Besouro Verde- o poder da informação
7 de Abril de 2015, 20:39[1]Britt Reid (Seth Rogen) está perto dos 30 anos e não quer saber de responsabilidades, dedicando sua vida à diversão. Até o dia em que seu pai, (Tom Wilkinson) morre misteriosamente e ele precisa assumir os negócios da família, ficando à frente de um grande e respeitado jornal. Milionário e entediado, Reid resolve criar um personagem junto com seu fiel funcionário Kato (Jay Chou), fera das artes marciais e grande inventor de máquinas revolucionárias. Cheios de vontades, surge então o Besouro Verde. Só que a cidade está nas garras de Chudnofsky (Christoph Waltz), um criminoso que busca meios der ser mais ameaçador para as pessoas. (link para assistir ao filme http://www.cinemaonlinegratis.com/64/O-BESOURO-VERDE-ASSISTIR-FILME-ONLINE abaixo o filme será descrito, portanto é aconselhável vê-lo antes.)
Britt Reid começa a investigar sobre o passado do pai, até que decide virar heroi. Sua motivação inicial é a raiva que tem deste, e por isso sua primeira missão é destruir uma estátua que o simboliza. Isso faz com que mude de uma vida regada a bebidas e preguiça, para uma vida cheia de ação, controvérsias e objetivos, assim como grandes mudanças. Britt Reid parece representar o lado ideológico, enquanto Kato a força. Algo interessante é que ao fim, Britt dá um novo significado à sua relação paterna. Percebe que o pai foi um verdadeiro heroi e que se sacrificou, recolocando a cabeça da estátua no lugar.
O filme trata de diversos temas, mas em geral relaciona política, crime e mídia. Reid é dono do jornal “O Sentinela Diário”. Scanlon é um político importante da cidade e Chudnofsky é o chefe do crime organizado. O filme mostra que esses três elementos estão extremamente ligados, de forma que Scanlon se utiliza de “O Sentinela Diário” para limpar sua imagem em relação ao crime, pois já que é impossível acabar com ele, cria-se a ilusão de tal. Para isso se utilizou do jornal e foi preciso fazer um trato com Chudnofsky. O pai de Britt estava no centro dessa relação, e até certo tempo se deixou manipular por ela. Porém quando não mais o fez foi morto. Britt se encontra novamente no meio dessa relação, mas agora com oportunidade de mudá-la.
Em termos implícitos, o filme discute como as informações na mídia são manipuladas e uma possível ligação com a ideia de crime, nos fazendo questionar: o que de fato é crime? Porque de um lado Britt cometeu um crime dentro de seu meio, mas pela lógica comum Scanlon foi um grande criminoso e o mais inteligente. Através do besouro verde, foi criado um novo arquétipo de heroi, não com super poderes e nem fantástico, mas um ser humano comum que decide lutar pela “justiça” (exceto pelo fato de ser milionário).
Mostra em termos muito claros como o “crime organizado” se organiza, isto é, pela força e sua base social. Nos faz perguntar novamente: se nem sabemos o que é crime, o que é combater o crime? Ao fim do filme, uma gravação salva o dia e denuncia aqueles que precisam ser denunciados, fazendo com que o besouro verde tenha cumprido sua missão. Mais implícito ainda, é que o filme mostra uma superioridade do privado em relação ao estatal, como se os empresários e donos de jornais fossem mais importantes que o estado. Aliás, não faz nenhuma menção ao estado exceto com Scanlon. Ou seja, o estado é corrupto e o privado é heroi. Mas a pergunta final é: qual o real poder de uma informação?
Lembrem- se de referenciar a fonte caso utilizem algo deste blog. Dúvidas, comentários, complementações? Deixe nos comentários.
Escrito por: Rafael Pisani
Referências:
Disponível em: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-28983/ Adoro cinema/ http://www.adorocinema.com . Data de acesso: 30 de Agosto de 2014
Disponível em: http://www.cinemaonlinegratis.com/64/O-BESOURO-VERDE-ASSISTIR-FILME-ONLINE Cinema Online/ http://www.cinemaonlinegratis.com . Data de acesso: 30 de Agosto de 201
[1] Fonte da sinopse: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-28983/
4º Fórum Mundial de Mídia Livre
5 de Fevereiro de 2015, 13:13Chamado à participação
4o Fórum Mundial de Mídia Livre e construção da Carta Mundial da Mídia Livre
Entre os dias 22 e 28 de março, a Tunísia receberá a 4a edição do Fórum Mundial de Mídia Livre (FMML), na Universidade El Manar, em Tunis. O Fórum Mundial de Mídia Livre nasceu no âmbito do processo dos Fóruns sociais, por meio da iniciativa de defensores da liberdade de expressão e ativistas da luta por outra comunicação. São militantes envolvidos na história de inúmeras experiências e batalhas conduzidas pela mídia independente.
