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"Não ande atrás de mim, talvez eu não saiba liderar.

 Não ande na minha frente, talvez eu não queira segui-lo.

Ande ao meu lado, para podermos caminhar juntos."

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Burgos Cãogrino

3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.

POEMA DE MINHA IRA ou PAZ DOS CEMITÉRIOS

3 de Agosto de 2014, 13:44, por Desconhecido - 0sem comentários ainda




Meu coração palestino,
ferido de morte, clama por justiça.
Clamor que resulta inútil,
frente a indiferença das arrogantes
potências imperiais.

Outro dia finda na faixa:
Armas de destruição em massa
destroem minha Gaza,
explodem crianças,
arrasam com sonhos.

Sionismo maldito e covarde.
teu fim está próximo.
O sangue que derramas,
é o combustível de minha ira!



 



Obama envia carta a Benjamin Netanyahu

1 de Agosto de 2014, 18:28, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Christian Adams

Fonte: SQN



Soldado israelense: “Eu matei 13 crianças palestinas em 1 dia”

1 de Agosto de 2014, 12:37, por BURGOS (Cãogrino)

http://www.presstv.ir/detail/2014/07/31/373518/israeli-sniper-admits-killing-13-kids/


Fonte: Caminho Alternativo





Soldado israelense: “Eu matei 13 crianças palestinas em 1 dia”

1 de Agosto de 2014, 12:37, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

http://www.presstv.ir/detail/2014/07/31/373518/israeli-sniper-admits-killing-13-kids/


Fonte: Caminho Alternativo





Massacre extrai choro e ira na ONU contra EUA

31 de Julho de 2014, 16:01, por Desconhecido - 0sem comentários ainda




Organização das Nações Unidas divulga que 80% dos 1,4 mil mortos por ataques de Israel na Faixa de Gaza são civis; porta-voz que atuava em hospital no qual 20 crianças foram mortas, ontem, em razão de bombardeios israelenses, cai em prantos durante entrevista à tevê Al Jazira; "Não somos burocratas sem coração", disse Christopher Gunness; em Nova York, alta comissária para Direitos Humanos denuncia apoio militar maciço do governo de Barack Obama para o regime do louco Benjamin Netanyahu; "Os EUA não apenas fornecem armamento pesado, como gastaram 1 bilhão de dólares no sistema antifoguetes de Israel, proteção que os civis de Gaza não têm", lembrou Navi Pillay; proteção de Obama a Netanyahu é indefensável moral e eticamente; vídeo.

A dramaticidade do massacre imposto pelo regime de Benjamin Netanyahu à população civil da faixa de Gaza cresce a cada dia. Nesta quinta-feira 31, a ONU divulgou oficialmente que 80% dos mais de 1,5 mil mortos entre os palestinos são civis, entre adultos e crianças. O morticínio entre palestinos vai despertando reações diferentes entre os executivos da ONU encarregados de estabelecer um cessar-fogo duradouro. Vai das lágrimas pelo que está acontecendo à ira contra o apoio dos Estados Unidos ao regime de Benjamin Netanyahu.

Em entrevista à rede de televisão árabe Al Jazira, Christopher Gunness, porta-voz da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) caiu em lágrimas ao falar sobre o ataque, ontem, a uma escola usada pela ONU para abrigar palestinos. Pelo menos 20 pessoas morreram ali, a maioria crianças, e mais de cem ficaram feridas. A posição da escola para refugiados foi passada nada menos que 17 vezes para os militares de Israel, que, ainda assim, atingiram o alvo reconhecidamente civil.

— Eu acho que isso mostra que não somos apenas burocratas sem coração da ONU, nós temos coração, e, algumas vezes, eles quebram — disse.

A escola da ONU no campo de refugiados de Jabaliya, no norte da Faixa de Gaza, foi atingida por pelo menos três projéteis. Mais de três mil pessoas estavam no local no momento do ataque. Outra escola já havia sido alvo de bombardeio no dia 24 de julho, em Beit Hanun, matando cerca de 15 palestinos.

