Quem Precisa de Forças Armadas?
12 de Junho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaMídia: Carta Capital
Política: Roberto Amaral
Defesa Nacional
Desgastadas política e socialmente com a ditadura (1964-1985), nossas Forças Armadas, desde o governo Fernando Collor, vêm sendo objeto de crescente (e burra) marginalização, que se aprofundou no governo Fernando Henrique Cardoso.
Solícito no atendimento às diretrizes norte-americanas, o segundo Fernando foi diligente na política de tentar confinar nossas Forças em atividades típicas de polícia, como o combate ao contrabando e ao narcotráfico.
Mas , justiça lhe seja feita, deu o pontapé inicial para a criação do Ministério da Defesa, boa ideia que ainda poderá vingar.
Já o governo Luiz Inácio Lula da Silva teve o grande mérito de aprovar a primeira Estratégia Nacional de Defesa com visão própria da inserção do Brasil no cenário geopolítico mundial.
Finalmente, a presidente Dilma Rousseff (embora as Forças Armadas permaneçam cumprindo papel de polícia nos morros cariocas) avança na definição de programa de investimentos em ciência e tecnologia, de especial em tecnologias duais, e na articulação com a indústria aqui instalada, indústria que, em crise, precisa ser encarada como parceira indispensável do programa de nacionalização de armamentos, sem a qual não teremos Forças Armadas dignas do nome.
Afinal, defesa nacional é defesa de que e de quem? Da nacionalidade? De nossos valores? Quais são esses valores, aqueles que unificam o que se pode chamar de povo e nação? Defesa de nosso território? Ou defesa de nossa soberania?
O que é soberania, e qual soberania é possível, num mundo dito globalizado, o qual, embora multipolar, uma multipolaridade de polos assimétricos, conhece a hegemonia econômica, científica e militar do mais forte entre os mais fortes, e os mais fortes são potências nucleares?
No Brasil , o interesse nacional, após a Segunda Guerra Mundial, era ditado pela nossa inserção dependente na Guerra Fria, resolvida pela renúncia da União Soviética, caso único de suicídio de um Estado.
Aquela inserção qualificava nossa política externa e determinava o caráter de nossas Forças Armadas. A saber, simplesmente não precisávamos delas, senão para cuidar da fronteira com o suposto inimigo potencial, a Argentina, pois, do ‘perigo soviético’ nos defenderiam os ‘marines’.
Por consequência, recebendo armamento de segunda linha, prescindíamos do desenvolvimento de tecnologias e produção de armamentos próprios, vedada às nossas forças e à nossa incipiente indústria militar qualquer sorte de transferência de tecnologia.
Para o seu papel subalterno de guardas pretorianos do status quo, ou para intervir no processo democrático, fraturado-o, não careciam de modernidade.
A visão subalterna conheceu o clímax no governo do marechal Castello Branco, quando foi cunhado o infeliz bordão ‘o que é bom para os EUA é bom para o Brasil’.
Os demais governos militares, todavia, incentivaram o desenvolvimento da indústria nacional de defesa, de que são símbolos a Embraer e seu AM-X, estenderam a soberania marítima para 200 milhas, romperam com o acordo militar Brasil-EUA e deram impulso à pesquisa nuclear.
A disparidade entre o poder econômico do Brasil e o dos seus vizinhos elimina do horizonte hoje visível qualquer hipótese de guerra regional, a não ser por procuração, de potência externa, como aliás, no Império sob a hegemonia britânica, foi a imoral guerra contra o Paraguai, e, na ditadura, a intervenção na República Dominicana, atendendo aos interesses dos EUA.
Resta a hipótese de enfrentar inimigo muito mais poderoso, caso em que não caberá a ilusão de enfrentá-lo de igual para igual, senão adotar uma política de dissuasão ao máximo do invasor, desanimando qualquer intento atentatório à nossa soberania.
Em país com as características brasileiras, amante ativo da paz e da boa convivência internacional, o papel de suas Forças Armadas é o de serem capazes de inibir qualquer desrespeito às regras da convivência internacional, de soberania e de autodeterminação.
Dito de outra forma, sabemos que a inexistência de capacidade de defesa, isto é, de força dissuasória, é eficiente estímulo à aventura militar.
Qualquer que seja a política nacional de defesa, ela depende de nosso desenvolvimento econômico, gerador de nosso desenvolvimento científico-tecnológico, gerador de nosso desenvolvimento industrial e não tem e não pode ter política de defesa o Estado que não possui indústria bélica. Quem não produz sua própria tecnologia militar não tem tecnologia alguma.
Está certo e é coerente com nossa história de povo e civilização que o Brasil não seja nem queira ser uma potência militar, mas é pelo menos estranho que renuncie a um sistema de defesa – ainda que
constitucionalmente limitado à dissuasão –, compatível com sua presença continental.
Não há a menor relação, do ponto de vista militar, entre nossas Forças Armadas e as necessidades de nosso país, considerada sua dimensão continental, seu litoral, suas fronteiras, a riqueza de seu mar erritorial, a Amazônia, seus recursos minerais, sua população e a exigência de projeção do poder nacional.
É dramática a fragilidade de nossas Forças Armadas, mas este, lamentavelmente, não é o cerne da questão, porque é impossível pensar em política de defesa, cingindo-se ao ponto-de-vista estritamente militar.
A política de defesa fundamenta-se em elementos culturais e ideológicos, e depende da adesão da cidadania, porque assim como a economia e a diplomacia, guerra é, ao fim e o cabo, uma questão política.
Deserdados da sociedade e da cidadania não formam exércitos de defesa e resistência. Estes carecem da força da população que pretendem defender, e da identificação dessa mesma população com seus objetivos.
As Forças Armadas aptas do ponto de vista tecnológico deverão ser concebidas a partir da vontade nacional e de sua missão no projeto estratégico coletivo; os valores nacionais são oferecidos pela sua
formação de povo, nação e país, pela sua cultura, pela sua história.
Segurança nacional, como tem demonstrado a democracia, é antes de tudo desenvolvimento econômico-social auto-sustentado.
Nosso projeto fundamental, assim o entendo, é ultrapassar a condição periférica, e a estratégia é o aprofundamento da relação Sul-Sul, tendo como ponto-de-partida a América do Sul, onde já desfrutamos de posição destacada.
A partir daí, utilizando esse ponto de apoio, aprofundar seu relacionamento com os países africanos, a começar pelos países da lusofonia, mas a eles não se limitando.
Nosso objetivo estratégico deve ser abreviar o parto da história.
O projeto nacional é tributário e servidor do papel que estamos dispostos a desempenhar na America do Sul e no hemisfério e sua articulação considera a consciência do que somos e a decisão do que
queremos ser.
Queremos ser um modelo alternativo de desenvolvimento auto-sustentável, democrático, solidário, progressista; uma sociedade harmônica e igualitária, aberta ao convívio amistoso de todas as crenças e etnias, amante da paz e da liberdade.
No plano continental, o projeto desse novo Brasil está comprometido com:
- a democracia e os regimes representativos;
- a desnuclearização de nosso continente de par com a exigência do fim de todos os estoques de armas nucleares e de destruição em massa;
- a proteção e fortalecimento de nossas culturas nacionais;
- a articulação econômica, cultural e política entre nossos povos;
- a proteção de nossas economias, a promoção do desenvolvimento e a distribuição de renda como ponto de partida para a superação das desigualdades sociais e construção futura de uma sociedade sem classes;
- a proteção de nossas matérias primas, de nossos recursos naturais e de nossas fronteiras;
- o desenvolvimento em comum polos de ciência e tecnologia; e
- a latinidade como valor estratégico.
Finalmente, nosso compromisso é o de assegurar a paz e a não-intervenção nos assuntos internos de outros países, e, em particular, a intervenção estrangeira no hemisfério.
Ao fim e ao cabo: é preciso virar a página. Não podemos sacrificar nossas necessidades atuais em razão de traumas de há 30-40 anos.
É preciso serviço de inteligência, e é preciso política de defesa. Sob a égide da Constituição de1988, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) nada tem a ver com o Serviço Nacional de Informações (SNI), e o papel das Forças Armadas é e deve ser distinto daquele da longa noite da ditadura.
Essa é a exigência do Estado democrático que, aos trancos e barrancos, conseguimos construir e buscamos fortalecer.
