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SCOMBROS

3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.

Mon, 29 Jul 2013 22:51:52 +0000

29 de Julho de 2013, 16:51, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

PESOS & MEDIDAS

Um escândalo embaixo do tapete

Por Luciano Martins Costa em 29/07/2013 na edição 756

Comentário para o programa radiofônico do Observatório, 29/7/2013

 

Há uma enorme ilusão na ideia de que a imprensa tradicional trabalha com uma visão objetiva da realidade. Aliás, é nesse mito que a imprensa fundamenta seu valor simbólico, como instituição que suporta a modernidade: quanto mais objetiva a visão de mundo, mais distantes estaremos, supostamente, dos arcaísmos e da barbárie.

Com base nessa suposição, a imprensa cobra da sociedade um respeito e uma reputação que a colocam entre os principais poderes institucionais. No entanto, para qualquer lado que se olhe, pode-se notar que a objetividade é somente uma ficção, não apenas como resultado da narrativa, mas como na própria intencionalidade da ação jornalística.

O que move, condiciona e determina o trabalho jornalístico é uma crença – e, uma vez que se abandonou a ambição da objetividade, pouco resta de valor real das crenças que, afinal, têm como objetivo apenas a imposição de uma moral específica, não a busca da verdade. Tanto faz se um jornal está falando da visita do papa, de economia ou de política, a linguagem jornalística institucional produz sempre um discurso comprometido com uma crença, sob o disfarce de uma narrativa desprendida e fundada na realidade objetiva.

Observe-se, por exemplo, como os jornais tratam o caso do pagamento de propinas que denuncia a existência de um vasto sistema de corrupção nos governo do estado de São Paulo e do Distrito Federal, associado a obras do metrô. O assunto foi tema de capa da revista IstoÉ na semana passada, em ampla reportagem intitulada “O propinoduto do tucanato paulista”, ilustrada com montagem de fotografias de Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin, que se sucederam no governo de São Paulo durante o período em que teriam ocorrido pagamentos de propinas em troca de contratos para obras do metrô.

Embora potencialmente, segundo uma visão objetiva dos fatos, fosse o caso de os jornais darem curso às revelações de IstoÉ, como tem sido rotina em outros escândalos, a reação da imprensa, em geral, é um silêncio capaz de fazer ruborizar a imagem de Nossa Senhora Aparecida – para fazer referência objetiva a uma crença. Com certeza, os editores acreditam que, se eles não falarem do assunto, ele não vai existir.

Uma suposta eventual possibilidade

Acontece que a realidade objetiva indica que o Brasil precisa continuar investindo em obras de infraestrutura, o que inclui muitos quilômetros de metrô e uma nova e moderna rede ferroviária. E as empresas que fornecem materiais e tecnologia para esses projetos bilionários têm que estar em dia com a Justiça, para participar de tais licitações.

A multinacional Siemens, de origem alemã, faz parte do seleto grupo de corporações habilitadas a fornecer essa tecnologia e disputar o bolo de dinheiro que está em jogo. Por isso, seu conselho de administradores resolveu colaborar com as investigações. Foi daí que saiu o material que informa a reportagem da revistaIstoÉ. Mas a mesma fonte parece não ter provocado comichões de curiosidade nos editores que decidem o que é importante nos grandes jornais.

Assim, o que vemos é uma notinha de um parágrafo no Estado de S.Paulo, na edição de sábado (27/7), informando que o conselho de supervisão da Siemens se reuniria no fim de semana para discutir o futuro da administração do grupo. Segundo o texto, o desafio da reunião seria encontrar caminhos para melhorar o desempenho da empresa. Nenhuma referência ao processo criminal que a multinacional está sofrendo por haver comprado contratos com o metrô de São Paulo e Brasília à custa de propinas.

Na segunda-feira (29/7), na Folha de S. Paulo, uma reportagem um pouco mais alentada informa que a Siemens está discutindo com promotores a devolução aos cofres públicos de um valor correspondente a sobrepreço no fornecimento de serviços e equipamentos.

São onze as grandes empresas envolvidas no esquema, um cartel montado para elevar custos, pagando milhões de reais em propinas a autoridades do governo de São Paulo e do Distrito Federal, durante anos. O resultado pode ser percebido nos trens lotados, no atraso do sistema de transporte sobre trilhos e na origem dos protestos do mês de junho.

Geralmente, a imprensa faz muito barulho contra supostos corruptos, mas costuma poupar os corruptores. Neste caso, com um corruptor confesso, o trem dos jornais passa direto pela estação da corrupção.

No infográfico da Folha, uma pérola da “objetividade” jornalística: a denúncia formal, apurada pela promotoria e admitida pela Siemens, se transforma em “suposto cartel de empresas fornecedoras de equipamentos”. Então, aquilo que é um escândalo concreto e comprovado, vira “talvez uma suposta eventual possibilidade”. E aqueles que se descabelaram com outras denúncias de repente ficam mansos como cordeiros.


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Mon, 29 Jul 2013 22:51:17 +0000

29 de Julho de 2013, 16:51, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

O cerco informativo ao governo Dilma

Por Carlos Castilho em 28/07/2013

 

O governo federal está encurralado no cenário político nacional em matéria de estratégias de comunicação e informação, numa situação que pode ter reflexos diretos na campanha eleitoral para as eleições presidenciais de 2014.

A imagem pública da presidente Dilma Rousseff foi desconstruída ao longo de um processo em que a imprensa teve um papel relevante, e que começou já há bastante tempo. Trata-se de um processo onde a construção ou desconstrução da forma como o público vê um político tem mais a ver com percepções do que com evidências. É como no famoso dito de que, em política, as versões são mais importantes do que os fatos.

Dilma hoje está sendo julgada mais pela imagem que a imprensa, a oposição partidária e os desafetos presidenciais no Poder Judiciário construíram em torno da presidente do que pelos feitos de seu governo. Entre a imagem e os feitos há uma considerável diferença – e os eventuais benefícios factuais capazes de ser capitalizados por Dilma estão sendo pulverizados pelos efeitos devastadores do encurralamento comunicacional e informativo.

O governo federal está claramente na defensiva porque a estratégia comunicacional dos adversários de Dilma logrou associar sua gestão à incerteza econômica ao supervalorizar processos como a inflação, queda do PIB, declínio da atividade econômica e redução do superávit na balança comercial. São todos fenômenos muito condicionados pela situação econômica internacional, mas foram apresentados como exclusivamente domésticos para associá-los a uma imagem de má gestão.

A onda de protestos de rua, em junho, confundiu o panorama político e ameaçou tirar Dilma do clinchpolítico-partidário. [Clinch é o jargão usado no boxe para definir uma situação em que um lutador se abraça ao adversário para impedi-lo de continuar atacando.] Ela até que tentou retomar a iniciativa com a proposta de plebiscito, da reforma política, aumento das verbas para a educação e o envio de médicos para o interior. Mas faltou ousadia para romper com o fantasma da governabilidade. Para concretizar a sua estratégia destinada a encampar o clamor das ruas, a presidente tentou ganhar apoio parlamentar – e foi aí que ela se perdeu.

Negociar com políticos e candidatos em véspera de eleições é a forma mais segura de emascular uma proposta política que altere o status quo, especialmente quando se trata de acabar com privilégios e aberrações da atividade parlamentar. Surgiu uma aliança informal entre políticos e magistrados do Supremo Tribunal Federal com o apoio corporativista dos médicos que transformou em fumaça o projeto emergencial do governo.

Para romper o cerco, a presidente tem as redes sociais na internet como provavelmente a única alternativa para desenvolver uma nova estratégia de comunicação política. Mas essa opção exige uma considerável ousadia porque implica meter-se num ambiente informativo com regras e procedimentos bem diferentes dos usados habitualmente pelos altos escalões do governo.

Uma aposta nas redes sociais virtuais permitiria ao governo prescindir da imprensa como mediadora na relação com os cidadãos. Mas para tentar essa estratégia, a presidente teria que abrir mão da busca da tal governabilidade e da barganha de ministérios com partidos políticos. Poderia governar como pediam os participantes dos protestos de rua, em junho. Seria uma jogada de altíssimo risco.

Os desafetos da presidente não têm muita intimidade com o uso dos mecanismos digitais. Deputados federais, senadores, magistrados e até mesmo a imprensa preferem os métodos tradicionais de comunicação, embora eles se distanciem cada vez mais das ferramentas virtuais adotadas pelos jovens que saíram às ruas para exigir um país diferente.

