Painel debate papel da imprensa sindical na mobilização da classe trabalhadora
Na noite da última quarta-feira, 23 de setembro, teve início o 3º Seminário Unificado de Imprensa Sindical, realizado na Escola Sul, em Florianópolis. O painel de abertura teve a participação das jornalistas Cláudia Santiago, do Núcleo Piratininga de Comunicação, e Cláudia Costa, da CSP Conlutas.
No debate sobre o papel da imprensa sindical na mobilização da classe trabalhadora, Cláudia Costa falou sobre a forma negativa de uso das redes sociais (e sobre o perfil pessoal característico da rede social). Sugeriu que na comunicação sindical sejam produzidas reportagens de qualidade, não só falar sobre a categoria. “Trabalhadores não aguentam o mesmo discurso sempre, mas não temos condições de trabalho para produzir jornalismo de qualidade”, disse a assessora da central sindical CSP Conlutas.
A falta de condições de trabalho foi o foco do 1º Encontro Nacional de Jornalistas Sindicais, realizado de forma independente antes do seminário, na tarde de quarta-feira. Jornalistas de todo o país que atuam em sindicatos de diversas categorias de trabalhadores listaram dificuldades em comum: excesso de trabalho, equipe reduzida, acúmulo de funções, falta de tempo para planejar e pensar ações.
Comunicação: concepção e prática sindical
Cláudia Santiago, coordenadora do Núcleo Piratininga de Comunicação, entidade referência de comunicação sindical e popular em todo o país, iniciou questionando o porquê do uso da expressão “imprensa sindical”. Para ela, é “comunicação sindical”. “Que identidade vocês querem? Comunicação é a concepção e a prática sindical. A comunicação sindical pode servir para romper com a ordem ou para o retrocesso”, declarou a jornalista.
Por Paula Zarth Padilha
Terra Sem Males / SEEB Curitiba