*Comentário:* Defesabr
De acordo com o Wikipedia, Roberto Átila Amaral Vieira nasceu em Fortaleza, em 24 de dezembro de 1939, é jornalista, professor e político, tendo sido ministro da Ciência e Tecnologia no início do
governo Lula.
Ele resume a história recente das Forças Armadas até os sacrificados dias atuais, em que são colocadas de lado por um grupo político rancoroso e ainda tem um deles como ministro da Defesa para tratar de certas comissões.
Que as Forças Armadas não atendam mais a um dado aspecto político da nação é compreensível, mas vê-las fragilizadas ao ponto de não poderem responder às necessidades mínimas que a Constituição lhes outorga é um grave problema, que o Executivo tem que ser chamado pela sociedade a responder por que e até quando.
É preciso tentar compreender e analisar o que Roberto Amaral vê como projeto fundamental da Nação ser “ultrapassar a condição periférica” e a estratégia ser “aprofundar a relação Sul-Sul”, porém compartimentado no globo a um limite entre a América do Sul e a África. Ter como objetivo estratégico “abreviar o parto da história” parece ainda mais um enigma político.
Entendo que, qualquer que seja o projeto nacional escolhido pela sociedade, precisamos sim saber o que somos hoje e decidir o que queremos ser amanhã.
Mais que isso, precisamos também olhar com preocupação e prevenção um mundo perigoso, temeroso, instável e em época de enorme mutação. O mundo é simplesmente imprevisível.
Vejamos, então:
No Brasil, estamos no limiar de um Pré-Sal que já está refém dos mais escusos sonhos da classe política, enquanto o honesto seria haver um planejamento de agregação de valor desse rico petróleo para o país poder aplicar um grande projeto de educação, o que terá que acontecer de um modo ou de outro.
Queremos ser um povo rico, educado, inovador, avançado, e sempre alerta ao mundo.
No exterior, temos o hemisfério norte em via de duas crises, vindo primeiro a econômica e, em seguida, a política, que deverão ressuscitar radicalismos que o mundo pensava estarem extintos.
A Europa, os EUA e parte da Ásia, principalmente, enfrentarão épocas absolutamente caóticas pouco à nossa frente, talvez mesmo a partir desse ano de 2012.
A China, por outro lado, também sofrerá grandes perdas em seu modelo exportador, por ausência de demanda dos atores acima. O problema é saber o que isso causará ao ânimo de sua classe dirigente e para onde ela fará o país se expandir, militarmente, o que é certo que irá acontecer.
Portanto, se quisermos mesmo ser um povo alerta ao que acontecerá ao mundo, será preciso começar por entender que mesmo os melhores paradigmas atuais em termos de Defesa ainda são muito humildes frente a inimigos que poderão vir de várias fontes em busca de dominação das melhores riquezas do planeta, aqui abundantes.
Então, queremos ser um povo rico, educado, inovador, avançado, e sempre alerta ao mundo. Para defender nossa soberania, queremos por prevenção dispor de Forças Armadas ampliadas, equipadas, treinadas, eficazes, motivadas e com capacidade dissuasória absoluta em toda parte.
Se você quiser saber como se faz isso, comece por aqui: DEFESA BR –ABERTURA
No discurso de posse que não houve, o presidente Tancredo Neves resumia o seu pensamento sobre Defesa e nossas Forças Armadas :
“Sua responsabilidade será cada vez maior, com o esperado crescimento da cobiça internacional sobre os nossos recursos naturais, e considerando-se a extensão das nossas lindes.
Ao heroísmo, e à abnegação de nossos soldados, devemos acrescentar os indispensáveis meios de combate.
O adestramento militar possibilita a eficiência da bravura, e os equipamentos modernos de luta são necessários ao bom desempenho dos exércitos.
Ao heroísmo, e à abnegação de nossos soldados, devemos acrescentar os indispensáveis meios de combate.
O adestramento militar possibilita a eficiência da bravura, e os equipamentos modernos de luta são necessários ao bom desempenho dos exércitos.
*Roberto Silva* do Blog DefesaBr
Fonte: DefesaBr
A verdade sobre a censura em Cuba
11 de Junho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaCuba denunciou em dezembro que o Facebook censurou sua página na rede social, que possui mais de 70 mil seguidores, porque ela protestava contra o fechamento do canal do portal Cubadebate no Youtube.
Por Mariana Mendes*
Tudo aconteceu porque o canal de vídeos do sítio estatal Cubadebate.cu publicou um vídeo sobre Luis Posada Carriles, que é acusado por vários crimes na Venezuela, incluindo a derrubada de um avião civil cubano que matou 73 pessoas, cumpriu pena no Panamá por tentar assassinar Fidel Castro e recentemente propôs a via armada para derrubar o governo cubano. O ex-agente da CIA está sendo julgado nos Estados Unidos apenas por fraude migratória, embora a Venezuela exija que o terrorista seja extraditado para ser julgado em seu país natal.
Segundo o Youtube, o vídeo possui "infração de copyright"; contudo, o sítio cubano afirma que as imagens do vídeo, que mostram Luis Posada Carriles dizendo que queria o pagamento por seus serviços como terrorista internacional, são utilizadas sem autoria em vários outros sítios.Em nota, o sítio cubano afirma a existência de vários vídeos no Youtube com informações manipuladas e tendenciosas sobre Cuba com imagens roubadas do site estatal sem que o Google as tenha tirado da rede social, ainda que haja denúncias.
O acesso ao canal e à página cubanos foram restabelecidos, o vídeo de Carriles continua censurado. Outro canal já publicou o vídeo em protesto à censura do Google.
O embargo midiático
Além do embargo econômico imposto a Cuba pelos Estados Unidos, que dura mais de 50 anos, a ilha também sofre com o bloqueio midiático. A grande mídia filtra as informações reais sobre o país e divulga informações falsas.
Em seu livro Cuba, apesar do bloqueio, atualizado em 2011, Mario Augusto Jakobskind, que morou um ano em Cuba, afirma que o bloqueio midiático é a "desinformação externa, que cria no mundo um senso comum que demoniza Cuba. A imprensa mundial não se cansa de dizer que lá é 'uma ditadura', chega ao absurdo de chamar de 'ditadura dos irmãos Castro'. Isso não reflete a realidade".
Segundo o sítio do Cubadebate, o microblog Twitter censura os TT (temas do momento) quando eles não são do interesse da empresa. Isso aconteceu com o "hashtag" #DerechosCuba, que foi bloqueado na Espanha. Contas da rede social também são fechadas arbitrariamente por motivos políticos em todo o mundo, ou seja, os direitos tão proclamados de liberdade de expressão são simplesmente negados todos os dias para manipular opiniões.
Embora seja intensamente propagandeado que presenciamos a "era da informação", a realidade é que poucos possuem acesso à rede, e ela é controlada por uma minoria interessada em lucrar com a propagandaonline e bloquear o que foge de seus interesses. A sociedade cubana, ao contrário desta tendência, utiliza seus escassos recursos cibernéticos, diminutos por conta do embargo econômico e comercial, para divulgar a verdade sobre sua história. Falsas informações são propagadas com o argumento de que o governo cubano teme liberar o acesso total à internet, quando se trata, na verdade, da falta de recursos tecnológicos no país, devido ao implacável bloqueio.
O "cybermercenarismo"
Outra faceta da propaganda falsa contra Cuba se manifesta por meio do "cybermercenarismo". O jornal The New York Times publicou, em junho de 2010, que os Estados Unidos lideram um grupo de países que utilizam a tecnologia da informação mediante utilização de plataformas portáteis, viagens, consultorias,hardwares e apoio à criação de páginas virtuais e sistemas de telefonia móveis, para beneficiar os "dissidentes" em suas mensagens contrarrevolucionárias. Sob o falso título de "independentes", esses mercenários divulgam informações que incitam à desobediência civil, fazem propaganda ilusória sobre o capitalismo e mentem sobre a revolução cubana.
A propaganda pró-capitalismo é o resultado menos perigoso destas ações, já que tais blogueiros não gozam de popularidade entre os cubanos. Tais "cybermercenários" podem trabalhar como espiões e até promover interferências em sistemas estatais e danos nos sistemas de serviços à população, além de acidentes graves.
