Pochmann esteve em Curitiba para um Ciclo de Debates promovido pelo Instituto Democracia Popular (Foto: Paula Padilha)
Na tarde desta sexta-feira, 13 de março, o economista Márcio Pochmann esteve em Curitiba para um Ciclo de Debates e falou sobre o que ele classifica como “momento especial da crise”, explicando o contexto do Brasil diante do cenário internacional.
Para Pochmann, o Brasil está protagonizando uma alternativa à ordem internacional e está sendo questionado e pressionado por isso. Para ele, nesse momento em que a direita está nas ruas, é hora de mostrar à população qual o risco de voltarmos à subordinação aos Estados Unidos, num programa de governo onde o povo, a classe trabalhadora, ficam de fora.
O economista explicou que o governo Dilma alterou o eixo da economia e fez concessões, “demonstrando sua capacidade de dominação e de implantação do seu projeto de governo”. E essas medidas garantiram que os trabalhadores fossem os menores penalizados diante da crise mundial. “A economia cresceu menos, mas não significou derrota para os trabalhadores. E continuou reduzindo a pobreza”, explicou.
Pochmann diz que nesse momento de crise é hora de fazer escolhas difíceis, mas ele vê com otimismo esse momento e traçou uma linha histórica das dificuldades enfrentadas por todos os presidentes com projetos de governo progressistas. “Eles vão bem quando reagem”, e ele espera essa reação.
“Estamos contaminados com perspectivas geradas pelos meios de comunicação. Temos que olhar o todo, ver os elementos estruturais que condicionam a conjuntura”. Pochmann iniciou sua apresentação comentando que o sistema capitalista é um sistema de ordem global desigual, mas que apresenta sinais de deterioração e decadência.
O Ciclo de Debates é uma proposta do Instituto Democracia Popular e realiza encontros mensais no Sindicato dos Engenheiros do Paraná.
Por Paula Padilha
Terra Sem Males