Перейти к контенту

Luiz Muller Blog

Назад в Blog
Full screen Suggest an article

Nas ruas de Porto Alegre, Contra a Anistia, a PEC da Bandidagem e em Defesa da Soberania Nacional

сентября 22, 2025 15:52 , by Luíz Müller Blog - | No one following this article yet.
Viewed one time

Mesmo com o domingo chuvoso, as ruas de Porto Alegre se transformaram em um palco de resistência democrática. Milhares de manifestantes, organizados por movimentos sociais, sindicatos, partidos de esquerda e entidades estudantis, saíram às ruas para protestar contra o Projeto de Lei (PL) da Anistia aos golpistas e contra a PEC da Bandidagem ou PEC da Impunidade, que visa dificultar a punição de crimes cometidos por parlamentares.

O ato fez parte da Grande mobilização nacional, com protestos semelhantes ocorrendo em todas as capitais brasileiras e até no exterior, e que contabilizaram mais de um milhão de participantes no seu conjunto.

Em Porto Alegre, a mudança de local para o Viaduto do Brooklin devido ao mau tempo não diminuiu o ânimo: vídeos e relatos mostram multidões cantando hinos pela democracia, exigindo a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro e rejeitando qualquer tentativa de blindar corruptos no Congresso.

A Força da Juventude nas Ruas

Um dos aspectos mais marcantes das mobilizações em Porto Alegre foi a forte presença da juventude. Estudantes universitários, secundaristas e as Juventudes Partidárias organizadas do PT, PCdoB, PSOL, PDT e outros agrupamentos políticos ajudaram a organizar o Ato e a Caminhada que chegou a aglutinar mais de 5 mil pessoas.

Presença massiva de Jovens.

Diferente de outras épocas, essa juventude não se limitou a protestos genéricos: eles articulavam demandas específicas, como a rejeição à PEC que poderia perpetuar a impunidade entre políticos, e ligavam isso a questões mais amplas, como educação, direitos humanos e o futuro do país. Vereadoras e deputadas destacaram em discursos a importância dessa participação jovem, vendo nela a renovação da luta política no Brasil.

Essa presença juvenil reflete uma conscientização crescente entre as novas gerações sobre os riscos à democracia, especialmente após os eventos golpistas de 2023.

Diferenças com os Atos de Junho de 2013

Foco e Organização versus Desgaste Político Para entender o impacto das mobilizações de 21 de setembro, é inevitável compará-las aos atos do fatídico junho de 2013, que sacudiram o Brasil durante o governo de Dilma Rousseff (PT).

Naquela época, os protestos começaram com reivindicações específicas contra o aumento das tarifas de transporte público, mas rapidamente se expandiram para um caldeirão de demandas difusas: corrupção, saúde, educação e um vago “contra tudo que está aí”.

Sem uma liderança clara ou foco unificado, as manifestações atraíram uma mistura ideológica, incluindo grupos de direita que, posteriormente, instrumentalizaram o descontentamento para fomentar a instabilidade política.

O resultado foi um desgaste acelerado para o governo Dilma, que viu sua popularidade despencar e abriu caminho para o impeachment em 2016. Os atos de 2013, embora massivos, careciam de articulação estratégica: viraram um “tsunami” sem direção, beneficiando forças conservadoras que capitalizaram o caos para promover agendas antipetistas.

Em contraste, as mobilizações de 2025 em Porto Alegre e no Brasil demonstram uma maturidade política notável. Elas são focadas em pautas concretas – a rejeição à anistia para golpistas e à PEC da Bandidagem –, organizadas por coalizões de esquerda com mensagens claras e unitárias.

Não há espaço para ambiguidades: os manifestantes defendem explicitamente a democracia, a punição de criminosos e um Congresso que sirva ao povo, não aos interesses de uma elite blindada. Essa diferença reflete lições aprendidas com 2013.

Hoje, há uma ênfase na unidade progressista, com participação ativa de sindicatos, partidos e movimentos sociais, evitando o vácuo que permitiu a cooptção pela direita.

Além disso, o contexto atual, pós-golpe frustrado de 2023 e o Tarifaço de Trump, fortalece o tom pró-institucional, sem o anti-governo generalizado de outrora.

Enquanto 2013 terminou em fadiga e divisão, as ruas de 2025 apontam para uma mobilização sustentável, capaz de pressionar o Congresso e fortalecer a esquerda.

As mobilizações de 21 de setembro em Porto Alegre e no Brasil não foram apenas um protesto passageiro, mas um lembrete de que a democracia brasileira se constrói na rua, com chuva ou sol. Com a juventude na vanguarda, esses atos sinalizam uma resistência organizada contra retrocessos, diferenciando-se claramente dos caóticos eventos de 2013.

O recado é claro: o povo não aceitará anistia para golpistas nem blindagem para bandidos de colarinho branco.

Resta ao Congresso ouvir, ou enfrentar mais ondas de indignação popular.

E ao meu Partido, o PT, retomar as bandeiras que lhe deram origem, a começar pela que Contesta o Sistema vigente, que foca no individuo e não no Coletivo, as soluções que a sociedade precisa.

Emendas Individuais, Emendas PIX, Voto no individuo ao invés do voto em Lista e até vínculo de parlamentares com o Crime Organizado, tem servido para a degenerescência do Sistema Eleitoral e o fortalecimento do discurso “anti política” da Ultra Direita Global.


Источник: https://luizmuller.com/2025/09/22/nas-ruas-de-porto-alegre-contra-a-anistia-a-pec-da-bandidagem-e-em-defesa-da-soberania-nacional/

Novidades