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3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.
Pela democratização da Mídia. Notícias, informações.

Irã: Reunião do Movimento dos Não-Alinhados

29 de Agosto de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda




A reunião do Movimento dos Não-alinhados sob a presidência do governo do Irã, convocando 120 países para debater a situação mundial e a luta pela paz, pela solução pacífica do conflito na Síria e contra as iniciativas provocatórias e guerreiras do imperialismo USA e da OTAN, galvaniza e representa neste momento toda uma humanidade que não aceita passivamente as consequências da catástrofe desencadeada pela crise do capitalismo mundial.

Fonte: Jornal Revolução Socialista

Como ensina toda a experiência da História, esta crise do mundo imperialista já sem perspectiva de solução e subterfúgios, tende a transformar-se numa escalada generalizada de guerra.  Os eixos econômicos e sociais do mundo mudaram, a vantagem do predomínio capitalista do período pós-soviético transformou-se num poderoso bumerangue contra ele mesmo: a livre atuação dos oligopólios econômico-financeiros, a hipeconcentração de renda, o domínio político e militar de vastas áreas do mundo conduziram, como era previsível, à quebradeira derivada da ditadura financeira, que não apresenta sinal de solução desde 1998 e hoje atinge a União Europeia no coração.

O que era uma escalada militar sem contraste, desde a invasão do Iraque, do Afeganistão, o ativismo global da Otan e a fulminante guerra para a demolição e recolonização da Líbia, encontra porém na Síria um obstáculo imprevisto:  a reação da China, da Rússia e do Irã, acompanhada pela resistência tenaz do governo, do exército e do povo sírio. E por que isso ocorre? Ocorre porque a experiência da Líbia demonstrou claramente que o imperialismo mira a generalização da guerra, até chegar às portas da Rússia e da China, não importa quanto sangue seja derramado pelas ruas de Damasco.

Não há saída para a sua crise, senão a guerra. Rússia, China, os chamados países emergentes, Brasil, África do Sul, Índia, o conjunto da América do Sul, descobrem novas perspectivas, experimentam novos tipos de desenvolvimento sem depender da crise dos gânglios centrais do sistema capitalista.  Uma nova hegemonia surge no mundo, a partir destas alianças, desse comércio transversal e autônomo, com a China e a Rússia aliadas, cujas economias têm por base uma tradição e memória histórica que remetem ao Estado operário e ao socialismo, à economia planificada.

Todos beberam em maior ou menor grau do veneno do desenvolvimento capitalista, da ideologia neoliberal, das privatizações, do sucateamento do Estado, da quebra da espinha dorsal dos trabalhadores: a desintegração do antigo campo socialista muitas vezes não deixou alternativa alguma, inclusive a Cuba, Vietnam, aos países de economia mais vulnerável. Seria improdutivo hoje culpá-los por ter dançado com o inimigo, como fez a Líbia com as tentativas de aproximação com a Europa, e países com história revolucionária como Angola, Moçambique, África do Sul (cujas consequências se se veem nestes dias, com o fuzilamento de mineiros em greve), toda a América Latina no ciclo perverso das privatizações selvagens, hoje em reversão. Os Estados Revolucionários nunca foram caracterizados pela estatização total, mas por modelos híbridos, cujo escopo era o desenvolvimento, o abastecimento básico e satisfação das necessidades das suas populações, e algum desenvolvimento autônomo e independente. Quando estava a Urss e o sistema socialista, isso encontrava imediato apoio econômico, tecnológico, político e militar, para avançar mais, na direção de transformações sociais. O imperialismo via-se limitado na capacidade de boicotar, reprimir e invadir. Na era da globalização capitalista pós-Urss, só vige o chicote do mercado, as viagens dos capitais selvagens, acompanhados pelas tropas e agora pelos “drones”. Na Síria não foi diferente, mas não obstante, esta manteve as bases do seu modelo autônomo e inspirado no Estado operário, embora pagando as consequências.

 Os desertores de hoje são o rebotalho dessa fase nefasta, pela qual teve que passar a humanidade. Mas seria absurdo culpar a Chávez, Assad ou Ahmadinejad pela permanência de elementos de capitalismo nos seus países. A superação do capitalismo requer muito mais, requer de partidos revolucionários, e de uma nova Internacional de massas, chame-se ou não comunista.

Nos países que tomaram doses cavalares de capitalismo selvagem, em primeiro lugar a Rússia e periferia pós-Urss, e a China de Deng-Hsiao-Ping, todos os limites e desastres resultantes dessa aproximação com o sistema antagônico hoje estão expostos: a Rússia rejeita os oligopólios privados e retoma o controle da sua economia por meio de reestatizações e da reconquista da soberania nacional e militar; a China se previne contra a catástrofe capitalista iminente, reforçando o mercado interno e preparando-se para um novo ciclo de desenvolvimento muito mais próximo à concepção de uma economia planificada, com distribuição de renda e defesa da propriedade estatal.

Os países do resto do mundo tomam distância dos centros capitalistas, experimentam alianças, acordos, comércio mais justo, tratados militares. A idéia de um futuro de globalização capitalista e de livre mercado dá lugar à de um mundo com distribuição de renda, crescimento para todos, sustentável, em paz. Este é o sentido desta reunião dos não-alinhados, e não pode ter outro.

Foi todo um mundo em resistência que alimentou este ciclo, entre eles o próprio Irã, e a Venezuela em particular, que com seu processo revolucionário contribuiu enormemente para a construção não só da Alba, mas da Unasur, da Celac, de toda uma nova América Latina unida, antimperialista, em pleno desenvolvimento.

Não houve no mundo uma direção revolucionária, marxista, comunista, socialista, que coordenasse essas lutas. Foi um processo desigual e combinado, empírico, onde a luta pela independência econômica e tecnológica, a luta pela igualdade social, pelos direitos democráticos das amplas massas, pelo reconhecimento das chamadas minorias (na realidade maiorias) como as comunidades indígenas, afrodescendentes, pelos direitos dos trabalhadores, que animou transformações profundas que colocaram e colocam em cheque a hegemonia do capitalismo.

A expansão dos mercados de consumo não beneficiou somente aos grupos capitalistas, o que também ocorreu no mundo em desenvolvimento, mas incorporou milhões e milhões de pessoas à condição de cidadãos, no Brasil, na Argentina, na Bolívia, no Equador, no Irã, em vários países dirigidos por governos progressistas, aumentando o poder real das massas populares.

Mas há uma urgência no horizonte, e esta se chama Síria, o preâmbulo da guerra contra o Irã e provavelmente da terceira guerra mundial.

Para boa parte do mundo já está claro o caráter da agressão contra a Síria, uma reedição da invasão mercenária da Líbia: Turquia, Qatar, Arábia Saudita, Otan, Mossad, Al Qaeda, toda sorte de profissionais do terror, estão presentes naquele país e armados até os dentes pelo imperialismo, com assessoramento militar e eletrônico sofisticado e absoluto domínio da mídia internacional.

Os jovens que protestavam no início deste processo, refletindo o clima geral de transformação nos países árabes, foram atropelados por hordas contrarrevolucionárias. Não é uma “guerra civil”, e não tem nada de “santa”, é uma agressão neocolonial, com uma única diferença:o objetivo não é ocupar e pacificar uma colônia, é fazer terra arrasada como foi feito na Líbia, no Iraque e no Afeganistão. Para depois continuar a escalada, até o objetivo final: China e Rússia.

Irã e Rússia, porém, identificando o perigo, tomaram uma das mais corajosas iniciativas, dando suporte militar incondicional à Síria, e bloqueando as manobras diplomáticas a nível da ONU que tentam dar cobertura legal para a agressão. As massas árabes estão inquietas, no Líbano já se manifesta a preocupação em enfrentamentos, e o Egito assume uma postura independente do imperialismo, ao autorizar o tráfego de navios de guerra iranianos pelo Canal de Suez e participar do encontro dos não-alinhados.

O governo Assad resiste fortemente aos ataques, como o exército e boa parte da população síria, que já conhece o trágico destino do povo líbico. Essa é a verdadeira novidade nesta situação, configura-se uma resistência antimperialista nova, plural. O Irã atribui esta resistência ao renascimento do islamismo. Há também elementos de forte nacionalismo. Mas há também bases de socialismo, cujos princípios deram dignidade ao povo da Síria para poder resistir.

O fato é que a humanidade empurra a todos os governos, a todas as direções, para encontrar com urgência uma solução que não seja a barbárie promovida pelo capitalismo. Objetivamente, se dá um encontro entre a vontade de rebelar-se das massas, com a incapacidade manifesta do regime capitalista de dar uma saída que não seja a guerra. As velhas camarilhas que o representavam desmoronam, todas estão em questão, e as direções progressistas que não estiverem à altura, serão varridas por um processo muito mais profundo: é a história que exige definições claras.

É o fim da ilusão social-democrática. Boa parte da esquerda europeia continua anestesiada, mesmo frente a evidências brutais como a liquidação da Grécia e a catástrofe iminente na Espanha e na Itália, frente à intransigência alemã. A linguagem da Merkel frente à Grécia é nazista. A resistência retórica de Hollande encontra uma forte barreira na natureza do imperialismo francês, por isso acata a posição alemã frente à Grécia à míngua.

Durou pouco o keynesismo: a morsa contra o povo grego continua a apertar. Se ilusões houverem de que esta crise europeia conduza a algum tipo de retirada do front militar em algum lado, é bom alertar: a guerra é a melhor saída para um regime que não consegue produzir, dar emprego, fazer funcionar a economia. Antes que as massas percam a paciência e que movimentos e partidos antiimperialistas como o Siryza grego eclodam Europa adentro. Daí a ditadura midiática, que junto àquela do Banco Central Europeu, e à cumplicidade de boa parte da socialdemocracia, impedem às massas europeias ter uma noção exata do que ocorre em solo sírio. Por isso a derrota do imperialismo é crucial para desmascarar o complexo industrial-militar e a máquina de guerra da OTAN, que age como braço armado de todos os países capitalistas europeus, sem exceção, independentemente dos parlamentos, das Constituições democráticas, das leis. O governo sírio anuncia a captura de mercenários espanhóis, turcos e de outros países da OTAN.

Torna-se crucial a nova direção mundial, do que este encontro dos Não-Alinhados é um elemento importantíssimo. Nem a Rússia nem a China se propõem explicitamente a ser direção mundial e organizar o quer que seja: sua oposição à guerra imperial é instinto de sobrevivência, mas daqueles armados: a Rússia e a China já disseram que vão destruir quaisquer escudos antimísseis que o imperialismo construa, seja no Mar da China, seja na Polônia. Além disso fornecem armas ao Irã e à Síria. É preciso ir além, organizar as forças dispersas dos países e povos, criar uma rede de proteção econômica, tecnológica, militar, para que os países em desenvolvimento não sejam arrastados pela avalanche da crise capitalista.

Mas não basta: é preciso voltar a discutir a experiência das Internacionais Comunistas e seu papel de organização e liderança das classes trabalhadoras. Não é o que está na cabeça de alguns líderes, à exceção de Hugo Chávez, da Venezuela, que tem claro o objetivo maior; entretanto, qualquer organização mundial anti-imperialista é bem-vinda, vai dar abrigo às correntes mais avançadas dos países que aspirem manter a soberania nacional e progredir social e economicamente.
Não é hora de colocar-se à margem, como ocorreu com setores de esquerda quando a Venezuela chamou à organização da V Internacional.  Podia aquele não ser o momento, podia ser prematuro, mas a humanidade está pedindo a gritos uma coordenação, um pulso firme, uma atuação conjunta dos países em desenvolvimento, já não isolados, mas com o apoio da China e da Rússia, como jamais ocorreu. O caráter da organização será determinado pela sua política e o seu programa.
A esquerda brasileira vacila, não toma posição, tergiversa. O governo expressa uma enorme lentidão em compreender o que está em jogo: o Brasil manda a Teerã uma delegação de observadores, quando deveria participar a pleno título. Não há lugar para ambiguidade e vacilação, o que se joga na Síria tem a ver com a soberania de todos os países, inclusive a do Brasil. De que lado vai estar o país se o império lança um ataque contra o Irã? Onde está o PT, o Foro de São Paulo? Estes são os problemas cruciais do socialismo! É preciso impulsionar e apoiar todos os elementos desta poderosa Frente Única antiimperialista que se está formando.

Os membros do Movimentos dos Países Não Alinhados  podem contar com uma correlação mundial de forças favorável aos seus países, pois novos blocos políticos e econômicos se formaram independentes dos ditames do imperialismo anglo americano.  Têm plena condição de unificarem  forças para enfrentar o poderio bélico do imperialismo. Para isto, é preciso organizar as múltiplas manifestações pelo mundo – a rebelião dos povos árabes contra o atraso social, os indignados na Europa, o movimento Ocupe Wall Street, os movimentos das massas na America Latina. É preciso elevar a consciência das massas do mundo, mostrando que o imperialismo não apresenta nenhuma saída para a humanidade e que é possível romper com este círculo vicioso de crise econômica e guerra, e construir um mundo melhor para os povos de todas as nações. Essa é a maneira de preparar-se para combater a guerra que a  OTAN e os EUA estão preparando contra a Humanidade.

Resolução do Jornal Revolução Socialista
26 de agosto de 2012



Codex Mercado

26 de Agosto de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


 "Devemos perceber que a crise da água e a agressão ao meio ambiente não são a causa.
 "A causa é política. A causa é o modelo de civilização que nós construímos".

Pepe Mujica - Presidente do Uruguai








Wikileaks e Assange chegam ao cinema e TV

19 de Agosto de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


Underground, la película para televisión sobre Assange, se estrena el 8 de septiembre en el Festival de Toronto. Mientras, el estudio de Spielberg DreamWorks prepara una ambiciosa película y las cadenas de televisión HBO y BBC trabajan en una serie sobre WikiLeak


Fonte: Publico.es

Underground, la película para televisión dirigida por Robert Connolly sobre un guion propio, será el primero en estrenarse de todos los proyectos que se están preparando sobre la figura de Julian Assange y WikiLeaks. El filme, una producción australiana, se exhibirá en el Festival de Cine de Toronto el próximo 8 de septiembre. Steven Spielberg, con su estudio DreamWorks, trabaja enWikiLeaks: The Movie, mientras que las cadenas de televisión HBO y BBC se han reunido en un proyecto sobre el tema. Además, Alex Gibney lidera la producción de una película documental. 
Underground es una producción de la cadena australiana Network Ten y en ella se narra esencialmente la época de juventud del fundador de WikiLeaks y en cómo éste llegó a convertirse en la figura que es hoy. Rachel Griffiths, Anthony LaPaglia -que abandonó a Quentin Tarantino para rodar este filme- y Alex Williams son los protagonistas de la tv-movie. Alex Williams encarna a Julian Assange, su madre recae en la actriz Rachel Griffiths y LaPlagia interpreta a Ken Roberts, el detective que se propone desvelar las actividades de Assange.
Para la tv-movie, Connolly aprovechó  el libro Tales of Hacking, Madness and Obssesion on the Electronic Frontier, escrito por el propio Assange junto a Suelette Dreyfus en 1997.
Por su parte, DreamWorks, el estudio de Steven Spielberg y Katzenberg, trabaja en WikiLeaks: The Movie, un ambicioso proyecto inspirado en los libros WikiLeaks: Inside Julian Assange's War On Secrecy, de David Leigh y Luke Harding, e Inside WikiLeaks: My Time With Julian Assange At The World's Most Dangerous Website, de Daniel Domscheit-Berg.
El estudio ha ofrecido el papel principal del filme a Jeremy Renner, protagonista de la recién El legado de Bourne. Para dirigir el proyecto se baraja el nombre de Bill Condon, director de la sahaCrepúsculo, pero aún no se ha confirmado.
Además, las prestigiosas cadenas de televisión HBO y BBC se han reunido en una producción conjunta para llevar a la pantalla la historia de Julian Assange. Rowan Joffe, guionista de El americano, ha firmado ya para escribir el guion, que se centrará en el proceso que llevó a Assange a conseguir la información clasificada y los secretos que difunde WikiLeaks. Charles Ferguson (Inside Job) será el director. Esta serie está inspirada en No Secrets: Julian Assange's Mission for Total Transparency, trabajo de investigación que Raffi Khatchadourian publicó en New Yorker.
Otros proyectos están en marcha, el guionista de En tierra hostil, Mark Boal, trabaja en uno de ellos, Josephson Entertainment y Michell Krumm Productions persiguen los derechos de la biografía de Assange, The Most Dangerous Man in the World, de Andrew Fowler, de la que desarrollarían un thriller al estilo de Todos los hombres del presidente, y el neoyorquino Alex Gibney ha dirigido una película documental, actualmente en postproducción.



A melhor filantropia é pagar o imposto devido @portalIRFB

19 de Agosto de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


O programa arrecada menos de 0,5% do que a Receita Federal está cobrando da Globo
Imposto é um dos temas mais quentes do mundo moderno.  O Diário tem coberto o assunto intensamente.
Nos Estados Unidos, por exemplo. Barack Obama tem usado isso como uma arma para atacar seu adversário republicano Mitt Romney. Romney é um homem rico, mas tem pagado bem menos imposto, proporcionalmente, do que um assalariado comum.
Obama o desafiou a publicar o quanto ele pagou nos últimos cinco anos. Se ele fizer isso, Obama jurou que não toca mais no assunto.
No mundo, agora. Um levantamento de um instituto independente chamado TJN mostrou, há poucas semanas, que mais de 30 trilhões de dólares estão escondidos em paraísos fiscais, longe de tributação. Se aquela cifra descomunal fosse declarada, ela geraria impostos de mais de 3 trilhões, considerada uma taxa (modesta) de 10%.
Lembremos. Imposto é chato e ninguém gosta, nem você e nem eu. Mas é com ele que governos constroem escolas, estradas, hospitais etc. Logo, eles são do mais absoluto interesse público.
Agora, o Brasil.
Uma notícia espetacular, a despeito do número esquálido de linhas, foi publicada na seção Radar, de Lauro Jardim, da Veja: a Globo está sendo cobrada em 2,1 bilhões de reais pela Receita Federal por impostos que alegadamente deveria recolher e não recolheu.
Segundo o Radar, outras 69 empresas foram objeto do mesmo questionamento fiscal. Todas acabaram se livrando dos problemas na justiça, exceto a Globo. Chega a ser engraçado imaginar a Globo no papel de vítima solitária, mas enfim.
Em nome do interesse público, a Receita Federal tem que esclarecer este caso. É mais do que hora de dar um choque de transparência na Receita – algo que infelizmente o governo Lula não fez, e nem o de Dilma, pelo menos até aqui.
Se o mundo fosse perfeito, a mídia brasileira cobriria a falta de transparência fiscal para o público. Mas não é. Durante anos, a mídia se ocupou em falar do mercado paralelo.
Pessoalmente, editei dezenas de reportagens sobre empresas sonegadoras. A sonegação mina um dos pilares sagrados do capitalismo: a igualdade entre os competidores do mercado. Há uma vantagem competitiva indefensável para empresas que não pagam impostos. Elas podem investir mais, cobrar menos pelos seus produtos etc.
Nos últimos anos, o assunto foi saindo da pauta. Ao mesmo tempo, as grandes corporações foram se aperfeiçoando no chamado “planejamento fiscal”. No Brasil e no mundo. O NY Times, há pouco tempo, numa reportagem, afirmou que o departamento contábil da Apple é tão engenhoso quanto a área de criação de produtos. A Apple tem uma sede de fachada em Nevada, onde o imposto corporativo é zero. Com isso, ela deixa de recolher uma quantia calculada entre 3 e 5 bilhões de dólares por ano.
Grandes empresas de mídia, no Brasil e fora, foram encontrando jeitos discutíveis de recolher menos. Na Inglaterra, soube-se que a BBC registrou alguns de seus jornalistas mais caros, como Jeremy Paxton, como o equivalente ao que no Brasil se chama de “PJ”. No Brasil, muitos jornalistas que escrevem catilinárias incessantes contra a corrupção são “PJs” e, aparentemente, não vêem nenhum problema moral nisso. Não espere encontrar nenhuma reportagem sobre os “PJs”.
O dinheiro cobrado da Globo – a empresa ainda pode e vai recorrer, afirma o Radar – é grande demais para que o assunto fique longe do público. A Globo costuma arrecadar 10 milhões de reais com seu programa “Criança Esperança”. Isso é cerca de 5% do que lhe está sendo cobrado. Que o caso saia das sombras para a luz, em nome do interesse público – quer a cobrança seja devida ou indevida.
De resto, a melhor filantropia que corporações e milionários podem fazer é pagar o imposto devido. O resto, para usar a grande frase shakesperiana, é silêncio.



Declaração da ALBA no caso Assange

18 de Agosto de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


Venezuela de Verdad
Las amenazas proferidas por el Gobierno del Reino Unido de Gran Bretaña e Irlanda del Norte, que suponen la posibilidad de un ingreso indebido a la sede diplomática del Ecuador en Londres para arrestar a Julian Assange, constituyen actos de intimidación que atentan contra la integridad territorial de la República del Ecuador.
El Gobierno de la República del Ecuador ejerció su derecho soberano al otorgar asilo diplomático al ciudadano Julian Assange, quien lo solicitó al sentirse amenazado en sus derechos humanos y ciudadanos.
La figura del asilo diplomático está prevista en numerosos convenios, tratados y otros instrumentos internacionales, que se ejercen con arreglo a los principios del Derecho Internacional.
Ecuador ha actuado apegado estrictamente a las normas del Derecho Internacional, y cualquier acto hostil del Gobierno del Reino Unido implicaría un menoscabo inaceptable de su soberanía, con lo cual se retrotraería al mundo civilizado a un estado de barbarie e irracionalidad.
Las argumentaciones dadas por el Gobierno del Reino Unido, invocando normas de Derecho interno que no pueden sobreponerse a los tratados internacionales, son contrarias a sus obligaciones internacionales, y a pronunciamientos anteriores de ese propio Gobierno, lo que evidencia el doble rasero en su actuación.
Estando conscientes de la necesidad de agotar las vías diplomáticas para superar la situación surgida a la luz de la protección y el asilo otorgado por el Gobierno del Ecuador al ciudadano Julian Assange, haciendo que prevalezcan la soberanía, la libre determinación de las naciones y el respeto al Derecho Internacional,
DECLARAN:
Alba rechaza amenazas del Reino Unido contra Ecuador por violar el Derecho Internacional
1. Rechazamos las amenazas intimidatorias proferidas por voceros del Gobierno del Reino Unido de Gran Bretaña por violatorias de los principios de soberanía e integridad territorial de las naciones, y de los principios del Derecho Internacional.
2. Ratificamos nuestro respaldo categórico al derecho soberano del Gobierno del  Ecuador de otorgar asilo diplomático al ciudadano Julian Assange.
3. Expresamos nuestro rechazo a la posición del Reino Unido de pretender resolver de manera contraria al Derecho Internacional, las controversias con las naciones del mundo, y particularmente de América Latina y el Caribe.
4. Apoyamos la solicitud de convocatoria por parte de la Unión Suramericana de Naciones (UNASUR) para debatir acerca de la posición hostil del Gobierno del Reino Unido contra el Gobierno de la República del Ecuador, y fijar una clara posición de respaldo al Ecuador.
5. Consideramos pertinente promover en la Organización de Naciones Unidas un amplio debate acerca de la inviolabilidad de las instalaciones diplomáticas y el pleno respeto por parte de todos los Estados de los principios del Derecho Internacional.
6. Advertimos al Gobierno del Reino Unido de Gran Bretaña acerca de las graves consecuencias que se desencadenarían en todo el mundo, en caso de una agresión directa a la integridad territorial de la República del Ecuador en Londres.
7. Hacemos un llamado a todos los Gobiernos del Mundo, a los Movimientos Sociales, a la intelectualidad, a oponerse a esta nueva pretensión del Gobierno británico de imponer por la fuerza su voluntad a las Naciones Soberanas del Mundo
8. Nos comprometemos en hacer nuestro mayor esfuerzo para dar la mayor difusión y publicidad a la presente declaración.
En Guayaquil, a los 18 días del mes de agosto de 2012.
Bruno Rodríguez
Ministro de Relaciones Exteriores
República de Cuba
            Ricardo Patiño
Ministro de Relaciones Exteriores, Comercio e Integración
República del Ecuador
Douglas Slater
Ministro de Relaciones Exteriores
San Vicente y las Granadinas
          
Nicolás Maduro
Ministro del Poder Popular para Relaciones Exteriores
República Bolivariana de Venezuela
Juan Carlos Alurralde Tejada
Vicecanciller
Estado Plurinacional de Bolivia
          
Valdrack Jaentschk
Vicecanciller
República de Nicaragua
Philbert Aaron
Representante del Canciller
Mancomunidad de Dominica
(Por VDV / MPPRE)



Isso que chamam "jornalismo"

17 de Agosto de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


Isso que chamam “jornalismo”
por Fernando Buen Abad



As lutas de classes não se detêm às portas dos “jornais”.

Cada dia mais medíocre, mais corrupto e mais servil é isso o que chamam “jornalismo” nas empresas mercantilistas de “notícias” ou “informação”, constitui hoje uma das máquinas de guerra ideológica capitalistas mais degenerada.

Sua degeneração é seu fracasso e ao mesmo tempo sua delação.

Sua própria definição já está distorcida, pois quando deveria servir para orientar a sociedade, na realidade, não passa de um negócio para desorientar.



Não é “jornalismo” a mercantilização da notícia. Ainda que a idéia perversa se tenha instalado de que somente o que vende jornal é a informação e com isto se criou cátedras, pós-graduação e especialidades... Ainda que reine na cabeça de muitos a idéia de que “jornalismo” é a arte mercenária de vender a caneta pelo melhor preço... ainda que prevaleça o critério devocional de quem um jornalista é um comerciante de confiabilidade... E ainda que se martele com a falácia de que o jornalismo é a arte demagógica da “objetividade” burguesa...

O certo é que o que chamam e praticam de “jornalismo” nas empresas, nada mais é, que uma mercadoria submetida às piores leis do capitalismo. E disto sabem muito bem, aqueles que nelas trabalham.

Os fatos que geram a vida social, econômica, política, artística, cultural... A partir de seu motor histórico que é a luta de classes, não podem ser privatizados por nenhuma manobra comercial ainda que esta seja capaz de convertê-los, segundo seus interesses, em “informação” ou “notícia”. Os fatos cotidianos (ocorram quando ocorram) produtos das relações sociais, até hoje divididas em classes, além de requerer registros e análises científicas, exigem capacidade de um relato esclarecedor, criativo e emancipador, para contribuir para elevar o nível da consciência coletiva inclusive na resolução de problemas individuais.



A tarefa de produzir análise e informação jornalística além de ser uma práxis ética cotidiana, deve ser um trabalho organizador para a transformação do mundo.
Assim o exercitou o próprio John Reed (biografia)
 Filme sobre John Reed Reds  (dublado)

Nas empresas que fizeram da informação uma mercadoria caprichosa e desleal com a verdade, o trabalho dos “jornalistas” foi deformado até a ignomínia da escravidão do pensamento e a exploração de pessoas obrigadas a trair a consciência (individual e coletiva) sobre a realidade.

Vivemos diariamente um desfalque informativo contra todo o senso comum e se humilha a inteligência dos trabalhadores da informação os submetendo aos princípios e fins empresariais a cada dia mais medíocres, corruptos e mafiosos.

A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) conhece bem esta história.


Nas escolas não são poucas as tendências empenhadas em “formar” mão de obra barata, gentil e acrítica disposta a anular-se, com o disfarce academicista, às condições trabalhistas mais aberrantes em troca de ilusões da fama burguesa, prestígio de mercadorese claro, rentabilidade de cúmplices muito criativos ao ponto de inviabilizar as verdades mais duras, criminalizar àqueles que lutam por emancipar-se e assegurar as vendas dos “informativos”. 
Títulos universitários de “jornalista” amasiados com o capitalismo e seus ódios, assim sendo necessário mentir, caluniar ou matar. Para as teles, web, rádios... aos impressos.

Dignificar o trabalho do “jornalista” é uma meta social enorme que não se resolve somente de maneira “gremista”, nem somente com “educação de excelência”, nem somente com “boa vontade”. Trata-se de uma profissão, um ofício e uma tarefa políticas... afundam no pântano da guerra ideológica e na guerra midiática burguesa.

Dignificar a definição e a função de jornalista compreende fatores muito diversos que partem da base concreta de lutar contra o trabalho alienado e contra as condições de insalubridade ideológica extrema em que, sob o capitalismo, se desenvolve.

Dignificar o trabalho jornalístico implica empreender, diariamente, uma revolução de consciência e ação que devolva à produção informativa sua alma socialista e seu poder como ferramenta emancipadora de consciências... implica portanto devolver ao “jornalismo” suas bússolas e suas responsabilidades no caminho da revolução.

Isso implica exigências programáticas, organizativas e disciplinares cuja base é a luta de classes e cuja práxisdeve andar ao lado das lutas emancipadoras da classe trabalhadora.

Já basta de que qualquer palhaço capaz de publicar, sob qualquer método e meio, suas canalhices se faça chamar “jornalista” ao custo de degenerar a verdade que é de todos.

Freá-los em seco, implica desenvolvimento científico e político para conquistar um poder profissional e militante capaz de colocar-se ao serviço da classe que emancipará a humanidade. Esse é seu melhor lugar. Isso implica impulsionar escolas novas, estilos novos, sintaxe, comunicação e consciência revolucionárias. Isso implica impulsionar gerações novas de trabalhadores do jornalismo emancipados da lógica do mercado informativo. Nada menos.

Agora que estamos enojados pela desfaçatez e pela impunidade com que exibem suas canalhices de forma onipresente os amos e seus servos “jornalísticos”, temos que nos fortalecer para combatê-los.

Agora que a náusea nos sacode e a irracionalidade do mercado informativo se torna comando golpista e magnicida, no mundo inteiro, é preciso nos organizar de maneira democrática, plural e combativa.

Agora que se desdobram as acometidas mais ferozes das máfias comerciais que vendem “jornais” contra a verdade dos povos em luta e contra suas conquistas mais importantes... nós requeremos a unidade e a ação organizada  e a partir da base como causa ética suprema.

Agora que se aliam as máfias midiáticas e formam seu exército de “jornalistas” para nos bombardear com mísseis de injúrias e mentiras...nós devemos fazer do “jornalismo” uma frente rigorosa em seus princípios e adaptável em sua organização para somarmos abertamente a todas as forças da comunicação emancipadora onde se propicie colaboração revolucionária irrestrita. Ao menos.

Assim, isso que chamam “jornalismo” deixará de ser, rapidamente, reduto de farsantes mercenários doentes consuetudinários (fundados no uso, no costume, na prática) da mentira para converterem-se, de uma vez por todas, em ferramenta criativa da verdade a serviço da Revolução.
E já há muitos trabalhadores que avançam nesta rota.
Diariamente.

Dr. Fernando Buen Abad Domínguez
 
, Rebelión/Universidad de la Filosofía/Escuela de Cuadros para la Comunicación Emancipadora
Fuente: Rebelion



Brasil por uma holandesa e você?

16 de Agosto de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

É! O Brasil é um país abençoado de fato. Bendito este povo, que possui a magia de unir todas as raças, de todos os credos. Bendito este povo, que sabe entender todos os sotaques. Bendito este povo, que oferece todos os tipos de climas para contentar toda gente. Bendita seja, querida pátria chamada BRASIL!"

Escritora holandesa, falando sobre o Brasil. Texto bárbaro!
dica de isadora Bonder no FB



"Os brasileiros acham que o mundo todo presta, menos o Brasil, realmente parece que é um vício falar mal do Brasil. Todo lugar tem seus pontos positivos e negativos, mas no exterior eles maximizam os positivos, enquanto no Brasil se maximizam os negativos. Aqui na Holanda, os resultados das eleições demoram horrores porque não há nada automatizado. Só existe uma companhia telefônica e pasmem: Se você ligar reclamando do serviço, corre o risco de ter seu telefone temporariamente desconectado.

Nos Estados Unidos e na Europa, ninguém tem o hábito de enrolar o sanduíche em um guardanapo - ou de lavar as mãos antes de comer. Nas padarias, feiras e açougues europeus, os atendentes recebem o dinheiro e com mesma mão suja entregam o pão ou a carne.

Em Londres, existe um lugar famosíssimo que vende batatas fritas enroladas em folhas de jornal - e tem fila na porta.

Na Europa, não-fumante é minoria. Se pedir mesa de não-fumante, o garçom ri na sua cara, porque não existe. Fumam até em elevador.

Em Paris, os garçons são conhecidos por seu mau humor e grosseria e qualquer garçom de botequim no Brasil podia ir pra lá dar aulas de ‘Como conquistar o Cliente’.

Você sabe como as grandes potências fazem para destruir um povo? Impõem suas crenças e cultura. Se você parar para observar, em todo filme dos EUA a bandeira nacional aparece, e geralmente na hora em que estamos emotivos.

Vocês têm uma língua que, apesar de não se parecer quase nada com a língua portuguesa, é chamada de língua portuguesa, enquanto que as empresas de software a chamam de português brasileiro, porque não conseguem se comunicar com os seus usuários brasileiros através da língua Portuguesa. Os brasileiros são vitimas de vários crimes contra a pátria, crenças, cultura, língua, etc. Os brasileiros mais esclarecidos sabem que temos muitas razões para resgatar suas raízes culturais.