Os riscos da opção estratégica pelas redes sociais são consideráveis. Primeiro, porque o governo teria que conviver com um forte criticismo de um segmento importante da blogosfera. A internet é muito mais transparente que a imprensa convencional e isso faz com que o debate político siga caminhos bem diferentes dos usuais. A convivência com xingamentos e acusações passa a ser uma necessidade porque o objetivo é o conjunto das opiniões e não a de um indivíduo isolado.

Nem pensar em controlar os comentários porque isso seria imediatamente associado à censura, o que anula qualquer eventual efeito positivo da presença online do governo federal. Além disso, uma estratégia online do Planalto exigiria uma profunda reciclagem comunicacional da cúpula do governo, que é tão conservadora em relação à internet quanto a oposição.

A aposta é arriscadíssima, mas a presidente está na posição de se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.


Filed under: Sem categoria Tagged: GOVERNO

Mon, 29 Jul 2013 22:50:09 +0000

29 de Julho de 2013, 16:50, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

ONU VÊ PROGRESSO SOCIAL “IMPRESSIONANTE” NO BRASIL – GLOBO IRÁ CONTESTAR?

A Sintonia Fina (noreply@blogger.com)

lunes, julio 29, 2013, 7:43 pm

POLITICA

 
Na última década principalmente, o Brasil quase dobrou seu Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), passando de 0,493, em 1991, para 0,727, em 2010, um número que representa alto desenvolvimento humano, conforme o Atlas do Desenvolvimento Humano Brasil 2013; País registrou crescimento de 47,8% no IDHM; em 1991, 85,5% das cidades brasileiras tinham IDHM considerado muito baixo; em 2010, o percentual passou para 0,6% dos municípios; 
“Brasil mostrou que é possível acabar com desigualdades históricas em pouco tempo”, disse membro da ONU.
Da Agência Brasil
 
Brasília – Nas últimas duas décadas, o Brasil quase dobrou o seu Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), passando de 0,493, em 1991, – considerado muito baixo – para 0,727, em 2010, o que representa alto desenvolvimento humano, conforme o Atlas do Desenvolvimento Humano Brasil 2013. No período, país registrou crescimento de 47,8% no IDHM.
 
Em 1991, 85,5% das cidades brasileiras tinham IDHM considerado muito baixo. Em 2010, o percentual passou para 0,6% dos municípios. De acordo com o levantamento, em 2010, o índice de municípios com IDHM considerado alto e médio chegou a 74%, enquanto em 1991, não havia nenhuma cidade brasileira com IDHM considerado alto e 0,8% apresentavam índice médio. Pela escala do estudo, é considerado muito baixo o IDHM entre 0 e 0,49, baixo entre 0,5 e 0,59; médio de 0,6 e 0,69, alto 0,7 e 0,79 e muito alto entre 0,8 e 1,0.
 
O IDHM é o resultado da análise de mais de 180 indicadores socioeconômicos dos censos do IBGE de 1991, 2000 e 2010. O estudo é dividido em três dimensões do desenvolvimento humano: a oportunidade de viver uma vida longa e saudável [longevidade], ter acesso a conhecimento [educação] e ter um padrão de vida que garanta as necessidades básicas [renda]. O índice varia de 0 a 1, sendo que quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento humano.
 
De acordo com o Atlas do Desenvolvimento Humano Brasil 2013, elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) e a Fundação João Pinheiro, o Brasil conseguiu reduzir as desigualdades, principalmente, pelo crescimento acentuado dos municípios menos desenvolvidos das regiões Norte e Nordeste.
 
“A fotografia do Brasil era muito desigual. Houve uma redução, no entanto, o Brasil tem uma desigualdade amazônica, gigantesca, que está caindo. O Brasil era um dos países mais desiguais do mundo, continua sendo, mas houve uma melhora. Podemos antecipar um futuro melhor”, frisou o presidente do Ipea e ministro interino da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Marcelo Neri.
 
Principal responsável pelo crescimento do índice absoluto brasileiro, o IDHM Longevidade acumulou alta de 23,2%, entre 1991 e 2010. O índice ficou em 0,816, em 2010. Com o crescimento, a expectativa de vida do brasileiro aumentou em 9,2 anos, passando de 64,7 anos, em 1991, para 73,9 ano, 2010.
 
