Por Paula Zarth Padilha
Terra Sem Males
Nesta quarta-feira, 02 de março, as agências da Caixa Econômica da região central de Curitiba amanheceram com faixas. As agências serão abertas ao público, mas os trabalhadores permanecerão em frente para dialogar com a população e clientes sobre o Dia de Luta dos empregados da Caixa. O ato é em frente às agências Comendador, Tiradentes, Rua das Flores e Travessa da Lapa. A mobilização também ocorre em outras cidades do Paraná e do Brasil.
Os bancários pedem respeito por parte da direção do banco, transparência no processo de reestruturação e a retomada das contratações para melhorar as condições de trabalho e o atendimento ao público. Desde que foi assinado um acordo aditivo entre sindicatos e a Caixa em 2014, com o comprometimento de contratação de 2 mil empregados, já deixaram o banco 3 mil funcionários que aderiram ao Plano de Apoio à Aposentadoria (PAA). Outro PAA foi aberto agora em 2016 e a estimativa é de adesão de 1.500 funcionários. Após esse PAA, o número de empregados pode chegar a 95 mil.
O movimento sindical defende que a Caixa tenha 101 mil bancários em todo o país. Uma série de mobilizações por mais contratações foram realizadas durante todo o ano de 2015, para que concursados aprovados sejam chamados, mas a Caixa reafirma que não vai contratar, mesmo com intervenção do Ministério Público do Trabalho, que já solicitou cronograma de contratações e adiou vencimento de prazo de concurso, e de diversas ações judiciais em tramitação por mais contratações.
No dia 22 de dezembro de 2015, o DEST, órgão do governo federal responsável pelo controle financeiro das estatais, publicou em Diário Oficial uma portaria que limita o número de funcionários de todas as empresas públicas. Desde então, o número máximo de funcionários que a Caixa pode ter 97.732 bancários. A portaria também autoriza as empresas a gerenciarem seus quadros de pessoal com atos de gestão para repor empregados desligados, mas não determina que seja feito, apenas autoriza.
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