, o retorno dos palestinos expulsos de suas terras e a questão da divisão de Jerusalém, sequer foram discutidas.
Mesmo com todas estas concessões, Israel nunca cumpriu o que prometera em Oslo. Yitzhak Rabin, que assinou o acordo de paz com Arafat, seria assassinado por extremistas judeus de direita cinco semanas após e o seu governo de centro esquerda, substituído, mais adiante, por outro formado por uma coalizão de direitistas e partidos religiosos, para os quais nenhuma concessão deveria ser feita aos palestinos.
Na visão estratégica dos fundadores e dos principais líderes do Estado de Israel, como David Bem-Gurion, Golda Meir, Moshe Dayan e Menachen Begin, a paz com os árabes nunca foi uma perspectiva aceitável, muito menos a consolidação de um Estado Palestino na região. Na visão militarizada desses líderes, a sobrevivência de Israel, além do permanente apoio material dos Estados Unidos, só seria possível com apropriação das terras e dos mananciais de água dos palestinos. Por isso, a guerra, muito mais do que a paz, sempre esteve entre seus principais objetivos.
Com algumas nuances pouco marcantes, esta foi sempre a estratégia dos governos de Israel. Quando a pressão internacional era muito grande, eram feitas algumas concessões aos palestinos, mas no essencial a política de ocupação das terras árabes por colonos judeus nunca foi interrompida.
Sem perspectivas de alcançar algum sucesso pelas vias políticas, os palestinos, também estimulados pela expulsão dos judeus do sul do Líbano, lançaram a segunda Intifada (guerra das pedras) contra os soldados e os colonos israelenses nas regiões ocupadas, a partir do ano 2.000, causando em seis anos mais do que 5 mil mortos, a maioria palestinos.
No final do ano passado, a ONU aprovou o pedido da Autoridade Palestina para se tornar um Estado observador nas Nações Unidas por 138 votos a favor, inclusive com o voto do Brasil, 9 contra e 41 abstenções. Na prática, porém, pouco mudou e o que mudou foi para pior: os fundos de auxílio dos Estados Unidos à Autoridade Palestina foram congelados pelo Congresso Americano e Israel bloqueou o repasse mensal de US$ 100 milhões em taxas alfandegárias e impostos sobre vendas, a que a Autoridade Palestina tem direito sobre o seu comércio com outros países.
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Mahamoud Abbas |
Há semanas atrás, antecedendo à vista de Kerry, Obama esteve na Palestina para negociar a realização da chamada Conferência de Paz. Primeiro, anunciou que o atual acordo de ajuda militar a Israel, que terminaria em 2017, será ampliado por mais 10 anos a um custo de 3 bilhões de dólares anuais. Depois, garantiu o repasse imediato de 200 milhões de dólares à Autoridade Palestina e mais 500 milhões nos próximos dias, dos fundos que estavam congelados.
Satisfeitas as necessidades financeiras dos palestinos e militares dos israelenses, foi possível a Obama assumir o papel de mediador no processo de paz.
Para mostrar colaboração, Israel libertou 140 presos políticos palestinos.
Armado o circo, John Kerry anunciou que a gestação do acordo de paz deve durar nove meses, assim como acontece com os seres humanos.
Vamos esperar que não seja parido um monstro, embora a negociadora israelense, a ministra Tzipi Livni, já tenha antecipado poucas esperanças de sucesso na empreitada.
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Tzipi Livni |
Disse ela: "Temos ministros que não querem chegar a um acordo, nem ouvir falar da ideia de dois Estados, temos outros ministros que são indiferentes, mas que esperam que nenhum resultado seja alcançado, e outros membros do governo que desejam alcançar o fim do conflito".
Ela fazia referência aos ministros da ala radical do Likud, partido do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, e do nacionalista Lar Judeu, que são hostis à criação de um Estado palestino.
Livni também fez referência ao partido de centro-direita Yesh Atid de Yair Lapid, o ministro das Finanças, que até o momento não considera que o processo de paz seja uma prioridade
Enquanto isso quem vai ganhar ou perder nesses nove meses?
Em primeiro lugar, ganha o Presidente Obama, pelo menos enquanto durar a conferência entre palestinos e judeus.
Depois, os israelenses, que poderão continuar com suas políticas expansionistas sobre terras palestinas sem a ameaça de maiores represálias.
Ganha o governo da Autoridade Palestina, que terá alguns meses de desafogo financeiro.
Quem perde?
Como sempre aconteceu até agora, serão os palestinos na sua esperança de construir um estado nacional, independente, moderno e democrático.
Ela fazia referência aos ministros da ala radical do Likud, partido do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, e do nacionalista Lar Judeu, que são hostis à criação de um Estado palestino.
