Pesquisa mostra prestígio de Bolsonaro em queda junto aos eleitores
11 de Maio de 2019, 10:17No mesmo estudo, o vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, é considerado ótimo ou bom por 39% dos entrevistados.
Por Redação – de Brasília
A avaliação negativa do governo do presidente Jair Bolsonaro passou para 31% em maio ante 26% em abril, com a provável migração para o campo ruim e péssimo de pessoas que antes disseram não saber ou que não responderam, apontou pesquisa XP Ipespe nesta sexta-feira.
O general Hamilton Mourão, vice-presidente da República, fala pelas Forças Armadas brasileirasDe acordo com o levantamento, o percentual daqueles que consideram o governo ótimo ou bom se manteve em 35%, enquanto os que consideram a administração Bolsonaro regular passaram para 31% em maio ante 32% no mês anterior.
Vice-presidente
No mesmo estudo, o vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, é considerado ótimo ou bom por 39% dos entrevistados, em tese representativos da população brasileira, superando o desempenho de Bolsonaro. Até o ministro da Economia, Paulo Guedes, com 38% de aprovação, é mais bem avaliado do que o presidente.
Segundo o estudo, 20% dos entrevistados consideram o desempenho de Mourão ruim ou péssimo – no caso de Bolsonaro, são 31%. Outros 35% consideram a performance do vice regular – 31% para Bolsonaro.
Expectativa
Não responderam ou não sabiam avaliar 3% dos entrevistados, ante 7% no levantamento passado.
“Considerando a redução de quatro pontos percentuais entre as pessoas que não responderam ou não sabiam avaliar, é provável que entrevistados desse grupo tenham migrado para uma avaliação negativa do governo”, afirmaram os responsáveis pela pesquisa em comunicado.
A margem de erro do levantamento é de 3,2%. Foram feitas 1 mil entrevistas telefônicas nos dias 6 a 8 de maio.
Sobre a expectativa dos entrevistados para o restante do mandato de Bolsonaro, 51% disseram acreditar que será ótimo ou bom ante 50% em abril, enquanto a expectativa de que será ruim ou péssimo passou a 27% ante 23% e a regular foi a 17% ante 18%.
Parceria
A pesquisa também abordou, pela primeira vez, a proposta de reforma da Previdência enviada pelo governo ao Congresso. A PEC da Nova Previdência tem o apoio de 44% da população, ainda que 21% divirjam parcialmente do texto. Outros 51% discordam da PEC, mas nesse grupo 22% acreditam que alguma reforma seja necessária.
No total, para 62% dos entrevistados é necessária uma reforma da Previdência (eram 61% em abril), e 32% disseram não ser necessária (33% em abril). A pesquisa foi realizada pela XP Investimentos em parceria com o Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe).
Moro perde espaço político na queda de braço com o Congresso
11 de Maio de 2019, 10:17Há algumas semanas, o ex-juiz chegou a levantar a possibilidade da demissão, segundo uma página da extrema direita, caso perdesse poder junto ao Congresso.
Por Redação – de Brasília
A derrota do ministro Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública) na comissão mista que a analisa a MP da reestruturação administrativa do governo abala o prestígio do juiz que chefiou a Operação Lava Jato. Nesta quinta-feira, a emenda que devolve o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) ao Ministério da Economia foi aprovada, o que impõe uma derrota para o governo e para o ministro Moro.
Moro poderá se despedir do Ministério da Justiça, caso a derrota seja consolidada na CâmaraHá algumas semanas, o ex-juiz chegou a levantar a possibilidade da demissão, segundo divulgado em uma página da extrema direita. “Sergio Moro não está nada satisfeito com as recorrentes sabotagens contra sua gestão e chegou a falar com assessores sobre uma possível demissão, caso seu pacote anticrime não seja aprovado”, disseram os jornalistas.
“Moro também não vai tolerar o esvaziamento do Ministério da Justiça, sem Coaf e Segurança Pública. O ex-juiz da Lava Jato, por enquanto, não pretende expor sua insatisfação”, acrescenta a página neofascista.
Prerrogativa
A pedido do ministro, a Medida Provisória (MP) sobre a Reforma Administrativa transferia o Coaf para sua pasta, mas a realocação encontrava resistência entre os integrantes da comissão. Nas negociações, o governo cedeu e aceitou recriar dois ministérios a partir de um atual, deixando a redução total de ministérios de 29 para 23, e não mais 22, como previsto no texto original.
A medida, no entanto, não surtiu efeito. A movimentação do governo de recriar os ministérios das Cidades e da Integração Nacional, a partir do desmembramento do Ministério do Desenvolvimento Regional, não foi suficiente para evitar a derrota na disputa pelo Coaf. Segundo um dos participantes das negociações, alguns partidos promoveram mudanças na composição da comissão para influenciar no resultado da votação desta emenda específica.
