Aula 3 - Diferenças EAD Mundo x Brasil
28 de Maio de 2015, 10:30De acordo com as principais literaturas sobre EAD, seu surgimento se dá desde as épocas dos homens das cavernas. Os registros de desenhos são considerados por alguns os primeiros indícios de comunicação a distância.
Mas a maioria dos autores considera a invenção da imprensa o marco para a comunicação a distância, pois com a disseminação das informações de um local chegava facilmente a outro sem haver barreiras geográficas. (Maia; Mattar, 2007)
Percebe-se que a maioria dos livros que tratam sobre o assunto, entendem que a primeira forma de educação a distância surge com os cursos por correspondências com o propósito de melhor qualificação profissional. Ao passar dos anos surgem as universidades abertas de ensino a distância a fim de intensificar o acesso à universidade a quem não tivesse como deslocar-se até unidade de ensino. Também se faz uso de novas mídias como rádio, fitas de áudio e telefone para auxiliar nesse processo de ensino e aprendizagem. Abaixo, descrevo um histórico dos principais momentos do desenvolvimento da EaD no Brasil:
Ano |
Acontecimento |
1904 |
Ensino por correspondência |
1923 |
Educação pelo rádio |
1939 |
Instituto Monitor (cursos por correspondência) |
1941 |
Instituto Universal Brasileiro |
1947 |
Universidade do Ar (SENAC e SESC) – cursos comerciais radiofônicos |
1961 |
Movimento de Educação de Base (MEB) – letramento de jovens e adultos |
1965 |
Criação das TVs educativas pelo poder publico |
1967 |
Projeto Saci (INPE) – educação por satélite |
1970 |
Projeto Minerva – utilização do radio para educação e inclusão social de adultos |
1977 |
Telecurso (Fundação Roberto Marinho) |
1985 |
Uso do computador stand alone ou em rede local nas universidades |
1985 |
Uso de mídias de armazenamento (videoaulas, disquetes, CD-ROM etc.) como meios complementares. |
1989 |
Criação a Rede Nacional de Pesquisa (uso de BBS, Bitnet e e-mail) |
1990 |
Uso intensivo de teleconferências (cursos ‘via’ satélite) em programas de capacitação a distância |
1991 |
Salto para o futuro – programa para formação de professores e alunos de magistério |
1994 |
Inicio da oferta de cursos superiores a distância por mídia impressa |
1995 |
Fundação da Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed) |
1996 |
Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional; Criação da Secretaria da Educação a Distância (Seed) |
1997 |
Criação de ambientes virtuais de aprendizagem; Inicio da oferta de especialização a distancia, via Internet, em universidades publicas e particulares |
1998 |
Decretos e portarias que normatizam a EaD |
1999 |
Criação de redes públicas e privadas de cooperação em tecnologia e metodologia para o uso das Novas Tecnologias de Informação e Comunicação (NTIC) na Ead; Credenciamento oficial de instituições universitárias para atuar em educação a distância |
2000 |
Fundação do Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro (Cederj) |
2005 |
Universidade Aberta do Brasil (UAB) |
2006 |
Congresso do ICDE no Rio de Janeiro |
Com usos dessas mídias, logo chega a explosão da internet e com isso o aumento da procurado cursos de pouca duração e que fosse somente a distância. Começa-se a pensar em EaD como ela é atualmente.
Com advento da internet, a EaD é utilizada em quase todas as modalidades de ensino e cada vez mais são ofertados cursos e treinamentos para qualificação profissional das pessoas para o mercado de trabalho. Além disso, as grandes empresas tem investido pesado nessa forma de ensino-aprendizagem a fim de reduzir custos com deslocamento, instrutores, alimentação e têm desenvolvido treinamentos EaD para qualificar cada vez mais seus empregados. Muitas empresas já tem instalados universidades coorporativas a fim de atender seus empregados e treina-los totalmente por EaD. Na realidade, esse interesse de empresas pela EaD vêm muito antes de haver legislação para tratar da EaD.
