Equador defenderá a povo waorani de coleta ilegal do seu DNA
14 de Setembro de 2012, 21:00 - sem comentários aindaUm comitê jurídico equatoriano levará a tribunais internacionais a denúncia sobre a coleta de amostras de DNA do povo waorani por parte de enviados do Instituto Coriell, dos Estados Unidos.
A decisão de empreender esta ação se originou em uma reunião entre representantes dessa comunidade originária e o presidente Rafael Correa, que expressou que não permitirá que isto fique na impunidade.
Depoimentos de membros desta nacionalidade confirmaram que em 1991 dois estadunidenses extraíram sangue de alguns deles com o pretexto de examinar sua saúde.
Por sua vez, o Instituto Coriell, com sede em New Jersey, confirmou em sua página digital que tinha 36 amostras desse material genético waorani, mas negou que as obteve ilegalmente.
Patricio Benalcázar, da Defensoria do Povo, afirmou que este caso servirá para estabelecer um precedente e proteger os patrimônios naturais ou biológicos do Equador.
Explicou que para promover uma ação legal, será preparada uma equipe de advogados, e provavelmente de antropólogos, a fim de processar às pessoas que tomaram as amostras sanguíneas e também para levantar informação complementar.
Benalcázar explicou que os institutos implicados se encontram nos Estados Unidos, motivo pelo qual se examina a táctica para empreender as ações legais.
Espera-se que nas próximas duas semanas seja definida a composição da comissão jurídica encarregada de levar o caso e defender a causa equatoriana na arena internacional.
Várias instituições estatais colaboraram com mecanismos para esclarecer o fato, como o Ministério de Saúde e de Patrimônio e o Instituto Equatoriano de Propriedade Intelectual.
Recentemente, a ministra Coordenadora do Patrimônio, María Fernanda Espinoza, informou que estão trabalhando na busca de um modelo para impulsionar o processo legal contra os implicados neste delito.
Descreveu que isso ocorreu em momentos nos quais o Estado equatoriano estava ausente da Amazônia e a empresa petroleira Maxus, com o pretexto de cuidar a saúde dos waoranis, extraía seu DNA com fins de pesquisa e de comercialização.
Deste modo, considerou, violaram as leis de bioética e atentaram contra a integridade dessa nacionalidade e o direito à consulta entre seus membros.
Os waoranis ou huaoranis (também chamados sabela, auishiri, auca e huao) são um povo ameríndio que habita o noroeste da Amazônia equatoriana.
Por séculos defendem seu território ancestral de inimigos indígenas e coloniais.
Fonte: Prensa Latina
Infiltração sionista na Wikipédia e na internet
14 de Setembro de 2012, 21:00 - sem comentários aindaDo site Sionismo.net
Estudar o sionismo significa penetrar num mundo complexo e demente, onde a realidade está sendo continuamente alterada e deturpada. A mentira, a ocultação dos factos e as meias-verdades são os cimentos em, desde que foi criada, assenta esta tenebrosa e obscena doutrina. E quando alguém tenta apresentar, relatar, esclarecer ou investigar a verdade, o argumento e defesa sionista é invariavelmente a violência e a agressividade verbal, intelectual, moral ou física.
Um caso preocupante de alteração dos fatos é o que está ocorrendo com a edição de temas relacionados com Israel, sionismo e o conflito Árabe- israelita na Wikipédia.
A Wikipédia é uma enciclopédia online, livre e colaborativa, ou seja, escrita por qualquer pessoa, de diversas regiões do mundo, todas elas voluntárias. Actualmente é uma das fontes de informações mais consultada no mundo.
Agentes do Mossad - serviços secretos israelitas e adeptos do sionismo, estão alterando uma grande quantidade de artigos, no sentido de apresentar uma história de Israel completamente falsa. Muitos grupos estão atuando de forma organizada e sistemática, modificando os artigos e não permitindo qualquer alteração aos seus “fatos”. Perante os olhos, e por vezes impotência de todos, os agentes do sionismo estão reescrevendo a História.
A maior parte dos artigos da Wikipedia não são objeto de discussão. Os piores e menos neutrais artigos são os referentes ao movimento sionista redigidos em português e em castelhano.
A atuação dos editores está sendo coordenada pelo Ministério das Relações Exteriores Israelita, que organiza abertamente campanhas de voluntários em todo o mundo para melhorar a imagem do Estado de Israel em Internet. Para comprovar o tendencioso que é a informação sobre Palestina basta com ler o artigo dedicada a Rachel Corrie, ativista norte-americana assassinada pelo exercito israelita ao tentar evitar a demolição de uma vivenda palestiniana, de fato isso é o que consta do artigo escrito em inglês, mas se consultamos a página em castelhano apresentam o seu assassinato como uma morte justificada e a sua resistência pacífica como uma acção de cumplicidade com o terrorismo.
Exemplos como este existem milhares na Wikipédia. Outro exemplo escandaloso é o artigo sobre Vladimir Jabotinsky, o tristemente célebre “Zeev” Jabotinsky, criador do movimento sionista revisionista e do grupo Beter, milícias juvenis que vestiam camisas pardas, como os Comandos de Assalto nazis (SA), e organizados ao estilo dos “squadristi” fascistas. O Duce Benito Mussolini considerava-o um dos seus e o chamava de “cidadão fascista”. Ben Gurion, fundador do estado judeu em 1948 comparou-o com o Führer e o apelidou de “Vladimir Hitler”. Na edição portuguesa sobre este sinistro personagem, autor de “A Muralha de Ferro”, a bíblia do sionismo racista e violento, e condenado pelo Império Britânico por assassinato de palestinianos, é apresentado como um filósofo, poeta e estadista de elevada moral, e o movimento que fundou, o sionismo-revisionista, como sendo um “movimento liberal baseado nos preceitos democráticos ingleses”.
Alarmante também o artigo da edição portuguesa sobre a resolução 3379 da Assembleia Geral das Nações Unidas em que o sionismo foi comparado com o racismo em geral e o apartheid sul-africano em particular. O artigo praticamente não faz referência à resolução, misturando abundantes referências a posições políticas do ex-ditador do Uganda Idi Amin, sem qualquer relação com o tema em questão…
Mas não é só na Wikipédia que a intervenção sionista se faz notar. Em qualquer sítio web anti-sionista, especialmente se for norte-americano o bombardeio de comentários em defesa de Israel é constante.
