Apesar do considerável aumento na arrecadação da Companhia Paranaense de Energia, R$ 2.024,6 milhões para o primeiro trimestre de 2012 (no mesmo período em 2011 este valor foi de R$ 1.826,2 milhões), um aumento de 10,9%. Os lucros da empresa sofreram uma queda de quase 17% para o mesmo período.
Como explicar essa queda nos lucros da empresa?
Mais investimentos? Não é o que parece.
A compra do avião para uso do poder executivo do estado também não justifica esta queda.
Seriam talvez, os estetoscópios distribuídos para estudantes de medicina para os colegas da filha de um dos diretores da empresa? Também não.
Mas com base no informativo Trimestral da Copel, disponível aqui: http://www.copel.com/hpcopel/root/sitearquivos2.nsf/arquivos/rel0312/$FILE/Rel0312.pdf fica fácil perceber o real motivo da diminuição destes lucros.
Algum espertalhão resolveu aumentar o percentual dos lucros distribuídos aos acionistas da empresa. Até 2010 este percentual era de 25%. Em 2011 esse valor saltou para 35%, só para agradar os investidores da bolsa de Nova York.
Essa “paga” aos acionistas tem nome: Juros Sobre Capital Próprio ou (JCP) e em 25 de maio os acionistas receberam R$ 195,3 milhões remanescentes do exercício 2011. No total foram repassados R$ 421,1 milhões aos investidores pelo exercício 2011.
Se juntarmos estes R$ 195,3 milhões ao lucro anunciado de R$ 319,7 milhões, o lucro da empresa seria bem maior e, este lucro, poderia ser convertido em mais investimentos, valorização de funcionários e até quem sabe, uma considerável diminuição nas tarifas.
Infelizmente a Copel está em poder de acionistas na maioria estrangeiros e são eles que determinam os destinos da empresa paranaense de energia.
Claro que esta queda nos lucros também pode servir para justificar um futuro projeto de privatização da mesma. Afinal, como todos sabemos, para os governos demotucanos Privatizar é preciso, viver não é preciso!
Nós, o povão, só pagamos as tarifas.
Polaco Doido
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