“A melhoria da expectativa de vida é muito significativa. Um brasileiro que nasce hoje tem expectativa de vida nove anos maior o que era há 20 anos, principalmente por uma queda na mortalidade infantil”, explicou o representante PNUD no Brasil Jorge Chediek.
 
Os municípios catarinenses de Blumenau, Brusque, Balneário Camboriú e Rio do Sul registraram o maior IDHM Longevidade, com 0,894, e expectativa de vida de 78,6 anos. As cidades de Cacimbas (PB) e Roteiro (AL) tiveram o menor índice (0,672) e expectativa de 65,3 anos.
 
O levantamento aponta ainda que a renda per capita mensal do brasileiro cresceu R$ 346 nas últimas duas décadas, tendo como base agosto de 2010. Entre 1991 e 2010, o IDHM Renda evoluiu 14,2%, contudo, 90% dos 5.565 municípios brasileiros aparecem na categoria de baixo e médio desenvolvimento neste índice.
 
Apesar do crescimento, a desigualdade fica clara quando comparados os extremos do indicador. O município de São Caetano do Sul (SP), primeiro colocado no IDHM Renda, registrou renda per capita mensal de R$ 2.043, o último colocado, Marajá do Sena (MA), obteve R$ 96,25. Uma diferença de 20 vezes.
 
O IDHM Educação, apesar registrar a menor contribuição para o IDHM absoluto do país, passou de 0,278, em 1991, para 0,637, em 2010. O crescimento foi impulsionado, segundo o atlas, pelo aumento de 156% no fluxo escolar da população jovem no período.
 
Impressionante
 
Os dados apresentados hoje (29) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) sobre o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) mostram “melhora significativa” nos indicadores brasileiros, segundo o coordenador do sistema Nações Unidas (ONU) no Brasil e representante do Pnud no país, Jorge Chediek.
 
Na comparação entre os dados de 1991 e 2010, o IDHM no Brasil subiu de 0,493 para 0,727, avanço de 47,5% em duas décadas. O índice considera indicadores de longevidade, renda e educação e varia de 0 a 1. Quanto mais próximo de 1, melhor o desenvolvimento do município.
 
Na avaliação do representante na ONU, nos últimos 20 anos, o país registrou “progresso impressionante” na redução das desigualdades e melhoria do desenvolvimento humano. “Olhamos o Brasil como exemplo de país que tinha passivos históricos de desigualdade econômica, regional e racial. O relatório mostra que, com uma ação clara e forte compromisso da política pública, é possível atacar desigualdades históricas em pouco tempo”, avaliou.
 
O IDHM faz parte do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013, ferramenta online de consulta do índice municipal e de mais 180 indicadores, construídos com base nos Censos de 1991, 2000 e 2010. O atlas foi produzido pelo Pnud em parceria com Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e a Fundação João Pinheiro.
 
Depois de mapear indicadores do 5.565 municípios, a próxima etapa do levantamento, segundo Chediek, será agrupar com maior nível de detalhamento dados das 14 maiores regiões metropolitanas do país. Além disso, o Pnud deverá lançar um relatório com análise qualitativa das informações – e não apenas quantitativa – com sugestões para elaboração de políticas públicas.
 
“Os atlas podem e devem ser usados com instrumentos para o planejamento. O documento dá dicas do que precisa ser feito. Gostaríamos que virasse um instrumento para construção de um país melhor, baseado em informações fortes”, sugeriu o representante da ONU.
 
O ministro interino da Secretaria de Assuntos Estratégicos e presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcelo Néri, disse que o IDHM é um indicador de muita relevância para a população, por fornecer informações sobre o local onde elas vivem e por agrupar todas etapas do ciclo da vida na composição do índice. “O IDHM é só um começo. O trabalho tem pelo menos mais 770 outros indicadores que vão permitir captar e entender outras dimensões”, disse, em referência a outros dados disponíveis no atlas.

O SINTONIA FINA – @riltonsp 

 


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Mon, 29 Jul 2013 22:50:09 +0000

29 de Julho de 2013, 16:50, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

ONU VÊ PROGRESSO SOCIAL “IMPRESSIONANTE” NO BRASIL – GLOBO IRÁ CONTESTAR?

