Fumo, mas não trago! Quem traz é o Gustavão, o camarada ali, ó!
Finalmente Curitiba realizou ontem, 26/05, a sua Marcha da Maconha.
Não, não foi a primeira vez que se organiza a marcha na cidade, mas foi a primeira vez que os organizadores conseguiram realizar a marcha conforme o planejado.
Em 2011, a turma evange-neo-conservadora, liderados pelo Dep. Federal e delegado Francischini e o dep. estadual Aciolli (190) conseguiram proibir judicialmente o evento, e este foi realizado sob o nome de “Marcha da Liberdade”.
Em 2012, a data coincidiu com o evento “Marcha para Jesus” e, para evitar confrontos entre as duas manifestações, nossos geniais gestores decidiram restringir a manifestação favorável a legalização da maconha a uma quadra do calçadão da Rua XV, devidamente protegida por um cordão de isolamento das nossas bravas Polícia Militar e Guarda Municipal.
Dessa vez, nem Francischini e nem Aciolli 190 deram a menor importância para os maconheiros (não é ano eleitoral e não precisam chamar a atenção) além do importante detalhe de que Curitiba não está mais sobre o comando dos conservadores de sempre e agora, pelo menos podemos nos manifestar.
Por volta da uma da tarde a moçada se concentrou na Boca Maldita, e iniciou os preparativos das faixas, cartazes e gritos de guerra. Lá pelas 14 horas, ao som de “Eeeu, sô maconheiro / com muito orgulho / com muito amoo-or” marcharam em direção ao centro cívico.
As reivindicações são muito simples e justas, como o direito de cultivar sua própria erva e não mais depender do tráfico e do crime organizado para obter o produto. Regulamentar e controlar o comércio da erva e descriminalizar o consumo.
Mas sempre tem uns “boca-aberta” que acreditam que a marcha não é um espaço para reivindicação de direitos. Uns “mané”, “piá-de-bosta” que participam pra marcha achando que o evento é um “liberô geral” onde podem enrolar seus finos e tragar na frente dos megranha sem correr o risco de levar “uma geral”. Uma pequena minoria de bostinha vacilão que não entendem o espírito da coisa, estão lá apenas para zoar com o movimento, como se esta atitude resolvesse alguma coisa.
Ainda bem que a Marcha da Maconha aconteceu sem nenhuma ocorrência, se alguém tivesse quebrado uma unha e com tanta TV, rádio, jornal e polícia acompanhando o evento iria dar em merda e todos os avanços dos últimos anos poderiam ir para as cucuias.
Para esse minoria de sem noção, o recado do Polaco Doido e maconheiro das antiga.
Piazada, marcha da maconha não é sinônimo de “lagalize.” Quer ficar na paz, da próxima vez leva uma bolachinha, o efeito é o mesmo. Qualquer dúvida, os “das antiga” ensinam como preparar a iguaria.
Polaco Doido
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