"La Polémica Digital"
Apesar de todos os gastos e dos imensos esforços da máfia capitalista para manter contrarrevolucionários em ação, a cada dia surgem novos blogueiros cubanos que acreditam na revolução cubana e escrevem sobre o sistema em que vivem.
O blog "La Polémica Digital", da jornalista cubana Elaine Diaz, é um destes blogs que escreve sobre o dia a dia de Cuba: "É sobre isso que gosto de escrever: o dia a dia, o que vejo na rua, no transporte público, o que ocorre com meu avô - que é camponês e não tem a menor ideia do que seja a internet, e, além disso, ela não lhe faz falta porque não a considera algo necessário para ser feliz. Por isso, eu acho muito engraçado que os indicadores para medir o grau de satisfação da população cubana sejam baseados em termos de internet, uma vez que a maioria da população do mundo nem sequer tem o que comer ou onde dormir esta noite".
*Mariana Mendes é professora de geografia na UFSCar, Sorocaba
Fonte: Pravda, Vermelho
Imagem: Google
Países membros da OTAN e do Conselho de Segurança do Golfo (CCG) estão preparando um golpe de Estado e um genocídio sectário na Siria
10 de Junho de 2012, 21:00 - sem comentários ainda
OTAN prepara golpe midiático na Síria
Por Thierry Meyssan
Países membros da OTAN e do Conselho de Segurança do Golfo (CCG) estão preparando um golpe de Estado e um genocídio sectário na Síria. Se você deseja opor-se a esses crimes, atue de imediato. Faça circular este artigo através da Internet e ponha-se em contato com seus representantes democráticamente eleitos.
Dentro de alguns dias, talvez a partir do meio-dia da sexta-feira 15 de junho, os sírios que assistem aos canais nacionais somente captarão em seus televisores outros canais criados pela CIA. Imagens filmadas em estudio mostrarão massacres imputados ao governo, manifestações populares, ministros e generais renunciando, presidente Al-Assad fugiu, os rebeldes reunindo-se no centro das grandes cidades assim como a chegada de um novo governo ao palácio presidencial.
O objetivo dessa operação, dirigida directamente desde Washington por Ben Rhodes, conselheiro adjunto de seguridade nacional dos Estados Unidos, é desmoralizar os sirios e permitir assim um golpe de Estado. A OTAN, após chocar-se com o veto duplo pela Rússia e pela China no Conselho de Seguridade da ONU, alcançaria assim conquistar a Siria sem ter que atacar ilegalmente. Seja qual for a opinião de cada um sobre o que está sucedendo na Siria, o certo á que um golpe de Estado colocaria fim a toda esperança de democratização.
De forma totalmente oficial, a Liga Árabe tem solicitado aos operadores dos satélites Arabsat e Nilesat que ponham fim a retransmissão dos medios sirios, tanto públicos como privados (Syria TV, Al-Ekbariya, Ad-Dounia, Cham TV, etc.). Ja existe um precedente dado que a Liga Árabe impostou anteriormente a censura contra a televisión Líbia para impedir que os dirigentes de la Yamahiria puderam comunicar-se com seu própio povo. No existe na Síria nenhuma rede hertziana em que os canais de televisão se captem exclusivamente vía satélite. Mas este corte no deixará as telas em branco.
Na realidade, esta decisão somente é a parte visível do iceberg. Segundo nossas informações, várias reuniões internacionais tiveram lugar esta semana para coordenar a operação de intoxicação. As duas primeiras reuniões, de natureza técnica, se aconteceu em Doha (Qatar). a terceira, de caráter político, teve lugar em Riad, (Arábia Saudita).
Na primeira reunião participaram os oficiais de guerra psicológica «incrustados» em várias televisões via satélites, como Al-Arabiya, Al-Jazeera, BBC, CNN, Fox, France24, Future TV e MTV – Já é sabido que desde 1998 oficiais da United States Army’s Psychological Operations Unit (PSYOP) tem sido incorporados na redação da CNN, prática que a OTAN extendeu depois a outras estações televisivas de importância estratégica. Estes oficiais elaboraram de antemão uma série de notícias falsas, em função de uma história falsa concebida pela equipe de Ben Rhodes, na Casa Branca. Se estabeleceu um procedimento de validação recíproca no que cada mídia deve citar nas mentiras dos demais para dar-lhes credibilidade aos olhos dos telespectadores. Os participantes decidiram a não limitar-se a requisição unicamente dos canais da CIA para Síria e o Líbano (Barada, Future TV, MTV, Orient News, Syria Chaab, Syria Alghad), mas também uns 40 canais religiosos wahabitas para desatar massacres e exortar a fé sob o lema «¡Los cristianos a Beirut, los alauitas a la tumba!»
Na segunda reunião participaram engenheiros e realizadores encarregados de planificar a fabricação de imagens de ficção, em que se mesclan sequências rodadas em estudios a céu aberto com imagens computadorizadas. Nestas últimas semanas se tem montado, na Arabia Saudita, vários estudios que imitan os dos palácios presidenciais sírios e as principais praças de Damasco, de Alepo e de Homs. Ja existia esse tipo de estudios en Doha, mas eram insuficientes, dada a escala da operação proposta.
Na terceira reunião participaram o general James B. Smith, embaixador dos Estados Unidos; um representante do Reino Unido e o príncipe saudita Bandar Bin Sultan, o mesmo a quem o presidente George Bush (pai) designava como seu filho adotivo, quando a imprensa americana começou a chamá-lo «Bandar Bush». O objetivo desta reunião foi coordenar a ação dos meios de comunicação com a ação do «Ejército Sirio Libre», essencialmente composto por mercenários a mando do príncipe Bandar.
A operação já vinha sendo planejada havia meses, mas o Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos decidiu acelerar depois que o presidente russo Vladimir Putin notificou a Casa Branca de que a Russia iria se opor pela força a todo intento ilegal de intervenção da OTAN contra a Síria.
Esta operação compreende duas etapas simultâneas: por um lado, inundar os meios de comunicação com notícias falsas, e por outro, censurar e bloquear toda possibilidade de resposta.
O fato de proibir as televisões via satélites para desencadear e dirigir uma guerra não é nada novo. Sob a pressão de Israel, Estados Unidos e a União Européia tem proibido sucessivamente canais de televisão libaneses, palestinos, iraques, libios e até iranianos. Nenhum tipo de censura foi imposta em canais por satélite de outras regiões.
A difusão de noticias falsas tampouco é novidade. Quatro avanços significativos na arte de propaganda ter sido dada pela primeira vez durante a última década.
- Em 1994, uma estação de música pop, a Radio Libre de Mille Collines (RTML) deu o sinal que desencadeou o genocídio de Ruanda para encorajar a «¡Matar a las cucarachas!».
- Em 2001, a OTAN utilizou os meios de imprensa para impor uma interpretação dos atentados do 11 de setembro e justificar os ataques contra Afeganistão e Iraque. Já naquela época foi Ben Rhodes o encarregado de redatar, por ordem da administração Bush, Kean Hamilton o informe da Comissão sobre os atentados.
- Em 2002, a CIA utilizou 5 canais (Televen, Globovisión, Meridiano, ValeTV e CMT, para fazer crer que enormes manifestações haviam obrigado o presidente democraticamente eleito da Venezuela, Hugo Chávez, a renunciar a seu cargo, quando na realidade estava sendo vítima de um golpe de Estado militar.
- Em 2011, France desempenhava de fato o papel de ministerio de Información de Consejo Nacional Libio, ao que estava vinculada por contrato. Durante a batalha de Trípoli, a OTAN fez filmar em estudios e difundir através da Al-Jazeera y de Al-Arabiya imagens que mostravam os rebeldes líbios entrando na praça principal da capital quando na realidade se encontravam longe da cidade, de maneira que os habitantes, convencidos de que a guerra estava perdida, cessaram toda resistência.
Os meios de imprensa já não se conformam com apoiar a guerra. Agora eles fazem a guerra.
