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Depois da Tempestade

May 30, 2016 8:43 , by Lerd - 0no comments yet | No one following this article yet.
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Madrugada 1 Como ocorre acontecer, depois da tempestade vem a calmaria. Eles adormeceram. Como anjos desfrutaram o silêncio da madrugada como se nada, absolutamente nada, tivesse acontecido.

O Sol raiou e ofuscou seus olhos ainda fechados. Brux@s encabrunhad@s, despertaram para o novo dia. Abriram as janelas e o sol já não mais iluminava. Se entreolharam, como se nada entendessem.

Como poderia aquele sol tão forte os ter despertado e segundos depois estar escondido sabe-se lá onde.

Seria a calmaria depois da tempestade? Seria ilusão de brux@s?

Seria um sonho mal vivido ou acordar mal despertado.

Ela o olha. Passa vistas em todo o seu corpo como quem busca entender o que aquilo tudo significa e do nada dispara:
"Amigo velho amar não me compete
Eu quero é destilar as emoções"

E como se estivesse no automático ele responde
"Sentimental eu fico
Quando pouso na mesa de um bar
Eu sou um lobo cansado carente
De cerveja e velhos amigos"

Eles se olham. Se enojam por tudo que foi dito e não dito. Se viram de costas. Já não mais se vem. Nada sentem. Nada pressentem. Vestem-se.

Se aprumam e caminham sem saber direito para onde, mas longe estão novamente. Tão distantes que nem sabem mais quem são ou o que ali fazem.

Sem dizer palavra caminham até a porta. Ele sai. Sem olhar para trás segue seu caminho.

Ela fica um instante ali parada. Sente-se amada e desprezada, largada, abandonada...

O que teria acontecido, por que entrou e saiu assim? O que realmente teria acontecido? Que mistério aquele bruxo guardaria consigo?

Sua poção de encanto e magia não teria funcionado? Por que ele a teria deixado?

E no meio de tantas perguntas sem respostas, ela sente um corpo a envolvê-la. A abraçá-la ternamente.

Suas vergonhas estavam novamente expostas. Ela estava desarmada, mas amada. Sentia o que não via. E não via o que sentia. Ele estava ali, de volta. Não entedera como ele entrara, de onde viera, porém ali continuava... a envolvê-la em seus braços, a acariciar sua beleza.

Ela já não o reconhecia, não o entendia. Apenas o sentia. Ele ali não estava, mas nunca estivera tão presente, tão próximo, tão querido, tão amado. Ela largou a razão.

Ligou novamente o modo bruxa e soltou toda a magia que havia dentro de si. Eles se deitaram. Abraçados, protegidos, queridos, amados. Por horas asssim ficaram, mesmo não estando, nem nunca ter estado.


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