A 4a edição do FMML acontece dois anos após o último encontro do Fórum, que reuniu, também na Tunísia, blogueiros, jornalistas, organizações da sociedade civil, produtores audiovisuais, desenvolvedores de software, hackers, pesquisadores e comunicadores populares. A diversidade de perfis e iniciativas permitiu trocas muito ricas sobre liberdade de expressão, produção de conhecimento, os desafios da internet, rádios comunitárias, a reapropriação da informação, softwares livres e outros tantos temas. A última edição do FMML também foi rica em termos das perspectivas para a continuidade da luta pelo direito à comunicação em todo o mundo.
Os diferentes sujeitos envolvidos no processo de construção do FMML se encontrarão novamente então em 2015. Como da última vez, o próximo FMML começará dois dias antes do Fórum Social Mundial (que acontece de 24 a 28 de março) e continuará com atividades ao longo do FSM. Será uma oportunidade de aprofundar esses debates e consolidar articulações entre as diferentes iniciativas que participam deste processo.
A próxima edição do FMML também será um espaço fundamental de participação na elaboração da Carta Mundial da Mídia Livre, que tem como objetivo ser uma ferramenta de lutas e reivindicações em prol da liberdade de expressão e do direito à comunicação em todo o mundo. A Carta está aberta a consulta pública por meio de uma plataforma virtual até o final de fevereiro. Basta entrar em charte.fmml.net e participar com suas contribuições ao documento!
Como propor uma atividade no FMML?
O FMML é construído pela ação das organizações e ativistas engajados nesta luta. Você e sua entidade também são convidados a propor atividades no Fórum e a participar dos debates que acontecerão em Tunis.
Para propor uma atividade autogestionada para os dois primeiros dias do FMML (22 e 23 de março, antes do início do FSM), entre no site www.fmml.net, na rubrica "Proponha uma atividade" e preencha o formulário online, escolhendo um dos quatro eixos seguintes para a sua atividade:
- 1. Direito à comunicação, bem comum e regulação por uma comunicação democrática
- 2. Movimentos sociais, mídias independentes e a emergência de novos atores sociais e políticos
- 3. Organização das mídias livres, redes transnacionais, integração informacional e modelos econômicos
- 4. Soberania, governança da internet e contrapoderes tecnológicos.
Data limite para a inscrição de atividades autogestionadas para os dois primeiros dias do FMML: 22 de fevereiro.
Essas atividades integrarão apenas o Fórum Mundial de Mídia Livre. A inscrição das atividades autogestionadas que acontecerão no âmbito do Fórum Social Mundial (entre 24 e 28 de março) deve ser feita no site do próprio FSM até o dia 10 de fevereiro.
As atividades autogestionadas propostas serão analisadas e, em função da limitação e tempo e local, eventualmente aglutinadas com outras com objetivos próximos.
Em caso de dúvidas – ou se você quiser participar da organização da 4a edição do FMML em Tunis – entre em contato conosco: info@fmml.net
Soberania Tecnológica: Do que se trata?
28 de Janeiro de 2015, 1:34 - sem comentários aindaLIBERDADE DE SOFTWARE É LIBERDADE DE EXPRESSÃO,
E NÃO CERVEJA GRÁTIS
VAMOS LÁ MUDAR DE ATITUDE
1) Estamos no século XXI e nossos governantes ainda insistiam e insistem em adiar a implementação de tecnologias da informação para empoderar as pessoas perante o estado e se fossem sensatos teriam começado “Fóruns Mundiais de Comunicação Internacional para a Paz” logo na virada do milênio. Mas como esta ideia, quando surgiu, ninguém botou fé, então jamais tornou-se realidade. Aliás, nunca quiseram democratizar o acesso à comunicação. Fizeram o possível para amenizar os impactos da sociedade do conhecimento e informação sobre o mundo e a democracia.