Este dispositivo viola os princípios básicos do direito internacional, começando com o artigo 19 da Declaração Universal de Direitos Humanos que estipula o direito a «receber informações e opiniões, e o de difundi-las, sem limitação de fronteiras, por qualquer meio de expressão». E o mais importante é que viola as resoluções da Assembéia Geral da ONU, adotadas ao término da Segunda Guerra Mundial para prevenir as guerras. As resoluções 110, 381 e 819 proíbem «os obstáculos ao livre intercâmbio de informações e idéias» (neste caso, o bloqueio dos canais sírios) e «a propaganda tendenciosa a provocar ou estimular qualquer tipo de ameaça contra a paz, de ruptura da paz ou ato de agressão ». Na luz do direito, a propaganda a favor da guerra é um crime contra a paz. É crime ainda mais grave porque torna possíveis crimes de guerra e genocídio.
Fonte: SOA-BRASIL
Tradução: Google
Imagem: Google
Palestina: OLP condena ocupação israelense, que completa 45 anos
10 de Junho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaSoldados sírios admitem a derrota e se rendem ao avistarem tanques israelenses nas Colinas de Golã no final da Guerra dos Seis Dias. |
Na Cisjordânia - que, assim como Jerusalém Oriental, era controlada pela Jordânia antes da guerra -, soldados árabes se rendem às forças israelenses. |
A Organização para a Libertação da Palestina (OLP) condenou "o fortalecimento de uma ocupação que ameaça ser irreversível", na véspera do 45º aniversário da Guerra dos Seis Dias, na qual Israel conquistou Jerusalém Oriental, Gaza, Cisjordânia, as Colinas do Golã e o Sinai egípcio. Enquanto isso, a Faixa de Gaza vive o quarto dia consecutivo de bombardeios israelense.
"Quarenta e cinco anos depois do começo da ocupação, Israel continua violando deliberadamente a lei internacional através de políticas que minam e ameaçam anular as perspectivas de uma solução de dois Estados", disse nesta segunda-feira em comunicado Hanan Ashrawi, membro do Comitê Executivo da OLP.
Na nota, a dirigente palestina pede ao mundo que "examine o legado da ocupação israelense: um legado de impunidade e atrozes violações da legislação internacional". Além disso, acusa Israel "como potência ocupante" de violar as obrigações estabelecidas na Convenção de Genebra e outros tratados internacionais.
Ashrawi condena a expansão das colônias e do que classifica de "políticas extremistas adotadas pelo governo israelense e legisladas pela Knesset (Parlamento) que enviam uma mensagem sinistra: em vez de investir na paz, Israel investe em avançar a ocupação com a construção de assentamentos, a demolição de casas e o deslocamento de milhares de palestinos".
Bombardeio
Aviões militares israelenses bombardearam nesta segunda (4) pelo terceiro dia consecutivo, áreas civis de Gaza. Duas pessoas morreram e sete ficaram feridas. Uma leiteria situada na Cidade de Gaza foi destruída pelos projéteis lançados pelas forças militares.
De acordo com fontes médicas e o movimento de Resistência Islâmica (Hamas), outro ataque com projéteis de grosso calibre foi registrado em uma área descampada. A ação tem por objetivo vingar a morte de um soldado israelense em um tiroteio na região da fronteira.
Vários presos palestinos em cárceres israelenses ameaçaram retomar a greve de fome massiva devido ao não cumprimento por parte do governo de Benjamín Netanyahu do acordo que colocou fim à greve de cerca de mil reclusos, realizada em 17 de abril.
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45 anos se passaram... e o Povo Palestino continua sofrendo
Fonte: AFP - Prensa Latina - Vermelho
Imagem: Terra
Vídeo: Youtube
Há 20 anos na ECO-92 Fidel Castro mostrava o caminho para salvar o Planeta
10 de Junho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaRetirado do Solidários
Discurso de Fidel Castro na Conferência da ONU para Meio Ambiente - ECO-92
Sr. Presidente do Brasil, Fernando Collor de Mello;
Sr. Secretário Geral das Nações Unidas, Butros Ghali;
Excelências:
Uma importante espécie biológica está em perigo de desaparecer devido à rápida, progressiva liquidação de suas condições naturais de vida: o homem. Agora estamos cientes deste problema, quando quase é tarde para impedi-lo.
É preciso salientar que as sociedades de consumo são as principais responsáveis pela atroz destruição do meio ambiente. Elas nasceram das antigas metrópoles coloniais e de políticas imperiais que, pela sua vez, engendraram o atraso e a pobreza que hoje açoitam a imensa maioria da humanidade. Com apenas 20% da população mundial, elas consomem as duas terceiras partes dos metais e as três quartas partes da energia que é produzida no mundo. Envenenaram mares e rios, contaminaram o ar, enfraqueceram e perfuraram a camada de ozônio, saturaram a atmosfera de gases que alteram as condições climáticas com efeitos catastróficos que já começamos a padecer.
As florestas desaparecem, os desertos estendem-se, bilhões de toneladas de terra fértil vão parar ao mar cada ano. Numerosas espécies se extinguem. A pressão populacional e a pobreza conduzem a esforços desesperados para ainda sobreviver à custa da natureza. É impossível culpar disto os países do Terceiro Mundo, colônias ontem, nações exploradas e saqueadas hoje, por uma ordem econômica mundial injusta.
A solução não pode ser impedir o desenvolvimento aos que mais o necessitam. O real é que todo o que contribua atualmente para o subdesenvolvimento e a pobreza constitui uma violação flagrante da ecologia. Dezenas de milhões de homens, mulheres e crianças morrem todos os anos no Terceiro Mundo a conseqüência disto, mais do que em cada uma das duas guerras mundiais. O intercâmbio desigual, o protecionismo e a dívida externa agridem a ecologia e propiciam a destruição do meio ambiente.
Se quisermos salvar a humanidade dessa autodestruição, teremos que fazer uma melhor distribuição das riquezas e das tecnologias disponíveis no planeta. Menos luxo e menos esbanjamento nuns poucos países para que haja menos pobreza e menos fome em grande parte da Terra. Não mais transferências ao Terceiro Mundo de estilos de vida e de hábitos de consumo que arruínam o meio ambiente. Faça-se mais racional a vida humana. Aplique-se uma ordem econômica internacional justa. Utilize-se toda a ciência necessária para um desenvolvimento sustentável sem contaminação. Pague-se a dívida ecológica e não a dívida externa. Desapareça a fome e não o homem.
Quando as supostas ameaças do comunismo têm desaparecido e já não há pretextos para guerras frias, corridas armamentistas e gastos
militares, o que é o que impede dedicar de imediato esses recursos na promoção do desenvolvimento do Terceiro Mundo e combater a ameaça de destruição ecológica do planeta?
Cessem os egoísmos, cessem as hegemonias, cessem a insensibilidade, a irresponsabilidade e o engano. Amanhã será tarde demais para fazer aquilo que devimos ter feito há muito tempo.
Obrigado, Fidel Castro.
Reportagem da TV cubana sobre a participação de Fidel Castro no Eco-92
Fonte: Solidários
Declaração final da 3ª Assembleia Nacional do Cebrapaz
9 de Junho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaO Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz) aprovou na Assembleia Nacional encerrada sábado (9), uma Declaração em que renova as convicções dos ativistas brasileiros pela paz de que sua luta está ligada ao combate ao imperialismo estadunidense e seus aliados da Otan. Ao encerrar o evento, a presidenta do Cebrapaz, Socorro Gomes, declarou que a missão da entidade é denunciar os crimes do imperialismo e mobilizar o povo na luta pela paz.
Leia a íntegra da declaração:
Nós, militantes da paz, da solidariedade aos povos e da luta anti-imperialista, reunidos na 3ª Assembleia Nacional do Cebrapaz, realizada na cidade de São Paulo, nos dias 08 e 09 de julho de 2012, nos somamos às vozes que ao redor do mundo clamam pela paz, soberania e justiça.
Homenageamos nesta ocasião um dos grandes brasileiros, o humanista e pintor Candido Portinari, que com o seu pincel e cores expressou com contundência as dores da guerra, e a alegria dos povos de viver em paz. O exemplo deste grande brasileiro, como de tantos outros, nos inspira para tansformar nossa indignação em ação organizada e consciente.
O Cebrapaz é uma expressão organizada do sentimento da sociedade brasileira contra as guerras e em solidariedade aos povos em luta no mundo.
Esta assembleia realizou uma abrangente análise sobre as ameaças à paz, provocadas pelo imperialismo; debateu sobre como fortalecer a solidariedade aos povos agredidos, que lutam para defender sua soberania e o direito à autodeterminação.