Conforme Maia e Mattar:
Os primeiros interessados no ensino a distância foram os empresários que queriam ganhar dinheiro, não necessariamente educar. O ensino torna-se, em suma, industrializado, produzido e consumido em massa, pela alienação tanto do docente quanto do discente, e pela utilização de uma linguagem não contextualizada]... ( 2007, p. 46)
Hoje a EaD está em quase todos os campos de atuação humana. Ela tem sido utilizada como uma ferramenta capaz de alcançar todos os lugares, todas as classes sociais e todas as diferentes culturas.
Conforme o último Censo (2011) da EaD no Brasil realizada em 2012, existiam cerca de duzentas e trinta instituições cadastradas e autorizadas para oferecerem cursos em EaD. Se compararmos com os números de 2010, onde o total de instituições foi de cento e setenta e nove instituições, notamos um crescimento de 29% de novas instituições que começaram a oferecer os cursos. Também é possível perceber que as matriculas em cursos de graduação em EaD aumentaram consideravelmente, uma média de 17,3% do total de matriculados. Conforme INEP, 5.746.762 alunos estavam matriculados em cursos presenciais e 992.927 em cursos EaD. Desses números, cerca de 428.277 de matriculados estão na área da educação e 408.277 nas áreas de Ciências Sociais, Negócios e Direito.
No Brasil percebe-se uma forte diferenciação entre a modalidade a distência e EAD. Aqui existe leis especificas para tal modalidades. Já em outros paises a EAD é vista igual a qualquer modalidade de ensino.
Fonte: retirei escrita do meu trabalho de conclusão do Curso Pedagogia.
Aula 2 - EAD
28 de Maio de 2015, 10:29Por falta de tempo e condições financeiras para cursar uma faculdade presencial, acabei ingressando na faculdade de Pedagogia à distância, pois como disse, sempre tive uma queda pela área da educação. Detestei o curso! Achava que por não precisar ir à aula todos os dias seria mais fácil cursar. Engano meu. A educação a distância exige muita disciplina, motivação pessoal do aluno e do professor/tutor.
Em relação aos materiais apresentados, uma coisa que destaco é na fala em que é obrigatória a freqüência dos alunos e professores na educação presencial sendo diferente na EAD. Penso que independente de qual modalidade, é indispensável à freqüência de ambos, pois a aprendizagem se dá justamente na interação entre professor e aluno.
Reflito que hoje, mais do que nunca, um professor precisa estar conectado a todos os tipos de tecnologias existentes, pois é uma forma de ajudar no processo de ensino e aprendizagem, uma vez que, como Goulart (2000), Pozo (1996) enfatizam, é preciso haver significado para o aluno compreender o porquê do estudo de tal conteúdo. Em função da diversidade tecnológica, às vezes o que está fora da sala de aula chama muito mais atenção dos educandos, e isso desmotiva os professores, que resulta por repetir os mesmos erros de tantos outros, aplicando aulas por obrigação e não por vontade de ajudar no crescimento do educando.Conforme leituras dos livros de Moran (2000) tenho a convicção de que cada vez mais, os cursos em EAD devem ocupar as redes de ensino, pois tanto para as instituições, quanto para os educandos é uma forma economicamente mais viável e mais prática. O aluno pode estudar quando sentir necessidade ou tiver disponibilidade de tempo e as escolas economizam em espaço físico, mão de obra, etc.
Mas penso que nenhuma máquina irá substituir a figura do professor, afinal as máquinas apenas executam as ordens humanas. A área da educação não é estática. Ela sofre assim como a tecnologia, modificações a todo o -momento. O que tem significado hoje, daqui alguns minutos pode não ter o mesmo. Então, as interações entre tecnologia e professor complementam-se um ao outro, e podem conviver em perfeita sinergia. Conforme Nóvoa (1996) nos fala que ser professor de hoje deve atuar como pesquisador reflexivo e crítico, então a EAD e educação tem tudo para dar certo e nós professores deixaremos aquela imagem inabalável de que sabemos de tudo. Penso que o REA vem de encontro a esses meus pensamentos pois visa facilitar a difusão do conhecimento interagindo teoria com pratica e principalmente com recursos tecnológicos diferenciados.