Do ponto de ético e moral, os Estados Unidos não têm como se livrar da responsabilidade pelo massacre praticado pelo governo israelense sobre os palestinos. Em Nova York, nesta quinta-feira 31, a alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pillay, denunciou o governo de Barack Obama por dar armamento ao exército israelense e não fazer o suficiente para deter a ofensiva contra a Faixa de Gaza.

- Os Estados Unidos têm influência sobre Israel e deveriam fazer mais para parar as mortes, para que as partes em conflito dialoguem", disse Pillay em entrevista coletiva. "Eles não só fornecem a Israel artilharia pesada usada em Gaza, mas gastou quase US$ 1 bilhão para proteger o país contra os foguetes palestinos. Uma proteção que os civis de Gaza não têm", prosseguiu ela.

- Os Estados Unidos também deveriam fazer mais para acabar com o bloqueio aos territórios ocupados. Deveria fazer mais para acabar com os assentamentos. Lembremos que os Estados Unidos votam contra, tanto no Conselho de Direitos Humanos como no Conselho de Segurança, todas as resoluções que condenam o bloqueio e os assentamentos".

O bombardeio a uma instalação da ONU foi criticada pelo governo norte-americano nesta quinta-feira. "O bombardeio a uma instalação da ONU que está abrigando civis inocentes que estão fugindo da violência é totalmente inaceitável e totalmente indefensável", afirmou o porta-voz da Casa Branca Josh Earnest a jornalistas.

Abaixo, vídeo com a emocionada entrevista do porta-voz Christopher Gunness:





Fonte: 247



Um porta voz da UNRWA em Gaza não consegue finalizar sua fala enquanto descreve um ataque cruel contra palestinos em um mercado de Al shija'ah.

31 de Julho de 2014, 13:57, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


Ataque de Israel ao Mercado de Shujaiya em Gaza / Foto Palestinian News Network


Um porta voz da UNRWA em Gaza não consegue finalizar sua fala enquanto descreve um ataque cruel contra palestinos em um mercado de Al shija'ah.

Ele sobreviveu ao massacre.

A ONU não tem como maquiar mais nada.

A realidade está aí, impressa no choro sofrido deste homem.

Enquanto isso a mídia sionista continua dizendo que a "guerra" é contra tuneis.

Tentam justificar a qualquer custo o HOLOCAUSTO PALESTINO.

Nem quem é calejado em missões humanitárias suporta mais tanta BARBÁRIE de Israel.

Assista ao vídeo:










Como Israel ‘noticia’ os próprios crimes de guerra

31 de Julho de 2014, 13:20, por BURGOS (Cãogrino)



Por Patrick Cockburn*

 Do Counterpunch

Mark Regev

 Os porta-vozes israelenses já têm muito trabalho tentando explicar como os israelenses assassinaram mais de 1.000 palestinos em Gaza, a maioria dos quais civis, em comparação com apenas 3 civis mortos em Israel por foguetes e fogo de morteiro do Hamás. Mas pela televisão e pelo rádio e pelos jornais, porta-vozes do governo israelense hoje, como Mark Regev, parecem menos enroladores e menos agressivos que predecessores, que eram muito mais visivelmente indiferentes ao número de palestinos mortos.


Há pelo menos uma boa razão para esse ‘aprimoramento’ das capacidades de Relações Públicas dos porta-vozes de Israel. A julgar pelo que se os veem dizer, já estão trabalhando conforme um estudo feito por profissionais, bem pesquisado e confidencial, sobre como influenciar a mídia e a opinião pública nos EUA e na Europa.



Redigido pelo especialista em pesquisas e estrategista político dos Republicanos, Dr. Frank Luntz, aquele estudo foi encomendado há cinco anos por um grupo chamado “The Israel Project” [Projeto Israel], que mantém escritórios nos EUA e em Israel, para ser usado “por todos que estão na linha de frente da guerra midiática a favor de Israel”.

Cada uma das 112 páginas do folheto é marcada com “proibido distribuir ou publicar” [orig.“not for distribution or publication”], e é fácil entender por quê. O relatório Luntz – oficialmente intitulado “Dicionário de Linguagem Global do Projeto Israel 2009” [orig. “The Israel project’s 2009 Global Language Dictionary[1]] vazou quase imediatamente para Newsweek Online, mas até hoje só muito raramente mereceu atenção, e sua verdadeira importância ainda mão foi devidamente considerada.

