MAB organiza atos de denúncia e solidariedade, em diversos pontos do país, para marcar o primeiro mês de luta
Com o lema “O lucro não vale a vida. Somos todos atingidos!”, o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), junto com entidades parceiras, vai organizar atos de solidariedade as famílias atingidas e de protesto para alertar a sociedade sobre as consequências sociais e ambientais do crime Vale. A empresa deixou uma centena de mortos e outra centena de desaparecidos, além de ter destruído o ecossistema do rio Paraopeba e ter deixado graves consequências aos atingidos em diversas comunidades que serão sentidas também na bacia do rio São Francisco
Em Minas Gerais, haverá atos em: Córrego do Feijão, Brumadinho e Belo Horizonte e muitas outras comunidades. Na bacia do Rio São Francisco, no caminho do fluxo da lama tóxica, estão previstos atos em quatro regiões. Em outras capitais, o debate, além de lembrar Brumadinho, será sobre a segurança dos atingidos nas regiões de barragens em cada estado, em audiências públicas junto ao poder público. Plenárias de caráter ecumênico também estão previstas.
Um mês após o maior crime trabalhista e socioambiental do país, os atingidos continuam sem sinais de indenizações e reparação efetiva da empresa, um cenário bastante semelhante à situação do crime em Mariana (MG). Nos atos do dia 25/02, o movimento vai continuar prestando solidariedade às famílias das vítimas, mas o esforço será concentrado, principalmente, em denunciar mais este crime da Vale, que não pode ficar impunidade.
Além de reivindicar medidas para que novos crimes não ocorram – com possíveis rompimentos de outras barragens, dado o pânico e pavor que vive a população de MG e outras regiões do país. Junto com o MAB, estarão presentes organizações sindicais, religiosas, movimentos populares, entidades da sociedade civil de defesa do meio ambiente, ativistas e simpatizantes das lutas populares.
Fonte: MAB Nacional