Os dados são da Antropos Consulting:


1. O Brasil é o país que tem tido maior sucesso no combate à AIDS e de outras doenças sexualmente transmissíveis, e vem sendo exemplo mundial.

2. O Brasil é o único país do hemisfério sul que está participando do Projeto Genoma.

3. Numa pesquisa envolvendo 50 cidades de diversos países, a cidade do Rio de Janeiro foi considerada a mais solidária.

4. Nas eleições de 2000, o sistema do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) estava informatizado em todas as regiões do Brasil, com resultados em menos de 24 horas depois do início das apurações. O modelo chamou a atenção de uma das maiores potências mundiais: os Estados Unidos, onde a apuração dos votos teve que ser refeita várias vezes, atrasando o resultado e colocando em xeque a credibilidade do processo.

5. Mesmo sendo um país em desenvolvimento, os internautas brasileiros representam uma fatia de 40% do mercado na América Latina.

6. No Brasil, há 14 fábricas de veículos instaladas e outras 4 se instalando, enquanto alguns países vizinhos não possuem nenhuma.

7. Das crianças e adolescentes entre 7 a 14 anos, 97,3% estão estudando.

8. O mercado de telefones celulares do Brasil é o segundo do mundo, com 650 mil novas habilitações a cada mês.

9. Telefonia fixa, o país ocupa a quinta posição em número de linhas instaladas..

10. Das empresas brasileiras, 6.890 possuem certificado de qualidade ISO-9000, maior número entre os países em desenvolvimento. No México, são apenas 300 empresas e 265 na Argentina.

11. O Brasil é o segundo maior mercado de jatos e helicópteros executivos.

Por que vocês têm esse vício de só falar mal do Brasil?

1. Por que não se orgulham em dizer que o mercado editorial de livros é maior do que o da Itália, com mais de 50 mil títulos novos a cada ano?

2. Que têm o mais moderno sistema bancário do planeta?

3. Que suas AGÊNCIAS DE PUBLICIDADE ganham os melhores e maiores prêmios mundiais? :)

4. Por que não falam que são o país mais empreendedor do mundo e que mais de 70% dos brasileiros, pobres e ricos, dedicam considerável parte de seu tempo em trabalhos voluntários?

5. Por que não dizem que são hoje a terceira maior democracia do mundo?

6. Que apesar de todas as mazelas, o Congresso está punindo seus próprios membros, o que raramente ocorre em outros países ditos civilizados?

7. Por que não se lembram que o povo brasileiro é um povo hospitaleiro, que se esforça para falar a língua dos turistas, gesticula e não mede esforços para atendê-los bem? Por que não se orgulham de ser um povo que faz piada da própria desgraça e que enfrenta os desgostos sambando.

É! O Brasil é um país abençoado de fato. Bendito este povo, que possui a magia de unir todas as raças, de todos os credos. Bendito este povo, que sabe entender todos os sotaques. Bendito este povo, que oferece todos os tipos de climas para contentar toda gente. Bendita seja, querida pátria chamada BRASIL!"



Com qual molho você quer ser comido?

10 de Agosto de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Hugo Chávez é o primeiro presidente do mundo que colocou o cargo à disposição do povo e ganhou com 60%...



... e pela primeira vez se evitou que os mortos votassem, e se conseguiu que pessoas não votassem duas vezes (como com mal parkinson) .

É estranho que no país falem de falta de liberdade de expressão e, no entanto, você liga a televisão e ali está alguém dizendo: 


"Aqui não há liberdade de expressão"

 Liga o rádio e tem alguém falando: 
"Aqui não tem liberdade de expressão" 

Na primeira página do jornal está escrito:
 "Aqui não há liberdade de expressão"



Collor e os rabiscadores da #Veja

9 de Agosto de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda




Ache outros vídeos como este em Portal Luis Nassif

Senado - 10/08/2012 Collor "são os meios que dizem que não queremos aprofundar as investigações na CPMI do Cachoeira"



Bolívia antes e depois de Evo Morales

8 de Agosto de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


Angel Guerra Cabrera
En Bolivia una exigua minoría opulenta oprimía y negaba sus derechos humanos básicos a aimaras, quechuas, guaraníes y otros pueblos originarios que forman la mayor parte de la población. Mucho menos les reconocía sus derechos colectivos a la identidad cultural, la autonomía y el territorio. 90 por ciento de la población rural vivía en la pobreza y el país disputaba a Haití y Honduras el peor desempeño en la región por su índice de desarrollo humano.
Lagoa Branca - (Alma de Viajante)

Las empresas públicas creadas por la revolución de 1952 fueron privatizadas a precio de remate en cumplimiento de las directivas del Consenso de Washington mediante disposiciones anticonstitucionales y escandalosos negocios armados entre la oligarquía y las transnacionales.
Valga este ejemplo para ilustrar el saqueo: sólo el presidente neoliberal Gonzalo Sánchez de Lozada(1993-97; 2002-03) hizo una fortuna superior a los 250 millones de dólares a expensas de las privatizaciones, del desempleo ocasionado por estas a decenas de miles de trabajadores, de la entrega de los recursos naturales y la soberanía nacional y la sangrienta represión contra los movimientos que rechazaban estas políticas.
Sánchez de Lozada y su sucesor fueron derrocados por rebeliones de los pueblos indios e interculturales, que en 2005 lograron alzar a la presidencia a uno de los suyos, el aimara Evo Morales, con un alud de votos. Entonces se inició la profunda trasformación social que vive hoy Bolivia. ¿Quién podía imaginar entonces los extraordinarios logros conseguidos en los siete años trascurridos hasta la actualidad?

Los pueblos de Bolivia, ya con el timón del gobierno en sus manos, iniciaron el rescate de la independencia, la soberanía y el desarrollo de una política exterior independiente, de unidad e integración latinocaribeña y de solidaridad con los pueblos de la región y con todos los que bregan por un mundo mejor. Desafiando los ataques de la oligarquía y del imperialismo Evo luchó a brazo partido por convertir en realidad las demandas de los movimientos indígenas y populares.

Convocó a la Asamblea Constituyente, reclamo muy sentido de los pueblos originarios que permitió proclamar la nueva Constitución y el nacimiento del Estado Plurinacional de Bolivia, enterrar la República oligárquica y con aquella arma jurídica acometer el rescate de los recursos naturales, las empresas privatizadas y redoblar la larga lucha por la descolonización y la trasformación de las conciencias en lo que ha sido calificado acertadamente por el líder boliviano como la Revolución Democrática y Cultural.
En siete años Bolivia erradicó el analfabetismo, su economía ha crecido a un promedio de 4.7 por ciento anual, casi sextuplicó sus reservas internacionales de divisas, duplicó el PIB por habitante y dejó de ser aquel Estado mendicante, calificado de fallido, que dependía de la ayuda internacional hasta para pagar a sus empleados públicos, conquistas de las que no pueden presumir muchos países en medio de la megacrisis económica internacional.
Extendió considerablemente los servicios de salud a millones que no los recibían y abrió miles de escuelas. Es un prestigioso miembro de la Alba y Unasur y seguramente pronto ingresará al Mercosur, un paso que añadirá fortaleza geopolítica a la aportada por Venezuela a ese bloque de formidable proyección internacional pues Bolivia, sin contar sus recursos energéticos, mineros y de biodiversidad, goza de una ubicación geográfica crucial en el área.

No es fortuito que el gobierno de Bush hiciera todo lo posible por impedir la llegada de Evo a la presidencia ni que Washington, también con Obama, haya mantenido una persistente política subversiva para derrocarlo al extremo de que el estado mayor de la contrarrevolución radique en la representación diplomática yanqui en La Paz.
Estados Unidos ha ido modificando sus tácticas subversivas en la medida que le fracasan una tras otra. Últimamente ha recurrido a estimular y hacer ruido mediático con demandas de sectores populares, entre ellos el tema del Tipnis, cuyos dirigentes defienden intereses particulares y ahora se oponen al referendo que decidirá sobre la carretera propuesta por el gobierno ya que saben que la abrumadora mayoría de la población del territorio indígena en cuestión la apoyará. Bolivia brilla con el liderazgo de Evo antes los pueblos indios y no indios como un faro de dignidad y construcción nacional en armonía con la naturaleza, tema en el cual es líder mundial./Twitter: aguerraguerra/(Tomado de La Jornada)
Fonte: Colarebo



Síria: Al-Qaeda, BAE Systems e bancocracia

8 de Agosto de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda



Documentário "A Verdade por trás da Síria" produzido pelo comitê de Ação Política de Lyndon La Rouche nos EUA, sobre a operação imperialista por trás da desestabilização terrorista na Síria, organizada e financiada pela Grã-Bretanha, Arábia Saudita e EUA. Serão expostos no documentário todas as redes terroristas da Al Qaeda até a empresa britânica BAE Systems e os grandes bancos do mundo





O Capitalismo Religioso

8 de Agosto de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


Há muitas igrejas que agem como verdadeiras empresas, obtendo grandes lucros, usando a fé.
Dica @hervaljunior

Leia também: 

Congresso laico não pode ter bancada religiosa, diz procuradora

Por Fabio Valentim

Por muito tempo, ouvimos falar e ainda ouvimos de instituições cristãs seculares, de que a pobreza (em espírito), é uma das grandes virtudes cristãs. Essa virtude, pregada por estas mesmas instituições, especialmente o catolicismo, diz que devemos ter um desapego aos bens materiais, não termos ganância sobre a matéria, valorizando mais aquilo que beneficia o espírito, para o crescimento pessoal, e o louvor e honra a Deus. Com o passar do tempo, surge a chamada Teologia da Prosperidade, em que os mais fiéis aos preceitos e doutrinas religiosas, prosperam na vida materialmente, e financeiramente.

Alguns podem afirmar que a Teologia da Prosperidade seria uma contraposição do voto de pobreza, defendida ferrenhamente por religiões mais tradicionais. Mas a Teologia de Prosperidade tradicional, embora promova essa prosperidade, não estimulava a ganância dos fiéis e pastores, ou seja, a própria religião ajudava o fiel a organizar as finanças, como por exemplo: fumar é pecado, e a pessoa deixa de gastar dinheiro com cigarro, ajudando na economia do dinheiro, que seria gasto com cigarrro. Isso sem falar dos outros preceitos e costumes, que poderão ajudar as pessoas a se prosperarem financeiramente.

Mas aí, vieram as chamadas igrejas neopentecostais. Estas mesmas igrejas acabam reescrevendo o conceito de Teoria da Prosperidade, usando o sistema de troca, ou seja, para uma pessoa ter uma graça alcançada, ela precisa dar algo, para ter essa mesma graça em troca. É daí que surge o Capitalismo Religioso, cujo objetivo, é simplesmente, obter o lucro. O capitalismo religioso diz que se você tem dívidas, que ter uma casa, um carro, ou está sofrendo muito, você terá que dar o que você tem, ou melhor, praticamente tudo o que você tem, e dá na mão do pastor, em troca da graça divina. Isso transforma Deus em comerciante, que entrega a graça, em troca de dinheiro, comercializando a fé.

Pois bem, isso seria uma clara atividade de simonia, uma prática usada pelos vendilhões do templo, expulsos por Jesus Cristo. Nesse sistema de teologia da prosperidade deturpada, líderes de movimentos neopentecostais faturam milhões e milhões de reais em cada culto, em cada templo, onde há muitos templos instalados em várias partes do mundo. Esses mesmos líderes que ainda ousam a usar os meios de comunicação de uso público, a TV aberta, para pregar as suas vãs palavras e arrecadar mais dinheiro em nome de uma divindade, o que com certeza, não é a mesma divindade que expulsou os vendilhões do templo.

Mas isso não se restringe às religiões neopentecostais. Até mesmo a Igreja Católica, que citei no começo deste texto, que prega a pobreza, também lucram bastante com o capitalismo religioso. É muito comum você ir aos eventos católicos, ver pessoas oferecendo produtos e serviços, para a fé. Claro que não vendem a graça divina em seus cultos, como fazem os neopentecostais, mas eles também lucram bastante com isso. Realmente, ninguém é obrigado a comprar aquelas camisas com os dizeres cristãos, mas todos são induzidos, e muitos compram, o que chamamos claramente de marketing cristão, e acredite, é bem lucrativo. 

Mas  isso gera também um pouco de materialismo no meio cristão, favorecendo o capitalismo religioso, até em instituições religiosas, que se prezam pela pobreza. Logo vemos que não tem escapatória, pois assim como o "mundo" (como os religiosos costumam chamar), os mesmos acabam dando mais valor ao material. O mesmo se diz ao pagamento de promessas, sobre milagres, ainda mantendo a relação com Deus comerciante. Deus quer que pratiquemos o amor, não fazendo sacrifícios e coisas absurdas como forma de agradecimento pela graça alcançada.

Claro que não podemos generalizar, mas vamos lembrar que fenômeno do Capitalismo Religioso é um negócio altamente lucrativo. Empresas lucram e faturam alto, com produtos e serviços oferecidos às igrejas e pelas igrejas. Prova disso, são as construções de megatemplos, e atividades nas emissoras de TV. O capitalismo religioso movimenta o mercado, e como movimenta, mas assim como qualquer outro tipo de capitalismo, incentiva e estimula o consumo deliberado e aumenta a desigualdade social. Não é porque que ela possui rótulo de religioso, que ele vai ser bom. Capitalismo é capitalismo, e age inclusive nas religiões.

Fonte: BaudoValentim  e outros textos 



Dilma não apoia a intervenção na Síria

6 de Agosto de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


As contradições são visíveis, inegáveis: Dilma joga na cara do Cameron que o Brasil não apóia intervenção militar contra Síria e Irã,  sustenta com firmeza e soberania o ingresso da Venezuela no Mercosul  enfrentando a irritação da direita  -  para quem o Paraguai virou agora modelo de democracia   -   deixando-a falando sozinha, com seus porta-vozes midiáticos beirando o ridículo.
*********************
Brasil apóia Resolução da ONU que prevê ações militares contra a Síria 
Na última sexta feira, dia 3 de agosto, a ONU aprovou uma resolução que, descaradamente , permite ações militares contra a Síria, já alvo de intervenção estrangeira via mercenários pagos declaradamente pela Arábia Saudita e o Qatar, com o apoio oficial dos EUA, pela voz de Hillary Clinton. Barack Obomba também autorizou a CIA a interferir abertamente para a derrubada do governo de Baschar Al Assad. A Resolução aprovada é uma pá de cal a todo esforço para uma resolução negociada e pacífica do conflito sírio. Detalhe grave: o Brasil votou a  favor desta resolução que  dá espasmos de prazer à indústria bélica.
O curioso é que há poucos dias, ante a pressões imperiais de Cameron, em Londres, a Presidenta Dilma , mantendo uma linha em política externa definida no Governo Lula, respondeu que o Brasil não vai apoiar intervenção militar externa contra a Síria e o Irã. De quebra, ainda acrescentou que o Brasil defende a soberania da Argentina sobre as Ilhas Malvinas, assim mesmo, falou Malvinas, não Falklands.
Contradições
Como explicar então esta distância entre as palavras da presidenta  e os votos do Brasil na ONU, lembrando que esta é a segunda vez que o governo Dilma vota contra a Síria? Sem contar que houve a participação oficial  do Itaramaty em diversas reuniões do chamado “Grupo de Amigos da Síria”,  fóruns construídos inegavelmente para pressionar a ONU a tomar medidas contra aquele país, e,  em cujas reuniões, representantes de governos estrangeiros, como a pavorosa Clinton, defendeu publicamente o abastecimento de armamentos aos chamados rebeldes.
Aliás, este distanciamento da política externa atual em relação aquela aplicada no governo Lula, tem se revelado cada vez mais acentuado, especialmente quando se trata de situações em que os interesses norte-americanos são contrariados por países que sempre representaram  uma política e uma atitude de soberania, autodeterminação e independência frente às pressões da  Casa Branca.
As contradições são visíveis, inegáveis: Dilma joga na cara do Cameron que o Brasil não apóia intervenção militar contra Síria e Irã,  sustenta com firmeza e soberania o ingresso da Venezuela no Mercosul  enfrentando a irritação da direita  -  para quem o Paraguai virou agora modelo de democracia   -   deixando-a falando sozinha, com seus porta-vozes midiáticos beirando o ridículo.
Em  hipótese
No mês de julho, uma declaração do Chanceler Patriota, causou fortíssima interrogação. Ele disse,  em entrevista reproduzida pela Folha de São Paulo, que o problema da Síria é que  o país possui armas químicas de destruição em massa”, aquele mantra da  indústria bélica, que George Bush e os negros fascista Collin Powell e Condolezza Rice, decoraram e ecoaram mundo a fora pelo   “jornalismo de guerra” que levou de roldão a BBC, até que uma chuva de bombas começou a cair sobre Bagdá. Até hoje não sabemos quantos morreram, mas sim que há uma montanha de cadáveres como resultado da aplicação deste mantra macabro.
O chanceler Patriota, no dia seguinte a esta declaração, voltou a público para “explicar” que quando falara de armas químicas de destruição massa nas mãos da Síria” estava falando apenas , atenção, “em hipótese” compare- se a gravidade da declaração, com a candura da explicação dada no dia seguinte.....
Antecedentes perigosos
Em 2002, o chanceler do governo FHC era Celso Lafer. Uma briga de gigantes se desenvolveu nos bastidores a partir do momento em que o mantra das armas químicas começou a ser entoado na Casa Branca.  Após uma  reunião a portas fechadas com  Collin Powel, Celso Lafer começa a atuar para que o Embaixador Maurício Bustani, Diretor-Geral da OPAQ -  Organização para a Proibição de Armas Químicas, fosse afastado do cargo. Bustani, brasileiro de valor, honrando as melhores tradições brasileiras de não vassalagem aos poderes da indústria bélica que, por sua vez, dão as cartas na diplomacia de guerra, havia entendido o significado daquele mantra macabro. A ele resistia com honradez.
O quadro geral, como sabemos, era e é ainda hoje, de que os países mais armados querem impedir que outros se armem.  Especialmente se estes outros países são independentes e possuem potencial de desenvolvimento econômico e tecnológico. A pressão surda contra o programa nuclear brasileira também se encaixa nesta linha de raciocínio. Frente tudo isto, Bustani, no estrito cumprimento de suas funções como Diretor-Geral da OPAQ, para a qual havia sido eleito pela maioria dos países membros, começa a pagar o preço amargo por sua indisposição com a função de vassalo de impérios. Para dar uma idéia da importância e da relevância das funções desempenhadas pelo embaixador Maurício Bustani, vale citar que  todos os esforços reais pelo desarmamento confrontam o lucrativo capital das armas, especialmente onde ele é mais pujante, nos EUA
Mantra macabro
Os EUA sabiam que a OPAQ estava prestes a realizar uma comprovação técnica internacional  no Iraque, que demonstraria  não ser aquele país possuidor de armas químicas de destruição em massa, mantra que Lafer levou a sério, após aquela reunião a portas fechadas com Collin Powell, em Washingon. Para surpresa dos países membros da OPAQ o Brasil retira apoio ao Embaixador Bustani quando os EUA, oficialmente, faz pedido oficial para o seu afastamento, argumentando qualquer coisa, qualquer pretexto, algo como “ele é muito exaltado e não toca bem piano”,  o que, para quem o conhece, não é verdade. Ante a imposição dos EUA para o afastamento de Bustani, os países membros esperaram pela sustentação brasileira do seu nome, o que não ocorreu. Como se lembram, Celso Lafer  foi aquele chanceler brasileiro que, revelando infinita vocação para a vassalagem, retirou os sapatos, em várias oportunidades,  sob ordens de guardinhas de alfândega nos aeroportos dos EUA. Tais exigências fazem parte do script traçado  a partir de 11 de setembro  de 2001 para “a declaração de guerra ao terrorismo”, como magistralmente denunciou o genial escritor Gore Vidal, que acaba de nos privar de sua inteligência. Mas, não de sua obra.
