1 – Um delator delatou: Cunha pediu U$ 5 milhões em propina em um contrato da Petrobras. Ao julgar pelo atual comportamento da opinião pública, já está condenado. Eduardo Cunha ocupa a presidência da Câmara dos Deputados. Muito por causa da omissão e conivência de seus cúmplices.
2 – Um deles é a grande mídia, que fez vista grossa ao candidato de grande ficha – digamos – suspeita. Sempre acostumada a produzir perfis duros para informar e influenciar o debate público, a mídia omitiu a origem de Cunha, indicado por PC Farias para a TELERJ e já acusado de corrupção. A cúmplice não delatou.
3 – Outros cúmplices tolos são os tucanos. Antigamente progressistas e sociais democratas, apoiaram e votaram na eleição daquele que estimula a corrupção através do financiamento privado de campanha, que impõe agenda conservadora e golpista (nas votações da maioridade e da reforma política) ao país. Tucanos e sua delação seletiva tornando-se cúmplice do caos.
4 – Mais um cúmplice, embora cometa crime de forma pacífica, é a sociedade. Ela, desinformada e desorientada, torce pelo bandido porque este deleta do poder a protagonista e o seu partido. A visão estreita não observa que a médio prazo ela será vítima daquele que agora defende. Cúmplice do acaso.
5 – Mas, para não deixar em branco, também cúmplice é a “vítima” que vê o país apanhando, mas não entra na luta. Já não consegue agir em legítima defesa por não ser mais ré primária.
#alfinetadadodia Pau que dá em Chico também dá em Francisco. O problema é que Francisco usa colete e Chico apanha de barra de ferro.
Por Manolo Ramires
Terra Sem Males