A emenda que devolve o Coaf para a Economia foi aprovada por 14 votos a 11. Deputados e senadores analisam ainda outras mudanças no texto principal, aprovado mais cedo. Uma delas diz respeito à alocação da Fundação Nacional do Índio (Funai) e também à prerrogativa de demarcação de terras indígenas.
Derrotas
Para o deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP), a decisão foi acertada. Ele integra a comissão que analisa a MP sobre a Reforma Administrativa que tirou do Ministério da Justiça, comandado por Sérgio Moro, o conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que agora passa à alçada da pasta da Economia, comandada por Paulo Guedes.
“Conseguimos importante vitória ao retirar o Coaf do Ministério da Justiça e colocar no da Economia. Barrando assim os abusos do Moro. E também tiramos a Funai, demarcações de terra, do Ministério da Agricultura devolvendo para Justiça”, disse o parlamentar, em uma rede social.
Zarattini referia-se à demarcação de terras indígenas. A Fundação Nacional do Índio (Funai) fica na estrutura do Ministério da Justiça. O presidente Bolsonaro havia transferido a autarquia para o Ministério dos Direitos Humanos, chefiado por Damares Alves. A demarcação de terras sairá da Agricultura e ficará sob responsabilidade da Funai.
“Derrotas importantes do governo hj:
1- Retirada COAF do Ministério da Justiça colocando na Economia.
2- A demarcação das terras indígenas volta ao Ministério da Justiça, sai da pasta da agricultura. Quero ver Bolsonaro ter voto p/ acabar com aposentadoria de milhares de brasileiros”, desafia Zarattini.
Unidade e amplitude contra o fascismo
29 de Abril de 2019, 15:42Na semana passada, Manuela D’Ávila lançou o seu Revolução Laura na Casa do Maranhão, em São Luís. De passagem por ali, a trabalho, e tendo perdido o lançamento em Fortaleza, não podia deixar passar a oportunidade de ouvi-la e, de quebra, rever e abraçar camaradas e amigos maranhenses.
Por Joan Edesson de Oliveira – de Fortaleza
Na sua fala para algumas centenas de pessoas que lotaram o espaço e se acomodaram de qualquer jeito para escutar, em cadeiras, sentados no chão, em pé pelos cantos e nas escadas da casa, Manu repetiu o que vem falando em todos os lugares por onde passa: a saída para o Brasil passa pela unidade contra o fascismo.
O momento que vivemos é de extrema gravidade, com a nação à deriva e com ameaças diárias à democracia
Até aí não há muita novidade, várias outras personalidades e forças políticas vêm pregando a unidade. A diferença no discurso e na prática de Manu e do PCdoB está em vincular a unidade à amplitude.
Manu foi firme na defesa da unidade, mas fez questão de ressaltar que unidade não pode ser entre os iguais. Manu colocou o dedo na ferida: “Nós fomos derrotados, apenas nós não seremos suficientes, é necessário ganhar os que estavam do lado de lá para a nossa aliança, para a nossa unidade.”. A memória não pode garantir que esta foi literalmente a sua fala, mas foi este o sentido do que ela pregou.
O momento que vivemos é de extrema gravidade, com a nação à deriva e com ameaças diárias à democracia. Os recentes ataques ao STF não partem de grupos preocupados com a correta aplicação da lei e da justiça mas, pelo contrário, de grupos para os quais o STF não pode ser obstáculo aos seus desejos obscurantistas de implementação do arbítrio mais absoluto.
O que vivemos, na verdade, é um retrocesso civilizacional. Paira sobre nós a ameaça de destruição das conquistas mais recentes de democracia, de direitos, de respeito entre as pessoas, de soberania, de tolerância.
Numa quadra assim, a palavra de ordem de defesa da unidade ganha importância, ganha centralidade. Mas a unidade não pode ser em torno de projetos partidários ou de personalidades, a unidade precisa se dar em torno de um projeto de nação, a unidade deve se dar em torno de algo muito maior, que é a defesa da democracia, a luta contra o fascismo.
Manu se referiu a Flávio Dino e ao PCdoB do Maranhão, e o próprio Dino reafirmou isso, como exemplo de unidade com amplitude. A unidade que Flávio Dino e o PCdoB capitanearam conseguiu se dar com a máxima amplitude, tendo como eixo a defesa da democracia e dos interesses do povo do Maranhão.
Esta é a unidade que necessitamos, esta é a unidade que Manu, Dino e o PCdoB têm pregado, esta é a unidade que precisa ser buscada por todos os democratas consequentes que se preocupam com os destinos desta Nação aparentemente desnorteada.