Comparar é preciso
Nesta mesma época, o Senador Roberto Requião, chefiando uma delegação oficial do Senado Federal aos EUA, também foi barrado por um guardinha de alfândega que queria ver toda a delegação sem sapatos. Requião fez o que um chanceler deveria ter feito: botou o dedo na cara do guardinha e declarou alto e bom som:  “Esta é uma delegação oficial do Senado do Brasil. Não vamos nos submeter a nenhuma revista vexatória nem tirar os sapatos . Deixem-nos passar, em caso contrário a visita oficial está encerrada aqui mesmo!” De um chanceler não se espera menos. Evidentemente, desde que ele esteja realmente imbuído dos interesses nacionais que deve representar. Houve telefonemas, telefonemas, consultas e, minutos depois, o guardinha, talvez o mesmo que tenha  revistado o chanceler, voltou e liberou a passagem da delegação de senadores. Todos com sapatos .Mantida ali, a dignidade nacional.
Relações perigosas
Independente das funções desempenhadas pelo   chanceler Patriota lá em 2002,  o que é possível captar agora é  uma certa linha de convergência entre a sua  declaração recente e aqueles  esforços feitos pelo chanceler Lafer, lá no governo FHC, para o afastamento do Embaixador Bustani do cargo de Diretor Geral da OPAQ. Como pano de fundo, sempre o mesmo o mantra das armas de destruição em massa que, em hipótese, o chanceler Patriota declarou existirem nas mãos do governo Sírio hoje. Afora a irresponsabilidade de declarações tão graves e desastradas quando estão  em jogo os destinos de um povo e de um país com o qual o Brasil mantém relações normais de cooperação e amizade, ressalte-se que a declaração recente de Patriota parece um eco do mesmo mantra de mais de 10 ano atrás. Mantra que levou a diplomacia,  então tucana,  a uma espécie de adesão  obediente e cooperativa  - retirada de  obstáculos  -  para que a guerra contra o Iraque se consumasse. A narrativa sobre esta página feia da diplomacia brasileira está magistralmente registrada no livro do professor Moniz Bandeira,  “As relações perigosas: Brasil-Estados Unidos”, que recomendo com força. Quando hoje está mundialmente comprovado a inexistência daquelas tais armas de destruição em massa nas mãos do Iraque, a diplomacia brasileira, tem, no mínimo, explicações a dar, tendo em vista ser direito de todas as instituições e de cada cidadão brasileiro, exibir transparência e coerência  democráticas de nossa política externa.
Mudança de posições
Apesar dos esforços da Russia, China, Africa do Sul e Índia por uma solução pacífica do conflito sírio, o Brasil, uma vez mais, votou distanciando-se  dos Brics e em sintonia do esforço imperial por impor uma nova, mais uma,. intervenção militar estrangeira. Após a intervenção militar da Otan na Líbia, arrancada a fórceps da ONU,  muitos países têm reformado sua posição no cenário mundial, pois, vai ficando clara uma disposição norte-americana para um enfrentamento bélico. Dois exemplos recentes: os EUA estão a ignorar todos os acordos anteriores feitos com a Rússia e continuam tomando medidas para instalar um escudo anti-míssil na Polônia, o que levou o Chefe do Estado Maior Russo, General Makarov,  a afirmar, na semana passada, que as forças militares de seu país podem optar pura e simplesmente por destruir estas instalações, caso os EUA não respeitem os acordos.
O outro exemplo, é a nova estratégia de ocupação dos mares asiáticos pela Marinha dos EUA, levando a Austrália,  onde estão instaladas bases militares estadunidenses  a ser apenas mais uma marionete do Pentágono na região, onde o alvo, obviamente, não é o pequenino Timor Leste, mas a China. A reação da China tem registrado um tom incomum para a conhecida paciência oriental. Hu Jin Tao, dirigente chinês, diante da ocorrência de inúmeras manobras militares conjuntas sino-russas convocou os dois exércitos a união “porque o imperialismo só entende a linguagem da guerra”. Além disso, os dois países, diferente do que ocorreu quando da invasão da Otan à Líbia, oportunidade em que os dois gigantes lavaram as mãos com sangue do povo líbio, agora, diante do novo script da agressão gradual do império no capítulo Síria, despertaram. Já se posicionaram de modo irredutível contra qualquer intervenção militar externa contra o governo de Damasco. Tal mudança de posição é acompanhada pela nova posição iraniana que, diferente do que fez diante da crise líbia, agora tem sido enérgica em defesa da autodeterminação síria.
Precedentes
Será que o importante giro em política externa de países centrais dos Brics, como a Rússia e a China, e agora também na política do Irã, não deveria representar vigoroso motivo de rediscussão da posição brasileira na ONU que, praticamente, endossou a Resolução  que celebra  o terrorismo praticado por mercenários na Síria, com o apoio da Otan?  Os direitos humanos não foram elencados como parâmetro de definição da política externa brasileira?  O que dizer do que se faz na Síria, quando a missão Kofi Annan por uma solução pacífica foi detonada exatamente pelos países que querem uma intervenção militar e apóiam militarmente os mercenários internacionais que lá atuam?  E quando estes mesmo países da Otan, depois de lavarem em sangue sírio sua estratégia de ocupação territorial da Síria, na hipótese de derrocada do governo atual, se voltarem para o Irã com o mantra renovado entoando que a nação persa não tem direito de ter programa nuclear, apenas os que já têm?  Qual será a posição brasileira?  Pior ainda: e quando, num novo cenário mundial,  estes países imperiais voltarem suas exigência contra o Brasil, que também pode vir a  ser acusado , como o Irã, de ter programa nuclear? Ou de ser inepto em matéria ambiental, com o que se justificaria o apoio a comandos mercenários neste imenso território brasileiro, com vistas a esquartejá-lo? Qual será então a política do Itamaraty?Qualquer que seja, será tarde demais.....
Fraude midiática
Há inúmeras comprovações de que muitos dos supostos ataques dos chamados rebeldes sírios são gravados no Qatar e difundidos, entre outros, pela TV Al-Jazeera, perigosamente defendida aqui no Brasil como TV pública exemplar por certas vozes do movimento da democratização da comunicação , quando na realidade é um instrumento de falsificação informativa para justificar e pressionar a tomada de posições na ONU contra a Síria. Até mesmo a BBC foi colhida re-exibindo vídeos ou estampando fotos em seu  site de  situações ocorridas no Iraque anos atrás e agora apresentadas, fraudulentamente, como se fossem episódios do conflito atual da Síria.
Há uma simbiose entre esses meios informativos e a agenda de encomendas da indústria bélica,  um dos poucos ramos econômicos a não ter sofrido duramente com a crise capitalista nos EUA. Os redatores e editores destas emissoras são conhecidos instrutores militares, e a CNN, já conhecida com CiaNewsNetwork, vai desenrolando o roteiro de intervenções midiáticas  -  a TV Síria, não apenas foi bombardeada com seu sinal foi desconectado dos satélites internacionais   -   que pavimentam a chegada das tropas da Otan.
Mensagem da Líbia
Será que nada disso fará o  Brasil repensar sua posição na ONU, mesmo observando que está distanciando-se, nesta questão política crucial, da posição  dos países dos Brics,  e, também, da posição dos países que querem construir uma integração soberana  na América Latina? Rússia , China e Irã entenderam , finalmente, a dura mensagem que a Otan enviou ao mundo ao invadir a Líbia. E o Brasil? Será tão difícil ver que há perigosas similaridades entre a ocupação estratégia do Mar da China pela marinha dos EUA e a reativação da Quarta Frota para o Atlântico Sul, particularmente após a descoberta do petróleo pré-sal?
A presidenta acertou quando disse na cara do Cameron que o Brasil não apoiaria uma intervenção militar na Síria ou no Irã. Mas, o apoio do Brasil a esta Resolução da ONU, que autoriza ações militares contra a Síria, levanta enigmáticas e misteriosas contradições. E isto não é apenas em hipótese.