Vivemos uma mudança de época. Estão em curso profundas mudanças e transformações no mundo.
A crise atual do capitalismo é estrutural e sistêmica. As políticas empregadas para enfrentar a crise atacam os direitos dos trabalhadores e dos povos e suas repercussões vão muito além dos aspectos econômicos.
De igual modo, está em curso um processo histórico de declínio relativo da hegemonia do imperialismo estadunidense. Paralelamente a isto emergem grandes nações que reafirmam seu direito de defesa da paz, à autodeterminação e ao desenvolvimento com justiça social.
Contudo os EUA ainda são a força predominante nas dimensões militar, cientifico-tecnológica e na esfera econômica em relação a outros países do mundo. Atuam de forma consciente para se manter no centro do sistema, utilizando para isto a militarização, a guerra e a instrumentalização das Nações Unidas.
Vivemos uma nova ofensiva imperialista que visa saquear os recursos naturais, tais como as fontes de energia, a biodiversidade, a água, os minérios, entre outros. O imperialismo recrudesce a sua agressividade contra os povos do mundo, fazendo-a acompanhar de uma sistemática e orquestrada campanha ideológica e de desinformação, destinada a “legitimar” e suavizar a barbárie causada por suas aventuras bélicas.
Novos e antigos argumentos são utilizados para ameaçar a soberania e a paz das nações. Neste sentido, surgem novos conceitos e justificativas, como “guerra preventiva” e “direito de proteger” para realizar os graves crimes contra a humanidade, como os ocorridos na Líbia no último período. Trata-se de uma época em que a violação do direito internacional e da carta das Nações Unidas, como também a instrumentalização da ONU são parte da estratégia do imperialismo.
É com este intuito que foi reformulada a estratégia de ação da Otan, com a expansão de sua área de atuação, tornando-se uma das principais inimigas da paz e dos povos do mundo.
A rede de bases militares estrangeiras e as esquadras navais dos EUA constituem na atualidade uma ampla rede de apoio às suas operações em todas as latitudes.
Neste sentido, regiões como Oriente Médio, África e a América Latina, abundantes em recurso naturais estratégicos, são alvo da cobiça do imperialismo. Prosseguem as guerras de ingerência, agressão e ocupação, com ações nos Bálcãs, no Oriente Médio, na Ásia Central e na África. Agora, a Otan volta a manifestar a sua intenção de ter presença militar no Atlântico Sul.
No Oriente Médio, Israel continua sendo a ponta de lança do imperialismo, com uma política de hostilidade e agressão aos povos da região, mantém ocupadas as colinas de Golan, da Síria, e as Fazendas de Sheeba, no Líbano.
Com respeito à Palestina, o sionismo israelense continua com a política de expansão das colônias, construção de postos de controle e do muro de separação, perpetrando crimes, como prisões arbitrárias e assassinatos seletivos. Reafirmamos a defesa da constituição do Estado da Palestina já. Não há como esperar mais tempo, as Nações Unidas têm esta responsabilidade perante o martirizado povo palestino.
Os sionistas e o imperialismo estadunidense fazem constantes ameaças e provocações contra o Irã, pretextando que este país pretende fabricar armas nucleares.
Na Ásia Central, os EUA tentam construir uma saída para sua desastrosa presença no Afeganistão, além de continuar violando a soberania do Paquistão, realizando os criminosos e covardes bombardeios com aviões não tripulados.
Na África, a partir da reativação do Comando Africano (Africom), o imperialismo estadunidense busca expandir sua presença. Comandou, com países da União Europeia e da Otan, a recente agressão contra a Líbia, com claros objetivos neocolonialistas.
No momento em que realizamos nossa assembleia, o alvo imediato do imperialismo e sua maquinaria de guerra e propaganda é a Síria. Isto dá um sentido de urgência à nossa ação de solidariedade com este país. A defesa da soberania nacional torna-se a principal expressão da defesa da paz e da oposição ao jugo imperialista. Querem derrubar o governo do presidente Bashar Al-Assad não pelos seus eventuais problemas, mas por suas qualidades, por não ser submisso aos interesses do imperialismo na região. Desde nossa assembleia, conclamamos todas as forças progressistas e defensoras da paz a se solidarizarem com a Síria e seu povo.
Na América Latina, o “Continente Rebelde”, vivemos uma nova realidade política, econômica e social, fruto de décadas de luta política e social dos nossos povos. Os governos da região têm privilegiado a construção da democracia, fazem esforços pelo progresso social, promovem a integração solidária, reforçam posições de defesa da soberania nacional e da paz. Por isso mesmo, o imperialismo estadunidense, em conluio com as classes dominantes retrógradas, fazem pressões e ameaças contra os governos anti-imperialistas, principalmente Cuba e Venezuela.
Prosseguem seus intentos de instalar novas bases militares estadunidenses na Colômbia e em outras localidades, além dos esforços de fazer com que a Otan atue nas águas do Atlântico Sul. A Quarta Frota continua ameaçadoramente singrando as águas do Atlântico e do Mar do Caribe.
Reiteramos que não é concebível que em pleno século 21 tenhamos que conviver com o flagelo do colonialismo. Em nossa região são 22 os enclaves coloniais de distintas formas, que servem em muitos casos como base para operações militares das grandes potências, como a ilha de Ascensão e as Ilhas Malvinas. Nesta oportunidade repudiamos uma vez mais o colonialismo britânico e afirmamos que as Malvinas são Argentinas.
Hoje, mais do que em qualquer outra época, torna-se necessário um movimento forte e organizado em defesa da paz. A denúncia dos crimes do imperialismo e seu combate é uma tarefa que está na ordem do dia.
Nosso desafio é ser a expressão organizada do sentimento de solidariedade aos povos em luta e na denúncia dos crimes do imperialismo. Fortalecer o Cebrapaz como uma organização de ação de massas e unidade, com núcleos atuantes nos diferentes Estados e amplas relações com outras entidades, buscando desenvolver ações unitárias, é um dos nossos principais desafios.
A tarefa principal do Cebrapaz é contribuir para a construção de uma ampla frente de luta contra o imperialismo e pela paz. Para realizá-la é necessário fortalecer sua estrutura e organização, ampliar alianças, construir frentes, atuar em conjunto com outros movimentos.
A exemplo de Portinari e de tantos outros homens e mulheres que no seu dia a dia lutam para construir um mundo de paz, justiça e solidariedade, estaremos nas ruas, locais de trabalho e estudo buscando fortalecer e construir este movimento, que é de defesa da própria humanidade.
Estamos certos de que o século que se inicia será o século dos povos, da paz e da solidariedade entre os homens e mulheres ao redor do mundo. A essência de nossa época é o anti-imperialismo.
Na ocasião em que realizamos nossa 3ª Assembleia Nacional, reafirmamos a convicção de que o imperialismo não é invencível. Com a força do povo, será derrotado.
Viva a luta dos povos!
Viva a paz e a solidariedade!
São Paulo, 9 de junho de 2012
A 3ª Assembleia Nacional do Cebrapaz
Fonte: Cebrapaz
Imagem: Google (colocadas por este blog)
Cientistas brasileiros enviam carta aberta à Dilma
9 de Junho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaCarta aberta |
Por Husc no Blog do Ambientalismo
Mudanças climáticas: cientistas enviam carta aberta à Dilma
Um grupo de destacados cientistas brasileiros enviou uma carta aberta à presidente Dilma Rousseff, alertando-a sobre os equívocos que marcam a orientação dos debates e a formulação de políticas públicas referentes aos assuntos climáticos. Intitulado “Mudanças climáticas: hora de se recobrar o bom senso”, o documento enfatiza a inexistência de evidências físicas da influência humana no clima em escala global, critica o alarmismo que tem prevalecido na apreciação do tema e afirma que a “descarbonização” da economia mundial, com o proposto abandono dos combustíveis fósseis, é uma pseudo-solução para um problema inexistente.
Kenitiro Suguio - Luiz Carlos Molion - Geraldo Luís Lino |
A propósito da inexistência de evidências do chamado aquecimento global antropogênico, a carta afirma, enfaticamente, que…
«…as variações observadas no período da industrialização se enquadram, com muita folga, dentro da faixa de oscilações naturais do clima e, portanto, não podem ser atribuídas ao uso dos combustíveis fósseis ou a qualquer outro tipo de atividade vinculada ao desenvolvimento humano.»
