O presidente também defendeu o fim da escala 6x1, sem redução de salários, como símbolo de respeito à dignidade do trabalhador. A proposta, já em tramitação no Congresso, foi apresentada como prioridade para o próximo ano e como uma marca de sua gestão. Lula afirmou que não é justo que milhões de brasileiros sigam submetidos a jornadas extenuantes, reforçando que o país precisa avançar em direitos sociais e condições de trabalho.
Outro ponto de destaque foi a autonomia da Polícia Federal, citada como compromisso inegociável do governo. Lula declarou que “nenhum dinheiro ou influência” será capaz de impedir a PF de avançar contra facções e crimes de colarinho branco. O recado foi interpretado como resposta direta às críticas da oposição e como sinal de que o governo pretende disputar 2026 com a bandeira da ética e da segurança institucional.
Em tom firme, Lula disse que “quem jogou contra o Brasil, perdeu”, numa referência aos setores que apostaram no fracasso da gestão. A frase, repetida com ênfase, buscou consolidar a narrativa de que o governo venceu obstáculos e que o povo brasileiro saiu como o verdadeiro vencedor. O presidente aproveitou para convocar a sociedade a manter a esperança e a união, reforçando que o país não pode voltar ao passado de fome e exclusão.
O pronunciamento de Natal, mais do que uma mensagem de fim de ano, foi um ensaio para a campanha de 2026. Lula usou o momento de maior audiência para fixar bandeiras sociais, econômicas e institucionais, transformando o discurso em peça estratégica. Ao falar de conquistas concretas e promessas de futuro, o presidente buscou não apenas emocionar, mas também mobilizar, deixando claro que o Natal de 2025 foi o início de uma nova batalha política que já começou.