Beto Almeida
Jornalista



Brasil apóia Resolução da ONU que prevê ações militares contra a Síria

6 de Agosto de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


Na última sexta feira, dia 3 de agosto, a ONU aprovou uma resolução que, descaradamente , permite ações militares contra a Síria, já é alvo de intervenção estrangeira via mercenários pagos declaradamente pela Arábia Saudita e o Qatar, com o apoio oficial dos EUA, pela voz de Hillary Clinton. Barack Obomba também autorizou a CIA a interferir abertamente para a derrubada do governo de Bashar Al Assad. A Resolução aprovada é uma pá de cal a todo esforço para uma resolução negociada e pacífica do conflito sírio. Detalhe grave: o Brasil votou a  favor desta resolução que que dá espasmos de prazer à indústria bélica.
O curioso é que há poucos dias, ante a pressões imperiais de Cameron, em Londres, a Presidenta Dilma , mantendo uma linha em política externa definida no Governo Lula, respondeu que o Brasil não vai apoiar intervenção militar externa contra a Síria e o Irã. De quebra, ainda acrescentou que o Brasil defende a soberania da Argentina sobre as Ilhas Malvinas, assim mesmo, falou Malvinas, não Falklands.
Contradições
Como explicar então esta distância entre as palavras da presidenta  e os votos do Brasil na ONU, lembrando que esta é a segunda vez que o governo Dilma vota contra a Síria? Sem contar que houve a participação oficial  do Itaramaty em diversas reuniões do chamado “Grupo de Amigos da Síria”,  fóruns construídos inegavelmente para pressionar a ONU a tomar medidas contra aquele país, e,  em cujas reuniões, representantes de governos estrangeiros, como a pavorosa Clinton, defendeu publicamente o abastecimento de armamentos aos chamados rebeldes.
Aliás, este distanciamento da política externa atual em relação aquela aplicada no governo Lula, tem se revelado cada vez mais acentuado, especialmente quando se trata de situações em que os interesses norte-americanos são contrariados por países que sempre representaram  uma política e uma atitude de soberania, autodeterminação e independência frente às pressões da  Casa Branca.
As contradições são visíveis, inegáveis: Dilma joga na cara do Cameron que o Brasil não apóia intervenção militar contra Síria e Irã,  sustenta com firmeza e soberania o ingresso da Venezuela no Mercosul  enfrentando a irritação da direita  -  para quem o Paraguai virou agora modelo de democracia   -   deixando-a falando sozinha, com seus porta-vozes midiáticos beirando o ridículo.
Por hipótese
No mês de julho, uma declaração do Chanceler Patriota, causou fortíssima interrogação. Ele disse,  em entrevista reproduzida pela Folha de São Paulo, que o problema da Síria é que ela possui armas químicas de destruição em massa”, aquele mantra da  indústria bélica, que George Bush e os negros fascista Collin Powell e Condolezza Rice, decoraram e ecoaram mundo a fora pelo   “jornalismo de guerra” que levou de roldão a BBC, até que uma chuva de bombas começou a cair sobre Bagdá. Até hoje não sabemos quantos morreram, mas sim que há uma montanha de cadáveres como resultado da aplicação deste mantra macabro.
O chanceler Patriota, no dia seguinte a esta declaração, voltou a público para explicar que quando falara de armas químicas de destruição massa nas mãos da Síria” estava falando apenas , atenção, “em hipótese” Compare- se a gravidade da declaração, com a candura da explicação dada no dia seguinte.....
Antecedentes perigosos
Em 2002, o chanceler do governo FHC era Celso Lafer. Uma briga de gigantes se desenvolveu nos bastidores a partir do momento em que o mantra das armas químicas começou a ser entoado na Casa Branca.  Após uma  reunião a portas fechadas com  Collin Powel, Celso Lafer começa a atuar para que o Embaixador Maurício Bustani, Diretor-Geral da OPAQ -  Organização para a Proibição de Armas Químicas, fosse afastado do cargo. Bustani, brasileiro de valor, honrando as melhores tradições brasileiras de não vassalagem aos poderes da indústria bélica que, por sua vez, dão as cartas na diplomacia de guerra, havia entendido o significado daquele mantra macabro. A ele resistia com honradez.
O quadro geral, como sabemos, era e é ainda hoje, de que os países mais armados querem impedir que outros se armem.  Especialmente se estes outros países são independentes e possuem potencial de desenvolvimento econômico e tecnológico. A pressão surda contra o programa nuclear brasileira também se encaixa nesta linha de raciocínio. Frente tudo isto, Bustani, no estrito cumprimento de suas funções como Diretor-Geral da OPAQ, para a qual havia sido eleito pela maioria dos países membros, começa a pagar o preço amargo por sua indisposição com a função de vassalo de impérios. Para dar uma idéia da importância e da relevância das funções desempenhadas pelo embaixador Maurício Bustani, vale citar que  todos os esforços reais pelo desarmamento confrontam o lucrativo capital das armas, especialmente onde ele é mais pujante, nos EUA
Mantra macabro
Collin Powell sabia que a OPAQ estava prestes a realizar uma comprovação técnica internacional  no Iraque, que demonstraria  não ser aquele país possuidor de armas químicas de destruição em massa, mantra que Lafer levou a sério, após aquela reunião a portas fechadas com Collin Powell, em Washingon. Para surpresa dos países membros da OPAQ o Brasil retira apoio ao Embaixador Bustani quando os EUA, oficialmente, faz pedido oficial para o seu afastamento, argumentando qualquer coisa, qualquer pretexto, algo como “ele é muito exaltado e não toca bem piano”,  o que, para quem o conhece,  não é verdade. Ante a imposição dos EUA para o afastamento de Bustani, os países membros esperaram pela sustentação brasileira do seu nome, o que não ocorreu. Como se lembram, Celso Lafer  foi aquele chanceler brasileiro que, revelando infinita vocação para a vassalagem, retirou os sapatos , em várias oportunidades,  sob ordens de guardinhas de alfândega nos aeroportos dos EUA. Tais exigências fazem parte do script traçado em 11 de setembro para “a declaração de guerra ao terrorismo”, como magistralmente denunciou o genial escritor Gore Vidal, que acaba de nos privar de sua inteligência. Mas, não de sua obra.
Comparar é preciso
Nesta mesma época, o Senador Roberto Requião, chefiando uma delegação oficial do Senado Federal aos EUA, também foi barrado por um guardinha de alfândega que queria ver toda a delegação sem sapatos. Requião fez o que um chanceler deveria ter feito: botou o dedo na cara do guardinha e declarou alto e bom som:  “Esta é uma delegação oficial do Senado do Brasil. Não vamos nos submeter a nenhuma revista vexatória nem tirar os sapatos . Deixem-nos passar, em caso contrário a visita oficial está encerrada aqui mesmo!” De um chanceler não se espera menos. Evidentemente, desde que ele esteja realmente imbuído dos interesses nacionais que deve representar. Houve telefonemas, telefonemas, consultas e, minutos depois, o guardinha, talvez o mesmo que tenha  revistado o chanceler, voltou e liberou a passagem da delegação de senadores. Todos com sapatos .Mantida ali, a dignidade nacional.
Relações perigosas
Recentemente, o Chanceler Patriota declarou à Folha de São Paulo que “o problema da Síria é que é  país possuir de armas químicas”. Dado o impacto da declaração, no dia seguinte, ele comparece ás páginas da imprensa e “explica” que falara apenas “em hipótese”. Independente das funções desempenhadas pelo   chanceler Patriota lá em 2002,  o que é possível captar agora é  uma certa linha de convergência entre a sua  declaração recente e os esforços feitos pelo chanceler Lafer, lá no governo FHC, para o afastamento do Embaixador Bustani do cargo de Diretor Geral da OPAQ. Como pano de fundo, sempre o mesmo o mantra das armas de destruição em massa que, por hipótese, o chanceler Patriota declarou existirem nas mãos do governo Sírio hoje. Afora a irresponsabilidade de declarações tão graves e desastradas quando estão  em jogo os destinos de um povo e de um país com o qual o Brasil mantém relações normais de cooperação e amizade, ressalte-se que a declaração recente de Patriota parece um eco do mesmo mantra de mais de 10 ano atrás. Mantra que levou a diplomacia,  então tucana,  a uma espécie de adesão  obediente e cooperativa, retirando os obstáculos, para que a guerra contra o Iraque se consumasse. A narrativa sobre esta página feia da diplomacia brasileira está magistralmente registrada no livro do professor Moniz Bandeira, “As relações perigosas: Brasil-Estados Unidos”, que recomendo com força. Quando hoje está mundialmente comprovado a inexistência daquelas tais armas de destruição em massa nas mãos do Iraque, a diplomacia brasileira, tem, no mínimo, explicações a dar, tendo em vista ser direito de todas as instituições e de cada cidadão brasileiro, exibir transparência e coerência  democráticas de nossa política externa.
Mudança de posições
Apesar dos esforços da Russia, China, Africa do Sul e Índia por uma solução pacífica do conflito Sírio, o Brasil, uma vez mais, votou distanciando-se  dos Brics e em sintonia do esforço imperial por impor uma nova, mais uma,. intervenção militar estrangeira. Após a intervenção militar da Otan na Líbia, arrancada a fórceps da ONU,  muitos países têm reformado sua posição no cenário mundial, pois, vai ficando clara uma disposição norte-americana para um enfrentamento bélico. Dois exemplos recentes: os EUA estão a ignorar todos os acordos anteriores feitos com a Rússia e continuam tomando medidas para instalar um escudo anti-míssil na Polônia, o que levou o Chefe do Estado Maior Russo, General Makarov,  a afirmar, na semana passada, que as forças militares de seu país podem optar pura e simplesmente por destruir estas instalações, caso os EUA não respeitem os acordos. O outro exemplo, é a nova estratégia de ocupação dos mares asiáticos pela Marinha dos EUA, levando a Austrália,  onde estão instaladas bases militares estadunidenses  a ser apenas mais uma marionete do Pentágono na região, onde o alvo, obviamente, não é o pequenino Timor Leste, mas a China. A reação da China tem registrado um tom incomum para a conhecida paciência oriental. Hu Jin Tao, dirigente chinês, diante da ocorrência de inúmeras manobras militares conjuntas sino-russas convocou os dois exércitos a união “porque o imperialismo só entende a linguagem da guerra”. Além disso, os dois países, diferente do que ocorreu quando da invasão da Otan à Líbia, oportunidade em que os dois gigantes lavaram as mãos com sangue do povo líbio, agora, diante do novo script da agressão gradual do império no capítulo Síria. Já se posicionaram de modo irredutível contra qualquer intervenção militar externa contra o governo de Damasco. Tal mudança de posição é acompanhada pela nova posição iraniana que, diferente do que fez diante da crise líbia, agora tem sido enérgica em defesa da autodeterminação síria.
Precedentes
Será que o importante giro em política externa de países centrais dos Brics, como a Rússia e a China, e agora como na política do Irã, não deveria representar vigoroso motivo de rediscussão da posição brasileira na ONU que, praticamente, endossou a Resolução celebra o terrorismo praticado por mercenários na Síria, com o apoio da Otan?  Os direitos humanos não foram elencados como parâmetro de definição da política externa brasileira?  O que dizer do que se faz na Síria, quando a missão Kofri Annan por uma solução pacífica foi detonada exatamente pelos países que querem uma intervenção militar e apoiam militarmente os mercenários internacionais que lá atuam?  E quando estes mesmo países da Otan, depois de lavarem em sangue sírio sua estratégia de ocupação territorial da Síria, na hipótese de derrocada do governo atual, se voltarem para o Irã com o mantra renovado entoando que a nação persa não tem direito de ter programa nuclear, apenas os que já têm?  Qual será a posição brasileira?  Pior ainda: e quando, num novo cenário mundial,  estes países imperiais voltarem suas exigência contra o Brasil, que também pode vir a  ser acusado , como o Irã, de ter programa nuclear? Ou de ser inepto em matéria ambiental, com o que se justificaria o apoio a comandos mercenários neste imenso território brasileiro, com vistas a esquartejá-lo? Qual será então a política do Itamaraty?
Fraude midiática
Há inúmeras comprovações de que muitos dos supostos ataques dos chamados rebeldes sírios são gravados no Qatar e difundidos, entre outros, pela TV Al-Jazeera, perigosamente defendida aqui no Brasil como TV pública exemplar por certas vozes do movimento da democratização da comunicação , quando na realidade é um instrumento de falsificação informativa para justificar e pressionar a tomada de posições na ONU contra a Síria. Até mesmo a BBC foi colhida reexibindo vídeos ou estampando fotos em seu  site de  situações ocorridas no Iraque anos atrás e agora apresentadas, fraudulentamente, como se fossem episódios do conflito do Iraque.
Há uma simbiose entre esses meios informativos e a agenda de encomendas da indústria bélica,  dos poucos ramos econômicos a não ter sofrido duramente com a crise capitalista nos EUA. Os redatores e editores destas emissoras são conhecidos instrutores militares, e a CNN, já conhecida com CiaNewsNetwork, vai desenrolando o roteiro de intervenções midiáticas  -  a TV Síria, não apenas foi bombardeada com seu sinal foi desconectado dos satélites internacionais   -   que pavimentam a chegada das tropas da Otan.
Mensagem da Líbia  
Será que nada disso fará o  Brasil repensar sua posição na ONU, mesmo observando que está distanciando-se, nesta questão política crucial, da posição  dos países dos Brics,  e, também, da posição dos países que querem construir uma integração soberana  na América Latina? Rússia , China e Irã entenderam , finalmente, a dura mensagem que a Otan enviou ao mundo ao invadir a Líbia. E o Brasil? Será táo difícil ver que há perigosas similaridades entre a ocupação estratégia do Mar da China pela marinha dos EUA e a reativação da Quarta Frota para o Atläntico Sul, particularmente após a descoberta do petróleo pré-sal?
A presidenta acertou quando disse na cara do Cameron que o Brasil não apoiaria uma intervenção militar na Síria ou no Irã. Mas, o apoio do Brasil a esta Resolução da ONU, que autoriza ações militares contra a Síria, levanta enigmáticas e misteriosas contradições E isto não é apenas uma hipótese.

