Toffoli garante que, em qualquer resultado das urnas, eleição será respeitada
24 de Setembro de 2018, 22:36As afirmações do ministro, que desde domingo ocupa temporariamente a Presidência da República, neutralizam as insinuações da chapa de Bolsonaro e seu vice, o General Hamilton Mourão, quanto ao desrespeito às normas do jogo democrático.
Por Redação – de Brasília
Após desmentir o candidato neofascista Jair Bolsonaro (PSL) e garantir a qualidade dos resultados eleitorais, nas urnas eletrônicas, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, voltou a afirmar, nesta segunda-feira, que qualquer que seja o resultado destas eleições, ele será respeitado.
— O batismo da urna legitima os poderes. Aquele que for eleito em uma democracia tem que ser respeitado por todas as forças políticas e por todos os opositores — afirmou, a jornalistas.
Presidente interino da República, o ministro Dias Toffoli faz uma defesa enfática do processo eleitoralAs afirmações do ministro, que desde domingo ocupa temporariamente a Presidência da República – enquanto Michel Temer participa da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) –, neutralizam as insinuações da chapa de Bolsonaro e seu vice, o General Hamilton Mourão, quanto ao desrespeito às normas do jogo democrático; com uma possível intervenção das Forças Armadas.
Segundo Toffoli, o poder militar tem ciência da responsabilidade de suas funções, respeitam o regime vigente e, ao final das eleições, o que prevalecerá, independente do resultado, será a base de governo e seus opositores.
Premissas
Sem responder diretamente, mas mostrando-se contrário às críticas de judicialização da política, o ministro creditou à Justiça o papel de moderador na condução de questões como o impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff e das denúncias envolvendo, por exemplo, Michel Temer. “Tanto foi assim que passamos por todos esses problemas e chegamos a uma eleição”, declara negando uma “judicialização da política”.
Ainda assim, alterações no modelo judiciário são pautas presentes nas propostas dos candidatos Fernando Haddad (PT) e Bolsonaro, o que na avaliação do ministro só evidencia um movimento mais transparente da instituição. Toffoli que tem agora diversas questões polêmicas, entre elas a validade da prisão após condenação em segunda instância,
O julgamento poderá beneficiar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e, segundo defensores públicos, reduzir as taxas de encarceramento. O ministro afirma que serão mantidos um “olhar institucional” e “premissas jurídicas”, durante seu mandato à frente do STF.
Bolsonaro começa a cair e já perde para todos no segundo turno
24 de Setembro de 2018, 22:36No segundo turno, Bolsonaro perde para todos os adversários e ganharia apenas de Marina Silva.
Por Redação – de São Paulo
Pesquisa do Ibope, contratada pelas Organizações Globo e o diário conservador paulistano O Estado de S. Paulo, divulgada na tarde desta segunda-feira revela que o candidato neofascista Jair Bolsonaro (PSL) parou de crescer e se mantém estagnado em 28%, com tendência de queda enquanto a rejeição ao seu nome saltou de 42% para 46%. O candidato petista Fernando Haddad, por sua vez, subiu 3 pontos, indo a 22% dos 19% anteriores.
Bolsonaro começa a cair e deixa de ser competitivo para o segundo turno, com Ciro Gomes podendo alcançá-lo nos próximos diasNo segundo turno, Bolsonaro perde para todos os adversários e ganharia apenas de Marina Silva.
Na pesquisa, o petista é o único que apresenta tendência de alta, enquanto a rejeição do candidato neofascista salta de 42% para 46% na última semana. O nível de confiança da pesquisa é de 95%. Isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem a realidade, considerando a margem de erro, que é de 2 pontos, para mais ou para menos.
Voto no programa de governo, não no candidato
23 de Setembro de 2018, 18:33Poucos querem politizar o debate eleitoral, pois a ignorância geral interessa a muitos.
Desde que me tornei eleitor neste país, meu voto sempre foi no programa de governo e no projeto político que mais se aproximam das necessidades da Classe Trabalhadora. Confesso que, em algumas vezes, votei meio a contragosto no candidato que representava o projeto. Infelizmente, em um dos casos, meus pressentimentos estavam corretos e o projeto não foi honrado.
Voto no projeto, não no candidato.
Não voto em candidato nenhum por medo dos outros candidatos.
Voto no programa de governo e não no medo.
O programa de governo que mais se aproxima de meus desejos, aspirações, consciência e daquilo que considero neessário para a Classe Trabalhadora é o programa da coligação O Povo Feliz de Novo.
Não, não é o programa ideal. Muito menos perfeito. Mas neste momento histórico este programa é o que mais se aproxima daquilo que eu defendo.
Tem pelo menos quatro pontos neste programa de governo que merecem meu apoio:
- A revogação das medidas de caráter inconstitucional, antinacional ou antipopular editadas pelo atual governo ilegítimo;
- A defesa da Soberania Nacional;
- A Democratização das comunicações; e
- A consolidação na prática do Marco Civil da Internet
Você, caro leitor, pode me perguntar:
- Mas será que o PT e seus aliados cumprirão o plano de governo registrado?
E eu te respondo com toda tranquilidade:
- Isso vai depender da organização e mobilização popular e da Classe Trabalhadora, exigindo que o PT cumpra o programa e vá além do ali proposto em defesa dos direitos do povo trabalhador. Sem mobilização e organização nada acontece, nada cai do céu!