Deveria ser leitura obrigatória para todos, sobretudo para jornalistas interessados em conhecer a política de Israel, por causa da lista de “Faça/diga X” e “Nunca faça/diga Y” dirigida aos porta-vozes de Israel.

Aquelas duas listas são altamente iluminadoras para que se compreenda a distância imensa que separa o que funcionários e políticos israelenses pensam e creem, e o que eles dizem; o que eles dizem é modelado por pesquisa mantida ativa minuto a minuto, para detalhar o que os norte-americanos desejam ouvir. Com certeza, nenhum jornalista deveria arriscar-se a entrevistar qualquer porta-voz de Israel sem conhecer muito bem aquele manual e ter-se preparado para contra-perguntar sobre os muitos temas – e sempre com as mesmas palavras e frases – que se ouvem hoje da boca do Sr. Regev e seus colegas.

O panfleto é cheio de saborosos conselhos sobre como eles devem modelar suas respostas, para diferentes audiências. Por exemplo, o estudo diz que
“os norte-americanos aceitam que ‘Israel tem direito a ter fronteiras defensáveis’. Mas Israel não tem vantagem alguma em definir com precisão que fronteiras são essas. Evitem falar em fronteiras em termos de pré- ou pós-1967, porque isso só faz relembrar aos norte-americanos o passado militar de Israel. Essa expressão prejudica os israelenses, sobretudo no campo da esquerda. Por exemplo, o apoio da direita israelense a fronteiras defensáveis cai de 89% para menos de 60% sempre que vocês falam em termos de 1967.”

E quanto ao direito de retorno dos refugiados palestinos que foram expulsos ou fugiram em 1948 e nos anos seguintes, e que nunca mais puderam retornar às próprias casas e terras? Aqui, o Dr. Luntz é muito sutil nos conselhos que dá aos porta-vozes israelenses; diz que

“o direito de retorno é questão difícil para que os israelenses falem dela com eficácia, porque praticamente toda a linguagem israelense soa muito semelhante à fala de ‘separados, mas iguais’ dos racistas segregacionistas dos anos 1950s e dos defensores do Apartheid nos anos 1980s. De fato, os norte-americanos não gostam, não acreditam nisso e não aceitam o conceito de ‘separados, mas iguais’.”

Assim sendo, como devem os porta-vozes enfrentar questões que até o manual considera ‘difíceis’? Recomendam que a coisa seja chamada de “demanda” – porque os norte-americanos detestam gente que faz demandas.  O manual ensina:

“Digam portanto: ‘os palestinos não estão satisfeitos com o estado que têm. Agora, estão demandando mais territórios dentro de Israel.”

Outras sugestões para resposta israelense efetiva incluem dizer que o direito de retorno deve ser item de um acordo final “algum dia, no futuro”.

O Dr Luntz observa que os norte-americanos em geral temem qualquer imigração em massa para dentro dos EUA, “portanto falem sempre de ‘imigração palestina em massa para dentro de Israel’ –, e os norte-americanos sempre rejeitarão a ideia. Se mais nada funcionar, digam que a volta dos palestinos faria ‘descarrilhar o esforço para alcançar a paz’”.

O relatório Luntz foi redigido logo depois da Operação Chumbo Derretido em dezembro de 2008 e Janeiro de 2009, quando morreram 1.387 palestinos e nove israelenses.

Um capítulo inteiro é dedicado a “isolar o Hamás, apoiado pelo Irã, como obstáculo à paz.” Infelizmente, agora, quando está em curso a Operação Fio Protetor, iniciada dia 6 de junho de 2014, e nova matança de palestinos, há um problema grave para a propaganda de Israel, porque o Hamás está rompido com o Irã por causa da guerra na Síria e está completamente sem contato com Teerã. Só reataram relações amistosas há poucos dias – e por causa da invasão israelense.

Muitos dos conselhos do Dr Luntz tratam do tom e do modo de expor o pensamento de Israe0l. Diz que é absolutamente crucial mostrar vastíssima simpatia pelos palestinos:

“Os persuasíveis [sic] não dão importância ao que você saiba, até que se convençam de que você lamenta muito, do fundo do coração, toda a situação. Mostre empatia PELOS DOIS LADOS!”