Durante o feroz ataque militar contra Gaza em 2008 e 2009, a comunidade internacional, horrorizada, viu como as Forças Armadas Israelitas matavam a mais de 1 400 palestinianos, a maioria civis, encurralados e sem sitio para esconderem-se. Foi então que Israel acelerou a sua Hasbará (propaganda). O Ministério do Exterior israelita criou uma “equipa de guerra em Internet” como parte do seu orçamento anual. Mais de 150 000 dólares foram destinados às etapas iniciais desta ofensiva propagandista levada a cabo pelos departamentos de relações públicas do governo, e também por organizações e grupos privados. Missão: contrariar a publicidade negativa nos meios de comunicação. A equipe especial estava integrado por universitários e ex soldados com fluidez em vários idiomas e usuários especialistas em Internet. Foram pagos para navegar na net e difundir opiniões positivas de Israel.
Ilan Shturman, subdirector do Ministério de Relações Exteriores israelita, disse numa entrevista à revista de negócios Calcalist, em 2009, que essa equipe trabalharia de forma encoberta. “Durante a Operação Chumbo Fundido -contra Gaza-, apelámos às comunidades judaicas no exterior para com a sua ajuda, recrutarmos milhares de voluntários que se juntaram aos existentes em Israel”, explicou. “Demos-lhes um pouco de contexto e materiais sobre a Hasbará (propaganda), e os enviámos a representar os pontos de vista israelitas nos sitios web e nas sondagens de Internet”, acrescentou.
Estes ativistas trabalharam em cooperação com a iniciativa “Dê a Israel um apoio unido”, que oferecia aos voluntários um programa informático chamado Megaphone. Uns 50.000 ativistas usavam o programa, que enviava um alerta aos seus computadores cada vez que um artigo crítico de Israel era publicado na internet. Respondiam então bombardeando o site com comentários pró-israelitas.
Fonte: Sionismo.net
Cinco Cubanos estão há 14 anos presos pelo ódio dos EUA
12 de Setembro de 2012, 21:00 - sem comentários aindaAntiterroristas estão há 14 anos “presos pelo ódio dos EUA”
Neste 12 de setembro completou 14 anos da prisão dos Cinco Antiterroristas Cubanos nos Estados Unidos. Para marcar a data, diversos países do mundo realizam atividades em apoio e solidariedade aos lutadores. De acordo com o membro do Comitê Brasileiro pela Libertação dos 5 Patriotas Cubanos, Max Altman, para que eles sejam libertados, “é preciso que haja uma pressão internacional” sobre os Estados Unidos.
A coordenadora do Comitê Internacional pela Liberdade dos Cinco, Graciela Ramírez declarou à Prensa Latina que está prevista a realização de passeatas em frente a sedes diplomáticas estadunidenses, exposições, concertos, apresentações de livros, documentários e atos políticos para marcar a data em Havana.
Antonio Guerrero, Fernando González, Ramón Labañino, René González e Gerardo Hernández foram condenados a severas penas por informar sobre planos de ações violentas contra Cuba, perpetrados por grupos terroristas que atuam a partir do território estadunidense.
“Trata-se de uma condenação rigorosamente injusta e odiosa, porque ela foi levada a cabo em um ambiente totalmente hostil, em Miami, sem responder ao devido processo legal”, observa Altman.
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Socorro Gomes |
O jornalista Max Altman lembra que a mídia teve um papel fundamental no julgamento: “hoje se sabe que os jornalistas foram comprados pelas organizações contrarrevolucionárias de Miami para criar todo um ambiente hostil, de ódio, de raiva contra os Cinco que representavam Cuba”.
O único crime que eles cometeram, observa o jornalista, foi terem “se imiscuído em meio às organizações antirrevolucionárias cubanas que maquinavam ações terroristas, sem terem informado o governo dos EUA dessa ação. A lei americana prevê a necessidade de uma ação dessa ser previamente informada aos órgãos competentes. Essa é a única pena na qual eles poderiam ter incorrido”.
“O mais viável para se chegar à libertação dos Cinco seria uma decisão do presidente dos EUA. (…) Pela Constituição [do país é possível] comutar a pena dos condenados. Para que isso ocorra, é preciso que haja uma pressão internacional, mas que ainda não comoveu o governo dos EUA”, avaliou Altman.
Outra possibilidade é “eventualmente uma decisão também de cunho humanitário prevendo uma permuta entre um norte-americano que violou leis [do país] e que se encontra preso em Havana [Alan Gross, preso equanto trabalhava para o governo dos EUA em um programa para “fomentar” a “democracia” em Cuba] e que poderia, num gesto humanitário” ser trocado pelos Cinco, observa.
Em Cuba
Para chamar atenção e pedir a libertação dos ativistas, a Federação Estudantil Universitária (FEU) está promovendo, na cidade de Havana, a Jornada "Pelos Cinco de Coração”. A iniciativa se insere no contexto das comemorações dos 90 anos da FEU, organização mais antiga do país, fundada em 20 de dezembro de 1922 por Julio Antonio Mella.
Além dos estudantes de Havana, organizações, associações internacionais, uniões, federações de todo o país, membros da Organização Continental Latino-americana e Caribenha de Estudantes (Oclae) e o Comitê de Solidariedade com os Cinco já confirmaram presença nas iniciativas virtuais.
Não só no dia em que se completam os 14 anos de prisão dos Cinco, mas também durante os próximos meses serão realizadas iniciativas em vários centros de ensino do país para debater a situação dos cubanos.
Mobilizações pelo mundo
Como parte das manifestações de apoio, também serão realizados atos pelos Cinco, como são internacionalmente conhecidos, na Espanha, Áustria, Suíça, Itália, Rússia, Ucrânia, Reino Unido, Eslovênia, República Dominicana, Jamaica, Haiti, Paraguai, Brasil, Argentina, Bahamas, Santa Luzia, El Salvador, Honduras, Costa Rica, Estados Unidos, Canadá e Porto Rico.
No Brasil
No Brasil, acontecerá, na cidade do Rio de Janeiro, uma mobilização em frente ao Consulado dos Estados Unidos, aonde será lida a “Carta Aberta aos Povos dos EUA”. Os manifestantes estarão munidos de cartazes e panfletos para explicar para as pessoas a história dos Cinco Cubanos.
Na Grande São Paulo as atividades foram antecipadas e a Câmara Municipal de Diadema realizou uma audiência pública especial pelos Cinco. Na ocasião foi aprovada a “Carta de Diadema”, que exige a libertação dos Cinco. O documento será enviado à embaixada dos EUA no Brasil (em Brasília), ao consulado em São Paulo, ao Ministério de Relações Exteriores do Brasil e ao Congresso estadunidense.
Fonte: Redação do Vermelho,Vanessa Silva, com agências
Imagem: Vermelho, Google
Inglaterra ameaça deportar estudantes brasileiros
12 de Setembro de 2012, 21:00 - sem comentários aindaAlunos da London Metropolitan University correm o risco de deportação
Depois de um ano de estudos na London Metropolitan University (LMU), em Londres, o jornalista brasileiro Jonas Oliveira, 27 anos, entregou a dissertação de mestrado. "A universidade tem evitado dar informações precisas", disse ele.