Agora, se você pretende votar em outro candidato, em outro projeto eu lhe peço encarecidamente que não invente desculpas, nem pose de progressista, nem faça malabarismo comunicacional, usando a teoria do medo para justificar seu voto. Assuma-o pelas qualidades do projeto que seu candidato representa.
Não despolitize o debate. Qualifique-o.
Clique no link plano-de-governo_haddad-13_capas-1.pdf e baixe o programa de governo da coligação O Povo Feliz de Novo
Deu no El País: “Haddad está no segundo turno, Bolsonaro ainda não”, diz estatístico de campanhas.
21 de Setembro de 2018, 12:46O jornal El País entrevistou o estatístico Paulo Guimarães, que afirmou que o único candidato garantido no segundo turno é o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad. Para Guimarães, que acompanha a eleição por meio de grupos controle de eleitores, atuando em 13 Estados nesta eleição, a segunda vaga para o segundo turno está dividida entre Ciro Gomes, Geraldo Alckmin e o capitão Jair Bolsonaro.
O estatístico é conhecido como o “guru” de campanhas por ajudar a eleger, entre outros casos considerados impossíveis, o hoje candidato ao Senado César Maia (DEM) à prefeitura do Rio de Janeiro em 1992.
Leia trechos da entrevista abaixo. Para acessar o conteúdo na íntegra clique aqui
O que é possível dizer neste momento sobre o desfecho do primeiro turno?
Resposta. O Haddad vai para o segundo turno. Era muito difícil o candidato do Lula não estar no segundo turno, e isso tem se confirmado pelas tendências. O Lula é um apoiador muito forte. Muita gente confundiu o apoio dele ao Haddad presidente com o apoio ao Haddad prefeito de São Paulo. Quem sabe do buraco da minha rua é o prefeito, o ex-prefeito, o candidato a prefeito. O presidente fica longe, distante. O governador está um pouco mais próximo, mas quem está muito próximo é um ex-prefeito, um prefeito atual.
Bolsonaro lidera as pesquisas desde o início da campanha e não para de crescer. Por que não está garantido?
R. O voto dele não é de competência, é de protesto, de ódio ao outro lado. A maior fidelização entre os candidatos é a do Bolsonaro, mas tem uma parte muito flutuante ali ainda, que está lá pelo ódio. Se o eleitor perceber que pode ganhar do PT sem o ódio, ele pode mudar. Mas, para isso, tem de aparecer um desses outros candidatos de centro com uma votação que dê esperança ao eleitor. E isso vai ser decidido nos últimos três dias. Se um desses de centro chegar [ao final da corrida eleitoral] com 15% e o Bolsonaro com 25%, é possível.
É possível prever um cenário assim mesmo diante do crescimento de Bolsonaro nas pesquisas?
R. As chances deles aumentam com o crescimento nas pesquisas, mas pode mudar muita coisa se o Bolsonaro não se mostrar competitivo contra o PT no segundo turno. Eu já vi [Celso] Russomanno a três dias da eleição com 11 pontos na frente de [José] Serra e Haddad [na eleição pela Prefeitura de São Paulo em 2012], e os dois passaram à frente. Se ninguém aglutinar, os votos vão para o Bolsonaro por conta do ódio ao PT. Se alguém do centro aparecer bem posicionado, vai atrair os votos úteis. Ainda é um pouco cedo para se pensar num quadro definitivo. Mas eu apostaria que o Haddad está no segundo turno, e a outra vaga tem de ser disputada por Ciro, Geraldo e Bolsonaro.
É de se esperar, então, que Bolsonaro perca algum do espaço ganhado nos últimos dias?
A Marina teve muito mais [intenção de voto] do que ele tem hoje, subiu 31 pontos e chegou a 37% [em 2014]. A esse ponto, o Aécio não estava sequer no debate. A comoção se dissipou e ela ficou com 21%, ele [o senador tucano] foi para o segundo turno. Ainda é cedo. Hoje se aposta muito mais no Bolsonaro porque ele está à frente. Mas nas últimas eleições das capitais, apenas três candidatos que saíram na frente ganharam, entre eles o ACM Neto (DEM) e o Marcelo Crivella (PRB). Todos os outros saíram muito de trás. O [prefeito de Porto Alegre, Nelson] Marquezan (PSDB) largou com 3,6%. Quem sai à frente tem o ônus de ser a maior mira de todo mundo, e também carrega os votos do eleitor desatento, que indica o voto nele porque é o candidato mais comentado. Quando ele começa a prestar atenção, percebe que não é isso que ele queria.
E Bolsonaro, não tem mais para onde crescer?
Tem, mas em função do ódio, não dele. A rejeição dele é muito alta há algum tempo. À medida que o Lula fica mais odiado, que outros candidatos dizem que vão dar indulto para ele, o eleitor decide votar no Bolsonaro. O jogo hoje é muito mais político do que temático —de melhorar saúde, educação, segurança. As mulheres não votam no Bolsonaro, mas as mulheres pobres tendem a decidir o voto mais tarde. O país é absurdamente machista. O marido vai dizer em quem elas devem votar, principalmente nas classes mais baixas, das mulheres mais agredidas. O voto da mulher tem convergido para o voto do homem historicamente.
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