Por isso, diz o texto, “a insistência na sua preservação representa um grande desserviço à Ciência e à sua necessária colocação a serviço do progresso da Humanidade”.
Os autores advertem, também, para os riscos da ênfase na possibilidade de aquecimento do planeta, quando várias evidências apontam para um resfriamento, nas próximas décadas:
«Um exemplo dos riscos dessa simplificação é a possibilidade real de que o período até a década de 2030 experimente um considerável resfriamento, em vez de aquecimento, devido ao efeito combinado de um período de baixa atividade solar e de uma fase de resfriamento do oceano Pacífico (Oscilação Decadal do Pacífico-ODP), em um cenário semelhante ao verificado entre 1947 e 1976. Vale observar que, naquele intervalo, o Brasil experimentou uma redução de 10-30% nas chuvas, o que acarretou problemas de abastecimento de água e geração elétrica, além de um aumento das geadas fortes, que muito contribuíram para erradicar o café no Paraná. Se tais condições se repetirem, o País poderá ter sérios problemas, inclusive, nas áreas de expansão da fronteira agrícola das regiões Centro-Oeste e Norte e na geração hidrelétrica (particularmente, considerando a proliferação de reservatórios “a fio d’água”, impostos pelas restrições ambientais).»
Ao final, os signatários sugerem uma mudança de atitude e mentalidade:
«Pela primeira vez na História, a Humanidade detém um acervo de conhecimentos e recursos físicos, técnicos e humanos, para prover a virtual totalidade das necessidades materiais de uma população ainda maior que a atual. Esta perspectiva viabiliza a possibilidade de se universalizar – de uma forma inteiramente sustentável – os níveis gerais de bem-estar usufruídos pelos países mais avançados, em termos de infraestrutura de água, saneamento, energia, transportes, comunicações, serviços de saúde e educação e outras conquistas da vida civilizada moderna. A despeito dos falaciosos argumentos contrários a tal perspectiva, os principais obstáculos à sua concretização, em menos de duas gerações, são mentais e políticos, e não físicos e ambientais.»
«Para tanto, o alarmismo ambientalista, em geral, e climático, em particular, terá que ser apeado do seu atual pedestal de privilégios imerecidos e substituído por uma estratégia que privilegie os princípios científicos, o bem comum e o bom senso.»
O documento, datado de 14 de maio, está circulando em todo o País e pode ser encontrado, entre outros lugares, nos sítios Alerta em Rede e da Associação Brasileira de Estudos do Quaternário (Abequa), este, em formato PDF.
Movimento de Solidariedade Íbero-americana
Créditos ➞ este post é matéria apresentada no Boletim Eletrônico MSIa INFORMA, do MSIa – Movimento de Solidariedade Íbero-americana, Vol. III, No 51, de 25 de maio de 2012.
MSIa INFORMA ➞ é uma publicação do Movimento de Solidariedade Ibero-americana (MSIa). Conselho Editorial: Angel Palacios, Geraldo Luís Lino, Lorenzo Carrasco (Presidente), Marivilia Carrasco e Silvia Palacios. Endereço: Rua México, 31 – sala 202 – Rio de Janeiro (RJ) – CEP 20031-144; Telefax: 0xx 21-2532-4086.
Para saber mais sobre o tema ➞ visitar os sites da MSIa/Capax Dei: http://www.alerta.inf.br/ e http://www.msia.org.br/.
Fonte: Blog do Ambientalismo
Imagem: Google (colocada por este blog)
José Mujica - Temos de escapar da escravidão que impõe a dependência material
8 de Junho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaO presidente uruguaio José Mujica recebe o barbeiro na chácara onde vive, como fazia antes de ser eleito |
A presidente Cristina Kirchner anunciou esta semana a decisão de transferir para pesos um depósito bancário de US$ 3 milhões, na tentativa de convencer os argentinos a pouparem em moeda nacional. Com um patrimônio estimado em US$ 15 milhões, ela é uma das mulheres mais ricas do país e integra a lista de presidentes milionários da região, como o chileno Sebastián Piñera.
Do outro lado do Rio da Prata, o uruguaio José “Pepe” Mujica, o chefe de Estado mais pobre do continente, vive em condições de austeridade e conserva o mesmo patrimônio que possuía quando chegou ao poder, em 2010: uma humilde chácara a 20 quilômetros de Montevidéu e um fusca modelo 1987, avaliado em US$ 1.925. Mujica doa 90% dos US$ 12.500 que recebe mensalmente a programas sociais.
Quando o Uruguai recuperou sua democracia, em 1985, Mujica, um ex-guerrilheiro tupamaro, saiu da prisão e disse que todos em seu país deviam aprender a “viver como pobres”. E foi o que ele fez. Junto com sua companheira, a senadora e também ex-tupamara LuciaTopolansky — que, ao contrário do presidente, pertencia a uma família de classe alta — mudou-se para a chácara e construiu uma vida simples.
Na semana passada, Mujica, de 77 anos, foi notícia no Uruguai por ter saído sozinho para comprar uma tampa de privada. Na volta para casa, o presidente foi visto pelos jogadores do Huracán del Paso de la Arena, um time local, que o chamaram para comer um churrasco e conversar. E lá foi Mujica, com a tampa de privada debaixo do braço.
— A simplicidade do presidente não é pose — contou o jornalista do “El País” Eduardo Delgado. — Participei de várias viagens presidenciais, e todos fomos com Mujica em aviões de companhias comerciais e em classe econômica.
Em entrevista ao semanário “Búsqueda”, realizada em 2009, o presidente explicou sua teoria. Para ele, viver como pobre é a única maneira de libertar-se das pressões da sociedade de consumo.
“Temos de escapar da escravidão que impõe a dependência material, que é uma das coisas que mais roubam tempo na sociedade contemporânea”, filosofou então Mujica. “Se você se deixa arrastar pelas pressões da sociedade de consumo, não existe dinheiro que alcance, não tem fim, é infinito”.
Além de doar seu salário, Mujica destina parte do dinheiro restante a pagar tratamentos de saúde para uma de suas irmãs, que sofre de esquizofrenia, segundo confirmaram pessoas que há muitos anos convivem com o presidente. Em sua chácara, a única mudança desde que se tornou presidente foi a construção de uma casinha para os seguranças.
Com certa aversão ao protocolo, Mujica teve de aceitar, também, roupas novas. Mas sempre preservando seu estilo informal, que não inclui, até hoje, o uso de gravata.
— Já jantei na casa do presidente, e até a comida é muito simples: é uma típica família de classe média baixa — contou um jornalista uruguaio, que pediu para não ser identificado.
O jeito Mujica de ser é bem visto por muitos uruguaios, mas questionado pelas classes mais altas, que têm certa dificuldade em aceitar um presidente que fala e vive como um homem do campo. Ainda com dois anos e meio de governo pela frente, Mujica tem 52% de aprovação popular, segundo pesquisa do instituto Data Medida. Já seu vice, Danilo Astori, um economista moderado e com um estilo bem mais sofisticado, obteve 60% de avaliação positiva.
Começa a assembleia da Paz e da solidariedade entre os povos
8 de Junho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaA 3ª Assembleia Nacional do Cebrapaz foi instalada nesta sexta-feira (8) em São Paulo com um representativo ato político. Compareceram centenas de pessoas, provenientes de todo o país, e uma numerosa delegação da própria capital paulistana. O ato contou com ilustres presenças de representantes diplomáticos, dirigentes políticos e do movimento social.
A mesa foi constituída pela presidenta da entidade, Socorro Gomes, o cônsul de Cuba em São Paulo, Lázaro Mendez, da Venezuela, Robert Torrealba, e da Síria, Gassam Obeid; o representante da Frente Polisário de Libertação Nacional (Saara Ocidental), Karin Lagdaf, da Federação Palestina, Emir Mourad, do MST, Joaquim Pinheira, da CTB, Rogério Nunes, da UBM, Simony Mascarenhas, do PCdoB, Ricardo Abreu. Também compuseram a mesa o vereador por São Paulo Jamil Murad, que foi homenageado pelos serviços prestados à luta pela paz, e o senador cearense Inácio Arruda.