Jonas Oliveira é um dos 35 estudantes brasileiros afetados pela decisão do governo britânico de desautorizar a universidade a fazer pedidos de vistos para que alunos de fora da União Europeia possam estudar na Grã-Bretanha.
Com a decisão, anunciada nesta semana, mais de 2 mil estudantes da universidade, de diversas nacionalidades, correm risco de serem deportados. Eles terão prazo de 60 dias para serem aceitos por outra instituição, que possa bancar seus vistos, ou deixar o país.
No caso de Jonas Oliveira e de outros alunos que estão concluindo o mestrado, os vistos seriam válidos até fevereiro de 2013. "Eles deveriam receber o diploma em dezembro, mas muitos foram à secretaria da universidade perguntar o que vai acontecer, se realmente vão receber o diploma, e receberam a mesma resposta: 'Não sabemos'", disse Diego Scardone, diretor executivo da Associação de Brasileiros Estudantes de Pós-Graduação e Pesquisadores no Reino Unido (Abep).
"Os estudantes que nos contataram até agora estão perdidos, sem saber o que vai acontecer. Estamos tentando avaliar caso a caso, para tentar coordenar uma ação conjunta."
Jonas Oliveira, que pagou 10 mil libras (cerca de R$ 32,2 mil) pelo mestrado em sports management, iniciado em setembro do ano passado, reclama da falta de informação. "Ficamos sabendo de tudo pela imprensa", disse. "No domingo passado, o jornal Sunday Times publicou uma matéria, e a universidade em seguida mandou um e-mail desmentindo. Na quinta-feira, a notícia saiu em outros jornais, e a universidade então enviou outroe-mail reconhecendo que era verdade."
Segundo ele, a situação é pior ainda para os alunos que iniciaram o mestrado em fevereiro e, portanto, não sabem se poderão concluir. "Há exatamente um ano, eu estava a seis dias de viajar para cá. Já tinha deixado meu emprego, pago pelo visto, por moradia universitária", recorda. "Imagino quem está nessa situação hoje."
De acordo com Diego Scardone, no caso dos estudantes de graduação, o cenário é ainda mais grave, já que, caso não consigam trocar de universidade, podem ser deportados e perder o investimento já feito no curso no exterior. "É muito difícil conseguir transferência [para outra universidade] do segundo para o terceiro ano [de graduação]", disse Scardone.
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Damian Green |
"A ameaça de deportação, a incerteza sobre o futuro, e o risco de que os investimentos de muitas famílias e indivíduos sejam jogados pela janela depois de muito trabalho árduo são totalmente inaceitáveis", diz o texto.
A associação lembra que o governo brasileiro pretende financiar os estudos de até 10 mil alunos em universidades britânicas como parte do Programa Ciência sem Fronteiras.
"Esta decisão arbitrária pode gerar incerteza sobre os benefícios de trazer estudantes brasileiros ao Reino Unido e questionamentos sobre se vale a pena promover intercâmbio com um país onde estes estudantes não são bem-vindos ou respeitados", diz a carta.
Fonte: Brasil247
Imagem: Google (colocadas por este blog)
Inglaterra diz que desmatamento no Brasil afeta chuvas no exterior???
12 de Setembro de 2012, 21:00 - sem comentários aindaÉ o que aponta estudo da Universidade de Leeds, na Inglaterra, e do Centro de Ecologia e Hidrologia do Conselho de Pesquisa Ambiental Britânico: o ar que passa sobre grandes áreas de floresta tropical produz pelo menos duas vezes mais chuva do que o que se move através de áreas com pouca vegetação
A perda de floresta tropical pode afetar pessoas a milhares de quilômetros de distância, de acordo com um novo estudo. O desmatamento pode causar uma grave redução das chuvas nos trópicos, com graves consequências para as pessoas, não só nesta região, mas em áreas vizinhas, disseram pesquisadores da Universidade de Leeds, na Inglaterra, e do Centro de Ecologia e Hidrologia do Conselho de Pesquisa Ambiental Britânico.
O ar que passa sobre grandes áreas de floresta tropical produz pelo menos duas vezes mais chuva do que o que se move através de áreas com pouca vegetação. Em alguns casos, florestas contribuem para o aumento de precipitação a milhares de quilômetros de distância, de acordo com o estudo publicado na revista Nature.
Considerando as estimativas futuras de desmatamento, os autores afirmam que a destruição da floresta pode reduzir as chuvas na Amazônia em 21% até 2050 durante a estação seca.
"Nós descobrimos que as florestas na Amazônia e na República Democrática do Congo também mantêm a precipitação nas periferias destas bacias, ou seja, em regiões onde um grande número de pessoas depende dessas chuvas para sobreviver", disse o autor do estudo, Dominick Spracklen, da Escola sobre a Terra e o Ambiente da Universidade de Leeds.
"Nosso estudo sugere que o desmatamento na Amazônia ou no Congo poderia ter conseqüências catastróficas para as pessoas que vivem a milhares de quilômetros de distância em países vizinhos."
Fonte: Brasil247
Verdade???
Ou mais uma mentira para terem controle sobre a Amazônia???
Então, não seria correto também discutir a reconstituição das florestas temperadas, há muito tempo dizimadas?
Na Europa e nos Estados Unidos, boa parte das florestas foram destruídas.
Por que ninguém exige o reflorestamento do Mid-West Americano e da Europa?
Abaixo coloco uma "fábula" que encontrei no blog carnavalehistoria para despertar a memória dos ingleses.
(Burgos Cãogrino)
Havia um Imperador, chamado Brasil, dono de uma imensa terra, num continente,
onde existiam outros imperadores. Suas terras eram tantas que o Imperador Brasil, possuía
reis que governavam pedaços de suas terras. Elas eram muitas realmente, se dividiam em regiões
que recebiam o nome de seu rei.
Um desses reis chamava-se Amazonas. Esse rei era responsável pelo ecossistema mundial
de responsabilidade do Imperador Brasil. O reino de Amazonas era belíssimo, coberto por matas
virgens, grandiosos rios, que durante milênios, viveram desconhecidos do resto do mundo.
Amazônica entre rios e igarapés. Tinha como companhia as florestas, seus mistérios e lendas das
tribos indígenas - povos que viviam na terra de seu pai.
árvore o sangue da terra, um líquido branco e viscoso do qual os índios faziam bolas para as crianças
brincarem. Mal sabendo que ali estava parte da grande fortuna que se encontrava escondida no reino
de seu pai, que faria o Imperador Brasil ser rico e respeitado em todo o mundo.
que falava com ela. Todos os dias a Rainha Inglaterra perguntava ao espelho se existia alguém mais
rica do que ela ao que o espelho sempre lhe respondia que não.
