Impunidade de crimes sionistas é condenada na ONU
26 de Setembro de 2012, 21:00 - sem comentários aindaA vice-Alta Comissária para os Direitos Humanos da ONU considerou inadmissível que os crimes israelenses cometidos na Palestina prossigam sem punição. A declaração foi feita dias depois de se assinalarem os 30 anos do massacre de Sabra e Chatila.
Durante uma sessão do Conselho dos Direitos Humanos, realizada segunda-feira, na qual Israel não esteve presente em sinal de protesto, Kang Kyung-wha advertiu que as autoridades israelenses têm de adotar medidas que conduzam ao fim das violações dos direitos humanos dos palestinos e, simultaneamente, combatam a impunidade que as tem dominado.
A responsável referia-se aos crimes sionistas praticados em 2008 e 2009 durante o ataque militar contra a Faixa de Gaza. “Há quase três anos que este Conselho tomou conhecimento das recomendações da missão de investigação [relatório Goldstein]. No entanto, ainda ninguém foi indiciado”, disse, de acordo com a Lusa.
Para Kyung-wha, as sentenças, quando existem, devem também ser proporcionais aos crimes cometidos, o que não acontece, acusou, exemplificando com o caso de um soldado israelense condenado recentemente a 45 dias de cárcere pela morte de duas palestinas que erguiam uma bandeira branca durante a operação “Chumbo Fundido”, na qual, de acordo com as Nações Unidas, pelo menos 1400 palestinos foram mortos, mais da metade dos quais civis.
O documento apresentado em Genebra criticou ainda a ação impune dos colonos israelenses contra a população palestina e as suas respectivas propriedades e meios de subsistência.
O caso paradigmático apresentado ao Conselho dos Direitos Humanos pela vice-Alta Comissária foi o de um ataque com um coquetel molotov contra uma família palestina da Cisjordânia. Entre as vítimas, que continuam hospitalizadas dada a gravidade dos ferimentos, está uma criança de seis anos.
“Inicialmente, Israel deteve três filhos de colonos, mas ao fim de cinco dias os suspeitos foram libertados mantendo-se em prisão domiciliar”, relatou a responsável, citada pela EFE.
Kang detalhou igualmente o caso da família Daraghmeh, residente no Norte da Cisjordânia, que apesar de ter apresentado dezenas de queixas à polícia em resultado do roubo e destruição de 850 oliveiras, e ter sido obrigada a requerer 35 intervenções médicas devido a ataques de colonos, continua a aguardar que as autoridades procurem e castiguem os responsáveis.
Dados da ONU indicam que só entre 1 de Agosto e 11 de Setembro, 426 oliveiras foram destruídas em 25 episódios de violência atribuídos a colonos. A isto acrescenta-se a destruição de 465 estruturas de palestinos na Cisjordânia ou em Jerusalém desde o início deste ano, 136 das quais habitações, provocando a expulsão de quase 700 pessoas.
No dia seguinte à apresentação do relatório, Israel decidiu encerrar durante dois dias todas as entradas e saídas da Faixa de Gaza e Cisjordânia. A justificativa é a celebração do… Dia do Perdão (Yom Kippur), a mais importante festividade do calendário judaico.
30 anos de Sabra e Chatila
A denúncia feita perante o Conselho dos Direitos Humanos ocorreu dias depois de se ter assinalado 30 anos sobre o massacre de Sabra e Chatila. Na Palestina, mas também entre as comunidades da diáspora palestina, o genocídio ocorrido em Setembro de 1982 durante a invasão israelita do Líbano foi recordado, bem como a impunidade que, deste então, vigora.
No campo de refugiados de Sabra e Chatila foram assassinadas entre 800 e 3500 pessoas. O então ministro da Defesa de Israel, Ariel Sharon – que posteriormente ocupou o cargo de primeiro-ministro –, foi considerado “responsável indireto” pelo massacre. Nunca ninguém foi levado perante a justiça, lamentaram os familiares das vítimas.
![]() |
Ariel Sharon - Ronald Reagan |
Por ocasião dos 30 anos do genocídio, foram também divulgados documentos desclassificados por Israel que indicam que entre Tel Aviv e Washington houve uma comunicação estreita durante os três dias do massacre.
As informações, publicadas pelo New York Times, atestam que o responsável diplomático norte-americano no Líbano, Morris Draper, não estaria totalmente ao corrente da ação dos milicianos protegidos pelo exército israelita, mas, não obstante, terá sido conivente com o prolongamento da ocupação de Beirute por parte das forças armadas sionistas, precisamente por mais 48 horas, isto é, tempo suficiente para a “limpeza” em Sabra e Chatila, como a denominava Sharon.
![]() |
George Shultz e Ronald Reagan |
Na época, foi o próprio secretário de Estado dos EUA, George Shultz, quem admitiu que a administração Regan não havia feito tudo para evitar o massacre, uma vez que, justificou-se, “confiou na palavra de israelitas e libaneses”.
