O Senador Paulo Paim (PT-RS), ícone da defesa dos direitos trabalhistas e sociais no Brasil, continua a mobilizar apoio massivo de movimentos sociais e sindicais. A campanha “Fica Paim” lançada no começo de Agosto, impulsionada por entidades sindicais e populares, ganhou mais fôlego ainda nesta segunda-feira.

Apesar de ter anunciado em novembro de 2024 que não concorreria à reeleição, Paim tem sinalizado abertura para rever sua decisão, atendendo aos apelos da base. Essa postura não só fortalece o Partido dos Trabalhadores (PT) no Rio Grande do Sul, mas também reforça a luta coletiva por avanços sociais em um momento crítico para o país.

Paulo Paim, trabalhador metalúrgico e líder operário, é snônimo de resistência da Classe Trabalhadora. Como deputado federal constituinte em 1987 e com quatro mandatos na Câmara, ele assumiu o Senado em 2007, onde acumula três legislaturas. Autor de leis fundamentais como o Estatuto da Pessoa Idosa (Lei 10.741/2003), o Estatuto da Igualdade Racial (Lei 12.288/2010) e o Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146/2015), Paim tem combatido reformas prejudiciais aos trabalhadores, como a de 2017, e defendido pautas como a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, o fim da escala 6×1 e a manutenção da Previdência Social Pública.

Em um Brasil marcado por desigualdades crescentes, Paim representa a voz dos vulneráveis, garantindo que temas como saúde mental no trabalho e proteção previdenciária sejam priorizados.

A Campanha “Fica Paim” e os Eventos Recentes:

Lançada por Sindicalistas em agosto de 2025, a campanha “Fica Paim”, ganhou força e. Nesta segunda-feira, 8 de setembro, o movimento ganhou contornos concretos. No perfil oficial “Paulo Paim Senador” no Facebook, o parlamentar postou sobre uma reunião em seu gabinete em Canoas (RS): “Na tarde da segunda-feira, dia 08 de setembro, recebi no gabinete em Canoas, um grupo de lideranças das Centrais Sindicais, para tratar de pautas urgentes como a redução da jornada de trabalho e o fim da escala 6×1”. O post destaca o apoio unânime das centrais – incluindo CUT, CTB e CSB – à campanha, com lideranças enfatizando que Paim é “patrimônio nacional” e essencial para barrar retrocessos trabalhistas. Essa articulação reforça a urgência de sua candidatura, em um contexto de debates sobre reformas liberais no Congresso.

No mesmo dia, em Porto Alegre, Paim foi recebido pelo deputado estadual Valdeci Oliveira (PT-RS), presidente da Executiva Estadual do PT no Rio Grande do Sul.

Valdeci Oliveira celebrou o encontro em um post no Facebook: “Que honra receber, nesta segunda-feira, em Porto Alegre, o meu amigo, senador e parceiro histórico de inúmeras jornadas de luta Paulo Paim! Ele não pode estar presente na nossa posse na presidência estadual do PT-RS, no final de agosto, mas hoje, pessoalmente, na sede do partido, veio nos trazer sua palavra de incentivo e união para os desafios que virão”.

Valdeci, que assumiu a presidência do PT-RS em agosto de 2025, destacou a importância de Paim para o partido e a estratégia eleitoral de 2026, abrindo espaço para discussões sobre sua reeleição.

Esse encontro simboliza a coesão interna do PT gaúcho, vital para o estado em um pleito que definirá rumos progressistas. Esses eventos ilustram a pressão organizada: sindicatos e movimentos sociais veem em Paim um baluarte contra agendas conservadoras, enquanto a liderança petista gaúcha o posiciona como ativo estratégico.

Atender aos Apelos: Uma Decisão Estratégica para o PT e os Trabalhadores

Inicialmente resistente, Paim justificou sua aposentadoria política pelo desgaste após 40 anos de militância. No entanto, em entrevista recente ao jornal A Hora do Sul (9 de setembro de 2025), ele afirmou: “Não descarto concorrer à reeleição”, atribuindo a mudança aos “apelos populares e sindicais”. Essa resposta é crucial por múltiplos motivos.

Primeiro, assegura continuidade e experiência: Como coordenador da Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado, Paim lidera audiências sobre temas como a proteção aos idosos e a dignidade laboral. Sua saída poderia fragilizar o PT no RS, estado chave para o partido, especialmente com nomes como Manuela d’Ávila ou Paulo Pimenta em debate.

Segundo, revitaliza a conexão com a base: Fundado em raízes sindicais, o PT precisa de figuras como Paim para evitar o distanciamento da militância.

O apoio das centrais sindicais, manifestado no post de 8 de setembro, e o encontro com Valdeci Oliveira demonstram que sua permanência une o partido em torno de pautas concretas, como a redução da jornada – defendida por Paim e Lula desde a Constituinte.

Terceiro, representa resistência em tempos de ameaças a direitos sociais e econômicos, Paim é o contraponto necessário.

Atender à campanha “Fica Paim” inspira renovação sem perda de legado, fortalecendo uma frente ampla para 2026.

Um Chamado à Ação: O Legado de Paim no Horizonte Eleitoral

O Senador Colocar seu nome à disposição do PT depois de quase “pendurar as chuteiras”, demonstra um imenso compromisso com o coletivo.

Os posts recentes no Facebook de Paim e de Valdeci Oliveira evidenciam um movimento vivo, onde sindicatos e partido se unem pela justiça social. Para o Rio Grande do Sul e o Brasil, essa decisão pode ser vital nas eleições de 2026, preservando conquistas e pavimentando avanços.

Em meio à desconfiança política, gestos como esses reacendem a fé na luta organizada.

Fica, Paim: sua voz é indispensável para um futuro mais Igualitário.

O Movimento #FICAPAIM foi lançado em Agosto num Encontro do Senador com Dirigentes Sindicais, como noticiei aqui no Blog no artigo a seguir: