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Com discurso privatista, administração de Greca é viabilizada por dinheiro público

августа 10, 2017 19:39 , by Terra Sem Males - | No one following this article yet.
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Semana passada, João Dória Junior, prefeito de São Paulo, cumprindo agenda privatista pelo país, também esteve em Curitiba, escapando dos holofotes (e dos ovos), mas tendo destaque em evento patrocinado pelo chamado G7, descrito como “grupo formado pelas maiores instituições do setor produtivo do Paraná“. Na verdade, sete entidades patronais com situação privilegiada nesta terceira onda neoliberal que assola o país.

Na divulgação institucional da prefeitura, o foco é enaltecer práticas de iniciativas privadas como forma de realizar uma “administração pública responsável”, pregando a liberdade econômica como fundamental para o desenvolvimento, de acordo com relato do discurso de Dória e incorporado por Greca, Prefeito de Curitiba.

Mas a realidade depõe contra o discurso. Os recursos utilizados pela gestão de Greca em Curitiba para obras de pavimentação, saneamento e infraestrutura estão sendo providenciados pela União, pelo Estado e pela Caixa. São públicos. Estatais.

O Estado do Paraná irá repassar R$ 30 milhões para reciclagem de asfalto em Curitiba. E a União outros R$ 111 milhões para infraestrutura do transporte público. Obras de desassoreamento de rios nos bairros mais pobres estão sendo viabilizadas com investimento de R$ 13,5 milhões. Da iniciativa privada? Não, com recursos públicos do Ministério das Cidades.

As melhorias nas redes de água e esgoto serão viabilizadas por R$ 147,5 milhões da Caixa, com execução das obras pela Sanepar. Em outra publicação, a Prefeitura divulgou que uma “série de vantagens oferecidas pelo banco estatal” foram o motivo da Caixa levar a conta salário dos servidores da Prefeitura, que anteriormente estava com o Santander.

A Prefeitura, inclusive, nem fez questão em abrir muito a concorrência. A dispensa de licitação nº 013/2017, em favor da Caixa Econômica Federal, foi publicada no Diário Oficial do município do dia 22 de junho de 2017, “conforme conteúdo do Protocolo nº 01-062505/2017”, “baseada no parecer jurídico nº 164/2017”, amparado pela lei nº 8.666/93, a das licitações, que estabelece em seu inciso VIII que é dispensada a licitação “para a aquisição, por pessoa jurídica de direito público interno, de bens produzidos ou serviços prestados por órgão ou entidade que integre a Administração Pública e que tenha sido criado para esse fim específico em data anterior à vigência desta Lei, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado”. Greca optou deliberadamente pelo serviço prestado por entidade da administração pública, que é a Caixa, em detrimento da iniciativa privada.

São pequenos exemplos demonstrando que mesmo com toda a apologia à liberalização econômica e parcerias com iniciativas privadas, na hora do investimento público, quem garante a verba em prol da população é o orçamento público.

Por Paula Zarth Padilha
Foto:Luiz Costa/SMCS

Terra Sem Males 


Источник: http://www.terrasemmales.com.br/com-discurso-privatista-administracao-de-greca-e-viabilizada-por-dinheiro-publico/