A Sintonia Fina (noreply@blogger.com)

lunes, julio 29, 2013, 7:43 pm

POLITICA

 
Na última década principalmente, o Brasil quase dobrou seu Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), passando de 0,493, em 1991, para 0,727, em 2010, um número que representa alto desenvolvimento humano, conforme o Atlas do Desenvolvimento Humano Brasil 2013; País registrou crescimento de 47,8% no IDHM; em 1991, 85,5% das cidades brasileiras tinham IDHM considerado muito baixo; em 2010, o percentual passou para 0,6% dos municípios; 
“Brasil mostrou que é possível acabar com desigualdades históricas em pouco tempo”, disse membro da ONU.
Da Agência Brasil
 
Brasília – Nas últimas duas décadas, o Brasil quase dobrou o seu Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), passando de 0,493, em 1991, – considerado muito baixo – para 0,727, em 2010, o que representa alto desenvolvimento humano, conforme o Atlas do Desenvolvimento Humano Brasil 2013. No período, país registrou crescimento de 47,8% no IDHM.
 
Em 1991, 85,5% das cidades brasileiras tinham IDHM considerado muito baixo. Em 2010, o percentual passou para 0,6% dos municípios. De acordo com o levantamento, em 2010, o índice de municípios com IDHM considerado alto e médio chegou a 74%, enquanto em 1991, não havia nenhuma cidade brasileira com IDHM considerado alto e 0,8% apresentavam índice médio. Pela escala do estudo, é considerado muito baixo o IDHM entre 0 e 0,49, baixo entre 0,5 e 0,59; médio de 0,6 e 0,69, alto 0,7 e 0,79 e muito alto entre 0,8 e 1,0.
 
O IDHM é o resultado da análise de mais de 180 indicadores socioeconômicos dos censos do IBGE de 1991, 2000 e 2010. O estudo é dividido em três dimensões do desenvolvimento humano: a oportunidade de viver uma vida longa e saudável [longevidade], ter acesso a conhecimento [educação] e ter um padrão de vida que garanta as necessidades básicas [renda]. O índice varia de 0 a 1, sendo que quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento humano.
 
De acordo com o Atlas do Desenvolvimento Humano Brasil 2013, elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) e a Fundação João Pinheiro, o Brasil conseguiu reduzir as desigualdades, principalmente, pelo crescimento acentuado dos municípios menos desenvolvidos das regiões Norte e Nordeste.
 
“A fotografia do Brasil era muito desigual. Houve uma redução, no entanto, o Brasil tem uma desigualdade amazônica, gigantesca, que está caindo. O Brasil era um dos países mais desiguais do mundo, continua sendo, mas houve uma melhora. Podemos antecipar um futuro melhor”, frisou o presidente do Ipea e ministro interino da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Marcelo Neri.
 
Principal responsável pelo crescimento do índice absoluto brasileiro, o IDHM Longevidade acumulou alta de 23,2%, entre 1991 e 2010. O índice ficou em 0,816, em 2010. Com o crescimento, a expectativa de vida do brasileiro aumentou em 9,2 anos, passando de 64,7 anos, em 1991, para 73,9 ano, 2010.
 
“A melhoria da expectativa de vida é muito significativa. Um brasileiro que nasce hoje tem expectativa de vida nove anos maior o que era há 20 anos, principalmente por uma queda na mortalidade infantil”, explicou o representante PNUD no Brasil Jorge Chediek.
 
Os municípios catarinenses de Blumenau, Brusque, Balneário Camboriú e Rio do Sul registraram o maior IDHM Longevidade, com 0,894, e expectativa de vida de 78,6 anos. As cidades de Cacimbas (PB) e Roteiro (AL) tiveram o menor índice (0,672) e expectativa de 65,3 anos.
 
O levantamento aponta ainda que a renda per capita mensal do brasileiro cresceu R$ 346 nas últimas duas décadas, tendo como base agosto de 2010. Entre 1991 e 2010, o IDHM Renda evoluiu 14,2%, contudo, 90% dos 5.565 municípios brasileiros aparecem na categoria de baixo e médio desenvolvimento neste índice.
 
Apesar do crescimento, a desigualdade fica clara quando comparados os extremos do indicador. O município de São Caetano do Sul (SP), primeiro colocado no IDHM Renda, registrou renda per capita mensal de R$ 2.043, o último colocado, Marajá do Sena (MA), obteve R$ 96,25. Uma diferença de 20 vezes.
 