Fonte: Avante, Vermelho
Imagem: Google (colocadas por este blog)
O abuso do diagnóstico médico do “transtorno mental” e a grande máquina comercial da drogadição
26 de Setembro de 2012, 21:00 - sem comentários aindaDepois de um diagnóstico tão rápido quanto leviano, sem nenhum fundamento científico, médicos prescrevem drogas que fazem parte de um vasto circuito industrial-comercial como mais um produto da moda, como uma sandália da estação, uma calça descolada, um celular da hora, um tênis da onda, etc.
No entanto, nada disso é o que parece. A drogadição é uma estratégia negocial da indústria farmacêutica, em combinação com profissionais médicos submetidos à ética dos predadores.
Quem controla esse abuso? Onde está o Estado, neste caso? Como proteger o seu filho dos lobos famintos da indústria da lobotomia química?
Ahmadinejad: ONU precisa de reformas estruturais
25 de Setembro de 2012, 21:00 - sem comentários aindaPor Humberto Alencar
Em sua oitava intervenção diante da Assembleia Geral das Nações Unidas, agora na sua 67ª Sessão, o presidente do Irã, Mahmud Ahmadinejad, disse que receberia com alegria qualquer esforço realizado pela organização e seus membros para estabelecer a paz e alcançar a estabilidade no mundo.
Na sessão, realizada na sede da organização em Nova York, nos Estados Unidos, Ahmadinejad disse que a ONU passa por um período de "declínio" e precisa de uma reforma estrutural.
"Hoje em dia, todos os países estão descontentes com a ordem mundial imperante e a administração equívoca do mundo está causando problemas globais", assinalou o chefe do executivo persa.
Mais adiante, afirmou que a atual situação do mundo é originada no egoísmo e no ódio, e é resultado de uma administração errada. Em outra parte de suas declarações, Ahmadinejad se referiu ao poder de veto na ONU, qualificando-o como um obstáculo para a defesa do direito das nações.
Armas nucleares para intimidar
Ahmadinejad também acusou o ocidente de intimidar com meios nucleares o resto das nações do planeta.
"A corrida armamentista e a intimidação pelo uso de armas de destruição em massa e armas nucleares pelas potências imperialistas se tornou uma prática comum", disse Ahmadinejad.
A ameaça contínua dos sionistas contra a nação iraniana é um exemplo claro dessa amarga realidade, agregou.
No mundo contemporâneo, testemunhamos que o unilateralismo, adotando políticas ambíguas, impõe guerras, promove a insegurança e a ocupação, o monopólio econômico e a dominação de centros sensíveis no mundo, continuou o chefe do executivo iraniano.
Para Ahmadinejad, a realização de testes militares destrutivos usando armas avançadas, ameaçando o mundo, e usando falsas premissas, tornaram-se uma espécie de jargão para forçar as nações a desistirem de sua soberania.
"Sob tais circunstâncias, não há confiança nenhuma nas relações internacionais e não há dispositivos críveis e seguros para resolver os atuais conflitos", afirmou.
"Os países que estocaram milhares de bombas e armas não podem se sentir seguros em tal situação", afirmou.
Fonte: Vermelho
Imagem: Google (colocada por este blog)
O presidente americano, Barack Obama na 67ª Assembleia Geral das Nações Unidas
25 de Setembro de 2012, 21:00 - sem comentários ainda
Obama: "Não nos equivoquemos: um Irã com armas nucleares não é um desafio que se possa conter. Isso ameaçará com a eliminação de Israel, a segurança das nações do Golfo e a estabilidade da economia global".
Obama: "É por isso que os Estados Unidos farão tudo que for necessário para impedir que o Irã obtenha uma arma nuclear"
![]() |
1945 - Bomba atômica lançada no Japão pelos EUA (Estados Unidos da América) |
Obama: "Queimar uma bandeira americana não educa uma criança", disse Obama ao criticar a reação violenta da comunidade muçulmana, que resultou em ataques a diversas embaixadas dos EUA, protestos em diferentes cidades e na morte de quatro americanos, entre eles o embaixador Christopher Stevens, na Líbia, que foi lembrado pelo presidente logo no início do discurso.
Obama: "Não há palavras que justifiquem a morte de inocentes, a morte de diplomatas, queimar um restaurante no Líbano", declarou. "O futuro não pode pertencer àqueles que têm como alvo os cristãos coptas do Egito, e sim àqueles que digam: muçulmanos e cristãos, nós somos um."
![]() |
Soldados americanos matam afegãos e posam sorridentes com os cadáveres |
Sobre a Primavera Árabe, Obama citou as mudanças ocorridas em países como Tunísia, Iêmen, Líbia e Síria, deixando de citar a situação no Bahrein, também palco de protestos contra o governo desde o ano passado. No discurso, Obama ainda abordou a situação do Irã e o conflito entre Israel e Palestina, um dos temas mais delicados na assembleia.