Beto Almeida
Jornalista
  



ONU: Brasil vota contra a Síria em contradição com os Brics

6 de Agosto de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


Na última sexta feira, dia 3 de agosto, a ONU aprovou uma resolução que, descaradamente , permite ações militares contra a Síria, já é alvo de intervenção estrangeira via mercenários pagos declaradamente pela Arábia Saudita e o Qatar, com o apoio oficial dos EUA, pela voz de Hillary Clinton. Barack Obomba também autorizou a CIA a interferir abertamente para a derrubada do governo de Bashar Al Assad. A Resolução aprovada é uma pá de cal a todo esforço para uma resolução negociada e pacífica do conflito sírio. Detalhe grave: o Brasil votou a  favor desta resolução que que dá espasmos de prazer à indústria bélica.
O curioso é que há poucos dias, ante a pressões imperiais de Cameron, em Londres, a Presidenta Dilma , mantendo uma linha em política externa definida no Governo Lula, respondeu que o Brasil não vai apoiar intervenção militar externa contra a Síria e o Irã. De quebra, ainda acrescentou que o Brasil defende a soberania da Argentina sobre as Ilhas Malvinas, assim mesmo, falou Malvinas, não Falklands.
Contradições
Como explicar então esta distância entre as palavras da presidenta  e os votos do Brasil na ONU, lembrando que esta é a segunda vez que o governo Dilma vota contra a Síria? Sem contar que houve a participação oficial  do Itaramaty em diversas reuniões do chamado “Grupo de Amigos da Síria”,  fóruns construídos inegavelmente para pressionar a ONU a tomar medidas contra aquele país, e,  em cujas reuniões, representantes de governos estrangeiros, como a pavorosa Clinton, defendeu publicamente o abastecimento de armamentos aos chamados rebeldes.
Aliás, este distanciamento da política externa atual em relação aquela aplicada no governo Lula, tem se revelado cada vez mais acentuado, especialmente quando se trata de situações em que os interesses norte-americanos são contrariados por países que sempre representaram  uma política e uma atitude de soberania, autodeterminação e independência frente às pressões da  Casa Branca.
As contradições são visíveis, inegáveis: Dilma joga na cara do Cameron que o Brasil não apóia intervenção militar contra Síria e Irã,  sustenta com firmeza e soberania o ingresso da Venezuela no Mercosul  enfrentando a irritação da direita  -  para quem o Paraguai virou agora modelo de democracia   -   deixando-a falando sozinha, com seus porta-vozes midiáticos beirando o ridículo.
Por hipótese
No mês de julho, uma declaração do Chanceler Patriota, causou fortíssima interrogação. Ele disse,  em entrevista reproduzida pela Folha de São Paulo, que o problema da Síria é que ela possui armas químicas de destruição em massa”, aquele mantra da  indústria bélica, que George Bush e os negros fascista Collin Powell e Condolezza Rice, decoraram e ecoaram mundo a fora pelo   “jornalismo de guerra” que levou de roldão a BBC, até que uma chuva de bombas começou a cair sobre Bagdá. Até hoje não sabemos quantos morreram, mas sim que há uma montanha de cadáveres como resultado da aplicação deste mantra macabro.
O chanceler Patriota, no dia seguinte a esta declaração, voltou a público para explicar que quando falara de armas químicas de destruição massa nas mãos da Síria” estava falando apenas , atenção, “em hipótese” Compare- se a gravidade da declaração, com a candura da explicação dada no dia seguinte.....
Antecedentes perigosos
Em 2002, o chanceler do governo FHC era Celso Lafer. Uma briga de gigantes se desenvolveu nos bastidores a partir do momento em que o mantra das armas químicas começou a ser entoado na Casa Branca.  Após uma  reunião a portas fechadas com  Collin Powel, Celso Lafer começa a atuar para que o Embaixador Maurício Bustani, Diretor-Geral da OPAQ -  Organização para a Proibição de Armas Químicas, fosse afastado do cargo. Bustani, brasileiro de valor, honrando as melhores tradições brasileiras de não vassalagem aos poderes da indústria bélica que, por sua vez, dão as cartas na diplomacia de guerra, havia entendido o significado daquele mantra macabro. A ele resistia com honradez.
O quadro geral, como sabemos, era e é ainda hoje, de que os países mais armados querem impedir que outros se armem.  Especialmente se estes outros países são independentes e possuem potencial de desenvolvimento econômico e tecnológico. A pressão surda contra o programa nuclear brasileira também se encaixa nesta linha de raciocínio. Frente tudo isto, Bustani, no estrito cumprimento de suas funções como Diretor-Geral da OPAQ, para a qual havia sido eleito pela maioria dos países membros, começa a pagar o preço amargo por sua indisposição com a função de vassalo de impérios. Para dar uma idéia da importância e da relevância das funções desempenhadas pelo embaixador Maurício Bustani, vale citar que  todos os esforços reais pelo desarmamento confrontam o lucrativo capital das armas, especialmente onde ele é mais pujante, nos EUA
Mantra macabro
Collin Powell sabia que a OPAQ estava prestes a realizar uma comprovação técnica internacional  no Iraque, que demonstraria  não ser aquele país possuidor de armas químicas de destruição em massa, mantra que Lafer levou a sério, após aquela reunião a portas fechadas com Collin Powell, em Washingon. Para surpresa dos países membros da OPAQ o Brasil retira apoio ao Embaixador Bustani quando os EUA, oficialmente, faz pedido oficial para o seu afastamento, argumentando qualquer coisa, qualquer pretexto, algo como “ele é muito exaltado e não toca bem piano”,  o que, para quem o conhece,  não é verdade. Ante a imposição dos EUA para o afastamento de Bustani, os países membros esperaram pela sustentação brasileira do seu nome, o que não ocorreu. Como se lembram, Celso Lafer  foi aquele chanceler brasileiro que, revelando infinita vocação para a vassalagem, retirou os sapatos , em várias oportunidades,  sob ordens de guardinhas de alfândega nos aeroportos dos EUA. Tais exigências fazem parte do script traçado em 11 de setembro para “a declaração de guerra ao terrorismo”, como magistralmente denunciou o genial escritor Gore Vidal, que acaba de nos privar de sua inteligência. Mas, não de sua obra.
Comparar é preciso
Nesta mesma época, o Senador Roberto Requião, chefiando uma delegação oficial do Senado Federal aos EUA, também foi barrado por um guardinha de alfândega que queria ver toda a delegação sem sapatos. Requião fez o que um chanceler deveria ter feito: botou o dedo na cara do guardinha e declarou alto e bom som:  “Esta é uma delegação oficial do Senado do Brasil. Não vamos nos submeter a nenhuma revista vexatória nem tirar os sapatos . Deixem-nos passar, em caso contrário a visita oficial está encerrada aqui mesmo!” De um chanceler não se espera menos. Evidentemente, desde que ele esteja realmente imbuído dos interesses nacionais que deve representar. Houve telefonemas, telefonemas, consultas e, minutos depois, o guardinha, talvez o mesmo que tenha  revistado o chanceler, voltou e liberou a passagem da delegação de senadores. Todos com sapatos .Mantida ali, a dignidade nacional.
Relações perigosas
Recentemente, o Chanceler Patriota declarou à Folha de São Paulo que “o problema da Síria é que é  país possuir de armas químicas”. Dado o impacto da declaração, no dia seguinte, ele comparece ás páginas da imprensa e “explica” que falara apenas “em hipótese”. Independente das funções desempenhadas pelo   chanceler Patriota lá em 2002,  o que é possível captar agora é  uma certa linha de convergência entre a sua  declaração recente e os esforços feitos pelo chanceler Lafer, lá no governo FHC, para o afastamento do Embaixador Bustani do cargo de Diretor Geral da OPAQ. Como pano de fundo, sempre o mesmo o mantra das armas de destruição em massa que, por hipótese, o chanceler Patriota declarou existirem nas mãos do governo Sírio hoje. Afora a irresponsabilidade de declarações tão graves e desastradas quando estão  em jogo os destinos de um povo e de um país com o qual o Brasil mantém relações normais de cooperação e amizade, ressalte-se que a declaração recente de Patriota parece um eco do mesmo mantra de mais de 10 ano atrás. Mantra que levou a diplomacia,  então tucana,  a uma espécie de adesão  obediente e cooperativa, retirando os obstáculos, para que a guerra contra o Iraque se consumasse. A narrativa sobre esta página feia da diplomacia brasileira está magistralmente registrada no livro do professor Moniz Bandeira, “As relações perigosas: Brasil-Estados Unidos”, que recomendo com força. Quando hoje está mundialmente comprovado a inexistência daquelas tais armas de destruição em massa nas mãos do Iraque, a diplomacia brasileira, tem, no mínimo, explicações a dar, tendo em vista ser direito de todas as instituições e de cada cidadão brasileiro, exibir transparência e coerência  democráticas de nossa política externa.
Mudança de posições
Apesar dos esforços da Russia, China, Africa do Sul e Índia por uma solução pacífica do conflito Sírio, o Brasil, uma vez mais, votou distanciando-se  dos Brics e em sintonia do esforço imperial por impor uma nova, mais uma,. intervenção militar estrangeira. Após a intervenção militar da Otan na Líbia, arrancada a fórceps da ONU,  muitos países têm reformado sua posição no cenário mundial, pois, vai ficando clara uma disposição norte-americana para um enfrentamento bélico. Dois exemplos recentes: os EUA estão a ignorar todos os acordos anteriores feitos com a Rússia e continuam tomando medidas para instalar um escudo anti-míssil na Polônia, o que levou o Chefe do Estado Maior Russo, General Makarov,  a afirmar, na semana passada, que as forças militares de seu país podem optar pura e simplesmente por destruir estas instalações, caso os EUA não respeitem os acordos. O outro exemplo, é a nova estratégia de ocupação dos mares asiáticos pela Marinha dos EUA, levando a Austrália,  onde estão instaladas bases militares estadunidenses  a ser apenas mais uma marionete do Pentágono na região, onde o alvo, obviamente, não é o pequenino Timor Leste, mas a China. A reação da China tem registrado um tom incomum para a conhecida paciência oriental. Hu Jin Tao, dirigente chinês, diante da ocorrência de inúmeras manobras militares conjuntas sino-russas convocou os dois exércitos a união “porque o imperialismo só entende a linguagem da guerra”. Além disso, os dois países, diferente do que ocorreu quando da invasão da Otan à Líbia, oportunidade em que os dois gigantes lavaram as mãos com sangue do povo líbio, agora, diante do novo script da agressão gradual do império no capítulo Síria. Já se posicionaram de modo irredutível contra qualquer intervenção militar externa contra o governo de Damasco. Tal mudança de posição é acompanhada pela nova posição iraniana que, diferente do que fez diante da crise líbia, agora tem sido enérgica em defesa da autodeterminação síria.
Precedentes
Será que o importante giro em política externa de países centrais dos Brics, como a Rússia e a China, e agora como na política do Irã, não deveria representar vigoroso motivo de rediscussão da posição brasileira na ONU que, praticamente, endossou a Resolução celebra o terrorismo praticado por mercenários na Síria, com o apoio da Otan?  Os direitos humanos não foram elencados como parâmetro de definição da política externa brasileira?  O que dizer do que se faz na Síria, quando a missão Kofri Annan por uma solução pacífica foi detonada exatamente pelos países que querem uma intervenção militar e apoiam militarmente os mercenários internacionais que lá atuam?  E quando estes mesmo países da Otan, depois de lavarem em sangue sírio sua estratégia de ocupação territorial da Síria, na hipótese de derrocada do governo atual, se voltarem para o Irã com o mantra renovado entoando que a nação persa não tem direito de ter programa nuclear, apenas os que já têm?  Qual será a posição brasileira?  Pior ainda: e quando, num novo cenário mundial,  estes países imperiais voltarem suas exigência contra o Brasil, que também pode vir a  ser acusado , como o Irã, de ter programa nuclear? Ou de ser inepto em matéria ambiental, com o que se justificaria o apoio a comandos mercenários neste imenso território brasileiro, com vistas a esquartejá-lo? Qual será então a política do Itamaraty?
Fraude midiática
Há inúmeras comprovações de que muitos dos supostos ataques dos chamados rebeldes sírios são gravados no Qatar e difundidos, entre outros, pela TV Al-Jazeera, perigosamente defendida aqui no Brasil como TV pública exemplar por certas vozes do movimento da democratização da comunicação , quando na realidade é um instrumento de falsificação informativa para justificar e pressionar a tomada de posições na ONU contra a Síria. Até mesmo a BBC foi colhida reexibindo vídeos ou estampando fotos em seu  site de  situações ocorridas no Iraque anos atrás e agora apresentadas, fraudulentamente, como se fossem episódios do conflito do Iraque.
Há uma simbiose entre esses meios informativos e a agenda de encomendas da indústria bélica,  dos poucos ramos econômicos a não ter sofrido duramente com a crise capitalista nos EUA. Os redatores e editores destas emissoras são conhecidos instrutores militares, e a CNN, já conhecida com CiaNewsNetwork, vai desenrolando o roteiro de intervenções midiáticas  -  a TV Síria, não apenas foi bombardeada com seu sinal foi desconectado dos satélites internacionais   -   que pavimentam a chegada das tropas da Otan.
Mensagem da Líbia  
Será que nada disso fará o  Brasil repensar sua posição na ONU, mesmo observando que está distanciando-se, nesta questão política crucial, da posição  dos países dos Brics,  e, também, da posição dos países que querem construir uma integração soberana  na América Latina? Rússia , China e Irã entenderam , finalmente, a dura mensagem que a Otan enviou ao mundo ao invadir a Líbia. E o Brasil? Será táo difícil ver que há perigosas similaridades entre a ocupação estratégia do Mar da China pela marinha dos EUA e a reativação da Quarta Frota para o Atläntico Sul, particularmente após a descoberta do petróleo pré-sal?
A presidenta acertou quando disse na cara do Cameron que o Brasil não apoiaria uma intervenção militar na Síria ou no Irã. Mas, o apoio do Brasil a esta Resolução da ONU, que autoriza ações militares contra a Síria, levanta enigmáticas e misteriosas contradições E isto não é apenas uma hipótese.

Beto Almeida
Jornalista