Certo dia, ao perguntar ao espelho se existia alguém mais rica do que ela o espelho
respondeu-lhe que em um continente distante um Imperador tinha descoberto em suas terras,
governadas por um rei de nome Amazonas, um líquido branco que valia tanto ou mais que o ouro.
O Rei Amazonas começava a desenvolver seu reino, através de sua filha, a princesa Manaus, que, a cada
dia se enriquecia mais e se embelezava mais, dentro dos padrões mais requintados da Europa.
A Rainha Inglaterra mandou então um emissário vir observar o que se passava por essas terras
e fiscalizar a vida da Princesa Manaus. Ao chegar as terras do Rei Amazonas, o emissário viu que a
princesa Manaus vivia o auge da bela época, que possuía um belíssimo teatro, casas de chá, coqueterias
e que, no meio da selva do Rei Amazonas, uma riquíssima cidade transbordava de luxo, onde os Barões da
Borracha acendiam seus charutos Havana, com notas de 500 mil Réis.
“Amazonas”. Certo dia, ela levou, sem que ninguém soubesse, setenta mil espécies da planta que brotava
o líquido que valia tanto ou mais que ouro, para serem plantadas em seus terrenos na Malásia. Tal
atitude caiu como veneno para a Princesa Manaus, fazendo-a adormecer num sono profundo durante quase
dois séculos, coberta pela vasta floresta Amazônica.
Durante todo esse tempo que a Princesa Manaus permaneceu em seu sono encantado, vítima do
veneno da Rainha, as fadas madrinhas Flora (responsável por todas as florestas e matas), Fauna (responsável
por todos os seres viventes da floresta) e Eco (responsável pelo ar e a camada de ozônio da Terra),
lançaram-lhe uma promessa: que a Princesa Manaus haveria de despertar desse sono profundo, através de um beijo que lhe haveria de ser dado por um príncipe espacial.
que um dia ela foi visitada pelo Príncipe da Tecnologia, que tinha ouvido falar sobre ela. Ao ver a
Princesa, não hesitou em beijá-la, acordando-a para seu futuro. Um futuro de progresso, seu, de seu pai,
o Rei Amazonas, e de seu Imperador, Brasil.
Israel – Livros didáticos para desumanizar um povo (2012)
12 de Setembro de 2012, 21:00 - sem comentários ainda
Os Palestinos nos Livros Escolares de Israel (Nurit Pele-Elhanan)
Neste documentário, Nurit Peled-Elhanan fala de sua pesquisa relacionada com o conteúdo dos livros didáticos de Israel. Ela expõe em detalhes como estes livros são elaborados com o objetivo de desumanizar o povo palestino e fomentar nos jovens estudantes israelenses a base de preconceitos que lhes permitirá atuar de forma cruel e insensível com o mesmo durante o serviço militar.
Conforme explica Nurit Peled-Elhanan, a construção de mundo feita a partir dos livros didáticos, por serem as primeiras a se sedimentarem na mente das crianças, são muito difíceis de serem erradicadas. Daí a importância que o establishment israelense dedica à ideologia a ser transmitida nos livros didáticos. Neles, os palestinos nunca são apresentados como seres humanos comuns. Nunca aparecem em condições que possam ser consideradas normais. Segundo Nurit Peled-Elhanan, não há nesses livros nem sequer uma fotografia de um palestino que mostre seu rosto. Eles são sempre apresentados como constituindo uma ameaça para os judeus.
Fonte: DOCVERDADE, Caminho Alternativo
O modo liberal de comandar o mundo: “progridam” ou matamos vocês!
11 de Setembro de 2012, 21:00 - sem comentários aindaQual o mais poderoso e mais violento “-ismo” do mundo? A resposta automática será “islamismo”, agora que o comunismo saiu do olho do alvo. Mas a resposta certa, escreveu Harold Pinter, “praticamente nunca foi gravada, senão superficialmente, jamais foi documentada nem reconhecida”, porque é a única ideologia que se apresenta como não ideológica; nem de direita, nem de esquerda; e que se apresenta como a suprema solução, é o liberalismo.
Por John Pilger
Em seu ensaio de 1859, On Liberty, ao qual liberais modernos rendem homenagens, John Stuart Mill descreveu o poder do império. “O despotismo é modo legítimo de governo no trato com bárbaros”, escreveu, “desde que o objetivo seja o progresso deles, seu aprimoramento; e o meio, justificado, porque realmente leva àquele resultado.” Os “bárbaros” eram vastas porções da humanidade cuja “obediência implícita” se exigia. O liberal francês Alexis de Tocqueville também acreditava firmemente que a conquista sangrenta sobre outros seria “um triunfo da cristandade e da civilização” que estaria “claramente predeterminado na visão da Providência”.
“É mito elegante e conveniente que os liberais sejam pacificadores, e os conservadores, pró guerras”, escreveu o historiador Hywel Williams em 2001, “mas o imperialismo à moda dos liberais pode ser mais perigoso, por sua natureza ilimitada, sem prazo para acabar – a convicção de que representaria uma forma superior de vida [ao mesmo tempo em que nega] o próprio fanatismo arrogante”. Tinha em mente, naquele momento, um discurso de Tony Blair, proferido imediatamente depois dos ataques do 11/9/2001, no qual Blair prometeu “reordenar esse mundo à nossa volta” segundo seus próprios “valores morais”.
Um milhão de mortos – só no Iraque – no mínimo, depois daquele discurso, esse perfeito tribuno do liberalismo vive hoje como empregado pago pelo tirano que governa o Cazaquistão, com salário de 13 milhões de dólares [1].
Os crimes de Blair não são raros. Desde 1945, mais de 1/3 dos países-membros da Organização das Nações Unidas, ONU – 69 países – padeceram de uma ou de várias das seguintes desgraças. Foram invadidos; tiveram governos derrubados; movimentos sociais foram reprimidos; as eleições foram subvertidas e a população, bombardeada. O historiador Mark Curtis estima em milhões o número de mortos. Esse foi, principalmente, o projeto desse campeão liberal, os EUA, cujo celebrado presidente “progressista”, John F Kennedy, como pesquisa recente acaba de demonstrar, autorizou o ataque a bombas contra Moscou, na crise dos mísseis em 1962. “Se temos de usar a força”, disse Madeleine Albright, secretária de Estado dos EUA no governo liberal de Bill Clinton, “é porque somos os EUA. Somos a nação indispensável. Estamos acima. Vemos mais longe, no futuro”. Difícil encontrar definição mais compacta do mais violento moderno liberalismo.
