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Política

25 de Fevereiro de 2014, 16:14 , por Blogoosfero - | No one following this article yet.
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Brasil está prestes a ingressar no século 19

8 de Agosto de 2016, 0:00, por carlos motta

Os planos da camarilha que tomou de assalto o governo central para o trabalhador são de provocar pesadelos.

Segundo informam os veículos que servem para divulgar as notícias oficiais, antes denominados de jornais, o que se pretende mesmo é exterminar a CLT, o conjunto de leis que dão alguma proteção ao trabalhador, e que serve para que haja algum equilíbrio nas relações trabalho-capital.

Pelo que se sabe, o Dr. Mesóclise e sua turma pretendem liberar geral essas relações, ou seja, tudo seria negociado (?) entre patrões, que têm todo o poder, e empregados, que não tem poder nenhum.

E essa negociação (?) abrangeria tudo, desde as horas de trabalho até o pagamento de férias, 13º salário, FGTS...

Tudo, tudo.

Ou seja, não sobraria nada para o trabalhador, a não ser aceitar as regras que os patrões imporiam.

Seria um festival de chantagens, do tipo, "ou vocês aceitam o que propomos, ou vamos demitir todo mundo e recontratar outros tantos por metade do salário atual".

Num cenário como o atual, com o desemprego aumentando, é fácil imaginar como serão as negociações (?).

Claro que a turma do Dr. Mesóclice e os empresários que a sustentam vão vender o peixe como se ele fosse um atum azul, o mais caro do mundo, e não uma sardinha podre.

Vão dizer que o desemprego de hoje é causado por essa maldita CLT, leis do tempo do onça, inspiradas no fascismo e coisa e tal, e que sem ela tudo vai melhorar do dia para a noite, milhões de vagas serão criadas como num passe de mágica - e viva o Brasil Novo!

E quando a maioria da população se convencer disso, depois de ouvir essa mentirada toda dia e noite, em emissoras de TV e rádio, nos semimortos jornalões, nas redes sociais e portais noticiosos da internet, nos cultos dirigidos por pastores (?) picaretas e estelionatários, em salas de aulas, em locais de trabalho, em discussões de mesas de bar, em reuniões familiares, será tarde demais - o Brasil terá voltado aos tempos da pré-revolução industrial. (Carlos Motta)



Terrorismo e o golpe no Brasil

24 de Julho de 2016, 10:21, por Altamiro Borges

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Não vamos nos enganar. Não é preciso ser um admirador de Maquiavel para entender que num momento de grandes incertezas políticas como aquele que enfrentamos no Brasil a denúncia de uma possível ameaça terrorista pode ser de grande utilidade para forças que ocupam provisoriamente a presidência da República e necessitam, como é visível a cada dia, "mostrar serviço" aos olhos de uma população desconfiada de gestos e intenções para manter-se no cargo de qualquer maneira.

Vivemos uma situação de desagregação institucional em que tudo é política, como reconheceu a líder do governo Rose de Freitas, ao explicar por que o Senado afastou Dilma sem prova de crime de responsabilidade.

Não é preciso ficar com complexo de republica bananeira, porém. Basta lucidez.

Na França que já deu lições de liberdade, igualdade, fraternidade, o mesmo presidente François Hollande que enfrenta uma insurreição de trabalhadores em defesa de seus direitos - situação que pode repetir-se no Brasil caso Michel Temer siga em frente com seu programa de aniquilar a CLT - transformou a ameaça terrorista na preocupação número 1 de seu governo.

Incapaz de dar respostas aos problemas da vida cotidiana da maioria da população, como desemprego, perdas salariais, recessão, desde o final de 2015 Hollande multiplica medidas de exceção que produzem indignação - a ministra de Direitos Humanos renunciou ao cargo em protesto -e pouco tem servido para evitar novas tragédias, como demonstrou o ônibus assassino de Nice, menos de um ano depois do ataque ao Charlie Hebdo e ao Bataclan.

Mesmo assim, não há dúvida que a campanha do medo operou um previsível milagre de natureza eleitoral. Transformou Hollande, até então um George W Bush da social-democracia francesa, num candidato minimamente competitivo para enfrentar o fascismo nas eleições presidenciais.

Essa considerações recomendam prudência e bom senso diante da prisão de dez brasileiros que podem vir a ser um dia considerados suspeitos de terrorismo. Para tanto, é bom lembrar, será preciso que informações hoje em estagio muito preliminar se transformem em indícios e provas. Não custa sublinhar - mesmo fora de moda - o principio da presunção da inocência. Ninguém quer construir uma nova Guantânamo, certo?

Está claro que nenhuma pista contra a ameaça do terror pode ser desprezada, pois, se forem indícios consistentes e corretamente investigados, podem impedir atos de barbárie que ameaçam vidas inocentes, inclusive crianças.