Isso provavelmente explica por que tantos porta-vozes israelenses vão praticamente às lágrimas quando falam do sofrimento dos palestinos bombardeados por bombas e mísseis israelenses.

Em frase escrita em negrito, sublinhada e toda em maiúsculas, o Dr Luntz diz que os porta-vozes ou líderes políticos israelenses NÃO DEVEM, NÃO PODEM, nunca, de modo algum, justificar “o massacre deliberado de mulheres e crianças inocentes”, e devem reagir agressivamente contra qualquer voz que acuse Israel por tal crime. Vários porta-vozes israelenses esforçaram-se muito para seguir esse conselho na 5ª-feira passada, quando 16 palestinos foram mortos num abrigo da ONU em Gaza.

Há uma lista de palavras e frases a serem usadas e uma lista de palavras e frases a serem evitadas. Há de tudo: “O melhor meio, o único meio, para alcançar paz duradoura, é alcançar respeito mútuo.” O mais importante é que o desejo de paz de Israel com os palestinos tem de ser sempre enfatizado, porque é o que os norte-americanos mais querem que aconteça. Mas se se observarem pressões para que Israel realmente faça alguma paz, a pressão deve ser imediatamente reduzida; nesse caso, os israelenses devem dizer:

“um passo de cada vez, um dia depois do outro” – expressões que serão facilmente aceitas como “abordagem de bom senso, para a equação ‘deem-nos A terra, que lhes damos a paz’.”

O Dr Luntz cita como exemplo de “pegada israelense muito eficaz” a seguinte frase: “Quero muito particularmente falar às mães palestinas que perderam seus filhos. Nenhum pai ou mãe deveria ter de enterrar suas crianças.”

O estudo admite que o governo israelense não quer, de fato, qualquer solução de dois estados, mas diz que isso não pode ser declarado publicamente, porque 78% dos norte-americanos são favoráveis àquela solução. Devem-se enfatizar sempre as muitas esperanças de que os palestinos progridam economicamente.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu é citado com elogios, por ter dito que “já é hora de alguém perguntar ao Hamás: o que, afinal, estão fazendo para melhorar a vida de seu povo?!” A hipocrisia, aí, é inacreditável: é Israel, com os sete anos de bloqueio econômico que impõe a Gaza, quem reduziu Gaza ao estado de pobreza e miséria em que vive hoje.

Em todos os casos e ocasiões, o modo como porta-vozes israelenses apresentam os fatos é planejado para dar a norte-americanos e a europeus a impressão de que Israel desejaria muito a paz com os palestinos e estaria disposta a ceder para chegar à paz. Todas as evidências, e também o Manual do Dr. Luntz, sugerem que tudo aí, são mentiras. Embora não tenha sido requisitado ou produzido com essa finalidade, poucos estudos mais reveladores foram jamais escritos sobre a Israel contemporânea, em tempos de guerra e paz.

[1] Pode ser lido (ing.) em http://www.docstoc.com/docs/8303274/The-Israel-Projects-2009-Global-Language-Dictionary [NTs]. 

*Patrick Oliver Cockburn é um jornalista irlandês, correspondente no Oriente Médio desde 1979.

Fonte: Sul21 

Imagens: Google

 
 

 



Como Israel ‘noticia’ os próprios crimes de guerra

31 de Julho de 2014, 13:20, por Desconhecido - 0sem comentários ainda



Por Patrick Cockburn*

 Do Counterpunch

Mark Regev

 Os porta-vozes israelenses já têm muito trabalho tentando explicar como os israelenses assassinaram mais de 1.000 palestinos em Gaza, a maioria dos quais civis, em comparação com apenas 3 civis mortos em Israel por foguetes e fogo de morteiro do Hamás. Mas pela televisão e pelo rádio e pelos jornais, porta-vozes do governo israelense hoje, como Mark Regev, parecem menos enroladores e menos agressivos que predecessores, que eram muito mais visivelmente indiferentes ao número de palestinos mortos.