Na plenária destacavam-se, entre outras, personalidades da solidariedade internacional e da luta popular: Claude Hajjar, da Fearab, Hassan Awali do PC Libanês, Hassan Abbas, do Partido Baath Sírio, Abdo Hamid, do Centro Cultural Árabe Sírio, Carmelo Munhoz, da Associação dos Bolivianos, Leo Ramirez, da Associação dos Paraguaios Japayke, Pedro Bocca, da Consulta Popular, Nádia Campeão, presidente estadual do PCdoB (SP), Vander Geraldo, presidente municipal do PCdoB na capital paulistana, Orlando Silva, ex-ministro do Esporte.
A assembleia recebeu mensagens de congratulações de Ruy Falcão, presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, Márcia Campos, presidenta da Federação Mundial Democrática de Mulheres, do ministro do Esporte, Aldo Rebelo, do embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Al Zeben, do Conselho pela Paz do Vietnã, do Movimento Mexicano pela Paz e o Desenvolvimento, do Conselho da Paz dos Estados Unidos, do deputado estadual (SP) Pedro Bigardi, da Associação de Pós-graduandos (ANPG), do Centro Barão de Itararé, de Michel Collon, jornalista internacional e ativista pela paz na Bélgica, e da senadora colombiana Piedad Córdoba, coordenadora do Movimento Colombianos e Colombianas pela Paz
“O imperialismo será derrotado”
“Esta é uma luta difícil, mas que tem muito de humanismo”, disse Socorro Gomes, presidenta da entidade, ao saudar os participantes. “Cuba, baluarte da luta pela soberania nacional e da luta pela paz, tem enfrentado o ódio, o preconceito e o bloqueio criminoso do imperialismo estadunidense e tem mantido bem alto a luta pela edificação do socialismo. A República Bolivariana da Venezuela, irmã na luta anti-imperialista, e seu líder Hugo Chávez sofrem ameaças, tentativas de golpe e de magnicídio, mas mantêm a solidariedade e a construção da integração independentista, soberana e solidária com os povos da América Latina. Ganha relevo nos dias de hoje a luta pela construção do Estado da Palestina Já, povo heroico, combatendo o sionismo e o imperialismo estadunidense. Este povo tem nossa solidariedade irrestrita”, disse Socorro ao mencionar os países que têm recebido o apoio do Cebrapaz.
Socorro expôs os objetivos da assembleia: “Aqui estamos unidos com um só objetivo – lutar contra as guerras, forjar uma grande união pela paz. Reunimo-nos na 3ª Assembleia Nacional do Cebrapaz no mesmo momento em que a maior potência imperialista do planeta, os Estados Unidos, e seus cúmplices, as potências europeias da Otan, fazem rufar os tambores de guerra contra a nação síria. As potências imperialistas alargam seu poder militar e reforçam a Otan que há poucos dias, em sua cúpula realizada em Chicago, consolidou sua concepção de ser uma máquina de guerra para atacar os povos em todo o mundo”, acentuou.
Socorro destacou ainda que esta assembleia expressa a determinação dos ativistas do Cebrapaz de cumprir um importante dever: fortalecer a corrente dos lutadores pela paz e denunciar os promotores da guerra, os quais em uma ofensiva belicista inaudita avançam contra os povos.
“Não somos indiferentes aos crimes de lesa-humanidade que o imperialismo norte-americano e seus aliados têm cometido, estamos determinados a intensificar e aprofundar nossa organização e nossa luta”, disse Socorro.
Poém, a visão do Cebrapaz não é pessimista, na opinião de sua presidenta: “Também se intensifica a luta dos povos, a resistência e a unidade. O Cebrapaz tem se somado a outras organizações do Brasil, da América Latina e do mundo na denúncia aos promotores da guerra e na construção da solidariedade aos povos em luta e no fortalecimento da paz. Juntos somos fortes, juntos seremos ainda mais . Apesar de o imperialismo e seus aliados, com suas máquinas de guerra, esparramarem o terror pelo mundo, ele não é invencível. Será derrotado pela luta dos povos”.
A presidenta do Cebrapaz deteve-se especialmente na ofensiva do imperialismo contra a Síria. Ela contou a viagem que fez a essa nação árabe em abril último, integrando uma comitiva conjunta do Conselho Mundial da Paz com a Federação Mundial da Juventude Democrática.
“Este país está sob cerco e agressão há mais de um ano por parte das potências imperialistas. Mentiras, falsidades e infâmias fazem parte da estratégia de agressão. O povo sírio causou-me grande admiração. É um povo afável, com muitas religiões convivendo pacificamente entre si.
O imperialismo está querendo passar a mentira por verdade, financia hordas de assassinos, pistoleiros, mercenários pagos para matar, querem cercar o governo legítimo de Bashar Assad para destruir um Estado nacional que resiste e não aceita que Israel destrua os povos e nações árabes. Nosso maior dever agora é a solidariedade à Síria e a denúncia dos bandidos que a querem atacar, pois há um comando internacional criminoso determinado a destruir o país. Por isso, neste momento nosso coração bate com o povo sírio”, encerrou, arrancando o entusiasmado aplauso da plenária.
Uma só luta
”Entendemos que a luta dos povos está entrelaçada com a luta da classe trabalhadora, almejamos uma sociedade solidária com direitos iguais para os que trabalham e todos os povos. A CTB participa de várias iniciativas de solidariedade internacional e participou recentemente da Marcha Patriótica na Colômbia”, afirmou o representante da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Rogério Nunes.
Por sua vez, Joaquim Pinheira, do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), disse que o movimento está ao lado do Cebrapaz há bastante tempo, construindo importantes atividades de denúncia e solidariedade. “Trazemos o abraço amigo do MST ao Cebrapaz, este instrumento fundamental de luta”. Joaquim lembrou que em Porto Alegre, durante as atividades do Fórum Social Mundial, foi importante a denúncia que o Cebrapaz fez em relação ao que ocorre na América Latina, principalmente o massacre e a chacina na Colômbia, a denúncia contra as bases militares dos Estados Unidos, sobretudo a base de Guantânamo em Cuba.
Finalizou destacando o papel da entidade: “Desde o nascimento do Cebrapaz temos percebido quão importante é esse instrumento e esse espaço para buscarmos conjuntamente saídas construindo ações de solidariedade com os povos em luta. É enorme a contribuição do Cebrapaz na luta por uma sociedade solidária. Para o MST é uma honra estar aqui”.
Simony Mascarenhas, da União Brasileira de Mulheres (UBM) disse que Socorro Gomes é “a nossa maior referência na luta em defesa dos povos e por sua libertação”. A militante feminista informou que a UBM desde sua fundação luta pela emancipação dos povos, pela solidariedade internacional. Nesse sentido – destacou – “temos grande identidade com o Cebrapaz”. Segundo Simony, a UBM apoia a luta para fazer da América Latina e o Caribe uma região de paz, contra as bases militares estrangeiras. Ela lembrou que um dos lemas do 15º Congresso da FDIM, realizado no mês de abril em Brasília, foi “Mulheres de todo o mundo construindo a paz”.
Emir Mourad, da Fepal, declarou que o Cebrapaz foi recebido com muito entusiasmo na Palestina e agradeceu o apoio que a entidade dá à luta desse heroico povo. Também a Frente Polisário, através de seu representante do Brasil, Karin Lagdaf, testemunhou a solidariedade do Cebrapaz com a luta do povo saarauí.
Sem paz não há desenvolvimento
O vereador Jamil Murad, um dos fundadores do Cebrapaz, homenageado durante a solenidade, disse que a mesa do ato de abertura da Assembleia do Cebrapaz por si só diz o que é a entidade – representativa e internacionalista. “O Cebrapaz é uma entidade extraordinária porque dá sequência ao sentimento do povo brasileiro em favor da paz.”
Nesse mesmo sentido opinou o secretário de Relações Internacionais do PCdoB, Ricardo Abreu. Ele lembrou que o partido tem uma enorme tradição na luta pela paz e na solidariedade aos povos, como destacamento integrante do Movimento Comunista Internacional, que sempre teve uma grande identidade com a causa internacionalista e a causa da paz mundial, desde o Manifesto Comunista de Marx e Engels.
