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Orgulho Nacional, Embraer Anuncia Venda Bilionária de Jatos E195-E2 e E175 e amplia mercados

October 14, 2025 15:06 , par Luíz Müller Blog - | No one following this article yet.
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A Embraer, uma das principais fabricantes de aeronaves do mundo, anunciou nesta terça-feira, 14 de outubro de 2025, um acordo com a TrueNoord, empresa holandesa especializada em leasing de aviões regionais. O contrato envolve um pedido de 20 jatos E195-E2, avaliado em US$ 1,8 bilhão com base nos preços de lista, além de direitos de compra para até 30 aeronaves adicionais – sendo 20 unidades do E195-E2 e 10 do E175.

Este é o 2º negócio bilionário da EMBRAER Com empresas comerciais da região. Em Julho a Embraer e o Governo Lula comemoraram o contrato da venda de 45 jatos E195-E2 para a Scandinavian Airlines (SAS).

Estas transações não apenas reforçam a posição da Embraer no mercado global de aviação regional, mas também destacam a resiliência e a independência da companhia brasileira, especial e felizmente após o fracasso da tentativa de aquisição pela Boeing em 2020.

O E195-E2 é o maior modelo da família E-Jets E2 da Embraer, conhecido por sua eficiência de combustível, baixo custo operacional e capacidade para até 146 passageiros. Esse jato tem sido uma escolha popular para operadoras que buscam otimizar rotas regionais e de médio alcance, com redução de emissões de CO2 em até 30% em comparação com modelos anteriores. Além dos 20 aviões já contratados,, o acordo inclui opções para mais 20 E195-E2 e 10 E175, o que poderia elevar o valor total do negócio para além dos US$ 1,8 bilhão iniciais.

Com uma carteira de pedidos em ascensão, a Embraer demonstra sua capacidade de competir globalmente contra gigantes como Airbus e Boeing, focando em nichos onde sua expertise em aviões menores e mais eficientes se destaca.

Para entender a magnitude desse anúncio, é essencial contextualizá-lo com a história recente da Embraer. Em 2018, em um acordo que envolvia inclusive o golpista Governo Temer, a Boeing anunciou planos para adquirir 80% da divisão comercial da Embraer por US$ 4,2 bilhões, criando uma joint venture que transferiria grande parte das operações para os Estados Unidos.

O acordo, no entanto, foi cancelado por conta da Crise Financeira vivida pela Boeing a época.

Se o negócio tivesse sido concretizado, a Embraer perderia sua autonomia, com transferência de tecnologia, empregos e produção para os EUA. A Boeing planejava integrar as operações da Embraer em sua estrutura global, o que resultaria na realocação de fábricas e centros de engenharia, enfraquecendo o polo aeroespacial brasileiro em São José dos Campos (SP), onde a empresa emprega milhares de profissionais qualificados.

A independência preservada permitiu que a Embraer mantivesse sua identidade nacional e continuasse investindo em inovação local. Hoje, a companhia é responsável por cerca de 18 mil empregos diretos no Brasil, contribuindo significativamente para a economia do país por meio de exportações, cadeia de suprimentos e desenvolvimento tecnológico.

researchgate.net Sem a aquisição, o Brasil evitou a dependência de decisões corporativas estrangeiras, que poderiam priorizar interesses americanos em detrimento dos brasileiros – especialmente em um setor estratégico como a aviação, vital para a defesa nacional e o transporte.

A decisão de permanecer independente tem gerado frutos tangíveis. Desde o rompimento com a Boeing, a Embraer diversificou suas parcerias, expandindo vendas para mercados emergentes e fortalecendo sua linha de produtos, como o cargueiro militar C-390 Millennium, que tem conquistado contratos internacionais, incluindo forças aéreas europeias.

Economicamente, a Embraer contribui com bilhões em receitas anuais para o Brasil, fomentando uma cadeia produtiva que envolve fornecedores locais e impulsiona a inovação em áreas como materiais compostos e aviação.

Se transferida para os EUA, parte dessa riqueza seria repatriada para acionistas estrangeiros, reduzindo o impacto no PIB brasileiro. Além disso, a manutenção da “golden share” do governo federal – que garante veto em decisões estratégicas – assegura que a empresa permaneça alinhada aos interesses nacionais, evitando cenários como o da privatização incompleta que poderia diluir o controle brasileiro.

Em um contexto global de tensões geopolíticas, a soberania sobre tecnologias aeroespaciais é crucial.

O Brasil, como um dos poucos países com capacidade de produzir aviões comerciais, preserva sua posição no clube seleto de nações como EUA, Europa, China e Rússia.

O fracasso da fusão com a Boeing evitou que o Brasil perdesse essa vantagem competitiva, permitindo que a Embraer continue a ser um símbolo de excelência tecnológica sul-americana.

Um Futuro Independente e Promissor

O anúncio da venda de jatos E195-E2 e E175 para a TrueNoord é mais do que um negócio bilionário; é uma prova viva da resiliência da Embraer e da sabedoria em permanecer no Brasil.

Ao invés de se tornar uma subsidiária de uma multinacional americana, a empresa continua a gerar valor local, inovar e conquistar mercados globais.

Essa independência não só protege empregos e tecnologia, mas também reforça o orgulho nacional em uma indústria que coloca o Brasil no mapa da aviação mundial.


Source : https://luizmuller.com/2025/10/14/orgulho-nacional-embraer-anuncia-venda-bilionaria-de-jatos-e195-e2-e-e175-e-amplia-mercados/

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