![]() |
Soldados Israelenses na Palestina |
Obama declarou que o objetivo dos EUA é “um Estado israelita seguro e uma Palestina próspera” e que “a paz tem que vir de um acordo entre as partes”.
![]() |
Crianças Palestinas |
Reino Unido investiu em treinamento de militares de ditaduras
25 de Setembro de 2012, 21:00 - sem comentários ainda
Governo britânico colabora com República Democrática do Congo e Sudão, envolvidos em denúncias contra direitos humanos
O Reino Unido investiu milhões de libras esterlinas em programas de treinamento das Forças Armadas e da Polícia da Republica Democrática do Congo e do Sudão, rompendo com o embargo militar e econômico da União Europeia contra esses países.
As forças públicas dos dois países são acusadas de violações dos direitos humanos, como a promoção de episódios de torturas contra civis. O presidente sudanês, Omar al Bashir, foi denunciado por genocídio, crimes de guerra e contra a humanidade pelo Tribunal Penal Internacional.
Nos últimos cinco anos, autoridades britânicas injetaram mais de 2,4 milhões de libras (o equivalente a 7,9 milhões de reais) nos dois países africanos. De acordo com dados do Ministério de Defesa do Reino Unido divulgados nesta terça-feira (25/09) ao jornal britânico The Guardian, o objetivo dos investimentos era apoiar as operações de suas instituições de segurança. O pacote milionário incluiu cursos de estratégia e logística militar, de formação de tropas de elite, voltadas para a segurança das fronteiras e para o que chamam de "estabilização" da ordem interna. Parte dos treinamentos foi desenvolvido dentro do próprio território britânico.
O ministério também confirmou que oficiais sudaneses e congoleses estiveram na academia militar de elite de Sandhurst, uma vila localizada a 30 quilômetros de Londres. Lá foi desenvolvido um curso de 44 semanas com o exército britânico. Ainda não se sabe se houve a contratação de empresas de segurança privada para a coordenação desses treinamentos.
Respeito aos direitos humanos
O dossiê do Ministério de Defesa reforça acusações até então esparsas de membros da oposição ao governo de David Cameron. Em resposta, o governo conservador alegou que todos os programas de apoio militar são baseados em princípios humanitários.
WikiCommons
![]() |
Os milhões de refugiados e deslocados internos do conflito em Darfur estão espalhados em campos, entre eles o de Chad |
"Critérios rigorosos são aplicados em qualquer treinamento para garantir adequação com os direitos humanos”, disse um porta-voz citado pelo The Guardian. “Para cada decisão de financiamento, uma avaliação do risco de violação de direitos humanos é realizada. O governo realiza a avaliação contínua de seus programas e o cumprimento dos direitos humanos é um critério fundamental”, acrescentou.
O governo britânico também procurou afastar as acusações de que estaria rompendo com o resoluções internacionais ao cooperar com o presidente sudanês. Segundo o porta-voz, os funcionários têm contato apenas com acusados do Tribunal Internacional Penal quando isso é considerado essencial. “Não houve contato com o presidente Bashir para esses programas", afirmou.
No último mês de julho, lord Howell, alto funcionário do Ministério das Relações Exteriores, alegou que o Sudão viola os direitos humanos. “Existem muitas evidências de que os crimes mais graves contra a humanidade podem estar sendo cometidos pelos militares sudaneses”.
Organizações de direitos humanos e ativistas no Congo e no Sudão criticaram o programa de ajuda militar e acusaram o Reino Unido de cooperar com regimes criminosos e ditatoriais.
"Embora seja possível argumentar que auxiliar um exército para manter os padrões profissionais poderiam melhorar o seu histórico de direitos humanos, este não é claramente o caso do exército sudanês, que continua a cometer atrocidades contra civis em Darfur, das montanhas Nuba e do Nilo Azul, e continua a ameaçar seu novo vizinho, o Sudão do Sul", argumentou o militante John Ashworth, que morou no Sudão por trinta anos.
“É uma pena que o governo do Reino Unido se comporte de forma irresponsável, apoiando um governo que comete crimes de guerra. É uma questão ética não ficar ao lado das vítimas de ambos os países”, disse Ishag Mekki, um dos quatro milhões de refugiados de Darfur, ao Guardian. “Estou aborrecido de ver ministros e funcionários do governo visitar o Reino Unido regularmente para vários negócios, mas para treiná-los é chocante. Isso significa que o povo de Darfur terá que esperar muito tempo para convencer este governo a mudar sua mente", acrescentou ele que foi vítima do conflito na região.
Olhos fechados
Não é a primeira vez que o Reino Unido viola sanções internacionais contra regimes opressores. No início do mês, investigação conduzida pela rede BBC revelou que o governo britânico não aplicou as penas estabelecidas contra políticos da ditadura de Hosni Mubarak, no Egito.
