Agora a pouco, ao ler mais uma interessante postagem do sagaz, Paulo Roberto Cequinel, em seu excelente blog, O Ornitorrinco. Estupefacto topei com a propagação de uma terrível campanha midiática iniciada por este elemento e que pretende, num curto espaço de tempo, virar toda a sociedade de ponta cabeça, acabar com toda noção de moral e dos bons costumes e, por fim, instalar em terras brasileiras uma ditadura horizontal, onde não existem bons ou maus, ricos ou pobres, instruídos ou ignorantes. Todos tornar-se-ão insuportavelmente iguais!
Este plano maléfico pretende nivelar por baixo todos aqueles que utilizam a língua portuguesa escrita como meio de comunicação. Com isso, celebres intelectuais da mais nobre estirpe como Fernando Henrique Cardoso, Ricardo Noblat, Jô Soares, Reinaldo Azevedo e similares terão o mesmo status intelectual de patifes da comunicação escrita como este escrevedor, o Polaco Doido, o próprio Ornitorrinco e outros incontáveis bocas-de-caçapa espalhados por estas terras onde ainda é utilizada a língua de Camões.
O plano é maquiavelicamente simples.
Num primeiro momento pretendem abolir o uso da crase na língua portuguesa. Para isso, iniciarão campanhas, marchas, conclamando toda a população a saírem nus de suas casas e correrem pelados pelas ruas e praças de suas cidades gritando palavras de ordem contra o acento diferencial, que muito mais que apenas diferencial, diferencia também os bons, dos maus e dos feios.
Ora senhores vermelhos da linha bulgaropetista que tomou de assalto os poderes do palácio do planalto.
O uso da crase é muito simples e serve para diferenciar àqueles que sabem daqueles que não sabem. Diferenciar os intelectuais dos cabeças-de-bagre. Serve, principalmente, para que o leitor, conhecedor do uso e do devido emprego do acento diferencial, saiba decidir se um texto deve ser levado a sério ou não.
Veja como é simples:
A crase caracteriza-se como a fusão de duas vogais idênticas, relacionadas ao emprego da preposição “a” com o artigo feminino a (s), com o “a” inicial referente aos pronomes demonstrativos – aquela (s), aquele (s), aquilo e com o “a” pertencente ao pronome relativo a qual (as quais). Casos estes em que tal fusão se encontra demarcada pelo acento grave (`): à(s), àquela, àquele, àquilo, à qual, às quais.
Trata-se de uma particularidade gramatical de relevante importância, dado o seu uso de modo frequente. Diante disso, compreendermos os aspectos que lhe são peculiares, bem como sua correta utilização é, sobretudo, sinal de competência linguística, em se tratando dos preceitos conferidos pelo padrão formal que norteia a linguagem escrita.
Há que se mencionar que esta competência linguística, a qual se restringe a crase, está condicionada aos nossos conhecimentos acerca da regência verbal e nomimal, mais precisamente ao termo regente e termo regido. Ou seja, o termo regente é o verbo ou nome que exige complemento regido pela preposição “a”, e o temo regido é aquele que completa o sentido do termo regente, admitindo a anteposição do artigo a(s).
Muito simples!
É justamente isso que nos diferencia como pessoas cultas, detentoras do sagrado direito divino de zombar dos ignorantes e, é somente por isso, que temos a igualmente sagrada obrigação de defender a Deus, a família, a propriedade e, a partir de agora, defender o correto emprego do uso da crase em todo e qualquer material escrito.
Amigos se for preciso iremos às armas para defender o uso correto da crase.
“Ai essa terra ainda vai cumprir seu ideal. Ainda vai voltar a ser colônia ocidental”
Polaco Doido
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