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Ex-Candidatos a prefeito de Curitiba são contra Pacotaço de Greca

June 14, 2017 11:25 , von Terra Sem Males - | No one following this article yet.
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Políticos e partidos apontam outras soluções para enfrentar a crise.                                                      

O prefeito Rafael Greca (PMN) pode se achar o dono da cidade. Ele tenta impor, junto com a sua base, o pacote de maldades que congela salários dos servidores, plano de carreiras, saca R$ 600 milhões da previdência, além de limitar os investimentos em 70% da receita corrente líquida, o que achataria o serviço público e a prestação de serviços à população em curto prazo. De outro lado, o prefeito não torna transparente quem são os devedores da Prefeitura de Curitiba tampouco quais são as empresas que ele deseja pagar com os recursos retirados do IPMC.

O modelo neoliberal de Greca não encontra apoio nos candidatos a prefeito de Curitiba que disputaram a eleição com ele em 2016. Greca é classificado como “mentiroso”, pois “vendia” uma realidade a população que não seria aplicada. O famoso “vender terreno na lua”. Já é clássico uma propaganda dele dizendo que não ia mexer em nenhum direito dos servidores públicos, principalmente sua previdência. No entanto, essa é a política adotada pelo gestor.

A postura de Greca é criticada pelo ex-prefeito Gustavo Fruet, pelos deputados estaduais Tadeu Veneri e Requião Filho, além de Ney Leprevost, que disputou o segundo turno eleitoral. Gustavo Fruet é um dos principais criticos de Greca. Ele condena a deturpação dos números para justificar o pacotaço. Para Fruet, Greca empurra para frente os problemas da cidade, priorizando os patrocinadores de campanha.

Após ocupação para impedir votação, municipais votam saída do plenário, uma vez que sessão foi adiada até o dia 20 de junho.

“Pela primeira vez na história a Câmara de Curitiba é cercada para garantir aprovação de projetos do prefeito Rafael Greca. O que está em jogo neste caso é como se constrói uma mentira. Promessas de campanha X projetos na Câmara. Importante lembrar que projetos não mexem só com carreira de servidores, como afirma a atual gestão. Todos serão impactados por reajustes. Lembrando o maior aumento da história da tarifa de ônibus. Ao contrário do que foi prometido na eleição. Pacote não resolve situação. Objetivo é apenas garantir recursos imediatos para investimentos no curto prazo, gerando novo passivo. Mais uma vez, estão armando bomba-relógio para futuras gestões”, alerta.

O deputado estadual Tadeu Veneri é outro a condenar Greca. Ele foi vereador em 1999, quando presidiu uma investigação sobre o IPMC. Na época, alertou que o Instituto estava sendo mal gerido pelos prefeitos da época: Cássio Taniguchi e Greca. “O projeto retira direitos e aumenta valores de impostos e da taxa de lixo. O prefeito quer retirar R$ 600 milhões para pagar as suas promessas de campanha”, destaca. Veneri também cobrou a falta de diálogo neste momento tão delicado: “Vamos parar a degustação de vinhos em Buenos Aires e conversar com os servidores e discutir as medidas com a população”, disparou Veneri.

O PSD, partido de Ney Leprevost, também condena a forma como o pacotaço tem tramitado na Câmara de Vereadores. Na segunda-feira, dia que começou a greve, sua comissão executiva divulgou uma nota em que afirma ser um “estelionato eleitoral” as ações de Greca. O partido também destaca a elevação de impostos e que a sociedade “não suporta mais isso”.

Vereadora Fabiane Rosa, que se dizia contra o pacotaço, foi uma dos vereadores que não conseguiram entrar na Câmara Municipal para votar.

“O PSD Curitiba é contra aumento de impostos, contra taxação de aposentados, contra suspensão de direitos adquiridos pelos servidores municipais e contra qualquer atitude que traga novos ônus à população”, defende a nota.

Já o Partido dos Trabalhadores, em nome do presidente municipal, André Machado, e estadual, Doutor Rosinha, defendeu a greve e a manifestação dos servidores públicos. “A maioria dos vereadores decidiu votar os projetos em regime de urgência, sem diálogo ou respeito aos servidores e à população. A única alternativa aos trabalhadores municipais foi a greve e a ocupação do prédio da Câmara Municipal. O PT e sua vereadora na Capital, Professora Josete, expressam sua solidariedade à luta dos servidores e seus sindicatos e exigem a retirada do pacotaço de tramitação. Não vamos aceitar retrocessos!”.

O deputado estadual Requião Filho também questionou o prefeito. Utilizando o material do Sismuc “Cadê o prefeito que não faz nada”, ele disse “desde que assumiu a prefeitura, ele não cumpriu suas promessas”. Requião disse que a maior obra de Greca não foi lavar as calçadas ou aumentar a tarifa do transporte público em 300% acima da inflação, além da Balada protegida, que atende os bairros ricos de Curitiba. Para o deputado, “promessas fáceis de campanha tornam uma administração séria bem difícil. A gestão Greca é apenas de propaganda”, concluiu.

Tito Zeglim é do partido do ex-prefeito Gustavo Fruet. O Pacotaço de Greca justifica que a última gestão deixou as contas da cidade no vermelho.

Sem Fidelidade partidária

Embora partidos como PT, PMDB, PSD, PV e PDT, que disputam a última eleição, estejam contra o pacotaço, nem todos os vereadores seguem a fidelidade partidária. De acordo com mapeamento do Sismuc no site pacotesdogreca.sismuc.org.br, esses políticos estão na base governista e votando contra o direito dos trabalhadores.

O PSD tem Bruno Pessuti e Jairo Marcelino defendendo o pacotaço. Já Filipi Braga Cortes e Professor Euller são contra. Já a chapa de Fruet, do PDT, que tinha o PV como vice, também tem deserções. É o caso de Cristiano Santos (PV), Maria Letícia (PV), Zezinho do Sabará (PDT), Toninho da Farmácia (PDT) e Tito Zeglin (PDT). Todos esses assinaram o regime de urgência para a votação. Marcos Vieira (PDT), decidiu votar contra o pacotaço nessa semana.

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Manoel Ramires
Pinga Fogo
Terra Sem Males
Foto: Joka Madruga/SISMUC


Quelle: http://www.terrasemmales.com.br/ex-candidatos-a-prefeito-de-curitiba-sao-contra-pacotaco-de-greca/