Não é de hoje que o governador declara guerra aos sindicatos. Também pudera, foram as entidades sindicais que se encarregam de defender as/os servidoras/es da série de ataques de Richa contra os direitos do funcionalismo. Na última terça-feira, 27/6, o governador foi além. Não só disse que os sindicatos são “fascistas” como afirmou que os direitos que eles tanto defendem são “privilégios”.
É a primeira vez que o governador diz com todas as letras porque não cumpre os direitos das/dos servidoras/es. Até agora Carlos Alberto Richa defendia que não cumpria leis como o reajuste salarial e o avanço nas carreiras porque o Estado estava em crise.
Agora que precisa mostrar que o aumento de impostos e os sucessivos calotes ao funcionalismo surtiram efeito, o discurso do governador mudou. Passou a dizer com todas as letras que o funcionalismo ganha mais do que deve e não poupa ataques aos sindicatos.
O governador apenas está assumindo aquilo que todos já sabiam. Quando fez um ajuste fiscal 70% composto pelo saque da previdência das/os servidoras/es e pelo arrocho salarial, todos já sabiam que não era crise, era posição política. Não fosse assim, agora que o governo arrota saúde financeira, o reajuste salarial previsto pela lei 18.493 seria pago.
Ditador – Chega a ser hilária a afirmação de Richa de que os sindicatos são fascistas. Logo ele, que comandou o maior massacre contra manifestações de trabalhadoras/es da história do Estado! Logo ele que se nega a sentar à mesa para conversar com os atores das políticas públicas!
Mentiroso – O pronunciamento foi feito em meio à solenidade no Palácio Iguaçu, onde o governador anunciou a mentira de que o Estado está investindo 15% da receita. Para ser ter uma ideia, em 2016, o investimento do Estado não passou de 3%. O número apresentado foi alcançado com base na manipulação de dados do mês de junho.
Fonte: Sindsaúde/PR
Foto: Joka Madruga