Arroio do Sal – Google Maps
Traçado da Ferrovia Norte Sul que Chega ao Porto de Rio Grande
Imagens: Arroio do Sal no Google Maps e Traçado da Ferrovia Norte-Sul no RS
Apresentado como resposta aos gargalos logísticos do Rio Grande do Sul, o Projeto de Construção do Porto de Arroio do Sal apresenta falhas graves.
O crescimento Econômico do Estado já sofre com diversos obstáculos, e essa solução específica poderia agravar a crise ao comprometer o bem-estar da população e incentivar ainda mais a migração turística para Santa Catarina.
Do ponto de vista econômico, um dos principais erros econômicos do projeto é a ausência de uma análise de custo-benefício adequada.
Há Alternativas mais eficientes, como por exemplo, a ampliação do Porto de Rio Grande e a construção da ferrovia Norte-Sul, que poderiam oferecer uma solução logística viável sem necessidade de um novo porto.
A Ferrovia Norte-Sul é o Grande empreendimento Ferroviário que visa unir todo o Brasil, tendo por Referência os Grandes Portos e regiões Produtivas Existentes, como o Porto de Rio Grande.
“A Ferrovia Norte-Sul Já esta em Construção em várias regiões do País, e com financiamento Chinês, deverá ganhar velocidade no próximo período. Qual seria a lógica do Estado gastar dinheiro em um novo Porto, se o RS já tem o Porto de Rio Grande, um dos maiores e mais modernos do Brasil, que estará completamente interligado ao restante do País, via Ferrovia construída pela União?“, questiona o Deputado Estadual Halley Lino, do PT.
A propaganda supostamente desenvolvimentista que alguns políticos fazem sobre o Porto de Arroio do Sal, também esconde, ou peca muito, na Transparência da avaliação dos impactos negativos, incluindo mudanças na estrutura viária e migração populacional.
A falta de planejamento em relação às rotas de acesso ao porto também são evidentes. As estradas mencionadas por alguns, a RS-122 e RS-020, não possuem infraestrutura adequada, o que exigiria investimentos significativos—cuja viabilidade financeira não está garantida.
“O caso da RS-020 é gravíssimo: ela sequer está asfaltada. Supondo que ela venha a ser asfaltada, ela deverá seguir a mesma legislação da Rota do Sol, pois grande parte da rodovia margeia os cânions que separam RS de SC, o que impõe uma declividade que torna o trânsito de caminhões extremamente perigoso“, afirma o Economista Carlos Paiva em profunda Análise econômica sobre o Tema, publicada na RED, e que pode ser acessada na íntegra, clicando aqui.
No mínimo, há dúvidas sobre quem arcaria com os custos dessas obras, já que não está claro se os administradores do porto ou o governo estadual assumiriam essa responsabilidade.
Obviamente seria uma idiotice o o Governo do Estado assumir estes custos, quando a Ferrovia Norte Sul já cumprirá um papel importante na Logística Estadual, incluindo a região da Serra, onde aparentemente haveria mais interessados no novo porto.
Do ponto de vista ambiental, a proposta de aterrar parte da orla, como foi feito em Balneário Camboriú, levanta preocupações sérias. A viabilidade desse projeto é questionável devido às características do mar na costa gaúcha.
Os impactos ambientais de uma obra deste porte parecem no mínimo negligenciados pelos defensores do porto. Em vez de estudos técnicos bem fundamentados, soluções improvisadas são apresentadas em debates, sem consideração pelos custos e riscos reais.
A ausência de rigor técnico e a falta de consideração por alternativas mais viáveis indicam um amadorismo preocupante, colocando em xeque a forma como grandes investimentos devem ser avaliados pelo Estado e submetidos as populações que serão atingidas.
