Nossas esperanças estavam hoje direcionadas ao bom senso do Partido Social Cristão (PSC) que divulgou na mídia que na reunião das 14 horas discutiria a permanência ou não do deputado e pastor Marco Feliciano na presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara de Deputados. E às 15h43 foi anunciado através de carta do vice presidente nacional do partido, Evaldo Pereira, que ele irá permanecer no cargo (sic).
O que dizer frente a este completo absurdo?
Por acaso o PSC não tem visto na mídia todas as manifestações que aconteceram em mais de 10 capitais e 20 cidades em dois sábados seguidos? Quem sabe não ficou sabendo que até internacionalmente aconteceram manifestações #ForaFeliciano? Não viu as manifestações dentro da Câmara de Deputados que impediram o acontecimento das duas sessões da CNDH? Ou então passou desapercebido pela vigília que está acontecendo no Planalto Central?
É simplesmente anacrônica a atitude do partido, mas que infelizmente vai de encontro com as atitudes do pastor homofóbico, machista e racista que ocupa um espaço que não lhe cabe.
E ao contrário do que diz Reinaldo Azevedo no seu artigo “Na base do berro, da intimidação e da violência” da Veja (que só para variar #fail), o movimento #NãoMeRepresenta é sim legítimo. Pois os mais de 200 mil votos que elegeram o pastor não lhe permitem vociferar ódio, discriminação e misoginia. Ser um parlamentar não autoriza ninguém a disseminar a violência contra o próximo e é por isso que este deputado não me representa. Não me representa quanto mulher, bissexual, trabalhadora, feminista e militante dos direitos LGBT.
E não representa grande parte da população brasileira que tem como princípio a ética e que espera de um parlamentar eleito respeito as pessoas que deveria representar.
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