A Síria é projeto antigo. Eis um excerto de um telegrama conjunto, da inteligência dos EUA e do Reino Unido, que vazou:
Para facilitar a ação das forças liberativas [sic] (...) esforço especial deve ser feito para eliminar alguns indivíduos chaves [e] para dar prosseguimento aos distúrbios internos na Síria. A CIA está preparada, e o SIS (MI6) tentará montar ações menores de sabotagem e incidentes de golpes de mão [sic] dentro da Síria, trabalhando mediante contatos com indivíduos (...) um necessário grau de medo e (...) conflitos provocados de fronteiras garantirão um pretexto para intervenção (...) CIA e SIS devem usar (...) capacidade no campo psicológico, e nas ações de campo, para aumentar a tensão.
Foi escrito em 1957, embora só tenha vindo à tona em recente relatório do Royal United Services Institute (RUSI), intitulado A Collision Course for Intervention [Uma rota de colisão para intervenção] [2], cujo autor diz, fingindo que adivinha: “É altamente provável que algumas forças especiais e fontes de inteligência ocidentais já estejam na Síria há tempo considerável”. E assim vão acenando com uma guerra mundial, a partir da Síria e do Irã...
Israel, a violenta criação e criatura do ocidente liberal, já ocupa parte da Síria. Não é novidade: israelenses fazem piqueniques nas Colinas do Golan e dali assistem à guerra civil dirigida pela inteligência ocidental a partir da Turquia e financiada e armada pelos medievalistas que reinam na Arábia Saudita. Já tendo roubado praticamente toda a Palestina, atacado o Líbano, matado de fome o povo de Gaza e construído vasto arsenal ilegal de armas atômicas, Israel é mantido à parte da atual campanha de desinformação orientada ao objetivo de instalar fregueses fiéis do ocidente em Damasco e Teerã.
Dia 21 de julho, o colunista Jonathan Freedland do Guardian ameaçava que “o ocidente não se manterá isento por muito tempo (...) Ambos, EUA e Israel olham ansiosos as armas nucleares e as armas químicas da Síria, que hoje se diz que estariam destravadas e em movimentação, temendo que Assad decida desencarnar numa nuvem radiativa de glória.” Quem disse? Os “especialistas” e “jornalistas” de sempre.
Como eles, Freedland também deseja “uma revolução sem a total intervenção que se fez necessária na Líbia”. Segundo números do próprio Freedland, a OTAN realizou 9.700 “voos-ataque” contra a Líbia, dos quais mais de um terço contra alvos civis. Usaram-se mísseis com ogivas de urânio. Vestígios podem ser encontrados nas fotos das ruínas de Misrata e Sirte e nas covas coletivas, já localizadas pela Cruz Vermelha. Ou que se leia o relatório da Unicef sobre crianças mortas, “a maioria das quais com menos de dez anos”. Como a destruição da cidade iraquiana de Faluja, não se noticiaram esses crimes, porque a imprensa, usada como instrumento para desinformar é arma de ataque já plenamente integrada ao arsenal ocidental.
Dia 14 de julho passado, o Observatório Líbio de Direitos Humanos, que fez oposição ao regime de Kadafi, relatava: “A situação dos direitos humanos na Líbia é hoje muito pior que durante o governo de Kadafi.” Ações de limpeza étnica são regra. Segundo a Anistia, a população da cidade de Tawargha “continua impossibilitada de voltar, porque suas casas foram saqueadas e queimadas”.
Entre os acadêmicos do planeta anglo-norte-americano, teóricos influentes, conhecidos como “realistas liberais”, ensinam há muito tempo que os imperialistas liberais – expressão que jamais empregam – são os pacificadores do mundo, e gerentes especializados em gestão de crises, não a causa da crise. Extraíram do estudo das nações toda e qualquer consideração sobre humanidade, e congelaram seus saberes num jargão que serve bem ao poder de fazer guerras. As nações são analisadas como cadáveres em mesa de dissecação e autópsia. Assim identificaram “estados falidos” (nações difíceis de explorar) e “estados bandidos” (nações que resistem à dominação ocidental). Que o regime seja democrático ou ditatorial, não faz diferença. O mesmo vale para os que são contratados para fazer o serviço sujo.
No Oriente Médio, desde o tempo de Nasser, até a Síria de hoje, sempre houve liberais islamistas colaboracionistas aliados aos liberais ocidentais; agora, o ocidente está aliado a Al-Qaida. E noções de democracia e direitos humanos, já completamente desacreditadas, servem ainda como fantasia retórica para encobrir as ações de conquista “como se exige”.
Plus ça change...
Notas dos tradutores:
Tony Blair
[1] Tony Blair também arrecada lá seu dinheirinho de empresários paulistas, nobremente a serviço da “melhoria de gestão” do governo do Estado de São Paulo, Brasil, contribuição desinteressada que o governador Alckmin, da social-democracia (só rindo) paulista, aceitou lépido. Há notícia sobre isso, do dia 27/8/2012, no jornal O Estado de São Paulo, em: “Tony Blair prestará consultoria ao governo de São Paulo”. Aí se lê que “a consultoria será prestada por meio do Movimento Brasil Competitivo (MBC), que implantará um projeto de modernização de gestão que custará R$ 12 milhões ao longo de um ano”. Dinheiro excessivo, que a Vila Vudu jamais pagaria a homem sem qualquer especialização reconhecida e que, há uma década, alardeava que obrava para “reordenar esse mundo à nossa volta”, com o resultado que hoje se constata. Mas, sim, claro, é possível que arrange negocinhos para os empresários paulistas que pagam-lhe o michê.
[2] 25/7/2012 Syria Crisis Briefing, Michael Clarke em: “A Collision Course for Intervention” (em .pdf)
Fonte: Redecastorphoto
Traduzido pelo Coletivo de Tradutores da Vila Vudu
Imagem: Google (colocada por este blog)
Estados Unidos atacam soberania comercial brasileira
11 de Setembro de 2012, 21:00 - sem comentários aindaO governo imperialista dos Estados Unidos atacou duramente o Brasil, acusando a política comercial do país de “protecionista”. Para o decadente império, epicentro da crise econômica e financeira mundial, as medidas adotadas pelo governo brasileiro de estabelecer algumas barreiras comerciais são “inconsistentes com os compromissos assumidos pelo Brasil”. A Casa Branca emitiu comunicado assinalando estar “perplexa” com o caminho adotado por Brasília.
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Michael Punke |
Na semana passada, o Brasil elevou tarifas de importação para cem produtos. Legalmente, o Brasil não violou nenhuma regra. Na OMC, o Brasil tem o direito de elevar tarifas até 35% e, hoje, mantém uma média de impostos aplicados de cerca de 12%. Segundo a decisão da Camex, as tarifas foram colocadas em cerca de 25%.
O jornal O Estado de S.Paulo, cujo entreguismo é notório, estampou manchete em sua edição na internet nesta quarta-feira (12) referindo-se ao ataque estadunidense ao Brasil. Praticamente o jornal da família Mesquita dá razão às acusações do país do Tio Sam, dizendo que o governo Obama ataca o “protecionismo brasileiro”.
