Segundo a Federação da Agricultura da Bahia (Faeb), 60 % da
manga produzida no estado é exportada para os EUA, o segundo maior comprador
após a União Europeia. A colheita, prevista para setembro, pode representar a
perda de até 50 mil toneladas, impactando diretamente 7 mil trabalhadores
rurais e uma cadeia de renda familiar e regional.
O vazio deixado pelo corte abrupto de mercado não se preenche com facilidade. Diretores da Valexport afirmam que não há logística nem consumo interno suficiente para absorver esse volume, forçando os produtores a manter preços ou enfrentar ruína, já que qualquer queda compromete a colheita, empregos e sustentabilidade da atividade.
No entanto, estudiosos como Arthur Cruz, da Superintendência de Estudos Econômicos da Bahia (SEI), apontam que a única saída possível poderia ser a redução do valor da fruta no mercado interno, uma medida dolorosa, mas necessária, para evitar perdas totais.