Há pelo menos uma boa razão para esse ‘aprimoramento’ das capacidades de Relações Públicas dos porta-vozes de Israel. A julgar pelo que se os veem dizer, já estão trabalhando conforme um estudo feito por profissionais, bem pesquisado e confidencial, sobre como influenciar a mídia e a opinião pública nos EUA e na Europa.



Redigido pelo especialista em pesquisas e estrategista político dos Republicanos, Dr. Frank Luntz, aquele estudo foi encomendado há cinco anos por um grupo chamado “The Israel Project” [Projeto Israel], que mantém escritórios nos EUA e em Israel, para ser usado “por todos que estão na linha de frente da guerra midiática a favor de Israel”.

Cada uma das 112 páginas do folheto é marcada com “proibido distribuir ou publicar” [orig.“not for distribution or publication”], e é fácil entender por quê. O relatório Luntz – oficialmente intitulado “Dicionário de Linguagem Global do Projeto Israel 2009” [orig. “The Israel project’s 2009 Global Language Dictionary[1]] vazou quase imediatamente para Newsweek Online, mas até hoje só muito raramente mereceu atenção, e sua verdadeira importância ainda mão foi devidamente considerada.

Deveria ser leitura obrigatória para todos, sobretudo para jornalistas interessados em conhecer a política de Israel, por causa da lista de “Faça/diga X” e “Nunca faça/diga Y” dirigida aos porta-vozes de Israel.

Aquelas duas listas são altamente iluminadoras para que se compreenda a distância imensa que separa o que funcionários e políticos israelenses pensam e creem, e o que eles dizem; o que eles dizem é modelado por pesquisa mantida ativa minuto a minuto, para detalhar o que os norte-americanos desejam ouvir. Com certeza, nenhum jornalista deveria arriscar-se a entrevistar qualquer porta-voz de Israel sem conhecer muito bem aquele manual e ter-se preparado para contra-perguntar sobre os muitos temas – e sempre com as mesmas palavras e frases – que se ouvem hoje da boca do Sr. Regev e seus colegas.

O panfleto é cheio de saborosos conselhos sobre como eles devem modelar suas respostas, para diferentes audiências. Por exemplo, o estudo diz que
“os norte-americanos aceitam que ‘Israel tem direito a ter fronteiras defensáveis’. Mas Israel não tem vantagem alguma em definir com precisão que fronteiras são essas. Evitem falar em fronteiras em termos de pré- ou pós-1967, porque isso só faz relembrar aos norte-americanos o passado militar de Israel. Essa expressão prejudica os israelenses, sobretudo no campo da esquerda. Por exemplo, o apoio da direita israelense a fronteiras defensáveis cai de 89% para menos de 60% sempre que vocês falam em termos de 1967.”

E quanto ao direito de retorno dos refugiados palestinos que foram expulsos ou fugiram em 1948 e nos anos seguintes, e que nunca mais puderam retornar às próprias casas e terras? Aqui, o Dr. Luntz é muito sutil nos conselhos que dá aos porta-vozes israelenses; diz que

“o direito de retorno é questão difícil para que os israelenses falem dela com eficácia, porque praticamente toda a linguagem israelense soa muito semelhante à fala de ‘separados, mas iguais’ dos racistas segregacionistas dos anos 1950s e dos defensores do Apartheid nos anos 1980s. De fato, os norte-americanos não gostam, não acreditam nisso e não aceitam o conceito de ‘separados, mas iguais’.”

Assim sendo, como devem os porta-vozes enfrentar questões que até o manual considera ‘difíceis’? Recomendam que a coisa seja chamada de “demanda” – porque os norte-americanos detestam gente que faz demandas.  O manual ensina:

“Digam portanto: ‘os palestinos não estão satisfeitos com o estado que têm. Agora, estão demandando mais territórios dentro de Israel.”

Outras sugestões para resposta israelense efetiva incluem dizer que o direito de retorno deve ser item de um acordo final “algum dia, no futuro”.

O Dr Luntz observa que os norte-americanos em geral temem qualquer imigração em massa para dentro dos EUA, “portanto falem sempre de ‘imigração palestina em massa para dentro de Israel’ –, e os norte-americanos sempre rejeitarão a ideia. Se mais nada funcionar, digam que a volta dos palestinos faria ‘descarrilhar o esforço para alcançar a paz’”.