O problema é que toda iniciativa para transformar um episódio inconclusivo em grande espetáculo, sem justificativas razoáveis, equivale a uma demonstração de desprezo absoluto pela inteligência do cidadão brasileiro. Também é um ato contraproducente do ponto de vista de toda investigação, que envolve material de inteligência sensível, necessita de prudência e segredo, em vez de espalhafato e sensacionalismo.

O desvio para os holofotes é apenas parte do problema, porém. Outro sinal é político e diplomático.

A postura mostra um passo, no governo Michel Temer, para alinhar o aparato policial e jurídico do estado brasileiro com as prioridades do governo norte-americano. É compreensível, diante do isolamento internacional do golpe. Deve ser visto como mais um capítulo num programa de generosas gentilezas externas que inclui, como grande troféu, a abertura do pré-sal da Petrobras a grandes empresas estrangeiras.

Coerente com uma diplomacia de preservar de qualquer maneira a ordem vigente no Oriente Médio, endereço de reservas de petróleo vitais para sua economia e para o faturamento de uma parte de seus maiores gigantes econômicos, Washington transformou a luta contra o terrorismo de origem árabe na pedra de toque de sua ação internacional e dos chamados programas de cooperação.

Não custa lembrar que o principal reflexo, no Brasil, do atentado de 11 de setembro foi um reforço das investigações da CIA e outros órgãos do serviço secreto contra imigrantes palestinos na região da Tríplice Fronteira, com base em suspeitas que a própria embaixada dos EUA em Brasília considerava pouco mais do que risíveis.

Não por acaso, Washington não deixou de aplaudir, uma década e meia depois, a lei anti-terrorismo aprovada pelo Congresso, por iniciativa do governo Dilma.

Interessada em embelezar toda e qualquer medida do governo Temer que possa contribuir para a aprovação definitiva do impeachment pelo Senado, a mídia grande não perdeu a oportunidade de ressaltar a "colaboração" do serviço secreto dos EUA nas investigações. A historia diplomática dos dois países, marcada por longos períodos de adaptação e mesmo submissão do lado brasileiro, com raros mas reais momentos de independência e soberania, permite acreditar que seja muito mais do que isso.

Há outro ponto a observar.

É certo que, por sua própria natureza, as ações terroristas não obedeçam a uma lógica previsível nem racional. Não custa ponderar porém que seus alvos mais frequentes envolvem países e governos que tem uma postura agressiva nos conflitos do Oriente Médio, participando ativamente de operações de apoio em relação a diplomacia norte-americana. Os atentados de Madri e Londres ocorreram depois que os governos da Espanha e da Grã Bretanha se engajaram na invasão do Iraque. A França entrou no radar depois de patrocinar a queda de Kadhafi, na Líbia e realizar oções de guerra na Siria e no Iraque. Antes disso, costumava ser poupada depois que, ao lado da Alemanha e governo brasileiro, recusou apoio a Bush guerra do Iraque.

Diversos estudiosos consideram que até agora a postura diplomática do governo brasileiro, alinhado com a defesa intransigente da soberania de cada povo para escolher e definir seus governos, ajuda a entender porque o país tem sido preservado, até o momento, de ações dessa natureza.

Isso não representa garantia nenhuma, muito menos na conjuntura de um país que irá sediar uma Olimpíada. Mas mostra a necessidade de se evitar toda e qualquer medida fora do tom adequado.

O único suspeito real até agora é o ministro da Justiça Alexandre Moraes, que acabou corrigido pelo juiz do caso por dizer mais do que poderia.



O golpe se consolida. E quase todos se conformam

23 de Julho de 2016, 0:00, por carlos motta

A cada dia o golpe se consolida mais.

Os autores do crime nem se preocupam em esconder o que fizeram, para eles não há mais a possibilidade de recuo.

Pouco importa que surjam evidências sobre evidências de que o governo interino é formado por um bando de picaretas jamais reunido na história do Brasil, se não da humanidade.

Picaretas e mais: gente intelectualmente despreparada para assumir qualquer função que exija o trabalho de ao menos dois neurônios de seu ocupante.

Tudo de ruim no ser humano está ali no governo do interino usurpador, o dr. Mesóclice.

Mesmo assim, eles furam os semáforos e caminham céleres para se efetivar no poder.

A chamada sociedade civil, ao que se vê, é de uma anemia profunda neste país.

O mesmo pode-se dizer dos partidos políticos de esquerda, se é que eles existem.

A reação ao golpe foi pífia se comparada ao estrago que ele está causando - e vai ainda causar por muito tempo - ao Brasil.

