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Casa da Democracia inaugura programa e a primeira entrevistada é Carmen Foro, da CUT Nacional

апреля 28, 2018 22:15 , by Terra Sem Males - | No one following this article yet.
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Funcionando desde quinta-feira, dia 26 de abril, o espaço “A Casa da Democracia” organizada em uma casa a 100mts do Acampamento Lula Livre, tem o objetivo de oferecer estrutura e reunir as mídias independentes e coletivos de comunicação. Além disso, terá uma programação especial sobre comunicação, conjuntura e cultural. Neste sábado, teve início o programa de entrevistas “Democracia em Rede”, trazendo como primeira entrevistada, Carmen Foro, mulher, negra, trabalhadora rural e vice-presidente da CUT Nacional. Todas as segundas feiras, às 14h, o programa acontecerá sempre com convidados (as) especiais entrevistados pelos jornalistas.

Sob o impacto da noite anterior, em que o Acampamento Lula Livre foi atacado a tiros, vitimando dois acampados, os jornalistas do “Democracia em Rede” de hoje, pautaram suas perguntas iniciais sobre a violência e também a respeito das organizações para o dia 1º de maio, que acontecerá em um grande ato, na cidade de Curitiba, hoje reconhecida como a Capital da Resistência.

Carmen disse que a violência cometida contra o Acampamento Lula Livre não é caso isolado e junta-se aos tiros contra a Caravana de Lula e ao caso Marielle, por exemplo, que levou à morte a vereadora do PSOL, caso ainda não solucionado pela polícia. “Temos uma polícia partidarizada, o poder público, neste caso aqui, do Acampamento, totalmente omisso. Portanto, o que nos resta é divulgar para além das mídias que tem lado. É muito simbólico no que se refere a hostilidade à defesa da liberdade e direitos, este atentando ter acontecido três dias antes de uma grande mobilização com pessoas de todo o país, em virtude do 1º. de maio. ”
Sobre a importância do acampamento e da cidade de Curitiba ser hoje a Capital da Resistência, a vice-presidente da CUT, relatou que a emoção toma conta dela toda vez que retorna à cidade e vê o Acampamento como uma nova forma de organização sendo exemplo e inspirando todos os movimentos do Brasil inteiro. “ Chegar aqui e ver toda esta organização, moradores com espaços cedidos, o afeto entre todos, consciência profunda, doação e principalmente a solidariedade, é de emocionar. Você tem contato com a ideia socialista que nos move. Tenho certeza que esta forma e todo processo organizativo já está nos inspirando nacionalmente a rever nossas formas de fazer política. ”
Quando perguntada sobre uma certa ingenuidade de acreditar na justiça brasileira do ponto de vista dos movimentos sociais, disse que apesar de não acreditar individualmente mais na justiça, é preciso ter um horizonte de luta pela frente: “Temos um judiciário partidarizado, que não respeita a Constituição, um Congresso que nos envergonha, mas eu penso que depois disso tudo e como planejamento nosso, precisamos fazer várias reformas. Reforma Política, reforma no judiciário, um novo projeto de país.”

“Congresso do Povo é uma das estratégias para chegarmos a população que não está nos movimentos”

Questionada sobre como a mensagem dos movimentos, organizações e partidos de esquerda tem chegado à população em geral, Carmen afirmou que esta é a grande questão colocada sempre e o desafio permanente. Citou formas de organização coletiva, como por exemplo, o Congresso do Povo, como uma das estratégias em andamento.
“Esta questão é o nosso desafio de sempre, parte do nosso pensar: chegar até as pessoas que não estão organizadas. Por isso, coletivamente, temos feito a discussão do Congresso do Povo, que é fazer debate ali na comunidade, na igreja, nos lugares em que as pessoas estão nos seus cotidianos, para fazer a disputa, conquistar corações e mentes. ”

Carmen ainda destaca a unificação das esquerdas, lembrando que a Frente Brasil Popular surge neste contexto e para este objetivo. “Sem dúvida alguma esta é a nossa meta principal, chegar em lugares, que muitas vezes a única fonte de informação e comunicação é a Rede Globo, que faz um desserviço à sociedade. ”

Por último, falou sobre a importância da organização do dia 1º de maio, em Curitiba, que já vem sendo realizada pelas 6 Centrais dos Trabalhadores. “ UM primeiro de maio histórico. Podemos ter nossas divergências, mas temos muito em comum, que é a luta pela democracia e a luta pelos nossos direitos.”

Foto: Eduardo MatysiakEduardo Matysiak

Por Ana Carolina Caldas


Источник: http://www.terrasemmales.com.br/casa-da-democracia-inaugura-programa-e-a-primeira-entrevistada-e-carmen-foro-da-cut-nacional/