Dessa forma, as fortunas desses egípcios, condenados por desvio de dinheiro público, permanecem intactas. Em um dos casos citados, um importante funcionário da ditadura, cujo nome configura na lista de sancionados do Tesouro Britânico, abriu há poucos meses uma empresa baseada em Londres.
A colaboração com o Sudão e com a República Democrática do Congo passa longe da agenda do premiê britânico, David Cameron. No ano passado, o premiê disse que "a ONU tem que mostrar que não podemos ser apenas unidos na condenação, mas unidos na ação, agindo de uma maneira que faz juz aos princípios fundadores da ONU e atende às necessidades do povo".
Fonte: Opera Mundi
Família real Britânica exibindo sua superioridade
25 de Setembro de 2012, 21:00 - sem comentários aindaQue mundo é esse que ainda permite esse tipo de "superioridade"???
Duas palavras expressam as imagens acima:
Humilhação e Superioridade
(Burgos Cãogrino)
Dilma Rousseff: “O mundo pede, em lugar de armas, alimento para bilhões de homens, mulheres e crianças que padecem do mais cruel castigo que se abate sobre a humanidade – a fome”
24 de Setembro de 2012, 21:00 - sem comentários aindaDilma alterna críticas e apelos em discurso nas Nações Unidas
Em vinte e cinco minutos, a presidenta Dilma Rousseff falou, em seu discurso de abertura da 67ª Assembleia Geral das Nações Unidas, nesta terça-feira (25), em Nova York, sobre os problemas que afligem o mundo. Ela fez críticas fortes e condenações veementes à guerra na Síria, à islamofobia no mundo ocidental até aos reflexos da crise econômica.
Dilma Rousseff destacou, entre as críticas, o bloqueio econômico dos Estados Unidos imposto a Cuba, que impede o desenvolvimento daquele país; as decisões unilaterais de guerra, ignorando decisões da ONU; e a tentativa do governo estadunidense de desclassificar as medidas comerciais adotadas pelo Brasil.
A presidenta brasileira, que pela segunda vez faz discurso de abertura da ONU, disse que “um ano depois, constato os mesmos problemas que nos afligiam em setembro de 2011”, e manifestou preocupação em voltar a discutir essas questões que exigem solução urgente.
Usando termos fortes, Dilma disse que não admite que “medidas legítimas de defesa comercial por parte de países em desenvolvimento sejam injustamente classificadas de protecionismo. A legítima defesa comercial está amparada pela normas da OMC (Organização Mundial do Comércio)”, lembrou a presidenta brasileira, acrescentando que “o protecionismo e formas de manipulação do comércio devem ser combatidos pois conferem maior competitividade (aos países que adotam) de forma espúria e fraudulenta”.
A presidenta do Brasil alternou críticas ácidas à situação do mundo com apelos à cooperação, diálogo e amizade para enfrentamento dessa situação. E enfatizou, nesses apelos, a necessidade permanente do combate à fome e à miséria, medidas de enfrentamento à crise econômica que permitam o desenvolvimento e a inclusão no mercado de trabalho, principalmente dos jovens, além do respeito ao meio ambiente.
Em defesa de Cuba
Para Dilma Rousseff, é preciso dar um basta ao anacronismo que representa o bloqueio econômico dos Estados Unidos “a um país irmão e querido de todas as nações latinas e caribenhas”, como definiu Cuba. “Cuba precisa do apoio de países próximos e distantes para o progresso, que é prejudicado pelo bloqueio econômico que golpeia sua população”, avaliou Dilma Rousseff.
E, ao falar sobre a situação de Cuba, estendeu sua avaliação sobre todo o continente latino-americano, que definiu como “exemplo para o mundo”. “Avançamos no espaço latino e caribenho. Nossa região é bom exemplo para o mundo. O estado de direito que conquistamos após os períodos autoritários que marcaram nosso continente está sendo preservado e fortalecido”, disse, destacando ainda os organismos do Mercosul e Unasul como exemplos da integração da região.
Segundo ela ainda, os países latino-americanos reafirmam o compromisso de manter a região livre de armas de destruição em massa, lembrando a existência de imensos arsenais de armas “que ameaçam toda a humanidade, agravam tensões e prejudicam os esforços de paz”. “O mundo pede, em lugar de armas, alimento para bilhões de homens, mulheres e crianças que padecem do mais cruel castigo que se abate sobre a humanidade – a fome”, afirmou.
Dificuldade do mundo
A presidente brasileira também fez apelo em favor da Palestina, dizendo que renovava o apelo para que o Estado palestino seja admitido como membro pleno da ONU. “Só um Estado livre pode estabelecer relações de paz e diálogo com os seus vizinhos”, disse, mais uma vez intercalando apelos às críticas.
Segundo ela, a comunidade internacional tem dificuldade em lidar com os conflitos regionais. Isso fica visível nas questões discutidas nas Nações Unidas. E, por isso, defendeu a reforma de mecanismos da governança mundial, que ainda não foram integralmente implementados pelas Nações Unidas.
As guerras e conflitos regionais, as trágicas perdas de vidas humanas e prejuízos materiais exigem reforma da ONU e do seu Conselho de Segurança, avalia Dilma Rousseff. “Não podemos permitir que esse conselho seja substituído, como vem ocorrendo, por coalizões que se formam à sua revelia, fora do seu controle e à margem do direito internacional. O uso da força sem autorização do conselho, uma clara ilegalidade, vem ganhando ares de opção aceitável. Mas, definitivamente, não é uma opção aceitável”, afirmou.
E insistiu em dizer que “o Brasil sempre lutará para que prevaleçam as decisões emanadas da ONU, mas que sejam legítimas e fundadas na legalidade internacional”.
Contra austeridade
Sobre a crise econômica, Dilma disse que ela ganhou novos e inquietantes contornos. E mais uma vez atacou as nações desenvolvidas que, ao adotar políticas ortodoxas, agravam a situação em seus países com reflexos nas regiões em desenvolvimento. Segundo ela, “os países ricos não encontraram caminho para ajuste fiscal e estímulo ao desenvolvimento e demanda necessários para interromper recessão e garantir crescimento econômico”.
Para ela o que existe é um “falso dilema”, lembrando que a responsabilidade fiscal é tão necessária quanto medidas de estímulo ao crescimento. “Não pode escolher entre uma coisa e outra, tem que fazer as coisas de forma simultânea e articulada”, aconselhou a presidenta do Brasil, usando seu governo como exemplo.
“Meu país tem feito a sua parte. Nos últimos anos, mantivemos política econômica prudente, acumulamos reservas cambiais expressivas, reduzimos o endividamento público e com políticas sociais inovadoras retiramos 40 milhões da pobreza, consolidando amplo mercado de consumo de massa”, enfatizando que “a dívida soberana dos estados e a dívida bancária e financeira não serão equacionadas em quadro recessivo”.
“A história revela que austeridade, quando exagerada e isolada do crescimento, derrota a si mesma”, avisa, dizendo que a opção do Brasil é enfrentar esses desafios. “O Brasil aumenta investimentos em infraestrutura e educação enquanto controla a inflação; atua em políticas de inclusão social e combate à pobreza ao mesmo tempo que faz reformas na área financeira e previdenciária; reduz a carga tributária, o custo de energia enquanto investe em conhecimento para produzir ciência e tecnologia.”
Ideiais olímpicos
Ao falar sobre a situação na Síria, Dilma Rousseff disse que “condenamos, nos mais fortes termos, a violência e o drama humanitário de grandes proporções” e fez apelo para que sejam depostas as armas e em seu lugar se use a diplomacia e diálogo que, segundo ela, é a melhor e a única opção para eliminar os conflitos.
Dilma Rousseff disse ainda, fazendo críticas às políticas colonialistas e neocolonialistas, que têm interesses comerciais por trás de um discurso civilizatório, que como presidenta de um país onde vivem pessoas de origem islâmica, lança protesto contra a islamofobia no mundo ocidental.
A presidenta brasileira reservou, para o final do discurso, palavras de estímulo e incentivo ao mundo, hoje multilateral: “Proponho a todas as nações que se deixem iluminar pelos ideais da chama olímpica. O fortalecimento das Nações Unidas é necessário nesse estágio em que estamos, onde a multipolaridade abre nova perspectiva histórica, de trabalho para que a cooperação predomine sobre o confronto, o diálogo se impunha sobre a ameaça e a solução negociada chegue sempre antes e evite a intervenção pela força”.
Para Dilma Rousseff, “nesse esforço necessariamente coletivo e busca de consenso, cabe às Nações Unidas papel privilegiado, na medida em que as instâncias se tornem mais representativas, mais efetivas e mais eficazes”.
Ela lembrou que com o encerramento dos Jogos Olímpicos de Londres, começou para o Brasil a contagem regressiva para os jogos no Rio em 2016, que serão precedidos pela Copa do Mundo de 2014, enfatizando que durante esses períodos de jogos, “a humanidade desperta para valores que devem nos inspirar permanentemente – tolerância, respeito pela diferença, inclusão, amizade e entendimento –, princípios que são alicerces dos direitos humanos e dessa organização”, concluiu.
De Brasília
Márcia Xavier
Fonte: Vermelho
Irã acusa Siemens de fornecer equipamento carregado de explosivos
23 de Setembro de 2012, 21:00 - sem comentários aindaTeerã acusou a empresa de construção de máquinas alemã Siemens de fornecer equipamentos carregados de explosivos para a indústria nuclear do Irã. O equipamento devia ser usado supostamente para cometer sabotagem.
O Chefe da Comissão de Segurança Nacional e Política Externa do parlamento do Irã, Alaeddin Boroujerdi, disse que as forças de segurança conseguiram evitar a sabotagem que estava sendo preparada. Segundo ele, a explosão ocorreria no momento da ligação dos equipamentos, a fim de causar um acidente do sistema.