Parece que as pessoas não entenderam a gravidade, para o futuro desta e das próximas gerações, que é deixar esse bando continuar a comandar a economia, a política, as relações e os contratos sociais...

Claro que há muitos inconformados com a situação, mas de que adianta, na prática, se queixar privadamente, ou, quando muito, nos comentários das redes sociais?

De que adiantam essas manifestações, esses protestos limpinhos, assépticos, que volta e meia se fazem por aí, se eles são completamente ignorados pelos seus destinatários e inexistem na mídia?

Do jeito que as coisas estão parece que os brasileiros já se conformaram com o golpe, ou então pouco se importam sobre quem está na presidência da república. 

Ou então, terceira alternativa, querem que o Brasil seja mesmo isso o que apontam todas as tristes evidências que, diariamente, são reveladas pela equipe do dr. Mesóclise: o destino do Brasil é continuar a ser este "gigante bobo", explorado pelos endinheirados do mundo todo, com uma população de analfabetos e idiotas cujas aspirações na vida são comprar produtos de grife, viajar para Miami, comer em restaurantes da moda e ver o mundo pelos olhos da Globo - isso, claro, para uns 10% da população, os privilegiados, porque o restante se ocupará em fazer o trabalho semiescravo que os mantém sobrevivendo.

Que saudade do tempo em que havia alguma esperança... (Carlos Motta)



Os democratas também são culpados pela morte da democracia

16 de Julho de 2016, 0:00, por carlos motta

Muita gente morreu na Turquia: a tentativa de golpe militar foi fortemente repelida, tanto pelo aparato governista quanto - espanto, surpresa! - pela população.

Foram horas sangrentas.
 
Para os brasileiros, afastados milhares de quilômetros dos graves problemas daquele país mezzo oriental, mezzo ocidental, arriscar a vida para defender um governo no mínimo polêmico, sob o qual pesam acusações dos mais variados tipos - corrupção, desrespeito aos direitos humanos, subserviência aos americanos, apoio aos terroristas do EI etc etc - pode parecer uma loucura.
 
Os turcos que saíram às ruas para combater os golpistas, devem, porém, ter as suas razões para ter feito isso.
 
Não cabe a nós, que combatemos os nossos golpistas pela internet, com discursos semiacadêmicos, com palavras de ordem ou com manifestações higiênicas e bonitinhas, ousar julgar o povo da Turquia.
 
Deveríamos, isso sim, refletir sobre como deixamos um bando de picaretas tomar conta de um governo eleito com 54 milhões de votos - apenas 22 milhões a menos do que a população turca.
 
A falência da democracia brasileira é culpa dos golpistas - políticos, parlamentares, meios de comunicação, amplos setores do Ministério Público e do Judiciário e empresários, sob o patrocínio de uma oligarquia que vive na Idade Média -, mas também daqueles que se calaram, por medo ou conveniência, durante todo o longo processo que culminou no afastamento da presidenta Dilma Rousseff, na perseguição implacável ao ex-presidente Lula e a outros líderes do Partido dos Trabalhadores, e ao cerco às esquerdas em geral e ao PT em particular.
 
Somos, todos nós que nos dizemos democratas, mais ou menos responsáveis pela morte da democracia no país. (Carlos Motta)


Quem fiscaliza o MP e o Judiciário?

6 de Julho de 2016, 0:00, por carlos motta

Há corruptos em todo lugar: na máquina governamental, nas empresas estatais, nas empresas privadas, nos poderes Executivo, Legislativo, Judiciário, e no Ministério Público.

Quando as pessoas ficam sabendo, por exemplo, que um vereador ou um prefeito é corrupto, elas podem acionar a Justiça para puni-lo, ou então, em último caso, simplesmente impedi-lo de voltar a exercer um cargo público, não votando mais nele.

Ou seja, Legislativo e Executivo, além de controles internos para combater a corrupção, são alvos de fiscalização externa.

O Judiciário e o Ministério Público, porém, se autofiscalizam.

Não dá para o cidadão comum, vítima de uma arbitrariedade, ou que saiba de uma mutreta qualquer envolvendo um juiz ou um procurador, fazer algo além de denunciar o fato a um órgão do próprio Judiciário ou Ministério Público.

E aí...

A gente sabe muito bem como a coisa funciona, como é o tal "esprit de corps", o corporativismo, aquela história de "você me protege que eu te protejo".

Por essas e por outras é que a jovem democracia brasileira está em farrapos.

Juízes, promotores, delegados de polícia, procuradores e que tais são apenas e tão somente funcionários públicos, bem pagos, por sinal.

Não estão, ou pelo menos não deveriam estar, acima das leis, além do bem e do mal.

Mas não é isso o que ocorre, para a nossa desgraça. (Carlos Motta)



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