Durante os oitos anos em que o ex-governador Roberto Requião estava no comando do estado os cofres estaduais ficaram praticamente vazios, graças a uma dívida do estado remanescente da venda criminosa do Banestado.
Entenda o caso
A história da compra dos títulos teve início no processo de saneamento do Banestado, no fim dos anos 90. Naquele período, a STN, o Banco Central e o Senado aprovaram que os municípios de Guarulhos, Osasco, e os estados de Pernambuco, Alagoas e Santa Catarina emitissem títulos para o pagamento de dívidas. O Banestado, que já estava em processo de pré-falência, teve de adquiri-los no valor de R$ 456 milhões.
O governo Lerner assumiu essa dívida, em 2000, com a promessa de pagar ao Banestado, dando ações da Copel como garantia. Com a decisão do governo paranaense de não pagar os precatórios títulos públicos assumidos pelo estado no processo de privatização, em 2003, a questão foi parar na Justiça com o Banco Itaú, que adquiriu o Banestado, exigindo o recebimento. Foi essa ação que motivou a STN a multar o Paraná a partir de dezembro de 2004, num valor que já chegou a ser de R$ 10 milhões mensais.
Não é nada, esta multa deixada por Jaime Lerner depois da venda do Banestado, consumia nada menos do que R$ 6 milhoes/mês. Durante os oito anos do governo Requião. Foram R$ 72 milhões por ano, ou seja, R$ 576 milhões jogados no ralo, graças a sanha privatista neoliberal de Lerner e seus asseclas. Durante todos este tempo, o estado não recebeu nenhum tostão de repasses do governo federal, justamente por causa da privatização feita nas coxas.
Apesar disso, o governo Requião funcionou razoavelmente bem, houve várias reduções tributárias e, que eu lembre no momento, nenhuma greve relevante. A produção agrícola obteve recordes de produção, a taxa de desemprego caiu a índices nunca vistos na história e, apesar do que dizem o PIG e os reaças de plantão, o estado cresceu.
Pois bem. Em abril de 2010 o senado federal cancelou a multa e ainda garantiu um ressarcimento de R$ 260 milhões ao estado do Paraná.
Quando Richa assumiu o governo em janeiro de 2011, pode não ter recebido o estado com o caixa transbordando de dinheiro, mas pelo menos, assumiu livre de uma dívida que engessou completamente o governo anterior e ainda tinha garantido os repasses do governo federal, que para um estado do tamanho do Paraná são bastante significativos.
Apesar deste cenário promissor ao estado, tem-se a impressão de que a finanças do governo atual estão muito mais capengas que as do governo anterior.
E não é?
Há poucos dias o governador anunciou que precisa reduzir os gastos do governo em 20%.
Daqui alguns dias os deputados vão aprovar uma nova contribuição previdenciária para os funcionários inativos.
As escolas e universidades estaduais estão tão largadas que dá até vergonha de ser paranaense.
O governo não tem grana nem para dar um aumento de 2% aos funcionários da Copel!!!
E mais um monte de necessidades urgentes para as quais não se tem dinheiro em caixa.
Pohahhh!!
Mas para comprar aviões e helicópteros… o estado tem grana! Pra bancar as núpcias do presidente da ALEP na Itália… o estado tem grana! Para fazer turismo na China e em Dubai… o estado tem grana.
O que aconteceu?
Apesar te todo cenário positivo, o estado parou de arrecadar? Está falido?
Não, tenho certeza que não.
O problema aqui é erro de gestão, de gerência.
Escolhemos um alpinista político para comandar o estado e é este o resultado da nossa péssima escolha.
Bem feito para os paranaenses.
Tomara que em 2014 os eleitores coloquem a cabeça no lugar antes de tentar repetir a mesma cagada nas urnas!
Polaco Doido
0sem comentários ainda
Por favor digite as duas palavras abaixo