Roberto Torrealba, cônsul da Venezuela, destacou que em 13 anos de Revolução Bolivariana, “conhecemos o valor da paz e da luta pela paz, temos conhecido as agressões, a calúnia e a violência”. O cônsul lembrou a importância da batalha política das eleições presidenciais de 7 de outubro próximo. Segundo informou, o presidente Hugo Chávez lançará sua candidatura à reeleição na próxima segunda-feira (11). “Reafirmamos a solidariedade com os povos em luta”, finalizou Torrealba.
Lázaro Mendez, cônsul de Cuba, afirmou que sentia-se honrado por representar seu país na assembleia do Cebrapaz. “Maio foi um mês que testemunhou o trabalho do Cebrapaz na solidariedade a Cuba, se realizou a maioria das convenções de solidariedade a Cuba e a nacional, em Salvador, Bahia, nas quais o papel do Cebrapaz foi enorme”. Para Lázaro Mendez, a luta pela paz não é só a luta contra a guerra mas é também a luta contra a fome, contra o analfabetismo, contra a ignorância, por mais saúde para o povo. Mendez lembrou que Cuba é solidária com todos os povos em luta e também depositária da solidariedade destes e reafirmou que no processo de atualização do modelo econômico cubano o objetivo é aperfeiçoar o socialismo. “O Cebrapaz tem em Cuba um aliado sempre presente”, disse Mendez ao desejar sucesso ao encontro.
“Esta assembleia é uma conquista, um grande acerto de nossa politica para que possamos no nosso país continental compreender bem a luta dos povos pela autodeterminação, para denunciar e impedir a ação do imperialismo, disse o senador comunista Inácio Arruda. Para ele, “sem paz não haverá desenvolvimento”. Inácio destacou a contribuição do Cebrapaz para a luta dos povos a fim de que se libertem das amarras do imperialismo.
Síria: “A paz esteja convosco”
O último orador foi o cônsul da Síria, Gassam Odeid, que recebeu a calorosa solidariedade dos presentes à luta de seu país e seu povo contra as agressões de que têm sido vítima. Emocionado, disse que não tinha palavras para retribuir “as lindas palavras de Socorro Gomes sobre a Síria e o sofrimento do povo sírio, sob ataque do imperialismo e o terrorismo internacional , do terrorismo de Estado praticado pelo imperialismo norte-americano e seus aliados da Europa e alguns países árabes”. Odeid denunciou a “falsificação dos acontecimentos que ocorrem na Síria”, referindo-se ao papel da mídia, principalmente a Al Jazeera, do Catar, e a Al Arabiya, da Arábia Saudita. O cônsul sírio disse que seu povo está enfrentando grupos armados apoiados de fora com armas americans e israelenses. “Esses grupos cometem crimes e querem derrubar o governo, para impor o modelo político deles à Síria”, asseverou. Enérgico no tratamento dos inimigos da Síria, Odeid afirmou categoricamente: “A Otan é uma organização terrorista”. Encerrou dizendo que a primeira saudação em árabe é “A Paz esteja convosco”. “É o que desejo para o povo brasileiro assim como para o povo sírio, agradecendo a ajuda do Cebrapaz e do povo brasileiro para que a paz volte à Síria”, finalizou.
“A terra nos é estreita”
Os versos do maior poeta palestino, Mahmud Darwich, recitados por Paulo, do Bibliaspa, fizeram os presentes refletirem na estreita opressão imposta pelo imperialismo aos povos e nos amplos caminhos que estes têm a percorrer.
Em sete anos de existência, o Cebrapaz tem se consolidado como um polo da luta anti-imperialista no Brasil e América Latina, protagonizando a luta contra as bases militares estrangeiras na região e atuando destacadamente no Conselho Mundial da Paz.
O Cebrapaz tem sido intérprete de um sentimento difuso na sociedade brasileira em favor da paz, contra as guerras de agressão perpetradas pelo imperialismo estadunidense e a Otan, em defesa da soberania nacional e autodeterminação dos povos. Desde a sua última assembleia nacional, realizada em julho de 2009 no Rio de Janeiro, foram inúmeras as atividades nessa direção. Durante o sábado os representantes dos núcleos estaduais e os membros da direção nacional que cumpriu o mandato de 2009 a 2012 farão o balanço desta atividade e projetarão o futuro.
Fonte: Vermelho
Os 40 anos da imagem histórica da Guerra do Vietnã e a destruição de Pyongyang
7 de Junho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaA Destruição de Pyongyang - O terror vindo dos céus
Por: Alcione Costa
Durante todo o transcurso da Guerra (1950-1953), Pyongyang a capital da República Democrática Popular da Coréia, foi pesadamente atacada com todos os tipos de bombas daquela época de forma implacável e impiedosa pela Força Aérea dos Estados Unidos, principalmente com bombas Napalm.
Foram mais de 1000 bombas por quilômetro quadrado, e a destruição foi total e aniquiladora. Toda a estrutura e infra-estrutura da cidade foram destruídas, energia elétrica, água potável, hospitais, escolas, transporte, comunicações, pontes, indústrias, estradas, farmácias e todo o comércio. A cidade foi praticamente riscada do mapa.
Quando o armistício foi assinado em 27-07-1953 havia somente 2 prédios na cidade, na qual 400.000 pessoas haviam residido, uma foto aérea tirada em meados de 1953 sobre esta capital, mostrou que as condições da cidade estavam semelhantes as cidades de Hiroshima e Nagasaki logo após terem sido bombardeadas com armas nucleares pelos Estados Unidos em 06.08.1945 e 09.08.1945 respectivamente.
(É bom que fique aqui registrado que os EUA foi o único país na história da humanidade a lançar armas nucleares sobre seres humanos).
A destruição, o flagelo, a desgraça, a fome e a miséria sem paralelos que se abateu sobre a população e de forma tão aguda se perpetuou nos anos seguintes pela estagnação da economia e instabilidade política, como conseqüência de tão arrasadora experiência.
As terríveis bombas de Napalm
Durante todo o conflito (1950-1953), os Estados unidos mantiveram uma política de pesados e constantes bombardeios em larga escala sobre a população da Coréia do Norte, especialmente utilizando bombas incendiárias contra todas as cidades e instalações civis e militares da parte norte da península coreana. Mesmo que esses tipos de atrocidades fossem tristemente lembrados no mundo pelo horror das imagens de vítimas civis, justamente na Guerra do Vietnã, pois naquele período programas de TV mostravam freqüentemente para todo o mundo, cenas horripilantes de crianças, idosos, mulheres sendo queimadas vivas.
A bomba Napalm possui uma substância gelatinosa que cola na pele, causando queimaduras de 3º grau, pois as pessoas mesmo entrando na água, ainda continuavam queimando e significativamente muito mais napalm foram lançadas no norte da península (1950-1953) apesar do relativo pouco tempo de guerra em relação à Guerra do Vietnã.
Para se ter uma idéia, durante o final da 2ª metade do ano de 1950, somente neste período foi lançado o equivalente a mais de 1 milhão de galões de Napalm sobre a população civil coreana na parte norte.
Em Maio e Junho de 1953, reforçando ordens do General Douglas MacArthur (1880-1964), o então 33º Presidente dos Estados Unidos Harry Truman (1884-1972), autorizou o General Curtis E. LeMay (1906-1990), líder do Comando Estratégico Aéreo (líder daquele comando desde 19 de Outubro de 1949), a bombardear usando bombas de fragmentação e também bombas incendiárias.
Em suma, a ordem era de destruir todas as barragens, hidroelétricas, agricultura, indústria, plantações de arroz e incendiar todas as cidade e aldeias de camponeses da Coréia do Norte, matando também milhares de pessoas afogadas devido à destruição das barragens e posteriormente outros milhares morreram de fome.
Curtis Emerson LeMay, o mais jovem general da Força Aérea dos Estados Unidos ao receber a 4ª estrela, desde Ulysses S. Grant (1822-1885), do Exército, declarou: ´Nós matamos 30% da população da Coréia do Norte, (...) na verdade nós matamos 40% da população da Coréia do Norte, talvez o maior percentual de população civil morta, na história de todas as guerras.`
O mesmo LeMay, durante sua aposentadoria declarou:
'Nós consumimos pelo fogo cada cidade da Coréia do Norte, e algumas poucas do Sul por engano, mas de qualquer maneira nós as queimamos.'
Fonte:Youtube, tkdlivre
Imagem: Google