Ao estilo do seu antecessor, a governadora Cida Borghetti aplicou o calote pra cima do funcionalismo. Ela retirou da pauta dessa terça-feira, 10 de julho, o projeto de lei que implantava o reajuste ao funcionalismo. A medida foi respondida com indignação nas galerias da Assembleia Legislativa e pela ocupação temporária do gabinete do líder do governo na Casa.
Cida anúnciou a retirada depois que as/os deputadas/os da oposição conseguiram o apoio necessário para propor uma emenda ao projeto do governo. A iniciativa passava de 1% para 2,76% o reajuste para o Poder Executivo. Diante de uma provável derrota em plenário, Cida preferiu jogar o assunto para depois das eleições.
Partiu – Em meio a um tumulto generalizado na sessão plenária desta terça-feira, as/os parlamentares marcaram nova sessão para quarta-feira, 11/7, às 9h. A insistência das/os deputadas/os é para votar rápido tudo o que precisa ser votado e partir para o recesso parlamentar.
Isonomia ou hipocrisia? – A governadora tentou amenizar a revolta do funcionalismo dizendo que vai vetar o reajuste de 2,76% para os demais poderes. Mais um sinal que Cida está politicamente perdida, sem saber onde se agarrar.
Prorrogação – Os sindicatos que representam servidoras e servidores estaduais estão convocando suas categorias a comparecerem na sessão de amanhã, às 9h na Alep. A promessa é não deixar por isso mesmo e exigir a retomada das negociações. Vale lembrar que as perdas do funcionalismo já acumulam 12%. É como se os trabalhadores recebessem um salário a menos no final do mês.
Texto: Marcio Mittelbach
Foto: Ana Beatriz Pazos