2) A globalização não acontece pela colaboração científica plena e honesta, mas pelos interesses de exploração e expansão econômica. Como é o caso de quem sabe fazer isso, os EUA, o Reino Unido e a França. Os outros não sabem tanto, e às vezes são explorados. É por isso que eles conhecem e acessam a rede que interessa aos dois primeiros: o Facebook. Sim, se depender dos interesses de EUA e Reino Unido é que as pessoas jamais sairiam daquela rede social. Só que existem milhares de redes sociais, sendo que poucas delas são importantes para o [Brasil] .
3) A falta de comunicação em vários países, com meios de comunicação controlados por interesses privados e, às vezes, externos ao país, não ajudam os países a crescerem e, por vezes, criam eles mesmos situações turbulentas geradas pela falta de informação ao cidadão. Como é o caso ocorrido no Brasil, afinal só com Governo Eletrônico corrupção acabará.
4) Não havendo um fórum ou uma rede de comunicação da ONU, todos estarão expostos ao que interessa os EUA e Reino Unido. Isto é um problema? Não, não é um problema eles terem conta no Facebook, não há como não ter Facebook, autonomia é não estar lá. O problema é que as mídias não divulgarão as redes nacionais do próprio país.
5) Que se existirem, jamais serão conhecidas amplamente, porque não é de interesse dos meios de comunicação, as chamadas mídias. A maioria dos países não tem condições de criar sua própria tecnológica, porque o mercado é monopolizado por grandes multinacionais, desmobilizando as pessoas a fazerem algo diferente e começarem suas redes.
6) As pessoas reduzidas a terem que formatar computadores e arrumar problemas técnicos, deveria estar criando produtos em outras áreas que não as mesmas de sempre, porque a indústria do Brasil depende do comércio de carros, então se o mercado automobilístico despenca, o Brasil despenca também. Que outras indústrias podem sustentar nosso país?
7) A falta de informação não gera promoção às empresas adversárias do monopólio. Assim que tivemos as passeatas e Junho de 2013, Dilma Rousseff anunciou a Reforma Política. No mês seguinte, começara o desenvolvimento da Plataforma Federal de Participação Social, lançada oficialmente em 25 de Maio de 2014.
8) Que jamais foi divulgada EM MOMENTO NENHUM pelas televisões. Após terem firmado com programadores de informática ligados à Parceria pelo Governo Aberto, em 11 e 17 de Julho de 2013, tudo o que se seguiu foram intermináveis protestos que não resultaram em qualquer coisa de boa, enquanto as tarifas aumentavam uma após outra.
9) O Brasil cria a Plataforma que abarca rede e outras iniciativas de aplicativos para a democracia digital, simplesmente JAMAIS INFORMARAM sobre isso nas TVs. Falam apenas de protestos e corrupção, sem vias de soluções.
10) As pessoas confinadas no Facebook, continuam a fazer protestos até hoje, como se isto fosse a única coisa a se fazer, sem contextualização histórica e sem informação. Marcam Assembleias, reúnem-se e protestam. Mas a desinformação tornam-lhe inábil em tomar decisões certas, enquanto se acham sabedores supremos e esnobam a razão.
11) Você vem me dizer que usa Facebook por autonomia. Mas que autonomia é essa que sua autonomia individual está acima da autonomia nacional? Que tipo de autonomia socioegoísta é esta? Se todas as pessoas fossem melhor informadas sobre o que existe em torno das inovações tecnológicas para a democracia participativa, aí sim sua autonomia seria legítima. As pessoas terem autonomia exige que informação seja distribuída corretamente e as pessoas sejam informadas.
12) Alguns acreditaram que “O Gigante Acordou”, mas será mesmo que acordou? Acordou, sim. Mas acordou sonolento. Até agora não se ligou que está acordado, ou está dormindo de olhos abertos, vendo tudo se passar, enquanto temos outro ano com fatos repetidos: manifestações terminando em violência nas grandes cidades. Eu preferiria que tivéssemos fatos novos e progressos do que isso daí de manifestações que terminam em violência, nada resultam e de nada adiantam.
13) A falta de informação e o confinamento das pessoas nas redes estrangeiras como o Facebook é um fator propiciador para os lamentáveis transtornos que gerou a morte de Santiago Ilídio Andrade, há exatamente um ano, e outros também.
Ele resistirá?
27 de Janeiro de 2015, 13:04As teles não perdem tempo!
Leia mais em:
http://convergecom.com.br/portal/eventos/seminario-politicas-de-telecomunicacoes/