O relatório Luntz foi redigido logo depois da Operação Chumbo Derretido em dezembro de 2008 e Janeiro de 2009, quando morreram 1.387 palestinos e nove israelenses.

Um capítulo inteiro é dedicado a “isolar o Hamás, apoiado pelo Irã, como obstáculo à paz.” Infelizmente, agora, quando está em curso a Operação Fio Protetor, iniciada dia 6 de junho de 2014, e nova matança de palestinos, há um problema grave para a propaganda de Israel, porque o Hamás está rompido com o Irã por causa da guerra na Síria e está completamente sem contato com Teerã. Só reataram relações amistosas há poucos dias – e por causa da invasão israelense.

Muitos dos conselhos do Dr Luntz tratam do tom e do modo de expor o pensamento de Israe0l. Diz que é absolutamente crucial mostrar vastíssima simpatia pelos palestinos:

“Os persuasíveis [sic] não dão importância ao que você saiba, até que se convençam de que você lamenta muito, do fundo do coração, toda a situação. Mostre empatia PELOS DOIS LADOS!”

Isso provavelmente explica por que tantos porta-vozes israelenses vão praticamente às lágrimas quando falam do sofrimento dos palestinos bombardeados por bombas e mísseis israelenses.

Em frase escrita em negrito, sublinhada e toda em maiúsculas, o Dr Luntz diz que os porta-vozes ou líderes políticos israelenses NÃO DEVEM, NÃO PODEM, nunca, de modo algum, justificar “o massacre deliberado de mulheres e crianças inocentes”, e devem reagir agressivamente contra qualquer voz que acuse Israel por tal crime. Vários porta-vozes israelenses esforçaram-se muito para seguir esse conselho na 5ª-feira passada, quando 16 palestinos foram mortos num abrigo da ONU em Gaza.

Há uma lista de palavras e frases a serem usadas e uma lista de palavras e frases a serem evitadas. Há de tudo: “O melhor meio, o único meio, para alcançar paz duradoura, é alcançar respeito mútuo.” O mais importante é que o desejo de paz de Israel com os palestinos tem de ser sempre enfatizado, porque é o que os norte-americanos mais querem que aconteça. Mas se se observarem pressões para que Israel realmente faça alguma paz, a pressão deve ser imediatamente reduzida; nesse caso, os israelenses devem dizer:

“um passo de cada vez, um dia depois do outro” – expressões que serão facilmente aceitas como “abordagem de bom senso, para a equação ‘deem-nos A terra, que lhes damos a paz’.”

O Dr Luntz cita como exemplo de “pegada israelense muito eficaz” a seguinte frase: “Quero muito particularmente falar às mães palestinas que perderam seus filhos. Nenhum pai ou mãe deveria ter de enterrar suas crianças.”

O estudo admite que o governo israelense não quer, de fato, qualquer solução de dois estados, mas diz que isso não pode ser declarado publicamente, porque 78% dos norte-americanos são favoráveis àquela solução. Devem-se enfatizar sempre as muitas esperanças de que os palestinos progridam economicamente.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu é citado com elogios, por ter dito que “já é hora de alguém perguntar ao Hamás: o que, afinal, estão fazendo para melhorar a vida de seu povo?!” A hipocrisia, aí, é inacreditável: é Israel, com os sete anos de bloqueio econômico que impõe a Gaza, quem reduziu Gaza ao estado de pobreza e miséria em que vive hoje.

Em todos os casos e ocasiões, o modo como porta-vozes israelenses apresentam os fatos é planejado para dar a norte-americanos e a europeus a impressão de que Israel desejaria muito a paz com os palestinos e estaria disposta a ceder para chegar à paz. Todas as evidências, e também o Manual do Dr. Luntz, sugerem que tudo aí, são mentiras. Embora não tenha sido requisitado ou produzido com essa finalidade, poucos estudos mais reveladores foram jamais escritos sobre a Israel contemporânea, em tempos de guerra e paz.

[1] Pode ser lido (ing.) em http://www.docstoc.com/docs/8303274/The-Israel-Projects-2009-Global-Language-Dictionary [NTs]. 

*Patrick Oliver Cockburn é um jornalista irlandês, correspondente no Oriente Médio desde 1979.