O diário paulista informa que os negociadores comerciais consultados por sua reportagem na Organização Mundial de Comércio (OMC) alertam que o problema é que o Brasil sinaliza que está indo “na direção contrária” ao que se esperava com a abertura de mercados e das próprias promessas feitas pelo governo no G-20. Pior, informa o jornal, poderia servir de exemplo para outros emergentes, tentados a também elevar barreiras.
O embaixador norte-americano na OMC, em seu destempero, chegou ao ponto de mandar um recado nada diplomático ao Itamaraty: “Estamos extremamente preocupados” (...) “Ficamos perplexos pela direção que o país toma”. A reportagem do Estadão indica ainda que o embaixador criticou também “a onda de medidas protecionistas na Argentina”.
Entidades como o Global Trade Alert já indicaram em junho que o Brasil havia sido o país com o segundo maior número de medidas protecionistas desde o começo do ano.O Brasil era superado apenas pela Argentina. Em outro levantamento, a Câmara Internacional de Comércio apontou o Brasil como o país mais fechado do G-20.
Com a palavra o Itamaraty e a área econômica do governo da presidenta Dilma Roussef. Mas é preciso responder à seguinte pergunta: Nas relações comerciais com o Brasil, os norte-americanos se queixam mesmo de quê? O superávit comercial dos Estados Unidos com nosso país foi em 2011 de US$ 8,1 bilhões, algo estranho e raro na atualidade, quando os Estados Unidos são o país mais deficitário do mundo em termos de comércio exterior.
O problema parece ser outro. A importância estratégica, comercial e econômica do Brasil cresceu muito nos últimos anos. Apesar das desigualdades sociais, temos um mercado interno pujante e a economia grande potencial de desenvolvimento, o que faz crescer a ambição norte-americana, que só se pode concretizar se tivermos uma economia fraca, aberta, desregulamentada, desindustrializada, inundada pelos produtos estadunidenses.
O problema é que se a importância da economia brasileira cresceu, diminuiu a dependência em relação à economia norte-americana. Os Estados Unidos já foram deslocados da posição de primeiro parceiro comercial do Brasil, que perderam para a China.
É preciso ainda lembrar que até hoje o imperialismo norte-americano não engoliu a derrota que sofreu com a rejeição da Área de Livre Comércio das Américas (Alca), plano expansionista e neocolonista que previa a anexação das economias da América Latina e Caribe pelos Estados Unidos. Hoje a realidade é outra. A integração que vingou foi a do Mercosul, Unasul, Celac e Alba, onde decidem países e povos soberanos.
A linguagem e as práticas prevalecentes nos países imperialistas e na OMC continuam sendo as do protecionismo dos paises ricos. Os Estados Unidos acham que podem estabelecer barreiras aos aviões da Embraer, ao etanol, estas últimas suspensas apenas recentemente, bloquear Cuba e impor restrições a países com governos anti-imperialistas. Proteger a economia nacional com barreiras dentro da legalidade da própria OMC é “proibido”, de acordo com a lógica imperial.
Fonte: Redação do Vermelho, com informações de O Estado de S.Paulo, edição na internet
Imagem: Google (colocadas por este blog)
30 anos de impunidade – Israel e o massacre de Sabra e Chatila
10 de Setembro de 2012, 21:00 - sem comentários ainda“ Escute, eu sei que você está gravando, mas eu pessoalmente gostaria de ver todos eles mortos ... Eu gostaria de ver todos os palestinos mortos porque são uma doença em qualquer lugar que vão.”
Tenente do Exército israelense, Líbano, 16 de junho de 1982.
Luciana Garcia de Oliveira (*)
Carta Maior
Em memória de um dos golpes mais devastadores para o povo palestino, estão previstas para o mês de setembro, várias atividades com o objetivo de resgatar a história do episódio conhecido mundialmente como o massacre de Sabra e Chatila. A programação contará com uma exposição de fotos e sarau poético na Biblioteca Municipal Alceu Amoroso Lima, em São Paulo, debate, seguido da exibição do premiado filme Valsa com Bashir de Ariel Forman, no auditório do clube Homs, no dia 18 de setembro, além da coletânea de artigos no caderno especial da Palestina, da ZUNÁI – revista de poesia e debates.
Três décadas se passaram do episódio considerado como um dos mais sangrentos nas últimas décadas. Mesmo diante de um crime de enorme proporção, são muito poucos que conhecem de fato a história das guerras do Líbano com todos os detalhes. Talvez esse seja o motivo pelo qual, o cenário do que foram os campos de refugiados palestinos de Sabra e Chatila, tenha tido poucas mudanças efetivas. De acordo com diversos correspondentes internacionais que visitam esses locais hoje, os cerca de 13 mil refugiados que vivem em Chatila, além de conviverem com os traumas do passado, sobrevivem com um presente de miséria e abandono.
A mudança deve-se ao fato de que Sabra, deixou de ser reconhecido como campo de refugiados, convertendo-se em um dos bairros mais miseráveis de Beirute, sem que haja reconhecimento desses locais como parte do país. Não há coleta de lixo e nem quaisquer serviços públicos, o que torna a situação de moradia e saúde muito mais alarmante do que podemos imaginar.
O pouco conhecimento se deve principalmente ao fato de haver poucos vestígios das lembranças do massacre de Sabra e Chatila. Mesmo diante do boicote israelense na época, as imagens ainda existentes em vídeos e fotografias, podem traduzir com fidelidade o desespero dos sobreviventes diante de centenas de corpos empilhados e ou enfileirados nas ruas estreitas de terra, cercada por casas simples e muitos barracos.
Lembranças traumáticas vividas à partir da noite do dia 16 de setembro de 1982, no instante em que os refugiados palestinos foram surpreendidos com a iluminação de sinalizadores de fogo disparados no céu, clareando a noite. Nessa altura, a população dos campos não pode imaginar o que seriam as primeiras movimentações israelenses para proteger e garantir a entrada das forças falangistas (milícias da extrema direita cristã libanesa) nos campos de refugiados.
O medo e o terror foram imediatamente instalados, quando muitos tanques cercaram a entrada e a saída dos campos. A partir daí Israel e as milícias falangistas deram início à 62 horas de pura violência contra a população civil palestina. Estima-se que esse episódio tenha tido no mínimo, um saldo de 3 mil mortes, entre idosos, mulheres e crianças, em sua maioria.