Os zapatistas – hombres de maiz
22 de Setembro de 2012, 21:00 - sem comentários aindaEssa lenda contou o velho Antônio ao sub Marcos. Que quando os deuses decidiram criar as gentes fizeram um primeiro experimento. E fizeram homens e mulheres de ouro. Eles brilhavam muito, eram bonitos, mas não se moviam, não trabalhavam, porque eram muito pesados.
Então os deuses decidiram fazer os seres de madeira. Esses, homens e mulheres, se moviam, trabalhavam muito. Os deuses pensaram que tudo estava bem, mas, logo perceberam que os homens de ouro haviam se apropriado dos homens de madeira, fazendo com que trabalhassem para eles. Eram seus empregados.
Os deuses não gostaram disso e fizeram outros homens e mulheres, dessa vez de milho. E que esses eram bonitos, falavam a língua verdadeira, se moviam, trabalhavam e subiram as montanhas para fazer o caminho verdadeiro.
Então, disse o velho Antônio que os homens de ouro, brancos, são os ricos, os de madeira, morenos, são os pobres e os de milho são aqueles que os de ouro temem e os de madeira esperam. Então alguém perguntou ao velho de que cor eram os homens de milho.
Ele respondeu: assim como existem vários tipos de milho, os homens de milho têm muitas cores, têm todas as peles, e que ninguém poderia saber quem nem como eles eram, porque tinham como característica não ter um rosto.
É por isso que os zapatistas usam o pasamontañas (gorro preto). Porque eles são os homens e as mulheres de milho. Podem ser qualquer um. São qualquer um que fale a língua verdadeira e faça o bom caminho.
Comunicação alternativa: experiências e provocações
22 de Setembro de 2012, 21:00 - sem comentários ainda
Podem-se separar esses dois conceitos de comunicação como sendo, o primeiro, uma comunicação feita com o controle da sociedade organizada, e o segundo, como a comunicação feita numa comunidade específica. Mas, se fixarmos bem o olhar, vamos ver que é só uma divisão didática.
Por Elaine Tavares*
Tanto uma como a outra precisa da organização comunitária. E aí é que a porca torce o rabo. Vivemos num país e — arrisco dizer – num continente, onde a participação é coisa que ainda precisa ser aprendida. Países colonizados, amordaçados, useiros e vezeiros de ditaduras militares, de governos conservadores e patriarcais. Somos uma gente muito pouco acostumada a ter espaço onde dizer a palavra. Por conta disso, estamos sempre sendo representados por pequenos grupos que, com o passar do tempo, se acham no direito de dizer o que gostamos e o que não gostamos. Democracia direta é coisa distante para nós.
Isso nos leva a questão principal que é a da comunidade. O que é isso? Como definir? O filósofo Enrique Dussel tem um conceito para comunidade que eu gosto muito. Ele diz que comunidade é o povo organizado, são as forças em ação num determinado lugar. Ora, isso nos coloca um problema, com o qual nós, que trabalhamos com a tal da comunicação comunitária, temos de lidar todo o dia.
Vou falar da minha aldeia, para que vocês possam — se for bem sucedida – aceder ao universal. Temos uma rádio comunitária no bairro onde moro em Florianópolis, o Campeche. Ela foi criada pelo movimento organizado que se formou num momento em que a comunidade foi chamada a discutir um plano diretor. Foi um tempo rico. As pessoas se juntavam, debatiam, discutiam o bairro e, depois de muita reunião, formularam uma proposta. Foi a primeira comunidade de Florianópolis a fazer isso, nos anos 80. Mas, nesse processo, quem atuou não foi o bairro todo, eram alguns. Principalmente gente de esquerda, mas também gente nem tão de esquerda, mas que queria pensar o bairro e garantir uma vida boa. Esse movimento fez nascer um jornal impresso, o Fala Campeche, que passou a ser uma voz importante no bairro, dando notícias de todo o debate do plano diretor, assim como de todos os olhares que o construíram. Essa caminhada desse povo organizado, mais tarde, acabou gestando a Rádio Comunitária Campeche.
A nossa rádio, portanto, é filha de um longo processo de organização da comunidade, de um conjunto de pessoas que, por vezes, nem está tão afinada na política, mas que se afina no desejo de coisas boas para o bairro. É uma aliança tênue e frágil que temos de refazer a toda hora. Mas, ainda assim, temos conseguido manter a rádio viva desde 1994, com programas ao vivo desde 2004. Ali têm espaço todas as forças vivas que atuam no bairro, o que garante voz inclusive a algumas com as quais nem concordamos muito. Mas, isso é a democracia e a rádio está ali para o debate.
Isso significa que, tal qual na vida mesma, a luta de classe também se faz no âmbito da comunicação comunitária. É o nosso desafio diário. Todas as mazelas da sociedade se expressam naquele espaço. A comunidade se vê retratada na rádio e ocupa o espaço. Então, temos de lidar o tempo todo com a contradição. De um lado, todos os pressupostos que garantem ser a nossa rádio um espaço democrático, livre, formador de conhecimento, fomentadora dos debates e de outro, a sempre constante presença de forças que representam o contrário. Isso significa que a peleia pelas mentes e corações é diária. Assim que fica claro o quanto esse vocábulo “comunidade” encerra de conflito, contradição e complexidade.