Fonte: Sul21 

Imagens: Google

 
 

 



Soldados dos EUA e da Europa são vistos na Faixa de Gaza

30 de Julho de 2014, 12:07, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

 

Entidade denuncia 6 mil soldados estadunidenses, canadenses e europeus na Faixa de Gaza lutando ao lado do exército israelense contra os palestinos


Fontes palestinas dizem que a medida está sendo tomada porque muitos israelenses se recusam a lutar no campo de batalha e as autoridades são obrigadas a substituí-los pelos estrangeiros. 53 soldados de Israel morreram desde o começo da ofensiva contra Gaza. Enquanto do lado palestino, ao menos 1.191 pessoas foram mortas além de mais de 6300 feridas.


“Crime contra a humanidade”

 

Vinte e quatro médicos europeus que estão em Gaza lançaram uma carta aberta descrevendo os ataques de Israel de “um crime contra a humanidade”.
“Solicitamos aos nossos colegas que denunciem a agressão de Israel. Estamos combatendo a propaganda do governo que transforma o massacre pela denominada ‘agressão defensiva’. A realidade é que se trata de uma agressão cruel com duração e intensidade ilimitadas”, diz a carta que também reforça que a maioria dos alvos israelense são civis inocentes.

Os médicos também denunciam que Gaza está sendo bloqueada, e os feridos não podem buscar socorro em hospitais fora da região, além do acesso a comida e medicamentos ser limitado.

“Israel está insultando nossa humanidade, inteligência e dignidade. Os médicos que tentam viajar para Gaza, não conseguem chegar por conta de bloqueios”, denunciam.

Recém nascidos

Outro aspecto pouco conhecido da ofensiva israelense em Gaza é a morte de bebês abandonados na região, já que recém-nascidos não podem ser levados pelos seus pais para um local seguro.
É o caso da maternidade do hospital Shifa, onde três bebês dividem a mesma incubadora. A falta de energia e de mantimentos nos hospitais fez com que a Organização Mundial da Saúde (OMS) solicitasse um “corredor humanitário” para tratar dos feridos.

 Fonte: Pragmatismo Politico



Israelense defende o estupro de palestinas

30 de Julho de 2014, 11:42, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


Mordechai Kedar defende o estupro de mulheres palestinas

 “A única coisa que vai deter um atacante suicida é saber que, se ele puxar o gatilho, sua irmã será estuprada”, disse  o ex-membro da inteligência militar de Israel Mordechai Kedar; para ele, seria uma “medida efetiva para amedrontar os combatentes desse povo” 

Do Pragmatismo Político - O ex-membro da inteligência militar de Israel, o Dr. Mordechai Kedar, defendeu que estuprar as mulheres palestinas seria uma “medida efetiva para amedrontar os combatentes desse povo.” Kedar, que serviu durante 25 anos esse setor, ainda disse que “a única coisa que vai deter um atacante suicida é saber que, se ele puxar o gatilho, sua irmã será estuprada”.

Mordechai Kedar
Tal resposta foi dada em uma entrevista ao programa de rádio Hakol Diburim, da Rádio Israel Bet. As informações são do portal Livre Pensamento.
Atualmente, Kedar é investigador do Centro Begin-Sadat para Estudos Estratégicos da Universidad de Bar-Ilan. Além disso, o ex-militar também é diretor do “Israel Academia Monitor”, um centro que policia os acadêmicos das universidades israelenses. Segundo as agências de notícias estrangeiras, esse centro é conhecido por “perseguir as pessoas que não obedecem as diretrizes do governo de Israel.”

Tal resposta foi dada em uma entrevista ao programa de rádio Hakol Diburim, da Rádio Israel Bet. As informações são do portal Livre Pensamento.

Atualmente, Kedar é investigador do Centro Begin-Sadat para Estudos Estratégicos da Universidad de Bar-Ilan. Além disso, o ex-militar também é diretor do “Israel Academia Monitor”, um centro que policia os acadêmicos das universidades israelenses. Segundo as agências de notícias estrangeiras, esse centro é conhecido por “perseguir as pessoas que não obedecem as diretrizes do governo de Israel.”


Fonte: Brasil 247