
Quando até um Presidente dos EUA vai pra Porta de Fábrica apoiar Sindicato e Trabalhadores em Greve por Direitos, é preciso que a sociedade olhe para o que esta havendo.
A Revolução Tecnológica mudou totalmente o Mundo do Trabalho. Aplicativos, Robôs e máquinas cada vez mais sofisticadas e com capacidade produtiva quintuplicada, mudaram o Perfil da Classe Trabalhadora.
As novas tecnologias deveriam ser para melhorar a condição humana e com o aumento da sua produtividade, reduzir cada vez mais o tempo de trabalho dos trabalhadores, sem redução e até com aumentos salariais e outros direitos.
Mas o que houve é o contrário: A nova Classe Dominante optou pelo caminho contrario: Tirar direitos trabalhistas, previdenciários e pior, demitir milhares de trabalhadores para substituí-los por robôs e algoritmos cada vez mais sofisticados. É o que fizeram as Bightechs como Google, Meta, Amazon, Twitter e outras. A estes trabalhadores cujas funções surgiram com a Revolução Tecnológica, “o olho da rua”.
Aos trabalhadores que exercem funções ainda afetas a Revolução Industrial, tiram-se os direitos conquistados com mais de um Século de Lutas da Classe Trabalhadora. E junto com novas levas de trabalhadores cujas funções são comandadas por aplicativos, são jogados a uma espécie de Escravidão Moderna que brilha nas propagandas como se liberdade de escolha fosse e milhões viram “empreendedores” de si mesmos.
Deste jeito, com muita gente sem dinheiro nem pra comprar o suficiente para comer, o Capitalismo não sobrevive.
E o que tem batido a porta é coisa muito pior.
Biden Sabe. Lula sabe.
Leia a seguir matéria na Íntegra sobre Biden na Porta da Fábrica junto com trabalhadores Grevistas do OBSERVADOR com Informações da AGENCIA LUSA
De megafone na mão e um boné do sindicato, Biden instou grevistas a continuar a luta: “Merecem o aumento significativo de que precisam”
Numa visita histórica a um piquete de greve, o Presidente dos EUA defendeu que as gigantes do setor automóvel estão “incrivelmente bem” e que esses resultados devem ser transmitidos aos funcionários.

O Presidente norte-americano, Joe Biden, juntou-se esta terça-feira ao piquete dos grevistas da United Auto Workers (UAW), quando a paralisação atinge o 12.º dia. De megafone na mão e um boné do sindicato, Biden apoiou a luta dos trabalhadores e instou-os a continuar a reivindicar melhores salários.
“Vocês merecem o aumento significativo de que precisam“, disse Biden, depois de chegar a um armazém de distribuição de peças da General Motors localizado num subúrbio a oeste de Detroit, no estado do Michigan.
“Vocês, o UAW, vocês salvaram a indústria automóvel em 2008 e antes. Fizeram muitos sacrifícios, desistiram de muito, e as empresas estavam em apuros. Mas agora [as empresas] estão incrivelmente bem. E adivinhem? Vocês também deviam estar“, atirou, acrescentando: “Deixem-me dizer-vos isto várias vezes: Wall Street não construiu o país, a classe média construiu o país. E os sindicatos construíram a classe média”. O chefe de Estado caminhou ao longo do piquete, trocando cumprimentos com trabalhadores sorridentes.
Biden encorajou-os a continuar a lutar por melhores salários, apesar das preocupações de que uma greve prolongada possa prejudicar a economia, dizendo: “Continuem firmes”. O líder Democrata respondeu “sim” quando questionado se os membros do UAW mereciam um aumento de 40%, uma das exigências do sindicato. “Sem acordo, sem rodas!”, gritavam os trabalhadores quando Biden chegou. “Sem pagamento, sem peças!”, acrescentaram.
Biden foi acompanhado até ao piquete pelo presidente do UAW, Shawn Fain. “Obrigado, senhor Presidente, por ter vindo apoiar-nos neste momento que define a nossa geração”, disse Fain, que indicou que o sindicato está envolvido numa “espécie de guerra” contra a “ganância corporativa”. “Nós fazemos o trabalho pesado. Nós fazemos o verdadeiro trabalho”, disse Fein. “Não os CEOs”, frisou.
Os historiadores de questões laborais dizem não haver memória de um caso em que um Presidente em exercício tenha aderido a uma greve em curso, mesmo nos mandatos dos chefes de Estado mais pró-sindicatos, como Franklin Delano Roosevelt e Harry Truman.