Comunitário e popular
Nesse sentido, a comunicação comunitária se diferencia totalmente de outras propostas de comunicação popular que se fazem sem essa tensão. É o caso de outro projeto no qual tomo parte que é a revista Pobres e Nojentas, uma revista de reportagem que busca mostrar aquilo que a mídia normal não mostra. Esse é um projeto unilateral, que existe a partir do desejo de cinco jornalistas e alguns parceiros eventuais. Nós olhamos a cidade, as comunidades de periferia, os problemas, e decidimos a pauta.
Damos espaço para quem queremos e nos damos o direito de não dar voz a quem acreditamos que não mereça. É uma revista parcial, fincada na ideia de que aquele é um espaço dos que não têm ainda onde expressar sua voz. Ainda assim é um projeto de comunicação popular porque se faz na perspectiva do mundo popular e se distribui gratuitamente nas comunidades. Da mesma forma pode-se falar do blog “Palavras Insurgentes”, mantido por mim na rede mundial de computadores. Faço ali comunicação popular porque o mundo que retrato é o mundo popular. Mas, a edição, coordeno eu. Eu decido os temas, eu escrevo, faço minha análise, expresso minha opinião. E, ainda que seja um jornalismo feito desde abajo, ele depende só de mim.
Por isso que fazer comunicação comunitária é um desafio mais instigante. Porque nessa proposta estamos em grupo, fazendo coisas em perpétuo negociar. E isso não é coisa fácil. Porque fazer comunicação nas e para as comunidades é possível com uma só mão. Barbada, desde que tenhamos a convicção política e os meios de produção. Mas, fazer comunicação com as comunidades exige o descarte completo do ego, das certezas, e da intolerância.
Dou um exemplo com o qual nos deparamos todos os dias na rádio comunitária. Nossa rádio nasceu com o firme propósito de formar conhecimento, fugir dos temas impostos pela indústria cultural, debater os problemas locais. Mas, como agir com o associado que quer ouvir na rádio a música que é sucesso nacional, ainda que alavancada pela indústria? Como propor à comunidade um gosto que é de um grupo em particular? Essas são questões que estão sempre em pauta, discutidas à exaustão. Porque ser comunitária pressupõe estar em diálogo, e não servindo como correia de transmissão de um pensamento particular. É claro que, nesse caso, o debate se faz ao vivo, com o ouvinte participando e tendo a chance de se contrapor.
Outro elemento da comunicação comunitária que é bem contraditório é a legalização. Hoje, em Santa Catarina temos mais de cem rádios comunitárias legalizadas. E, conforme um trabalho de pesquisa da jornalista Terezinha Silva, pouquíssimas desse grupo poderiam de fato ser chamadas de comunitárias. No mais das vezes são rádios religiosas ou comerciais mesmo, na maior cara dura. Algumas delas, inclusive, extrapolando seu espaço de abrangência e adentrando no espaço da outra. Como é o caso de uma 98.3, exatamente a mesma frequência que a Rádio Campeche, que tem sede em São José e pode ser ouvida no Campeche.
A legalização, ao mesmo tempo em que deu certa segurança para quem faz a comunicação, colocou a proposta numa camisa de força. São tantas as regras que boa parte da tesão que há em fazer comunicação comunitária se esvai. Muitas vezes, as propostas comunitárias tem uma dinâmica própria que acabam tendo de se enquadrar numa lei fria e isso afasta muita gente.
Outro elemento perturbador no mundo da comunicação comunitária é a febre dos gestores. Como o governo Lula inaugurou uma interessante lógica de financiamento de propostas populares – via os pontos de cultura – muitas das pessoas que antes faziam comunicação como uma ação política na busca pela transformação começaram a se transformar num monstro informe chamado “gestor cultural”. Isso gerou a criação exponencial de pequenas ONGs que vão se formando com duas ou três pessoas, e essas criaturas vão se fazendo gerentes de projeto, passando a administrar os recursos públicos como quem administra uma empresa. A ponto de o objeto em si da coisa – que é fazer rádio, fazer teatro, fazer cultura – passar a ser apenas um adereço, um detalhe, quando não um atrapalho, ficando a ação principal enredada no “gerir o projeto”. Penso que aqui reside um nó górdio, que precisa de muito debate.
De certa forma, sou muito cética quanto a esse chamado avanço da comunicação comunitária no Brasil. Porque há muito que avançar em termos estruturais para que a comunicação comunitária possa de fato cumprir seu papel com mais eficácia. Por enquanto, eu penso que somos apenas resistência, e muito pouco eficaz às vezes. É uma coisa importante, mas precisa dar um salto de qualidade.