Israel teria invadido o Líbano em represália ao assassinato de um embaixador de Israel em Londres por um palestino que supostamente vivia no campo de Chatila. Dentro desse mesmo contexto de guerra civil libanesa, o Exército israelense entra em acordo com os chefes das milícias cristãs para viabilizar a invasão dos dois campos de refugiados. O agravante estaria na constatação de que pouco dias antes do atentado, Israel e Palestina haviam assinado um cessar fogo, intermediado por um enviado norte-americano, Philip Habib, que resultou no consentimento palestino pela saída de todos os integrantes da Organização de Libertação da Palestina (OLP) da capital libanesa. Fato que reafirma o massacre civil de uma população absolutamente indefesa.
Naquele instante, o então Ministro da Defesa de Israel não cumpriu com o acordo e permitiu que a Falange entrasse nos campos e realizasse o massacre. Ao mesmo tempo, o Exército de Israel detinha o controle da entrada e saída dos campos. Testemunhas relataram que muitas mulheres grávidas e com crianças de colo foram sumariamente impedidas de saírem dos campos. Alguns dias após o massacre e ainda durante o cerco em Beirute, a OLP acusou Israel de empregar táticas semelhantes às utilizadas por Adolf Hitler contra os judeus, durante a Segunda Guerra Mundial.
Os responsáveis pelo massacre nunca foram punidos. Ariel Sharon, chegou a ser condenado pelas Nações Unidas, porém nunca foi penalizado de fato. Ao contrário, continuou exercendo impunemente sua carreira política em diversos cargos dentro do Ministério de Israel.
A impunidade e a injustiça estão absolutamente divulgados no chamado relatório da comissão Kahan, datado de 1983, documento pelo qual o jornalista Robert Fisk não se furtou em classificar o massacre como o resultado “da obsessão selvagem de Israel com o terrorismo”. Em sua obra Pobre Nação ressaltou: “Os israelenses retrataram o documento como uma poderosa evidência de que sua democracia ainda brilhava como um farol sobre as ditaduras dos outros Estados do Oriente Médio” (FISK, 2001, p. 518). Mesmo diante dessa constatação, ao analisar o texto desse documento oficial, é possível concluir que trata-se, acima de tudo, de um documento extremamente falho e tendencioso em seu conteúdo. A começar com o título: sobre “os eventos nos campos de refugiados”, ao invés de qualifica-lo como massacre, sem ao menos mencionar a palavra palestino.
E por falar em terrorismo tão repetidas vezes, os autores do relatório Kahan demostravam que haviam esquecido a regra básica que todos os invasores do Líbano deveriam aprender: “que, ao se tornar amigo de um grupo terrorista, você também se torna terrorista” (FISK, 2001, p. 523). A informação é a arma mais eficaz para que a impunidade não prevaleça e a história jamais seja esquecida.
(*) Integrante do Grupo de Trabalho sobre o Oriente Médio e o Mundo Muçulmano do Laboratório de Estudos sobre a Ásia da Universidade de São Paulo (LEA-USP).
Fonte: IrãNews
Imagem: IrãNews e Google
Vídeo: Youtube
Uma carta aberta ao ex presidente e "sociólogo" Fernando Henrique Cardoso que merece ir para os livros de história do Brasil
9 de Setembro de 2012, 21:00 - sem comentários aindaRetirado do Blog do Saraiva
Uma carta aberta a FHC que merece ir para os livros de história
Segue uma Carta Aberta de Theotonio dos Santos, economista, cientista político e um dos formuladores da Teoria da Dependência. Hoje é um dos principais expoentes da Teoria do Sistema Mundo. Mestre em Ciência Política pela UnB e doutor “notório saber” pela UFMG e pela UFF. . Coordenador da cátedra e rede UNU-UNESCO de Economia Global e Desenvolvimento sustentável – REGGEN.
O texto é um primor e contribui tanto para entender o quanto o governo do PSDB foi deletério para o Brasil como ajuda a impedir que a mídia tente “lavar branquinho” a história e produzir uma nova versão do que foram os anos FHC.
THEOTONIO DOS SANTOS: CARTA ABERTA A FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Meu caro Fernando,
Vejo-me na obrigação de responder a carta aberta que você dirigiu ao Lula, em nome de uma velha polêmica que você e o José Serra iniciaram em 1978 contra o Rui Mauro Marini, eu, André Gunder Frank e Vânia Bambirra, rompendo com um esforço teórico comum que iniciamos no Chile na segunda metade dos nos 1960.
A discussão agora não é entre os cientistas sociais e sim a partir de uma experiência política que reflete contudo este debate teórico. Esta carta assinada por você como ex-presidente é uma defesa muito frágil teórica e politicamente de sua gestão. Quem a lê não pode compreender porque você saiu do governo com 23% de aprovação enquanto Lula deixa o seu governo com 96% de aprovação. Já discutimos em várias oportunidades os mitos que se criaram em torno dos chamados êxitos do seu governo. Já no seu governo vários estudiosos discutimos, o inevitável caminho de seu fracasso junto à maioria da população. Pois as premissas teóricas em que baseava sua ação política eram profundamente equivocadas e contraditórias com os interesses da maioria da população. (Se os leitores têm interesse de conhecer o debate sobre estas bases teóricas lhe recomendo meu livro já esgotado: Teoria da Dependência: Balanço e Perspectivas, Editora Civilização Brasileira, Rio, 2000). Contudo nesta oportunidade me cabe concentrar-me nos mitos criados em torno do seu governo, os quais você repete exaustivamente nesta carta aberta.O primeiro mito é de que seu governo foi um êxito econômico a partir do fortalecimento do real e que o governo Lula estaria apoiado neste êxito alcançando assim resultados positivos que não quer compartilhar com você… Em primeiro lugar vamos desmitificar a afirmação de que foi o plano real que acabou com a inflação. Os dados mostram que até 1993 a economia mundial vivia uma hiperinflação na qual todas as economias apresentavam inflações superiores a 10%. A partir de 1994, TODAS AS ECONOMIAS DO MUNDO APRESENTARAM UMA QUEDA DA INFLAÇÃO PARA MENOS DE 10%. Claro que em cada país apareceram os “gênios” locais que se apresentaram como os autores desta queda. Mas isto é falso: tratava-se de um movimento planetário. No caso brasileiro, a nossa inflação girou, durante todo seu governo, próxima dos 10% mais altos. TIVEMOS NO SEU GOVERNO UMA DAS MAIS ALTAS INFLAÇÕES DO MUNDO. E aqui chegamos no outro mito incrível. Segundo você e seus seguidores (e até setores de oposição ao seu governo que acreditam neste mito) sua política econômica assegurou a transformação do real numa moeda forte. Ora Fernando, sejamos cordatos: chamar uma moeda que começou em 1994 valendo 0,85 centavos por dólar e mantendo um valor falso até 1998, quando o próprio FMI exigia uma desvalorização de pelo menos uns 40% e o seu ministro da economia recusou-se a realizá-la “pelo menos até as eleições”, indicando assim a época em que esta desvalorização viria e quando os capitais estrangeiros deveriam sair do país antes de sua desvalorização, O fato é que quando você flexibilizou o cambio o real se desvalorizou chegando até a 4,00 reais por dólar.