Livni também fez referência ao partido de centro-direita Yesh Atid de Yair Lapid, o ministro das Finanças, que até o momento não considera que o processo de paz seja uma prioridade
Enquanto isso quem vai ganhar ou perder nesses nove meses?
Em primeiro lugar, ganha o Presidente Obama, pelo menos enquanto durar a conferência entre palestinos e judeus.
Depois, os israelenses, que poderão continuar com suas políticas expansionistas sobre terras palestinas sem a ameaça de maiores represálias.
Ganha o governo da Autoridade Palestina, que terá alguns meses de desafogo financeiro.
Quem perde?
Como sempre aconteceu até agora, serão os palestinos na sua esperança de construir um estado nacional, independente, moderno e democrático.
*Marino Boeira é professor universitário
Fonte: Sul21
Imagens: Google
A Voz de um Lobo solitário
1 de Agosto de 2013, 21:04 - sem comentários ainda========================================================
Fonte: Pense fora da caixa
Adaptado por este blog
EUA querem Estado palestino em nove meses
31 de Julho de 2013, 22:44 - sem comentários ainda![]() |
Saeb Erekat, John Kerry, Tzipi Livni e um Pacto de absoluto sigilo??? |
WASHINGTON – Da primeira conversa cara a cara em três anos, emergiram três pontos concretos – a duração do processo de paz, o conteúdo do debate e um pacto de absoluto sigilo através do qual somente o secretário de Estado americano, John Kerry, ficará autorizado a comentar o andamento das negociações de paz entre israelenses e palestinos. O prazo fixado para um acordo foi de nove meses. E as partes garantem que sobre a mesa estarão todos os pontos nevrálgicos, como a divisão de Jerusalém, as fronteiras da Palestina, a segurança de Israel e a compensação aos refugiados palestinos de 1948 e 1967.
Sob um clima de cautela e ceticismo, uma interferência causou surpresa: a do presidente americano, Barack Obama, que decidiu intervir pessoalmente para dar mais credibilidade às negociações. Obama recebeu os negociadores na Casa Branca ao lado do vice-presidente dos EUA, Joe Biden – o que não é costumeiro em negociações neste formato e em estágio inicial, onde o foco recai sobre o processo em si e não exatamente sobre o conteúdo.
Os comentários, porém, foram concentrados em Kerry. Em seis meses no cargo, ele fez nada menos que seis viagens à região e passou horas ao telefone com israelenses e palestinos para viabilizar o diálogo.
- Apesar de entender o ceticismo, eu não compartilho dele. Nós não podemos passar a outra geração a responsabilidade de acabar com um conflito que está sob nossa capacidade de resolução, no nosso tempo. Eles não devem suportar esse fardo, e nós não vamos deixar para eles – declarou o secretário de Estado, que ressaltou ser ele a única fonte de informações sobre as negociações, cujo caráter será sigiloso.
A negociadora e ministra da Justiça de Israel, Tzipi Livni, ressaltou o bom entendimento pessoal dela com o negociador palestino, Saeb Erekat, e classificou o encontro como "construtivo e positivo". Ao jornal israelense "Yediot Ahronot", porém, ela fez uma ressalva:
- Em primeiro lugar, depende de nós. Não é uma questão de passagens aéreas (para ir e vir negociar), é uma decisão de Netanyahu e do governo. Vamos ter outras decisões difíceis.
Abbas faz alerta
A ministra, uma das vozes de centro-esquerda do governo israelense, continuou:
- Foi bom. Não houve aquele jogo de troca de acusações na sala e houve, sim, uma tentativa de criar alguma coisa. Vamos ter outras dificuldades.
Erekat, por sua vez, reconhecido orador apaixonado, optou por economizar nas palavras:
- Os palestinos sofreram bastante, e ninguém vai se beneficiar deste processo mais que os palestinos. É hora de o povo palestino ter um Estado independente e soberano para si.
As próximas conversas acontecerão em agosto, em Jerusalém ou Ramallah.
Da Cisjordânia, saiu a nota mais polêmica do dia. Em um encontro com jornalistas egípcios, o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, lembrou que a ANP considera ilegal todas as colônias israelenses construídas nas terras anexadas após 1967. E disse que nenhum israelense – colono ou polícia de fronteira – poderá permanecer no futuro Estado da Palestina.
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Nota da Redação do Naval Brasil:
Nove meses? Essa o mundo paga p'ra ver! Como se vê, os elogios foram feitos porque as partes não brigaram à mesa de conversação, só isso!
E discursar o que é de direito, virou polêmica: a ilegalidade das colônias sionistas construídas nas terras tomadas por Israel, feita por Abbas!
O mundo quer ver os colonos judeus entregando suas casas confortáveis, que foram construídas em solo palestino, quando à época, o governo sionista bancava o risco e ganhava com as construtoras…
Fonte: Naval Brasil
Imagem: Google