O IDHM Educação, apesar registrar a menor contribuição para o IDHM absoluto do país, passou de 0,278, em 1991, para 0,637, em 2010. O crescimento foi impulsionado, segundo o atlas, pelo aumento de 156% no fluxo escolar da população jovem no período.
 
Impressionante
 
Os dados apresentados hoje (29) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) sobre o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) mostram “melhora significativa” nos indicadores brasileiros, segundo o coordenador do sistema Nações Unidas (ONU) no Brasil e representante do Pnud no país, Jorge Chediek.
 
Na comparação entre os dados de 1991 e 2010, o IDHM no Brasil subiu de 0,493 para 0,727, avanço de 47,5% em duas décadas. O índice considera indicadores de longevidade, renda e educação e varia de 0 a 1. Quanto mais próximo de 1, melhor o desenvolvimento do município.
 
Na avaliação do representante na ONU, nos últimos 20 anos, o país registrou “progresso impressionante” na redução das desigualdades e melhoria do desenvolvimento humano. “Olhamos o Brasil como exemplo de país que tinha passivos históricos de desigualdade econômica, regional e racial. O relatório mostra que, com uma ação clara e forte compromisso da política pública, é possível atacar desigualdades históricas em pouco tempo”, avaliou.
 
O IDHM faz parte do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013, ferramenta online de consulta do índice municipal e de mais 180 indicadores, construídos com base nos Censos de 1991, 2000 e 2010. O atlas foi produzido pelo Pnud em parceria com Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e a Fundação João Pinheiro.
 
Depois de mapear indicadores do 5.565 municípios, a próxima etapa do levantamento, segundo Chediek, será agrupar com maior nível de detalhamento dados das 14 maiores regiões metropolitanas do país. Além disso, o Pnud deverá lançar um relatório com análise qualitativa das informações – e não apenas quantitativa – com sugestões para elaboração de políticas públicas.
 
“Os atlas podem e devem ser usados com instrumentos para o planejamento. O documento dá dicas do que precisa ser feito. Gostaríamos que virasse um instrumento para construção de um país melhor, baseado em informações fortes”, sugeriu o representante da ONU.
 
O ministro interino da Secretaria de Assuntos Estratégicos e presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcelo Néri, disse que o IDHM é um indicador de muita relevância para a população, por fornecer informações sobre o local onde elas vivem e por agrupar todas etapas do ciclo da vida na composição do índice. “O IDHM é só um começo. O trabalho tem pelo menos mais 770 outros indicadores que vão permitir captar e entender outras dimensões”, disse, em referência a outros dados disponíveis no atlas.

O SINTONIA FINA – @riltonsp 

 


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Mon, 29 Jul 2013 15:57:18 +0000

29 de Julho de 2013, 9:57, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Lewandowski suspende indenização de Paulo Henrique Amorim a banqueiro

Noreply@blogger.com (daniel Pearl)

lunes, julio 29, 2013, 7:56 am

POLITICA

O ministro Ricardo Lewandowski, presidente em exercício do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu uma liminar que suspende o pagamento de uma indenização no valor de R$ 200 mil pelo jornalista Paulo Henrique Amorim ao banqueiro Daniel Dantas. O banqueiro processou Amorim por dano moral e material ocasionado por publicações no blog Conversa Afiada.
Segundo o Valor Econômico, Amorim entrou com uma ação cautelar no Supremo para tentar suspender a execução provisória de uma decisão da Primeira Câmara do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, favorável a Dantas.
Em sua decisão, Lewandowski estendeu ao caso os efeitos de uma liminar parecida, em que o ministro Celso de Mello também suspendeu o pagamento da indenização no valor de R$ 250 mil, resultante de outra ação iniciada na Justiça do Rio.
Dantas entrou com duas ações contra o jornalista alegando danos morais e materiais, e obteve decisões favoráveis em segunda instância. O jornalista diz que cumpriu a função social de informar e comunicar. O pedido de Amorim ainda tem de ser julgado pelo plenário do Supremo. Fonte: Portal da Imprensa.
Desabafo!!!

Filed under: Sem categoria Tagged: JUSTIÇA