Esta é uma singela homenagem
ao companheiro de luta e amigo Valdecir Farias da Silva, o Baba, que faleceu
ontem, por volta das 19h em um acidente de carro no trevo de Irati. Ele estava
indo para Dois Vizinhos visitar a neta que acabara de nascer.
Copio aqui a descrição feita
pela Thea “Baba era novo, 33 anos, mas teve
filha cedo, aos 17, e esta foi mãe aos 16. Por isso, muitos como eu,
estranharam a notícia de Baba já ser vovô. Ele era assessor do deputado
estadual Professor José
Rodrigues Lemos (PT) e um militante ativo da APP-Sindicato,
sempre atuante nas lutas da Educação e na defesa intransigente dos direitos da
classe trabalhadora. Um dos quadros mais preparados do partido, com excelente
formação cultural, teórica e sócio-política. Deixa saudades nos amigos e um
vazio imenso na luta, no combate diário à direita, ao preconceito, às
liberdades. Esta semana, teremos os atos do 30 de Agosto no estado e na Capital
e o Baba certamente será lembrado lá por seu envolvimento, articulações e por
tantas presenças e construções desse ato nos anos anteriores. Segue em paz,
companheiro!!!”
O que eu sempre vou lembrar do Baba era seu sorriso
e a forma carinhosa de tratar as pessoas. O movimento sindical e a vida
política, por vezes, é cruel com os novos quadros que surgem, mas ele sempre me
incentivou e acreditou no meu trabalho.
Há tempos atrás ele esteve aqui na CUT e passamos
horas conversando sobre formação sindical, formas e maneiras de se atingir o
objetivo de fazer as pessoas resgatarem a consciência de classe que o
capitalismo tem feito esquecermos. Gravei alguns DVDs para ele com os materiais
que usamos nos cursos, e independente de sermos de correntes diferentes no
partido ele, como tantas outras vezes, repetiu “Um dia tu ainda vai trabalhar
com a gente”.
Lembro também de quando eu ficava na XV de Novembro
com algum abaixo assinado da CUT ou de um de seus sindicatos filiados e ele
trabalhava na APP, sempre passava para me dar um “oi” e trocar dois dedos de
prosa.
Ele é um daqueles poucos que para além do
movimento, da luta, a gente cria um carinho e passa a ser amigo.
As saudades ficam, junto com uma pontinha de
arrependimento de não ter aproveitado mais a sua companhia. Descanse em paz companheiro, e continuaremos na
luta, por ti e por todos que acreditam que um mundo melhor é possível.
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