Nas barbas da Justiça(?) Eleitoral, ricos pagam “bolsas” para jovens candidatos que se disponham a defender seus interesses no congresso.
Varejo e atacado todo mundo sabe o que é. Já no Mercado de futuros os participantes se comprometem a comprar ou vender certa quantidade de um ativo por um preço estipulado para a liquidação em data futura. Ou seja, o produtor de soja por exemplo, vende antes a colheita que ele ainda não tem, para entregá-la depois. O que Luciano Huck, Flavio Rocha da Riachuelo, Leman da Ambev e outros bilionários estão fazendo agora é isto. Não contente com comprar deputados no varejo e no ataco no congresso nacional, eles agora pretendem comprar antes os novos que se disponham a se vender de antemão em troca de uma “Bolsa” que vai ajudar estes os possíveis futuros deputados comprados por antecipação. Segue artigo do FERNANDO BRITO no TIJOLAÇO
Ontem, o reacionaríssimo empresário Flávio Rocha fez a festa de sua pré-candidatura. Por qual partido? Pelo que ele banca com seu dinheiro, o “Brasil 200”.
Hoje, na Folha, o tal “RenovaBR”, do empresário Eduardo Mufarej, financiado também por Luciano Huck, Armínio Fraga e Abílio Diniz, anuncia que está chamando “subcelebridades” para fazer delas candidatas. Por qual partido? Qualquer um, pois sua fidelidade será a quem banca candidaturas com dinheiro e prestígio.
Ficaram na história as siglas do IBAD e do Ipes, duas “pré-ONGs”criadas para fomentar a desestabilização política que nos levaria ao golpe militar. Como agora, era do “patriotismo” e do “espírito democrático” dos empresários que se bancavam candidaturas.
Agora, está proibido o financiamento empresarial de campanhas mas, nas barbas da Justiça Eleitoral, montam-se palanque com dinheiro de empresas e oferecem-se “bolsas” de até R$ 12 mil a quem queira ser candidato.
E, bonzinhos, douram a pílula dizendo que é financiamento amplo, sem distinção ideológica.
Almoço grátis? Ninguém vai apurar como é isso? É “doação”? É contrato? Declara-se?
A imprensa trata do assunto com a naturalidade com que trataria o fato de estarem fazendo compras no mercado.
O valentíssimo Ministério Público não dá um pio.
O dinheiro pode tudo.