Unidade com a máxima amplitude, esta deve ser a nossa consigna.
Como falam Beto Guedes e Ronaldo Bastos em Sal da Terra, “vamos precisar de todo mundo, pra banir do mundo a opressão”.
Joan Edesson de Oliveira, é educador, mestre em educação brasileira pela Universidade Federal do Ceará.
Analistas criticam Bolsonaro e as medidas polêmicas de seu governo
19 de Abril de 2019, 9:58Em entrevista à agência russa de notícias Sputniknews, o professor do Instituto de Economia da UNICAMP, Mariano Francisco Laplane, comentou o desempenho do governo de Jair Bolsonaro na economia brasileira.
Por Redação, com Sputniknews – do Rio de Janeiro
No decorrer da campanha eleitoral, Jair Bolsonaro propôs um abrangente programa de reformas econômicas, prometendo tirar o país da crise. Porém, passado o primeiro trimestre no poder, as previsões econômicas para o Brasil estão longe de serem positivas.
Ex-candidato à Presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes critica o PT, mas também define o governo Bolsonaro como um grande erro políticoEm entrevista à agência russa de notícias Sputniknews, o professor do Instituto de Economia da UNICAMP, Mariano Francisco Laplane, comentou o desempenho do governo de Jair Bolsonaro na economia brasileira, avaliando os desafios e prováveis resultados dos mesmos.
De acordo com ele, durante a campanha eleitoral, Bolsonaro conseguiu “vender a imagem” de que saberia como recuperar a economia nacional.
— A eleição de Jair Bolsonaro tinha sido, em parte, resultado da promessa que ele fez de fazer a economia crescer muito, e muito rápido, sair da crise. Ele conseguiu vender essa imagem de que saberia tirar a economia da crise — critica.
Ciro gomes
O economista reforçou que, embora ainda seja muito cedo para julgar os resultados da influência do novo governo sobre a economia, o desempenho de até agora “é muito frustrante”, justificando que os dados preliminares do primeiro trimestre do governo Bolsonaro mostram que os sinais fracos de recuperação reverteram.
Em linha com o pensamento do economista Laplane, o terceiro colocado na eleição presidencial de 2018, Ciro Gomes, do PDT, ainda à Sputniknews, afirma que a confusão em torno da política brasileira, atualmente, não deve ser vista pela população como um acidente. Ciro acredita que este é o resultado de um permanente erro de modelo econômico, com origem no governo da ex-presidenta Dilma Rousseff.
Para ele, sua função hoje seria a de ajudar o povo a entender como consertar esse caminho, embora o cenário que se apresenta seja bastante pessimista.
— Não sei nem se vou estar vivo em 2022. E o Brasil de 2022, pode acreditar, com a minha experiência, será um país profundamente diferente desse que nós temos hoje. Infelizmente, eu não estou vendo essa diferença como uma melhoria para a vida do povo.
Esperança
Há uma confusão, como eu já disse, muito grande, o governo é formado de lunáticos, gente muito incompetente, muito despreparada. Não há comprometimento nenhum com o interesse do povo, com o interesse nacional.
Tudo que se fez até agora revela uma incapacidade profunda de oferecer uma estratégia de desenvolvimento para o país. De maneira que a gente precisa ajudar o povo a transformar a justa queixa e a revolta que está crescendo no Brasil num projeto de esperança de que a gente possa colocar uma coisa nova no lugar — afirmou.
Ciro também justificou a sua ausência no segundo turno, em um eventual apoio a Fernando Haddad, do Partido dos Trabalhadores, dizendo que não queria fazer campanha ao lado de pessoas que ele considera responsáveis por sérios problemas que estão acontecendo no país.
— Essa quadrilha fez muito mal ao Brasil e eu não quero mais andar com eles na política. Não quero dizer o PT, porque o PT tem um lado muito bom, que eu respeito — afirmou.
Indignação
Segundo o ex-governador do Ceará, no entanto, “quem manda no PT é o lado bandido”.
— E aí, eu, evidentemente de cabeça quente, porque ver um cara como Bolsonaro ser eleito, francamente, dói muito no coração… Mas eu, imediatamente, vejo que não é culpa do nosso povo, que eu não posso desertar da luta. E transformo a minha indignação em trabalho — completa.
Lula completa um ano como preso político
6 de Abril de 2019, 14:00Há cinco anos, em 5 de abril de 2019, o então juiz de primeira instância, Sérgio Moro, determinou a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Milhares de militantes se dirigiram ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, onde apoiaram o líder político por dois dias. No dia 7 de abril, domingo, completa-se um ano da prisão política do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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O post Lula completa um ano como preso político é original do Rede TVT.