Durante os debates da Conferência Nacional de Comunicação, a gente tentou fazer a discussão num outro nível, mas não tivemos eco. Seguiu hegemônica a ideia capitaneada pelo Fórum Nacional de Democratização das Comunicações, que é a proposta de democratização. Ora, democratizar a comunicação pressupõe melhorar o que aí está. E, penso que esse modelo não deve ser remendado. Ele é ruim. Precisa de um outro, novo. Claro, conspiro da proposta de Rosa de Luxemburgo de que é preciso fazer reforma e revolução, tudo junto ao mesmo tempo. E é por isso que não consigo trabalhar só com a ideia de democratização. Há que democratizar o que for possível nesse modelo, é certo. Mas, ao mesmo tempo, temos de abrir cunhas para a construção de outro modelo. Soberania comunicacional. Ou seja, a comunicação de fato na mão do povo, com todas as idiossincrasias que isso pode provocar. Por isso a experiência comunitária é tão rica, porque ali já estamos exercitando esse fazer. A soberania popular pressupõe o embate permanente dentro da comunidade, a luta de classe, viva, também no campo comunicacional.
Formar redes e tomar o poder
A república bolivariana da Venezuela foi o primeiro país da América do Sul a pensar um novo modelo de comunicação. Durante anos o governo bolivariano conversou com as forças vivas do país e conseguiu, em 2009, constituir uma lei – chamada Lei Resorte (lei de responsabilidade social em radio e televisão) – que deu nova cara para o jeito de fazer comunicação. Aqui no Brasil segue olimpicamente ignorada. Pois a lei venezuelana dá condições concretas para que a comunicação comunitária se faça, e mais do que isso, garante espaço de difusão a tudo o que é produzido nas mais remotas regiões do país. Emissoras privadas precisam ter até 70% de programação local, e foram criadas várias emissoras de rádio e TV estatais e públicas. Ou seja, houve uma mudança estrutural (revolução) e não apenas remendo (reforma). Ali, a democratização da comunicação não significa um pouquinho mais de negros, um pouquinho mais de índios, um pouquinho mais de homossexuais no rádio e na TV. Ali está em curso um processo de soberania comunicacional. Mudança, transformação.
É fato que esse processo não se dá de maneira isolada. O país também vem atuando de outra forma no embate da colonização mental que sempre tomou contra de nuestra América. Assim que a soberania comunicacional só pode ser possível no Brasil se houver outro Brasil também. Isso, por si só já nos demarca a titânica tarefa que temos.
Nesse sentido, nós, comunicadores comunitários e populares precisamos atuar para garantir mais eficácia no nosso fazer. Isso talvez só seja possível formando redes, potencializando nossos escritos e produções de vídeo e rádio. Em Santa Catarina, estamos tentando. Criamos em 2010 a Rede Popular Catarinense de Comunicação que reúne rádios comunitárias, agências de informação, blogs, jornais eletrônicos e impressos. A ideia é que cada parceiro reproduza a informação do outro, fazendo com que um fato que seria conhecido apenas no bairro ou na comunidade, possa se expandir para além de suas fronteiras. Nessa experiência vamos capengando e acertando. Por vezes, alguns veículos ficam em dificuldade, não conseguem criar informação própria, mas a coisa vai indo. Um ajuda o outro, fazemos oficinas, cursos, encontros. Vamos caminhando, porque já compreendemos que sozinhos não temos eficácia, ficamos presos no gueto.
Mas, ainda assim, isso não é suficiente. Nossas redes são pequenas, regionalizadas. Como combater com esses poucos “soldados” a força de uma informação divulgada num Jornal Nacional, ou num Jornal da Record? Essas chegam a todo território nacional, em cada cantinho desse país, massivamente.
Então, nossa meta maior precisa ser aquela que o velho Brizola tanto insistiu: temos de tomar esses meios. Eles precisam estar nas mãos populares. E essa não é uma tarefa fácil. Mas, precisa estar no nosso horizonte. Nenhuma comunicação comunitária ou popular, por melhor que seja, pode prescindir desse alcance nacional, dessa penetração de massa. O espectro é público, é nosso e temos de tomá-lo. Como vamos fazer isso é o que temos de conspirar nesses encontros que fazemos pelos cantões do Brasil, sob pena de vivermos eternamente na resistência. Basta de resistir. É hora de avançar. A luta pela soberania comunicacional é a luta classista por outro Brasil. Isso significa que as pessoas que fazem a luta pela democratização das comunicações, ou pela expansão da comunicação comunitária popular precisam também fazer a luta geral, pela mudança e pela transformação radical. Caso isso não seja feito seguiremos dando remédio para o monstro… E isso, só interessa à classe dominante.
*Elaine Tavares é jornalista.
Conferência proferida em Curitiba no 1º Curso Estadual de Comunicação Popular do Paraná. 10 de maio de 2012
Fonte original: Palavras Insurgentes
retirado do Vermelho