E não venha por a culpa da “ameaça petista” pois esta desvalorização ocorreu muito antes da “ameaça Lula”. ORA, UMA MOEDA QUE SE DESVALORIZA 4 VEZES EM 8 ANOS PODE SER CONSIDERADA UMA MOEDA FORTE? Em que manual de economia? Que economista respeitável sustenta esta tese? Conclusões: O plano Real não derrubou a inflação e sim uma deflação mundial que fez cair as inflações no mundo inteiro. A inflação brasileira continuou sendo uma das maiores do mundo durante o seu governo. O real foi uma moeda drasticamente debilitada. Isto é evidente: quando nossa inflação esteve acima da inflação mundial por vários anos, nossa moeda tinha que ser altamente desvalorizada. De maneira suicida ela foi mantida artificialmente com um alto valor que levou à crise brutal de 1999.
Segundo mito – Segundo você, o seu governo foi um exemplo de rigor fiscal. Meu Deus: um governo que elevou a dívida pública do Brasil de uns 60 bilhões de reais em 1994 para mais de 850 bilhões de dólares quando entregou o governo ao Lula, oito anos depois, é um exemplo de rigor fiscal? Gostaria de saber que economista poderia sustentar esta tese. Isto é um dos casos mais sérios de irresponsabilidade fiscal em toda a história da humanidade. E não adianta atribuir este endividamento colossal aos chamados “esqueletos” das dívidas dos estados, como o fez seu ministro de economia burlando a boa fé daqueles que preferiam não enfrentar a triste realidade de seu governo. Um governo que chegou a pagar 50% ao ano de juros por seus títulos para, em seguida, depositar os investimentos vindos do exterior em moeda forte a juros nominais de 3 a 4%, não pode fugir do fato de que criou uma dívida colossal só para atrair capitais do exterior para cobrir os déficits comerciais colossais gerados por uma moeda sobrevalorizada que impedia a exportação, agravada ainda mais pelos juros absurdos que pagava para cobrir o déficit que gerava. Este nível de irresponsabilidade cambial se transforma em irresponsabilidade fiscal que o povo brasileiro pagou sob a forma de uma queda da renda de cada brasileiro pobre. Nem falar da brutal concentração de renda que esta política agravou drasticamente neste pais da maior concentração de renda no mundo. Vergonha, Fernando. Muita vergonha. Baixa a cabeça e entenda porque nem seus companheiros de partido querem se identificar com o seu governo…te obrigando a sair sozinho nesta tarefa insana.
Terceiro mito – Segundo você, o Brasil tinha dificuldade de pagar sua dívida externa por causa da ameaça de um caos econômico que se esperava do governo Lula. Fernando, não brinca com a compreensão das pessoas. Em 1999 o Brasil tinha chegado à drástica situação de ter perdido TODAS AS SUAS DIVISAS. Você teve que pedir ajuda ao seu amigo Clinton que colocou à sua disposição os 20 bilhões de dólares do tesouro dos Estados Unidos e mais uns 25 BILHÕES DE DÓLARES DO FMI, Banco Mundial e BID. Tudo isto sem nenhuma garantia. Esperava-se aumentar as exportações do pais para gerar divisas para pagar esta dívida. O fracasso do setor exportador brasileiro mesmo com a espetacular desvalorização do real não permitiu juntar nenhum recurso em dólar para pagar a dívida. Não tem nada a ver com a ameaça de Lula. A ameaça de Lula existiu exatamente em consequência deste fracasso colossal de sua política macroeconômica. Sua política externa submissa aos interesses norte-americanos, apesar de algumas declarações críticas, ligava nossas exportações a uma economia decadente e um mercado já copado. A recusa dos seus neoliberais de promover uma política industrial na qual o Estado apoiava e orientava nossas exportações. A loucura do endividamento interno colossal. A impossibilidade de realizar inversões públicas apesar dos enormes recursos obtidos com a venda de uns 100 bilhões de dólares de empresas brasileiras. Os juros mais altos do mundo que inviabilizava e ainda inviabiliza a competitividade de qualquer empresa. Enfim, UM FRACASSO ECONOMICO ROTUNDO que se traduzia nos mais altos índices de risco do mundo, mesmo tratando-se de avaliadoras amigas. Uma dívida sem dinheiro para pagar… Fernando, o Lula não era ameaça de caos. Você era o caos. E o povo brasileiro correu tranquilamente o risco de eleger um torneiro mecânico e um partido de agitadores, segundo a avaliação de vocês, do que continuar a aventura econômica que você e seu partido criou para este país.
Gostaria de destacar a qualidade do seu governo em algum campo mas não posso fazê-lo nem no campo cultural para o qual foi chamado o nosso querido Francisco Weffort (neste então secretário geral do PT) e não criou um só museu, uma só campanha significativa. Que vergonha foi a comemoração dos 500 anos da “descoberta do Brasil”. E no plano educacional onde você não criou uma só universidade e entrou em choque com a maioria dos professores universitários sucateados em seus salários e em seu prestígio profissional. Não Fernando, não posso reconhecer nada que não pudesse ser feito por um medíocre presidente.Lamento muito o destino do Serra. Se ele não ganhar esta eleição vai ficar sem mandato, mas esta é a política. Vocês vão ter que revisar profundamente esta tentativa de encerrar a Era Vargas com a qual se identifica tão fortemente nosso povo. E terão que pensar que o capitalismo dependente que São Paulo construiu não é o que o povo brasileiro quer. E por mais que vocês tenham alcançado o domínio da imprensa brasileira, devido suas alianças internacionais e nacionais, está claro que isto não poderia assegurar ao PSDB um governo querido pelo nosso povo. Vocês vão ficar na nossa história com um episódio de reação contra o verdadeiro progresso que Dilma nos promete aprofundar. Ela nos disse que a luta contra a desigualdade é o verdadeiro fundamento de uma política progressista. E dessa política vocês estão fora.Apesar de tudo isto, me dá pena colocar em choque tão radical uma velha amizade. Apesar deste caminho tão equivocado, eu ainda gosto de vocês ( e tenho a melhor recordação de Ruth) mas quero vocês longe do poder no Brasil. Como a grande maioria do povo brasileiro. Poderemos bater um papo inocente em algum congresso internacional se é que vocês algum dia voltarão a frequentar este mundo dos intelectuais afastados das lides do poder.
Com a melhor disposição possível, mas com amor à verdade, me despeço.
Fonte: Blog do Saraiva
Imagem: Márcio Fernandes
Fotomontagem: Terra Brasilis